As Escola de Música, Belas Artes e Comuniçação apresentam O Elixir do Amor, popular ópera em dois atos de Gaetano Donizetti, um dos mais fecundos compositores do Romantismo italiano. A temporada tem início com quatro récitas abertas ao público no Salão Leopoldo Miguez, de 27 a 30 de junho; e segue para mais três apresentações no Teatro Municipal João Caetano de Niterói, no programa Óperas de Inverno.
Foto: Nadejda Costa | |
Ensaios. Acima, Menelick de Carvalho orienta os solistas. Abaixo, parte do elenco. | |
RÉCITAS 27 e 28 de junho às 19h; e 29 e 30 de junho às 16h - Salão Leopoldo Miguez, Escola de Música da UFRJ. Rua do Passeio, 98, Centro. Tel.: 2240-1441. Lotação: 450 lugares. Entrada Franca. Faixa etária livre. 05 e 06 de julho, 19h; 07 de julho, 17h - Teatro Municipal de Niterói, Óperas de Inverno. Rua XV de Novembro, 35, Centro, Niterói. Tel.: (21) 2620-1624. Lotação: 292 lugares. Entrada: inteira, R$ 40; Meia entrada, R$ 20. Faixa etária livre. |
Com direção musical de Inácio De Nonno, direção cênica de Menelick de Carvalho, regência de Silvio Viegas e Felipe Damico, a montagem conta com solistas formandos e formados da Escola de Música e do Instituto Villa-Lobos da UNIRIO; a Orquestra Sinfônica da UFRJ; e o Coral Brasil Ensemble. A direção geral do espetáculo tem a assinatura de Andrea Adour.
Na criação e confecção do cenário e figurinos, estudantes dos cursos de Artes Cênicas da Escola de Belas Artes, sob coordenação das professoras Andrea Renk e Desirée Bastos, e do curso de Pintura, sob a orientação dos professores Martha Werneck e Lícius Bossolan. O projeto de luz é de José Henrique Moreira, com montagem, operação e suporte do Sistema Universitário de Apoio Teatral (SUAT), da Escola de Comunicação.
Nas diversas récitas Adina será vivida por Amanda Gonzalez e Sophia Dornellas (Nila Clara como doppione); Nemorino, por Jessé Bueno e Ivan Jorgensen; Belcore, por Cyrano Sales e Felipe Corrêa; Dr. Dulcamara, por Ciro D'Araújo e Paulo Maria; e Gianetta, por Júlia Anjos, Júlia Requião e Helena Lopes.
Cantado em italiano, com legendas em português, o espetáculo, que promete duas horas do mais completo encantamento, é a 22a montagem do projeto Ópera na UFRJ, criado em 1994 para impulsionar a produção desse gênero artístico-teatral na universidade.
A ópera
O Elixir do Amor (L'elisir d'amore, em italiano), uma das suas criações mais amadas pelo público, é um bom exemplo da música de Donizetti, conhecida por sua beleza melódica, orquestração simples, mas habilidosa, e linhas vocais requintadas. A ópera estreou no Teatro della Canobbiana de Milão, na Itália, em maio de 1832. Com poesia e música criadas em apenas duas semanas, por encomenda do gerente do teatro, a história se passa em uma aldeia italiana no final do século XVIII, onde Nemorino, um camponês ingênuo e pobre, apaixona-se por Adina, rica proprietária de terras, que está porém atraída por Belcore, um militar de passagem pela região. Nemorino recorre a um elixir do amor, comercializado pelo charlatão Dr. Dulcamara, na esperança de conquistar sua amada.
Felice Romani, que havia escrito Anna Bolena, o primeiro êxito de Donizetti, baseou o libretto na ópera cômica La philtre, estreada no ano anterior, com texto de Eugéne Scribe e música de Daniel-François Auber.
Árias inesquecíveis
A performance em O Elixir do Amor notabilizou vários cantores e cantoras. Ninguém menos que o icônico tenor Enrico Caruso considerava a obra uma espécie de amuleto, já que sua atuação como Nemorino o havia tornado uma lenda. Tenores do calibre de Berniamino Gigli, Tito Schipa, Alfredo Kraus, Roberto Alagna, Juan Diego Flórez, Luciano Pavarotti e Julián Gayarre, também se destacaram vivendo Nemorino. Em outros papéis, como Adina, as famosas Adelina Patti, Bidú Sayão e Renata Scotto são lembradas; e os baixos Salvatore Baccaloni, Giuseppe Tadei e Ezio Pinza ficaram famosos como Dulcamara.
Definida na partitura como "melodrama lúdico", O Elixir do Amor é comumente definido como uma opera buffa. Contém todos elementos desse gênero, a começar pelo obrigatório personagem buffo, o charlatão Dulcamara. Mas o enredo também dá espaço ao lirismo, que atinge o ponto alto na romanza “Una furtiva lagrima” (Nemorino), do segundo ato, a mais famosa ária da ópera. Há ainda outras passagens marcantes, como “Quanto è bela, quanto è cara” (ária de Nemorino), “Chiedi all'aura lusinghiera” (dueto de Adina e Nemorino), “Esulti sur la barbara” (dueto de Adina e Nemorino), “Quanto amore!” (dueto de Dulcamara e Adina).
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