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A Flauta Mágica retorna ao “Ópera na UFRJ” em nova montagem

Após 24 anos, A Flauta Mágica, última ópera composta por Wolgang Amadeus Mozart e a primeira a ser encenada no Projeto Ópera na UFRJ, retorna ao palco do Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música, no período de 21 a 24 de junho de 2018.

Depois, no dia 26, será reapresentada no Auditório do Centro de Tecnologia da UFRJ, na Ilha do Fundão, e, nos dias 29 e 30, no Teatro Municipal de Niterói. 

 Foto: André Garcez
 Ensaios da montagem
 Solistas no ensaio de A Flauta Mágica

Sobre o porque de, nesta 24ª edição do citado projeto, essa ópera ter sido novamente escolhida, André Cardoso, Regente Titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ, e Inácio de Nonno, o Diretor Musical, acentuaram a beleza da música que, segundo eles, é uma obra prima da primeira a última nota. 

Além desta, duas outras razões foram por André Cardoso apontadas: uma, por sua escrita orquestral pertencer ao período clássico vienense, o que faz com que as vozes dos alunos não sejam tão sacrificadas, já que diferente das óperas do período romântico, a orquestra é menor, a orquestração é mais leve e transparente. 

A outra, pelo fato dessa ópera ser composta de muitos personagens, permitindo o oferecimento de papéis a um número expressivo de alunos que, segundo Inácio de Nonno, soma, nos dois elencos, mais de 30 discentes. 

Dos coordenadores das demais equipes de trabalho envolvidas com esta produção da ópera, Inácio de Nonno destacou a relação de fraternidade, entendimento e solidariedade estabelecida entre eles e a determinação em desenvolver da melhor forma possível o que a cada um cabe. 

Como exemplo citou o conjunto de pianistas preparadores formado por Regina Barros e Gustavo Ballesteros, especialistas em ópera, e Jean Molinari, aluno de Regência que se colocou à disposição para ensaios dos elencos no mês de janeiro. 

E disse que essa oportunidade, de os discentes poderem através dos citados pianistas, se prepararem individualmente, fez com que todos, sem exceção, estivessem totalmente afinados e em condições de enfrentar na etapa da preparação vocal, uma questão que para ele, Inácio de Nonno, é pétrea: a obrigatoriedade de cantar em um idioma que não o deles com de forma audível e inteligível. 

André Cardoso e Inácio de Nonno relataram que, junto ao trabalho que vem sendo desenvolvido por Juliana Santos com o elenco, foram incluídas muitas discussões sobre a proposta da concepção dramática. E que ter internalizado a leitura que ela, a diretora de cena faz do texto, é mais um fator que contribui para uma interpretação de qualidade por parte dos cantores. Leitura que, na concepção dramática de Juliana Santos, ex-aluna da UFRJ e, hoje, uma profissional que dirige óperas em todo país, desvia o olhar muito centrado nos elementos simbólicos que remetem à maçonaria e dá ênfase aos relacionamentos humanos, sem perder de vista que todos os seres humanos são dotados de virtudes e defeitos. Nesta realização da Escola de Música, também se diferencia da produção crítica que. normalmente, orienta a encenação dessa ópera por parte de outras instituições culturais, a concepção musical do maestro André Cardoso. 

Explicou ele que a decisão da concepção do andamento é tomada em primeiro lugar em relação ao texto musical, depois em relação às condições de sua execução, seja pela orquestra, seja pelos cantores. E como a Escola tem uma ótima orquestra que pode tocar em andamentos mais ligeiros e os cantores foram muito bem preparados por Inácio de Nonno, ele pôde decidir por andamentos mais fluentes em partes da ópera. Com libreto original de Emmanuel Schikaneder, tradução dos diálogos em português por Ricardo Icaray, Figurinos de Desirée Bastos, Anne Chalão e Rafael Torres; Cenografia de Cássia Monteiro, Kelly Malheiros; Coreografias de André Meyer; Ilustração de Graça Lima; Programação Visual de Fernanda Estevam; e Produção de José Mauro Albino e André Garcez, Inácio de Nonno sublinha a especial conjunção de todos os profissionais que se dedicam à encenação dessa ópera e aposta num belo espetáculo.

 

 

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