176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

Brasil Ensemble-UFRJ interpreta “Muié rendêra”, hino do cangaço

O coral Brasil Ensemble-UFRJ, sob a regência de Maria José Chevitarese, interpreta a famosa Muié Rendeira, canção brasileira de xaxado, dança popular do sertão pernanmbucano, em mais uma edição do projeto Presente aqui de Casa.

O arranjo é de Carlos Alberto Pinto Fonseca (1933 – 2006), regente e compositor, que enfatiza o aspecto rítmico da peça e a combina com outra música regional: É Lampa, é Lampa, é Lampeão.

Há quem diga que o autor de Muié Rendeira é o próprio Virgolino Ferreira da Silva, o temido Lampião. Esta é a opinião, por exemplo, de Padre Frederico Bezerra Maciel, regionalista pernambucano e biógrafo do cangaceiro. Também é a de Câmara Cascudo, segundo o qual ele a teria escrito entre o final de 1921 e o início de 1922 como homenagem a sua avó Dona Maria Jocosa Vieria Lopes, a rendeira “Tia Jacosa”. Essa versão original tornou-se uma espécie de hino de guerra do bando de Lampião.

Mas foi a versão adaptada por Zé do Norte (Alfredo Ricardo do Nascimento) e cantada por Vanja Orico para o filme O Cangaceiro (1953), dirigido por Lima Barreto, que a tornou internacionalmente famosa. A película ganhou o prêmio de melhor filme de aventura e de melhor trilha sonora no Festival de Cannes.

Brasil Ensemble

 Reprodução
 
   
 aspas

Olê, muié rendêra
olê, muié renda
tu me ensina a fazê renda
que eu te ensino a namorá.

Virgulino é Lampeão.
É Lampa, é Lampa, é Lampa,
é Lampeão.
O seu nome é Virgulino,
o apelido é Lampeão.

Criado em setembro de 1999 por Maria José Chevitarese o coral Brasil Ensemble-UFRJ recebeu em 2000 o Diploma de Prata na categoria de coros de câmara, vozes mistas, na Choir Olympics 2000, em Linz, Áustria.

O grupo já realizou mais de 300 concertos em importantes salas de concerto no Rio de Janeiro como Sala Cecília Meireles e no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Centro Cultural Justiça Federal, Centro Cultural do Poder Judiciário, Igreja da Candelária, Igreja Nossa Senhora do Carmo - Antiga Sé (Rio de Janeiro, RJ.), Teatro Municipal de Petrópolis (Petrópolis, RJ), Teatro Municipal do Espírito Santo (Vitória, ES.), Conservatório de Tatui (Tatui, São Paulo), Sociedade Filarmônica de Juiz de Fora (Juiz de Fora, MG.), Teatro Municipal de Ouro Preto (Ouro Preto, MG.), Igreja Nossa Senhora do Carmo (São João Del Rei, MG.), entre outros. 

Participou das óperas Amahl e os visitantes da noite de Menotti, no Centro Cultural do Banco do Brasil, Maroquinhas Fru-Fru com texto de Maria Clara Machado e música de Ernst Mahle, Joca, Juca e o pé de jaca de Rafael Bezerra (primeira audição mundial), O Cavalinho Azul, com texto de Maria Clara Machado e música de Tim Rescala, Godó o bobo alegre, com texto de Pedro Bloch e música de Francisco Mignone (estreia Mundial) e Os irmãos repentistas e os pandeiros encantados de Rafael Bezerra (primeira audição mundial), O limpador de Chaminés de Benjamin Britten, Hansen und Gretel de Engelbert Humperdinck e O menino Maluquinho de Ziraldo e Calimério Soares, óperas encenadas pelo projeto A escola vai ópera, na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Atuou junto a Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica da UFRJ, Orquestra Sinfônica Nacional, Camerata Sesi e Orquestra Filarmônica do Espírito Santo.  Faz parte de seu repertório o Réquiem de Verdi, Nona Sinfonia de Beethoven e Missa em C maior, Chorus n° 10 de Villa-Lobos,

Gravou com a Orquestra Sinfônica da UFRJ o Réquiem e o Te Deum do Padre José Mauricio Nunes Garcia como parte das comemorações dos 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil. O grupo gravou o Cd Imagens do Brasil com obras de Heitor Villa-Lobos, Ernani Aguiar, Antônio Vaz, Cesar Guerra-Peixe, Antônio Guerreiro, Ronaldo Miranda, Aylton Escobar e Marlos Nobre. Em 2013 gravou o Imagens do Brasil – séculos XX e XXI com os compositores Francisco Mignone, Ernani Aguiar, Ricardo Tacuchian, Antônio Vaz, Eduardo Biato e Roberto Macedo, algumas obras em primeira gravação mundial. Em 2014 gravou o Cd Alberto Nepomuceno – 150 anos totalmente dedicado a este compositor.

O grupo tem como proposta a divulgação da música brasileira contemporânea, tendo participado da XVII, XVIII, XIX e XXI Bienal de Música Brasileira Contemporânea.

“Presente Aqui de Casa” 

Atendendo diretrizes da Reitoria da UFRJ, que visam minimizar as possibilidades de contágio pelo novo coronavírus, o Sars-Cov-2, a Escola de Música (EM) está, como as demais unidades da universidade, em quarentena desde março. “Presente aqui de casa” é uma mostra de que, apesar de suspensas as aulas e os espetáculos, a instituição não se encontra paralisada. Ao contrário, muita coisa está sendo realizada em regime de home office. 

A ideia é mostrar um pouco do que a EM faz através de vídeos curtos, muitos dos quais criados em regime de colaboração online e que reúnem alunos e servidores, tanto técnicos quanto docentes. A campanha, que visa tanto a comunidade interna como o público em geral, evidencia que a instituição, que vive e respira música, continua produzindo apesar das dificuldades.

Edições anteriores do projeto podem ser encontradas aqui ou na galeria de vídeos do site.

 

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