Ópera na UFRJ seleciona cantores para “O Empresário”, de Mozart

O projeto Ópera na UFRJ abriu inscrições para os interessados em participar das suas produções de 2026. As audições buscam selecionar cantores para o singspiel Der Schauspieldirektor (O Empresário), de Mozart, com libreto de Johann Gotlieb Stephanie. A seleção também definirá uma soprano para participar do primeiro concerto da temporada da Orquestra Sinfônica da UFRJ, interpretando a ária Ruhe Sanft, da ópera Zaïde, também de Mozart.

Nesta primeira chamada, as audições são voltadas exclusivamente a alunos de graduação, pós-graduação e extensão oficialmente matriculados na EM/UFRJ, e serão realizadas presencialmente no dia 12 de dezembro, a partir das 13h, no prédio histórico da Escola de Música da UFRJ, que fica na Rua do Passeio, 98, na Lapa, Rio de Janeiro.

É necessário ter disponibilidade de tempo para ensaios e apresentações. A estreia está prevista para junho de 2026 e os ensaios serão realizados nos meses de março, abril, maio e junho. Está prevista ainda uma temporada adicional em novembro de 2026, podendo o espetáculo se estender conforme as condições de produção e disponibilidade do elenco.

A ópera “O Empresário” será apresentada em português, mas os candidatos poderão optar por cantar o trecho designado em alemão ou português durante a audição. Ambas as versões serão disponibilizadas pela produção.

As inscrições ficam abertas até 11 de dezembro e devem ser realizadas através do formulário disponível neste link.

PERSONAGENS E REPETÓRIO:

Monsieur Vogelsang – tenor: uma ária de Mozart de livre escolha que contenha um Lá 3 (Lá agudo), mais o terceto Ich bin die erste Sängering do compasso 90 (Adagio) ao fim

Mademoiselle Silberklang – soprano leve: ária Bester Jüngling mit Entzüken, mais o terceto Ich bin die erste Sängering do compasso 90 (Adagio) ao fim

Madame Herz – soprano leve: ária Da schlägt die Abschiedsstunde mais o terceto Ich bin die erste Sängering do compasso 90 (Adagio) ao fim

Buff – baixo ou barítono: uma ária de Mozart de livre escolha

Os audicionantes para as demais personagens, relacionadas abaixo, deverão apresentar uma ária de livre escolha retirada de uma das seguintes óperas de Mozart: ‘Idomeneo’, ‘O Rapto no Serralho’, ‘Assim Fazem Todas’, ‘As Bodas de Fígaro’, ‘Don Giovanni’, ‘A Flauta Mágica’ ou ‘A Clemência de Tito’:

Frank – tenor, barítono ou baixo.

Eiler – tenor, barítono ou baixo.

Herz – tenor, barítono ou baixo.

Madame Pfeil – soprano, mezzo ou contralto.

Madame Krone – soprano, mezzo ou contralto.

Madame Vogelsang – soprano, mezzo ou contralto.

Finalmente, as candidatas à participação no primeiro concerto da Temporada 2026 da Orquestra Sinfônica da UFRJ deverão apresentar a ária Ruhe Sanft, para soprano, da ópera Zaïde, de W. A. Mozart.

Dúvidas devem ser endereçadas a fabricia.medeiros@musica.ufrj.br (assunto Projeto Ópera 2026 – O EMPRESÁRIO).

BAN disponibiliza manuscrito autógrafo “A Louca”, de Elias Álvares Lobo, na Biblioteca Digital de Obras Raras da UFRJ

A Biblioteca Alberto Nepomuceno (BAN) passou a disponibilizar, na segunda quinzena de novembro, em formato digital na Biblioteca Digital de Obras Raras da UFRJ (BDOR), o manuscrito autógrafo A Louca, de Elias Álvares Lobo.

Nascido em São Paulo, em 1834, Elias Álvares Lobo estudou contrabaixo, piano e outros instrumentos. Posteriormente, transferiu-se para o Rio de Janeiro para dar continuidade à sua formação no Conservatório de Música. Entre suas obras, está a Missa de São Pedro de Alcântara, oferecida ao Imperador D. Pedro II e executada na Capela Imperial. Em 1859, compôs A Noite de São João para a Imperial Academia de Música e Ópera Nacional — obra considerada a primeira ópera brasileira e encenada na capital sob a direção do jovem Carlos Gomes.

O manuscrito A Louca, também conhecido como Os Salteadores da Mantiqueira, integra o Acervo de Manuscritos da Biblioteca da Escola de Música. Segundo a bibliotecária-chefe da BAN, Dolores Brandão, o trabalho de digitalização vem sendo desenvolvido pela equipe da biblioteca com o objetivo de preservar os documentos originais que compõem uma coleção formada ao longo de mais de 175 anos de existência da Escola de Música, a qual registra parte significativa da história da música no Brasil.

Dolores Brandão também destacou o apoio da direção da Escola de Música na aquisição dos equipamentos necessários à digitalização, assim como a contribuição do Sistema de Bibliotecas da UFRJ (SiBI), responsável pela infraestrutura da Biblioteca Digital de Obras Raras (BDOR).

Com acesso livre, o manuscrito autógrafo de A Louca está disponível para consulta na Biblioteca Digital de Obras Raras da UFRJ, no endereço: http://bdor.sibi.ufrj.br/handle/doc/1378.

A BDOR é um repositório dedicado à coleta, preservação e divulgação de documentos digitais raros pertencentes às bibliotecas da UFRJ. Seu conteúdo é organizado por comunidades e coleções, entre as quais se encontra a Escola de Música. Um vídeo explicativo sobre a navegação na plataforma também está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AfNJ0Qp39bU.

Nota de pesar pelo falecimento de Eduardo Camenietzki

A EM/UFRJ manifesta profundo pesar pelo falecimento de Eduardo Camenietzki, ocorrido em 5 de dezembro de 2025. Compositor, instrumentista, poeta, professor, diretor de trilhas sonoras e servidor técnico-administrativo da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde a década de 1980, construiu uma trajetória marcada pela dedicação à música e ao ensino.

Sua iniciação musical aconteceu por meio do violão, aos 13 anos. Foi discípulo de Lula Perez e, posteriormente, de Turíbio Santos, com quem aprofundou seus estudos em técnicas e práticas interpretativas da música clássica na UFRJ. Participou, ao lado de alunos da UFRJ e também da UNIRIO, da “Orquestra de Violões do Rio de Janeiro”.

Durante muitos anos, atuou profissionalmente na Rede Globo, onde criou as trilhas sonoras dos seriados “O Tempo e o Vento” e “Grande Sertão Veredas”. Em 2019, recebeu o prêmio de Melhor Música Clássica da Rádio MEC. Compôs ainda diversas obras inspiradas em sua religião judaica e levou sua música a diferentes instituições.

Entre seus trabalhos mais recentes para o cinema estão as trilhas dos filmes Doidos de Pedra (2019) e O Cravista (2025), ambos dirigidos por Luiz Eduardo Ozório, sendo este último sobre o maestro Roberto de Regina.

Nos últimos meses, enfrentou um tumor e uma falência hepática, contra os quais vinha lutando desde setembro de 2025.

A EM/UFRJ se solidariza com familiares, amigos e colegas neste momento de dor.

Nota de pesar pelo falecimento de Marly Moniz

A Escola de Música da UFRJ lamenta, com profundo pesar, o falecimento, em 04/12, de Marly Moniz, professora e pianista que teve atuação significativa na instituição.

Marly Moniz foi uma acompanhadora de piano de grande importância na Escola de Música da UFRJ e também atuou como solista da Orquestra Sinfônica da UFRJ, à época em que o conjunto ainda se chamava ORSEM-UFRJ. Sua presença e contribuição integram, inclusive, a memória histórica da orquestra, registrada na exposição de seu centenário.

Na Escola de Música da UFRJ, destacou-se também como coordenadora do projeto de extensão “Tardes Musicais”, iniciativa voltada ao incentivo das apresentações públicas de estudantes. Seu trabalho foi marcado pelo estímulo à prática de palco e pelo apoio à formação musical, sempre encorajando os alunos a se apresentarem, independentemente do grau de dificuldade das obras executadas.

Neste momento de tristeza, a Escola de Música da UFRJ se solidariza com familiares, amigos, alunos e colegas, expressando suas mais sinceras condolências. Que sua contribuição à música e à formação artística permaneça como parte viva da história da instituição.

UFRJazz completa 30 anos com concerto comemorativo na EM/UFRJ

A UFRJazz Ensemble celebra três décadas de atuação com um concerto especial em 12/12, às 19h, no Salão Leopoldo Miguez, na EM/UFRJ. Fundada em 1995 pelo professor José Rua, a big band consolidou-se como referência na música instrumental brasileira, articulando excelência acadêmica e experimentação artística.

Desde 2017 sob a direção musical e regência de Julio Merlino, o grupo vem explorando novas possibilidades sonoras, incorporando influências contemporâneas e mantendo diálogo com as raízes da música brasileira. Ao longo de sua trajetória, a UFRJazz já realizou mais de 260 apresentações e dividiu o palco com nomes como Hermeto Pascoal, Guinga, Nivaldo Ornelas e Rosa Marya Colin, além de ter lançado três álbuns elogiados pela crítica especializada.

O programa do concerto reúne obras de diferentes vertentes da música popular e instrumental, incluindo composições e arranjos de Sammy Nestico, Freddie Green, Carlos Malta, Hamilton de Holanda, Jaco Pastorius, Tom Jobim, Dori Caymmi e Luiz Gonzaga. Algumas peças contam com arranjos e adaptações assinados por Julio Merlino, além de um arranjo original de Fernando Merlino para canções de Tom Jobim.

Participam do concerto alunos e músicos da formação atual da UFRJazz, incluindo naipes de saxofones, trompetes, trombones, eufônio, além de guitarra, piano, baixo elétrico, bateria e vibrafone. A direção musical e regência são de Julio Merlino.

O repertório inclui:

  • Dimensions in Blue (Sammy Nestico)
  • Corner Pocket (Freddie Green, arranjo de Ernie Wilkins)
  • Frevando na Dinamarca (Carlos Malta)
  • Pra Sempre (Hamilton de Holanda, arranjo de Julio Merlino)
  • Liberty City (Jaco Pastorius, adaptação de Julio Merlino)
  • Pot-pourri Tom Jobim (arranjo original de Fernando Merlino e versão para big band de Julio Merlino)
  • Spring / Rio Amazonas (Dori Caymmi, arranjo de Julio Merlino)
  • Pot-pourri Luiz Gonzaga (arranjo de Julio Merlino)


UFRJazz – 30 anos
📅 12/12 (sexta-feira) | 19h
🏛️ Salão Leopoldo Miguez – EM/UFRJ
📍 Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟 Entrada franca

Concerto de Natal reúne OSUFRJ, Coro Brasil Ensemble e Classe de Canto Coral da UFRJ na Igreja de São Francisco de Paula

A Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), recentemente reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro (Lei 9.176/25), realiza no dia 11 de dezembro, às 18h, o tradicional Concerto de Natal, na Igreja de São Francisco de Paula, no Centro do Rio de Janeiro. A apresentação marca também o encerramento de sua 101ª temporada.

A apresentação contará com a participação do Coro Brasil Ensemble, sob direção de Maria José Chevitarese, e da Classe de Canto Coral da UFRJ, dirigida por Juliana Melleiro. A regência será de André Cardoso. O programa reúne três obras do repertório sacro ocidental, abrangendo diferentes períodos da história da música.

A abertura será com o Moteto Te Christe solum novimus (1800), de José Maurício Nunes Garcia (1767–1830), mestre de capela da Catedral e da Sé do Rio de Janeiro e, posteriormente, das Capelas Real e Imperial. A obra, uma ária em duas partes para soprano e orquestra, apresenta escrita vocal com uso comedido de coloraturas e é considerada uma das composições do autor mais próximas do estilo rococó. A solista será a soprano Ligia Ishitani.

Na sequência, será apresentada a Introduzione e Glória em Ré maior RV 588 (c. 1717), de Antonio Vivaldi (1678–1741), composta provavelmente durante o período em que o compositor atuou como maestro interino do coro do Ospedalle della Pietà, um orfanato para moças em Veneza onde era professor e tinha por obrigação compor. A obra segue a forma cantata, distribuída em diferentes números, alternando árias, recitativos, duetos e coros, e será interpretada por Edilene Melo (soprano), Isabela Peralta (mezzo) e Rodrigo Barcelos (tenor), além do coro e da orquestra.

Encerrando o programa, a OSUFRJ, juntamente com o coro e solistas, interpreta a Cantata Vom Himmel hoch, da komm ich her (1831), de Felix Mendelssohn (1809–1847), um dos principais nomes do romantismo germânico. Escrita em Roma sob inspiração da música de Johann Sebastian Bach, a obra é estruturada em seis movimentos e contará com Luíza Lima (soprano) e Iago Cirino (barítono) como solistas.

O concerto integra as atividades artísticas da EM/UFRJ e acontece em uma histórica igreja do Rio de Janeiro, proporcionando ao público uma experiência musical no contexto das celebrações natalinas.

Concerto de Natal | OSUFRJ – 101ª temporada
📅 11/12 (quinta-feira) | 18h
📍 Igreja de São Francisco de Paula
🏠 Largo São Francisco de Paula, s.n. – Centro – Rio de Janeiro
🎟️ Entrada gratuita

Aluno da EM/UFRJ, Yuri Bello é classificado para a semifinal do Prelúdio, da TV Cultura

No último domingo (30/11), o pianista carioca Yuri Bello, bacharelando em Piano pela Escola de Música da UFRJ, avançou rumo à semifinal do Prelúdio, concurso de música clássica da TV Cultura que celebra 20 anos em 2025 e é apresentado pelo maestro Júlio Medaglia. A classificação de Yuri veio com uma brilhante interpretação do primeiro movimento do Concerto nº 2 em fá menor, de Frédéric Chopin.

“É com imensa alegria que compartilho minha classificação para a semifinal do renomado concurso Prelúdio da TV Cultura!”, publicou Yuri em suas redes sociais. Mais do que o resultado em si, a experiência no concurso tem representado, segundo ele, uma importante oportunidade de crescimento artístico e pessoal.

Em entrevista ao podcast Som do Passeio, o pianista destaca que o Prelúdio vem proporcionando vivências que vão muito além da prática individual de estudo. “Está trazendo para mim vários tipos de experiências, como tocar no palco, tocar com orquestra e um maestro excelente, tocar para uma banca, para a TV, para um concurso. Todos esses fatores acabam trazendo aquele frio na barriga, o nervosismo, a ansiedade”, relata. Para Yuri, o grande desafio não é apenas enfrentar essas sensações, mas aprender a lidar com elas de forma construtiva. “Quando a gente aprende a lidar com isso, a gente acaba ganhando uma experiência que não se ganha mesmo com seis, oito ou dez horas de estudo por dia no instrumento”, afirma.

A preparação para a eliminatória foi marcada por um processo de estudo que ultrapassou o contato direto com o piano. Yuri explica que uma das maiores dificuldades era imaginar como se daria o diálogo entre seu instrumento e a orquestra. “Quando a gente toca sozinho, tudo fica muito claro. Mas quando toca com uma orquestra ou com um grupo, existe o outro lado também. Isso é um desafio grande para qualquer concerto”, observou.

Por isso, ele conta que passou vários dias não apenas praticando no instrumento, mas também ouvindo atentamente o concerto, estudando a partitura completa e buscando compreender o papel de cada seção orquestral. “Eu procurava imaginar a orquestra, cantar trechos da orquestra, ver quais são as perguntas da orquestra e as respostas que o piano dá, e vice-versa. Tudo isso traz uma complexidade grande para a música e é muito importante de se trabalhar”, explicou.

Com 23 anos, Yuri já se apresentou como solista e camerista no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e em espaços como os centros culturais do Banco do Brasil, da Justiça Federal e da Sociedade de Cultura Artística, em Santa Catarina. Ele também participou de festivais e oficinas, entre eles o Festival de Música de Santa Catarina (FEMUSC), a Oficina de Piano da USP e o Festival Brasil-Alemanha. Atualmente, atua como professor de piano e de disciplinas teóricas na Escola de Música Villa-Lobos, além de se apresentar como recitalista e músico de câmara.

Ao falar sobre sua formação, Yuri fez questão de ressaltar o papel da EM/UFRJ, cujo curso de graduação em piano atualmente é avaliado com nota máxima (5) pelo MEC, e também de seu professor de piano, Ronal Silveira, em sua trajetória. Ele relata que, desde seu ingresso na instituição, em 2020, construiu uma rotina disciplinada de estudos, muitas vezes chegando ainda nas primeiras horas do dia para aproveitar as salas disponíveis. “Eu chegava na escola às sete horas, às vezes até antes, quando a escola ainda estava fechada, porque eu sempre tive essa vontade de estudar, e isso foi amadurecendo aos poucos ao longo dos anos”, contou.

Segundo ele, o acompanhamento do professor foi decisivo nesse processo. “Escolher repertório, amadurecê-lo, trabalhar questões técnicas e interpretativas, tudo isso me ajudou muito nessa construção como pianista e como pessoa”, afirmou. “Eu tenho muito o que agradecer à EM/UFRJ e ao meu professor. Eles foram e continuam sendo muito importantes nessa caminhada.”

Esta não é a primeira vez que um aluno da EM/UFRJ se destaca no concurso Prelúdio. Bernardo Jannuzzi, violonista aluno do professor Marcus Ferrer, também chegou à semifinal em 2024. E Felipe Naim, pianista então aluno da professora Miriam Grosman, venceu a edição de 2019.

A entrevista completa de Yuri Bello ao podcast Som do Passeio vai ao ar em 05/11, às 17h, na Rádio UFRJ.

Resultado do VII Concurso de Composição Minerva

Já foi divulgado o resultado do VII Concurso de Composição Minerva, edição 2025, destinado a obras para a UFRJazz. A avaliação foi realizada no dia 29 de novembro de 2025, às 15h, em reunião online via plataforma Zoom, conforme registrado em ata.

A banca avaliadora foi composta pelos professores Julio Merlino (presidente), Marcelo Coelho, Mario Adnet, Carlos Almada e Roberto Stepheson. O total de obras inscritas no concurso foi de sete. Após avaliação individual, o edital determinou o descarte das notas máxima e mínima atribuídas a cada obra e o cálculo da média entre os valores restantes.

Foram agraciados quatro compositores:

1º lugar – Repentinamente, de Rafael Miranda de Oliveira de Souza
2º lugar – Prisma, de Matheus Ferreira da Silva dos Santos
3º lugar – Pelos Encontros e Desencontros da Vida, de Rodrigo Gonçalves de Sousa
4º lugar – Uma Noite nas Ruas de New Orleans, de Gabriel Penna Firme Nascimento

Constam ainda na lista geral de títulos e autores inscritos:

A Lua me tirou para dançar – Aline Freire de Rezende
Cuscuz – Arthur Augusto Russo de Oliveira Salles
Para você, Hermeto – Maíra Dias Vecchi

De acordo com a ata, os autores das obras selecionadas devem se remeter ao diretor artístico da Orquestra UFRJazz, Prof. Dr. Julio Merlino, pelo e-mail juliomerlino@musica.ufrj.br, para envio dos materiais com vistas à estreia na temporada de 2026.

Seguem os documentos:

Orquestra Sinfônica da UFRJ é declarada patrimônio cultural imaterial do Município do Rio de Janeiro

A Orquestra Sinfônica da UFRJ passou a integrar oficialmente o patrimônio cultural de natureza imaterial do Município do Rio de Janeiro. A Lei nº 9.176, sancionada em 26 de novembro de 2025 pela Câmara Municipal, reconhece a relevância histórica, artística e formadora da OSUFRJ e consolida seu papel como uma das instituições musicais mais representativas da cidade.

O ato legislativo, de autoria do vereador Marcio Ribeiro, afirma a importância da Orquestra tanto como espaço de produção artística quanto como núcleo de excelência acadêmica vinculado à Escola de Música da UFRJ. Com um século de atividades ininterruptas (desde 1924), a OSUFRJ tem desempenhado função central no cenário cultural carioca e na formação de gerações de músicos brasileiros, contribuindo para a difusão do repertório sinfônico e para a criação contemporânea.

O reconhecimento como patrimônio imaterial amplia a proteção institucional da Orquestra e reforça sua inserção na memória cultural do município. A nova lei determina ainda que o Poder Executivo municipal realize os registros necessários, conforme previsto no Decreto nº 23.162/2003, que regulamenta a política de salvaguarda dos bens culturais de natureza imaterial no Rio de Janeiro.

Para a Escola de Música da UFRJ, a medida simboliza a consolidação de um trabalho contínuo de excelência artística e compromisso público. A OSUFRJ atua não apenas como conjunto sinfônico, mas como espaço de prática profissional, pesquisa, inovação pedagógica e extensão universitária. O reconhecimento municipal dá visibilidade a essa trajetória e projeta a Orquestra em novas frentes de preservação, circulação e valorização.

A conquista chega em um momento de forte atividade artística do grupo, que tem intensificado apresentações, estreias de obras brasileiras, exposições etc. Com o novo status de patrimônio cultural imaterial, a OSUFRJ reafirma sua missão de servir à sociedade por meio da música, fortalecendo a presença da UFRJ no cenário cultural do país.

“Bororó” estreia no Projeto Ópera na UFRJ 2025, com canções de Francisco Mignone

O Projeto Ópera na UFRJ apresenta, em sua temporada 2025, a revista musical Bororó, com texto de Carlos Rabelo e canções de Francisco Mignone. O espetáculo terá apresentações em Teresópolis, no Teatro da FESO, no dia 30 de novembro, e no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ, nos dias 13 e 14 de dezembro, sempre às 16h, com entrada franca.

Ambientada no Rio de Janeiro da década de 1950, época em que o teatro de revista vivia seu auge, a obra narra a trajetória de Herbert Rodgers, um compositor de música clássica que, por dificuldades financeiras, passa a trabalhar em um teatro popular sob o pseudônimo Bororó. Ali, entra em conflito com Dolores, a vedete principal do elenco, mas ambos acabam unindo forças para salvar o teatro da falência. Paralelamente, a história acompanha os sonhos de Zinha, uma jovem cozinheira que aspira a ser artista, e de Juremir, seu namorado, que vem do interior em busca de reconquistá-la — e se encanta com o universo do espetáculo.

A peça foi encomendada ao dramaturgo Carlos Rabelo em 2019, quando foram publicadas as canções populares de Francisco Mignone assinadas com o pseudônimo Chico Bororó, numa iniciativa de Maria Josephina Mignone e Anete Rubin. A produção foi adiada durante a pandemia e agora ganha vida em grande escala, unindo o Projeto Ópera na UFRJ ao grupo Sôdade Brasilis, reconhecido por seu trabalho dedicado à música brasileira.

A direção geral e preparação musical são de Lenine Santos, com direção cênica e iluminação de José Henrique Moreira, co-direção e direção de movimento de Marcellus Ferreira, e direção artística de Leonardo Pinto. O elenco conta com André Cisco, Maria Clara Justino, Haile Muziki, Mariana Leandro e André Hipólito.

A música ao vivo é interpretada pelo grupo Sôdade Brasilis, com coordenação e preparação de Sérgio Álvares e Sheila Zagury, e participação de Cecília Brandão (piano), Rafael Miranda (violão 7 cordas), Raphael Rodriguez (violão 6 cordas), Yago Pessanha (clarineta), Aline Silveira (flauta) e Ezequias Cândida (trompete).

Com arranjos musicais de Tiê Kühl, preparação musical de Lenine Santos e José Sacramento, e produção executiva de Fabrícia Medeiros e André Garcez, Bororó promete uma experiência vibrante, repleta de humor, ritmo e memória da cena musical brasileira do século XX.


Ópera na UFRJ 2025 – Bororó
📅 30/11 (domingo) | 16h
🏛️ Teatro FESO – Teresópolis

📅 13/12 e 14/12 (sábado e domingo) | 16h
🏛️ Salão Leopoldo Miguez – EM/UFRJ
📍 Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟 Entrada franca