EM/UFRJ recebe professores noruegueses para reunião sobre intercâmbio acadêmico em música e inclusão social

A Escola de Música da UFRJ recebe, na próxima segunda-feira, 10 de novembro, os professores Dr. Viggo Krüger, da University of Bergen, e Dr. Per-Ludvik Kjendlie, da University of South-Eastern Norway, para uma reunião sobre o intercâmbio acadêmico internacional coordenado pela professora Dra. Thelma Sydenstricker.

O encontro integra as ações de um projeto colaborativo que envolve, além da Escola de Música, o Instituto de Psiquiatria da UFRJ, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). A iniciativa tem como foco o desenvolvimento de atividades acadêmicas na área da música, articulando ensino, pesquisa e extensão e promovendo valores como diversidade, equidade e inclusão social.

O intercâmbio busca fortalecer o diálogo entre instituições brasileiras e norueguesas em torno da musicoterapia, da educação musical e de práticas musicais voltadas a grupos em situações de vulnerabilidade social, tendo como base o respeito aos direitos humanos e à diversidade cultural.

O encontro será uma excelente oportunidade para estudantes, docentes e técnicos interessados em projetos sociais, em práticas musicais inclusivas e nas interfaces entre música e saúde mental.

A reunião acontecerá às 15h30, na Sala 2116 do Edifício Ventura (Av. República do Chile, 330 – 21º andar, Torre Leste).


Reunião sobre intercâmbio acadêmico
📅 Segunda-feira, 10 de novembro | 15h30
🏛️ Sala 2116 – Edifício Ventura
📍Av. República do Chile, 330 – 21º andar, Torre Leste
🎓 Participação: aberta a alunos de graduação e pós-graduação, professores e técnicos da Escola de Música da UFRJ

Nota de condolências pelo falecimento do Prof. Dr. Carlos Sandroni

O Departamento de Musicologia e Educação Musical da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro manifesta com profundo pesar suas mais sinceras condolências pelo falecimento do grande músico e musicólogo Prof. Dr. Carlos Sandroni, ocorrido em 28 de outubro de 2025.

O Professor Sandroni, cuja notável trajetória acadêmica e musical é amplamente conhecida e admirada, encontrava-se em processo de transferência da Universidade Federal de Pernambuco para o Departamento de Musicologia e Educação Musical da Escola de Música da UFRJ. Esta transferência certamente teria fortalecido e enriquecido o ensino e a pesquisa no âmbito da música e cultura popular, com relevante impacto no cenário cultural e científico nacional.

A fatídica perda de tão ilustre intelectual e pesquisador representa um irreparável prejuízo para a cultura brasileira, deixando suas famílias, amigos e a comunidade acadêmica num doloroso estado de consternação.

Registramos, assim, nossa mais elevada estima e respeito, reiterando os votos de solidariedade e conforto aos seus entes queridos, diante dessa lacuna irreversível ao campo da etnomusicologia.

Rio de Janeiro, 1º de novembro de 2025

Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Departamento de Musicologia e Educação Musical

Concerto da OSUFRJ é adiado

O concerto previsto para esta quarta-feira, 29 de outubro, às 19h, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, será adiado devido ao cenário de violência que afeta a cidade do Rio de Janeiro, comprometendo as condições de segurança e mobilidade.

A nova data será divulgada oportunamente em nossos canais oficiais.

Orquestra Sinfônica da UFRJ apresenta programa com obras de Haydn, Satie, Bartók, Schubert e Clarice Assad

A Orquestra Sinfônica da UFRJ realiza, em 29 de outubro, mais um concerto de sua 101ª temporada, desta vez sob a regência dos alunos do curso de bacharelado em Regência Orquestral da Escola de Música da UFRJ. A apresentação acontece às 19h, no Salão Leopoldo Miguez, com entrada franca.

O programa reúne obras de diferentes períodos e estilos, proporcionando ao público uma viagem musical que vai do classicismo de Joseph Haydn à contemporaneidade de Clarice Assad e Alexandre Schubert. A abertura traz a Sinfonia nº 19 em Ré maior, de Haydn, composta entre 1757 e 1761, marcada pelos traços típicos das aberturas italianas do período inicial de sua carreira.

Na sequência, a orquestra interpreta a delicada Gymnopédie nº 1, de Erik Satie, em arranjo de Elaine Fine para harpa e cordas. A peça, originalmente escrita para piano, destaca-se pela simplicidade melódica e atmosfera contemplativa que se tornaram marcas do compositor francês.

A terceira obra da noite é Danças da Transilvânia, de Béla Bartók, baseada em melodias folclóricas coletadas pelo compositor na Romênia. A versão para orquestra de cordas, assinada por Gábor Darvas, mantém o vigor rítmico e o colorido popular característicos da música de Bartók.

O concerto prossegue com duas criações brasileiras contemporâneas, ambas encomendadas pelo Sistema Nacional de Orquestras Sociais, projeto desenvolvido pela UFRJ em parceria com a Funarte. Em Brasiliana nº 4, o compositor e professor da Escola de Música Alexandre Schubert explora ritmos e paisagens sonoras da região Sudeste, passando pelo maxixe, pela cantiga, pela toada e pela bossa. Já Clarice Assad, em Três pequenas variações sobre o tema “A maré encheu”, revisita uma melodia folclórica em três movimentos contrastantes – Cigana, Canção e Dança –, que evocam lembranças da infância e elementos da cultura popular brasileira.

O concerto reafirma o compromisso da Orquestra Sinfônica da UFRJ com a formação de novos maestros e com a difusão do repertório sinfônico, tanto clássico quanto contemporâneo, nacional e internacional.

Orquestra Sinfônica da UFRJ — 101ª Temporada
📅 29 de outubro (quarta-feira) | 19h
🏛️ Salão Leopoldo Miguez – EM/UFRJ
📍 Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟️ Entrada franca

2ª edição do LeopoldoPalooza leva projetos musicias de alunos ao palco do Salão Leopoldo Miguez

A Escola de Música da UFRJ sediará, nos dias 24 e 25 de outubro, a segunda edição do LeopoldoPalooza, festival organizado pela Comissão Cultural do Centro Acadêmico da Escola de Música (CAEM). O evento reúne estudantes e convidados externos em uma programação diversa que abrange gêneros como violão erudito, pop, rap, rock, jazz e forró, evidenciando o potencial criativo e a multiplicidade de estilos que compõem o cenário musical da UFRJ.

Realizado no Salão Leopoldo Miguez, o festival tem como proposta oferecer um espaço de visibilidade para produções autorais e interpretações originais, promovendo a integração entre alunos da UFRJ e musicistas de fora da instituição. O LeopoldoPalooza é inteiramente concebido e produzido por estudantes — desde a curadoria artística até a operação técnica — e se consolida como um exemplo de protagonismo estudantil e aprendizado prático em gestão cultural e produção musical.

Na edição deste ano, o evento contará com nove grupos e cerca de 40 músicos, além de mais de 20 pessoas envolvidas na equipe de produção. As apresentações serão registradas pelo Laboratório de Criação Musical e Áudio (LaCriMa) e posteriormente lançadas em plataformas digitais, assim como ocorreu na primeira edição do festival.

O LeopoldoPalooza reafirma a importância dos espaços de criação coletiva e da valorização das iniciativas estudantis dentro da universidade, estimulando a formação artística, a colaboração e a experimentação sonora.

Lineup

Sexta-feira (24/10), às 17h

  • Fabrício e Ana
  • Quase Raro
  • Matheus Lima
  • Corações Solitários

Sábado (25/10), às 14h

  • Trio de Cordas Brasileiras
  • Tom Brasileiro
  • Tê Paiva
  • Chicken Feathers
  • Rodrigo Gonçalves Quinteto

LeopoldoPalooza – Festival da Escola de Música da UFRJ
📅 24/10 (sexta-feira) | 17h; e 25/10 (sábado) | 14h
🏛️ Salão Leopoldo Miguez – EM/UFRJ
📍 Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟️ Entrada gratuita

ContempoMúsica UFRJ apresenta concerto “Música Brasileira” no Salão Leopoldo Miguez

O grupo ContempoMúsica UFRJ realiza, no dia 22/10, às 19h, o concerto “Música Brasileira”, no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ. A apresentação tem entrada franca e celebra a diversidade e a riqueza da criação musical nacional, com um repertório formado inteiramente por obras de compositores brasileiros.

O programa inclui peças de César Guerra-Peixe, Ronaldo Miranda, Ernani Aguiar, Ernst Mahle, Maria de Lourdes Campelo Ribeiro, Alexandre Schubert, Alexandre Ribeiro e do aluno de composição Gabriel Arnaud, refletindo a vitalidade da produção contemporânea e da tradição musical brasileira.

Formado por alunas e alunos de diferentes cursos de Graduação da Escola de Música da UFRJ, o ContempoMúsica apresenta uma formação instrumental singular, reunindo canto, violino, violas, violoncelo, contrabaixos, harpa, violão, saxofone, sanfona, trombone, percussão e piano. Essa combinação resulta em uma sonoridade marcante e de grande riqueza tímbrica.

Com direção artística e regência do professor Alexandre Schubert, o grupo está vinculado às disciplinas de Prática de Música Contemporânea e ao projeto de extensão Panorama da Música Brasileira Atual da Escola de Música da UFRJ. Em 2024, o ContempoMúsica participou com destaque do XXXI Panorama da Música Brasileira Atual, reafirmando sua importância na difusão da música contemporânea no país.


Programa

De fiancoAlexandre Ribeiro (n. 1982)
Clarineta: Leandro Nascimento

ValsinhaMaria de Lourdes Campelo Ribeiro (1976)
Harpa: Cléo Rodrigues

Sonata para a Noite EstreladaGabriel Arnaud (n. 1989)
Violino: Leonardo Davi | Sanfona: Matheus Queiroz

Duo – 3º movimentoErnani Aguiar (n. 1950)
Violino: Leonardo Davi | Violoncelo: Fabrício Ferreira Cassiano

Seis duetos para violino e violaAlexandre Schubert (n. 1970)
Violino: Leonardo Davi | Viola: Renata Jordão

PentafoniaErnst Mahle (1929–2025)
Regência: Luiz Mizutani

  1. Lento
  2. Vivo

CantaresRonaldo Miranda (n. 1948)
Mezzo-soprano: Amália Neves Muñoz

Três peçasCésar Guerra-Peixe (1914–1993)
Viola solista: Renata Jordão

Regência: Alexandre Schubert


ContempoMúsica UFRJ – “Música Brasileira”
🗓 22 de outubro (quarta-feira) | 19h
🏛 Salão Leopoldo Miguez – EM/UFRJ
📍 Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟 Entrada franca

Recital marca lançamento do livro A Arte da Colaboração Pianística, de Renan Santos

Em 21/10, o Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, será palco do recital de lançamento do livro A Arte da Colaboração Pianística: estudo, ensaio e performance, de autoria do pianista Renan Santos. A entrada é franca.

O evento reúne diferentes formações instrumentais e vocais. Participam do recital o Coral Infantil da UFRJ (regência de Juliana Melleiro), o tenor André Cisco, o flautista João Barros, o clarinetista João Souza, o violoncelista Vinícius Nascimento e o pianista Danilo Cunha.

O programa contempla obras brasileiras, muitas delas ainda sem gravações disponíveis nas plataformas digitais. Entre as peças apresentadas estão Elegia, de Homero de Sá Barreto (para violoncelo e piano), Romance, de Francisco Braga (para flauta e piano), e a estreia de Pão de Açúcar, composta por Maria di Cavalcanti e dedicada a Renan Santos.

Fruto da pesquisa de mestrado do pianista no Programa de Pós-Graduação em Música da UFRJ (PROMUS), o livro A Arte da Colaboração Pianística é o primeiro no Brasil a abordar o tema de forma abrangente, articulando os eixos de estudo, ensaio e performance.


Recital de lançamento do livro A Arte da Colaboração Pianística
📅 21 de outubro (terça-feira) | 19h
🏛️ Salão Leopoldo Miguez – EM/UFRJ
📍 Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟 Entrada franca

Inscrições para o Teste de Habilidade Específica (THE) 2026 vão até 11/11

Os interessados em cursar uma graduação na Escola de Música da UFRJ devem ficar atentos. As inscrições para o Teste de Habilidade Específica (THE) 2026 serão aceitas no período compreendido entre 10h de 13/10/25 e 16h de 11/11/25. O THE é obrigatório para todos que queiram concorrer aos cursos de bacharelado ou licenciatura em Música na UFRJ.

Para ingresso no 1º período letivo de 2026 (2026/1) poderão concorrer os candidatos que estejam realizando o ENEM 2025 e que tenham sido qualificados como APTOS no THE 2026 ou em editais anteriores (THE 2023, THE 2024 ou THE 2025). Os detalhes sobre o processo de inscrição para concorrer a estas vagas serão definidos posteriormente no Edital THE-ENEM 2026 (que será publicado no início de 2026).

Vale ressaltar que a leitura do edital é de fundamental importância. As informações detalhadas sobre as próximas publicações relativas ao processo seletivo poderão ser acessadas a partir deste endereço.

Finalmente, os conteúdos programáticos das Provas Práticas para os Editais de Acesso estão disponíveis on-line e podem ser baixados aqui.

Segue o cronograma resumido:

  • Inscrição no Edital: das 10h do dia 13/10/2025 às 16h do dia 11/11/2025
  • Divulgação da listagem dos candidatos inscritos: até às 23h59min do dia 12/11/2025
  • Primeira Etapa (remota e assíncrona): Envio do(s) vídeo(s) da Prova Prática: 10h do dia 13/11/2025 às 16h do dia 17/11/2025
  • Divulgação do resultado da Primeira Etapa: até 23h59min do dia 24/11/2025
  • Segunda Etapa (presencial): Prova Escrita/Teórica/Oral: dia 28/11/2025 (em local e horário a serem divulgados)
  • Divulgação do resultado da Segunda Etapa (Resultado Final): até às 23h59min do dia 12/12/2025

Eventuais dúvidas devem ser endereçadas a acesso@musica.ufrj.br

Aluno de Regência Orquestral da EM/UFRJ vence Concurso Novos Sons Brasileiros, da São Paulo Chamber Soloists

O aluno Tiê de Kühl e Machado, do curso de Bacharelado em Regência Orquestral da Escola de Música da UFRJ, conquistou o primeiro lugar no Concurso Novos Sons Brasileiros, promovido pela São Paulo Chamber Soloists (SPCS), que recebeu mais de cem obras inscritas de todo o país.

Criada em 2020, a SPCS é formada por 14 solistas de cordas que se apresentam em diversas formações. O grupo vem ganhando destaque no cenário nacional e internacional, com um currículo que inclui apresentações em Nova York e Londres. Prova desse reconhecimento é a indicação ao Grammy Latino 2025, que reforça o impacto artístico do grupo e de iniciativas como o Concurso Novos Sons Brasileiros, voltado à descoberta de novos talentos da composição no país.

O concerto de encerramento do concurso aconteceu em 04 de outubro, no Teatro Cultura Artística, reunindo diversidade estética e gerações distintas. Foram apresentadas as obras dos finalistas Felipe Jacob (compositor e violonista paulistano, finalista de duas edições do Festival Tinta Fresca, da Filarmônica de Minas Gerais), Igor Maia (compositor e regente, doutor pelo King’s College London e professor da UFMG) e Tiê Kühl (multi-instrumentista e aluno de Regência Orquestral da EM/UFRJ).

Mesmo concorrendo com compositores mais experientes, foi a obra Suíte Ibirapuera, de Tiê, a escolhida como vencedora pelo júri formado por Esteban Benzecry (um dos principais compositores argentinos da atualidade); Clarice Assad (pianista e compositora indicada ao Grammy e reconhecida por transitar entre o clássico, o jazz e a música popular) e Catarina Domenici (pianista e professora da UFRGS, referência na música contemporânea brasileira).

A premiação é fruto de uma trajetória na EM/UFRJ que começou muito antes da graduação. Conforme contou em entrevista ao podcast Som do Passeio, aos sete anos, Tiê ingressou no Coral Infantil da UFRJ, sob a direção da professora Maria José Chivitarese, onde permaneceu por nove anos. “Foram os melhores anos, aprendendo com a melhor professora e participando de dezenas de óperas e concertos nos mais importantes palcos do Rio”, recorda. “O Coral Infantil da UFRJ é um trabalho de musicalização primoroso, base de inúmeros músicos profissionais. Devo muito do que sou hoje à querida Zezé.”

Atualmente cursando o quinto período de Regência Orquestral, Tiê vive intensamente a vida musical da Escola. “Me sinto num verdadeiro parque de diversões”, conta o aluno que não esconde o afeto instituição. “Tenho aulas com grandes músicos, canto no Coral Brasil Ensemble, da professora Zezé Chivitarese, toco violino na Camerata de Cordas da UFRJ, sob a direção do professor Fernando Pereira, e aprendo regência na prática junto à Orquestra Sinfônica da UFRJ.”

Segundo ele, a inspiração para a Suíte Ibirapuera, sua obra premiada, nasceu da pergunta instigante proposta pelo concurso: “O que te inspira?”. A resposta veio de forma imediata: a natureza. “Quando soube que o objetivo era homenagear São Paulo, pensei de cara no Parque Ibirapuera. Os parques sempre foram meus quintais, espaços de convivência, introspecção e contato com a natureza”, explica.

Pesquisando a história do parque, Tiê descobriu a presença marcante de nordestinos na sua construção e decidiu homenagear essa contribuição. Assim nasceu o primeiro movimento, Ibirá-obi, um baião em reverência ao Nordeste e à árvore pau-ferro, símbolo de resistência. Os demais movimentos — Lago das Garças, Jequitibá Rosa e Encontros no Ibira — retratam a diversidade e a convivência democrática que o parque acolhe. “O chorinho Encontros no Ibira teve influência direta das aulas que tive com o professor e compositor Carlos Almada”, destaca.

Com a serenidade de quem valoriza o caminho tanto quanto a conquista, o jovem compositor também revelou que o momento da apresentação foi para ele algo tão marcante quanto a vitória em si: “Ouvir o som ao vivo foi, para mim, um verdadeiro troféu”. Ele também fez questão de agradecer e dedicar a obra ao seu orientador ao longo de todo este processo, o professor Liduíno Pitombeira, bem como à pianista Patrícia Espinoza, sua namorada, também aluna de Regência Orquestral.

Entre os próximos passos, Tiê revela estar trabalhando em sua primeira sinfonia, “A Floresta Atlântica”, e na edição ilustrada do livro de partituras “Jobinianas – O Concerto”, em homenagem a Tom Jobim. Já a premiada Suíte Ibirapuera deverá ser lançada em breve nas plataformas digitais.

Encerrando com entusiasmo, Tiê recomendou ainda que o público conheça o álbum Radamés, da São Paulo Chamber Soloists, atualmente indicado ao Grammy Latino. “Agradeço à São Paulo Chamber Soloists pela oportunidade e por criar pontes. Essa experiência foi inesquecível.”

A entrevista completa com Tiê Kühl vai ao ar no episódio de 10/10 do podcast Som do Passeio.

Concerto da Orquestra Sinfônica da UFRJ na Sala Cecília Meireles terá estreia nacional e grandes mestres do repertório sinfônico

A Orquestra Sinfônica da UFRJ dá continuidade à sua 101ª temporada com um concerto especial em 17 de outubro, às 19h, na Sala Cecília Meireles, um dos palcos mais tradicionais da música de concerto no Rio de Janeiro. Sob a regência de Thiago Santos, o programa apresenta uma combinação de novidade e tradição, com uma estreia nacional, o romantismo poético de Chopin e a elegância nórdica de Sibelius.

A abertura da noite será marcada pela estreia de “Acalanto & Alvorada” (2023), obra do compositor Alexandre Guerra, encomendada pelo Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos, projeto desenvolvido em parceria entre a Funarte e a UFRJ. A peça descreve dois momentos simbólicos da vida cotidiana: o acalanto, em que pais embalam o sono dos filhos, e a alvorada, quando os primeiros raios de sol anunciam o despertar do dia. A obra se desenvolve em um longo e lento crescendo em que uma melodia simples e singela é acompanhada por texturas orquestrais transparentes e delicadas, para, ao final, repousar em acordes calmos, dando por encerrado o pleno despertar da manhã.

Em seguida, o público será conduzido ao universo lírico de Frédéric Chopin (1810–1849), com a execução do Concerto nº 2 para piano em Fá menor, Op. 21. A obra, composta quando o autor tinha apenas 20 anos, combina vigor e sensibilidade, com três movimentos que expressam as nuances do espírito romântico — do ímpeto do Maestoso à doçura apaixonada do Larghetto e ao brilho dançante do Allegro vivace. O solista da noite será o jovem pianista Yuri Bello, aluno da Escola de Música da UFRJ e vencedor do Concurso Jovens Instrumentistas da Orquestra Sinfônica da UFRJ.

Após o intervalo, a orquestra interpreta a Sinfonia nº 3 em Dó maior, Op. 52, de Jean Sibelius (1865–1957), concluída em 1907. Considerada a mais clássica das sete sinfonias do compositor finlandês, a obra representa um marco de transição entre o romantismo e o modernismo. De caráter mais contido e estruturado, a Terceira Sinfonia revela o domínio de Sibelius sobre o desenvolvimento temático e a construção formal, privilegiando a clareza e a organicidade em detrimento do grandiloquente estilo pós-romântico.

O maestro Thiago Santos, regente convidado da noite, é um dos nomes de destaque da nova geração de maestros brasileiros. Com sólida formação nacional e internacional, atuou como assistente da BBC Philharmonic e da Royal Liverpool Philharmonic, e já regeu importantes orquestras no Brasil e na Europa.

O concerto reafirma o compromisso da Orquestra Sinfônica da UFRJ com a excelência artística e a formação de novas gerações de músicos, ao mesmo tempo em que celebra a vitalidade da música sinfônica brasileira e internacional em sua 101ª temporada.

Orquestra Sinfônica da UFRJ – 101ª Temporada
📅 17/10 (sexta-feira) | 19h
🏛️ Sala Cecília Meireles
📍 Largo da Lapa, s/n – Lapa, Rio de Janeiro
🎟 Ingressos a preços populares disponíveis na bilheteria da Sala ou em funarj.eleventickets.com