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XXVI Bienal de Música Brasileira Contemporânea: edição comemorativa de 50 anos terá concerto da OSUFRJ

Evento em parceria com a EM/UFRJ vai de 22/11 a 28/11; OSUFRJ se apresenta em 24/11

A Escola de Música da UFRJ participa da realização da XXVI Bienal de Música Brasileira Contemporânea, promovida pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) e pelo Ministério da Cultura, entre os dias 22/11 e 28/11, no Rio de Janeiro. A edição celebra os 50 anos tanto da Bienal quanto da própria Funarte e reúne 50 obras que marcaram a história do evento.

A programação contará com oito concertos — três de música de câmara, quatro de música orquestral e um de obras eletroacústicas — na Sala Cecília Meireles e no Espaço Guiomar Novaes. Todas as apresentações terão transmissão ao vivo pelo canal da Funarte no YouTube.

A atuação da UFRJ se destaca especialmente na área orquestral, com a participação da Orquestra Sinfônica da UFRJ, ao lado da Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, Orquestra de Cordas de Volta Redonda e Orquestra Sinfônica de Barra Mansa. Também integram a programação o Quinteto Villa-Lobos, o Bahia Brass e solistas como Marina Spoladore, Gabriella Pace e Lars Hoefs. A parceria reforça o envolvimento contínuo da Universidade com a Bienal, um dos principais espaços de apresentação e difusão da música de concerto no país.

Orquestra Sinfônica da UFRJ se apresenta em 24/11

A presença da Orquestra Sinfônica da UFRJ na Bienal constitui um dos pontos centrais da participação institucional da Universidade na edição comemorativa. O concerto do grupo, no dia 24 de novembro, às 19h, na Sala Cecília Meireles revela o alcance histórico da atuação da OSUFRJ no evento.

Um dos destaques é a retomada de obras que a Orquestra estreou em edições anteriores da Bienal. Três toques emotivos para cordas, de Guilherme Bauer, e Cordel nº 1 “A saga de Corisco”, de Liduíno Pitombeira, foram apresentadas originalmente na XVII Bienal (2007). Na XXII Bienal, em 2017, o grupo também estreou Il respiro del silenzio, de Edson Zampronha, peça que retorna ao repertório deste concerto.

Serão também executadas obras que estiveram em outras edições do evento, mas que não foram originalmente interpretadas pela OSUFRJ. É o caso de Matinas para oboé e cordas, de João Guilherme Ripper, apresentada na XII Bienal (1997), e do Concertino noturno para flauta e cordas, de Rodrigo Cicchelli, que integrou a XXII Bienal (2017). A presença dessas peças amplia o diálogo histórico proposto na edição comemorativa, que revisita obras marcantes de meio século de programação.

Outro aspecto a ser destacado no repertório é o vínculo direto com a criação contemporânea oriunda da própria Escola de Música da UFRJ. As obras de Ripper, Pitombeira e Cicchelli refletem essa produção, assim como a participação dos solistas Eduardo Monteiro (flauta), docente da Escola, e Juliana Bravim (oboé), integrante da própria Orquestra Sinfônica da UFRJ. A regência é do maestro e professor Thiago Santos.

A articulação desses elementos num mesmo concerto — estreias históricas, diálogo com repertórios de outras formações e valorização da produção acadêmica — consolida a densidade artística da participação da Universidade na Bienal.

Histórico

Criada em 1975 por Edino Krieger e Myrian Dauelsberg, a Bienal consolidou-se como um dos eventos de maior permanência na música brasileira, reunindo ao longo de cinco décadas mais de 1.900 obras, incluindo mais de 1.000 estreias mundiais.

Desde 1981, a Bienal passou a ser realizada pela Funarte, ampliando seu alcance. A edição comemorativa de 2025 apresenta uma mostra retrospectiva de 50 obras selecionadas entre trabalhos já apresentados ao longo da história do evento.

Mais detalhes sobre a programação aqui.


Concerto da OSUFRJ na 26ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea
📅 24/11 (segunda-feira) | 19h
📍 Sala Cecília Meireles
🏛️ Largo da Lapa, 47 – Centro, Rio de Janeiro
🎟️ Ingressos