XXI Semana do Cravo reúne especialistas, estudantes e público em evento único no Brasil

Entre os dias 15 e 17 de setembro, a Escola de Música da UFRJ sediará a XXI Semana do Cravo. Coordenado pelo professor e cravista Marcelo Fagerlande conjuntamente com Mayra Pereira e Maria Aida Barroso, o encontro é o único do gênero no Brasil, tendo se consolidado como espaço de intercâmbio artístico e acadêmico, reunindo professores, alunos e instituições dedicadas ao estudo do instrumento.

Criada em 1995, a Semana nasceu quando Fagerlande iniciou sua trajetória docente na Escola de Música da UFRJ. “A primeira Semana do Cravo foi a reunião dos meus alunos. Logo percebi que era importante trazer também estudantes de outras instituições brasileiras. Assim surgiu esse fórum de cunho acadêmico e artístico, uma excelente maneira de valorizar o trabalho feito no país”, relembrou o professor em entrevista ao podcast Som do Passeio.

A abertura da edição de 2025, no dia 15/09, destaca o público infantojuvenil com a apresentação “Conhecendo o cravo”, conduzida pelas professoras Clara Albuquerque e Aline Silveira, seguida da conferência do compositor Tim Rescala sobre “A dramaturgia do programa Blim-blem-blom em seus 14 anos de existência”. Para Fagerlande, trata-se de uma valiosa oportunidade de iniciação: “Será uma chance de crianças e jovens ouvirem o cravo ao vivo — talvez pela primeira vez — e se interessarem pelo instrumento”.

Nos dias seguintes, mesas-redondas exploram temas ligados às pesquisas e à história do cravo no Brasil, reunindo nomes como Laura Rónai, Pedro Diniz, Raquel Aranha, Maria Aida Barroso, Mayra Pereira, Rodrigo Hoffmann, Cristiano Holtz, Cassiano Barros e Luciana Câmara, entre outros. A programação se completa com recitais de jovens cravistas de instituições como a UFJF, UFPE, EMESP, Conservatório de Tatuí, Escola de Música de Brasília, Instituto Gustavo Ritter (GO) e da própria UFRJ.

Além do aspecto artístico, a Semana do Cravo tem contribuído para o fortalecimento da bibliografia em português sobre o instrumento, com traduções de tratados históricos, métodos e a publicação de anais das edições anteriores. Todas as obras estão disponíveis para download gratuito no site do Programa de Pós-Graduação em Música da UFRJ.

Para além da especialização, o encontro reafirma o papel do cravo na história musical brasileira e fortalece uma rede nacional de ensino e performance: “O intercâmbio cria uma verdadeira rede entre alunos e professores, com trocas que repercutem na formação e nas pesquisas. É um momento de congraçamento muito saudável”, conclui Fagerlande.

Ouça a entrevista completa:

Programação

📅 15 de setembro (segunda-feira)

14h – Conhecendo o cravo – Clara Albuquerque e Aline Silveira, UFRJ, com recital de alunos (crianças e jovens)

17h – A dramaturgia do programa Blim-blem-blom – Tim Rescala | Mediação: Marcelo Fagerlande

📅 16 de setembro (terça-feira)

10h – Mesa-redonda I – Iniciativas em torno da música barroca

14h – Mesa-redonda II – Perspectivas históricas do cravo no Brasil

17h – Recital

📅 17 de setembro (quarta-feira)

10h – Mesa-redonda III – Trabalhos acadêmicos sobre o cravo no Brasil

14h – Mesa-redonda IV – Recentes pesquisas musicológicas

17h – Recital

XXI Semana do Cravo
📅 15, 16 e 17 de setembro de 2025
🏛️ Escola de Música da UFRJ – Edifício Ventura Corporate Towers
📍 Av. República do Chile, 330 – 21º andar, Torre Leste – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟 Entrada franca

Exposição celebra os 100 anos da Orquestra Sinfônica da UFRJ

A Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro inaugura, em 11 de agosto, a exposição Orquestra Sinfônica da UFRJ, 100 anos: Uma Trajetória de Música e Educação, em continuidade às comemorações do centenário da OSUFRJ — o mais antigo conjunto sinfônico em atividade na cidade do Rio de Janeiro e um dos mais longevos do Brasil. A mostra segue na EM/UFRJ até 25/09.

As comemorações do centenário começaram em 2024 e incluíram vários concertos históricos. Entre eles, um na data exata de fundação da orquestra, 25 de setembro, na Sala Cecília Meireles, com repertório que percorreu a história da OSUFRJ. Outro evento marcante foi o lançamento do livro Orquestra Sinfônica da UFRJ – 100 anos, publicado pela Editora UFRJ. “Através do livro, as pessoas conhecem não só a história da orquestra, como uma parte da história da música no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro”, destacou o maestro André Cardoso, diretor da OSUFRJ e autor da obra, em entrevista ao podcast Som do Passeio.

As celebrações seguem agora com uma mostra que apresenta ao público um panorama histórico da orquestra, cuja origem remonta à fundação do Instituto Nacional de Música, em 1924. A exposição propõe um mergulho em sua trajetória centenária, que se entrelaça com a própria história da música no país e da Escola de Música da UFRJ, por meio de imagens raras, painéis informativos e trechos do citado livro.

Segundo André Cardoso, a iniciativa replica, em outro formato, o conteúdo da publicação, apresentando painéis cronológicos com fotos, programas e textos explicativos. Os visitantes poderão também ouvir gravações produzidas pela OSUFRJ por meio de QR Codes. Paralelamente, ao longo de agosto e setembro, haverá uma série de concertos didáticos voltados para alunos da rede pública, que visitarão a exposição e seguirão para apresentações no Salão Leopoldo Miguez. A programação conta com músicos da orquestra, docentes, discentes, egressos, técnicos-administrativos e convidados.

Além da exposição, a programação contempla uma série de concertos didáticos de música de câmara, apresentados por músicos da OSUFRJ, docentes, discentes, egressos e servidores técnico-administrativos da Escola de Música, além de músicos convidados. Voltados especialmente para estudantes da rede pública de ensino e centros de artes de diversos municípios fluminenses, os concertos buscam integrar memória, formação e fruição artística em um só evento.

Concerto de abertura

A abertura da exposição Orquestra Sinfônica da UFRJ, 100 anos: Uma Trajetória de Música e Educação será celebrada com um concerto do grupo de Cordas da Orquestra Sinfônica da UFRJ, sob regência de André Cardoso, às 19h do dia 11 de agosto, no Salão Leopoldo Miguez. O maestro lembra que este concerto também marca o início da Semana de Aniversário da Escola de Música da UFRJ, que completa 177 anos em 2025. “O programa aborda o repertório da música de concerto da segunda metade do século XX e do século XXI, com obras recentes e já consagradas, passando pelo minimalismo, neoclassicismo, neorromantismo e outras tendências”, explica.

O programa traz Fratres, de Arvo Pärt; Voyage, de John Corigliano, com Eduardo Monteiro (flauta); Três peças em estilo antigo, de Henryk Górecki; Concerto para clarone, de Geraldine Green, com Thiago Tavares (clarone); e Pelimannit, de Einojuhani Rautavaara.

Mais detalhes sobre o concerto de abertura podem ser conferidos nesta matéria. Já a conversa completa com o maestro André Cardoso no podcast Som do Passeio pode ser conferida abaixo.

A exposição é uma realização da Escola de Música da UFRJ, da Reitoria e do Centro de Letras e Artes, com apoio da Superintendência-Geral de Comunicação Social (SGCOM) e do Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ (SiBI).

Exposição Orquestra Sinfônica da UFRJ, 100 anos: Uma Trajetória de Música e Educação
📅 11 de agosto a 25 de setembro de 2025
🏛️ Escola de Música da UFRJ
📍 Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟 Entrada franca

EM/UFRJ homenageia Luiz Henrique Senise com recital da pianista Sara Canal

No dia 2 de setembro, a Escola de Música da UFRJ realizará uma dupla celebração em homenagem ao legado do pianista e professor Luiz Henrique Senise. Às 16h, ocorrerá o descerramento de uma placa em homenagem ao músico, reconhecendo sua trajetória artística, pedagógica e institucional. Em seguida, no Salão Leopoldo Miguez, o público será agraciado com o recital da jovem pianista Sara Canal, vencedora do Concurso Luiz Senise 2024.

Pianista elogiado pela crítica nacional e internacional, Senise teve sua estreia no Carnegie Recital Hall celebrada pelo The New York Times, que destacou a singular execução de Debussy e a majestosa interpretação de Liszt. Discípulo de Elzira Amábile, aperfeiçoou-se com Jacques Klein, Arnaldo Estrella e Magda Tagliaferro, além de ter estudado na Europa com Bruno Seidlhofer, Nikita Magaloff, Jan Ekier, Pierre Sancan e Eliane Richepin.

Detentor de prêmios em concursos de prestígio, como o II Concurso Internacional Villa-Lobos, desenvolveu intensa atividade artística em gravações, concertos e turnês nacionais e internacionais. Mestre em Música pela Université Musicale Internationale de Paris e pela Escola de Música da UFRJ, integrou o corpo docente de importantes instituições e, desde 1994, atuava como professor do Departamento de Teclados e Percussão da EM/UFRJ, sendo responsável pela formação de inúmeros pianistas premiados no Brasil e no exterior.

Com técnica impecável e todas as qualidades de um esplêndido musicista, pedagogo e artista, dedicou a vida aos alunos e redimensionou o ensino do piano na UFRJ. Segundo a professora Janne Gonçalves, mestre pela EM/UFRJ e orientadora de Sara Canal, “Senise era um rei do fraseado, que simplificava o ensino do piano de forma clara, mostrando como estudar, interpretar e fazer estilo musical”. Para Janne, o concurso que leva o nome do músico, e no qual a jovem Sara Canal foi premiada em 2024, é uma homenagem justa a esse grande pedagogo, trazendo motivação para novas gerações de pianistas.

Sara Canal: talento em ascensão

Capixaba de 13 anos, Sara Canal iniciou os estudos de piano aos quatro anos de idade com o professor Tiago Vazzoler, na Escola de Música Gabriel Camargo. Atualmente, é aluna da professora Janne Gonçalves, e estuda Teoria Musical com Hemerick Xavier.

Em constante aprimoramento, a jovem pianista vencedora do Concurso Luiz Senise 2024 participa de masterclasses com músicos de renome nacional e internacional e já se apresentou em diversas séries de concertos, como a Série Jovens Talentos Aronne Pianos (São Paulo), a Série Jovens Pianistas Capixabas (Vitória/ES) e a Série Jovens Pianistas – 117ª Edição (Cabo Frio/RJ). Em 2025, interpretou o Concerto nº 2 de Beethoven sob regência do maestro Helder Trefzer.

Sara acumula mais de 25 premiações nacionais e internacionais, em países como EUA, Portugal, Finlândia, Espanha, Rússia e Itália. Entre os principais destaques recentes estão: o 1º lugar no 26º Concurso Internacional de Piano Santa Cecília (Portugal, 2024), o prêmio no Carles & Sofia International Piano Competition (Espanha, 2023), e a conquista do 9º Concurso de Piano Promúsica (Brasil, 2025).

Sua orientadora, Janne Gonçalves, ressalta: “Ela é muito dedicada, disciplinada, e está começando a formar sua identidade musical. Gosta de Beethoven, Villa-Lobos e Ginastera, compositores densos que desafiam sua técnica e expressão. É fascinante ver o temperamento musical dela aflorar, mesmo sendo tão jovem.”

Sua trajetória internacional inclui apresentações em cidades como Barcelona, Girona e Brescia, onde atuou com a Master Orchestra, consolidando-se como uma das mais promissoras jovens pianistas de sua geração.

Ouça abaixo a entrevista em que Janne Golçalves comenta sobre o legado de Luiz Henrique Senise, bem como sobre o recital que sua jovem aluna vai realizar no Salão Leopoldo Miguez:

Programa do Recital

  • Beethoven – Sonata nº 17, opus 31 nº 2
    • Largo – Allegro
    • Adagio
    • Allegretto
  • Villa-Lobos – Ciclo Brasileiro
    • Plantio do Caboclo
    • Impressões Seresteiras
    • Festa no Sertão
    • Dança do Índio Branco
  • Ginastera – Danzas Argentinas
    • Danza del viejo boyero
    • Danza de la moza donosa
    • Danza del gaucho matrero

Recital de Piano com Sara Canal
📅 2 de setembro de 2025 (terça-feira) | 16h
🏛️ Salão Leopoldo Miguez – EM/UFRJ
📍 Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟 Entrada franca

Grupo de Percussão da UFRJ apresenta obras de compositores japoneses contemporâneos

No dia 18 de julho, às 19h, o público poderá conferir mais uma apresentação do Grupo de Percussão da UFRJ, no Salão Leopoldo Miguez, com entrada franca. Sob a direção do professor Pedro Sá, o concerto será inteiramente dedicado à música contemporânea japonesa, com obras de Minoru Miki, Gaku Okachi, Toshimitsu Tanaka, Rickey Tagawa e do aclamado Tōru Takemitsu.

O repertório evidencia a riqueza estética e sonora da criação musical japonesa voltada à percussão, unindo lirismo, força rítmica, teatralidade e experimentações tímbricas que expandem os limites dos instrumentos. “Essa imersão no repertório japonês não só é enriquecedora para os discentes, como para a plateia também. Eu não vejo, na programação aqui do Rio de Janeiro, compositores asiáticos sendo contemplados, e a cultura deles é riquíssima”, destacou o professor Pedro Sá, diretor artístico do grupo, em entrevista ao podcast Som do Passeio.

Criado em 2009, o Grupo de Percussão da UFRJ é um dos conjuntos estáveis da Escola de Música e também uma disciplina obrigatória do curso de Bacharelado em Percussão, ofertada ao longo de seis períodos como parte da formação em música de câmara. “É tão importante para o aluno de percussão quanto o quarteto de cordas é para o aluno de violino, por exemplo. Se considerarmos que o percussionista, ao longo da sua vida, vai tocar muito mais com outras pessoas do que solo, então dá para ter uma ideia da importância dessa prática”, explica Sá.

Idealizado e coordenado desde sua origem pelo professor — no ano em que passou a integrar o quadro efetivo da instituição —, o grupo é formado por estudantes e mantém uma atuação artística e pedagógica consistente. Além de apresentar obras consagradas do repertório percussivo, tem se destacado pela versatilidade nas formações e pelo diálogo com diferentes estilos e linguagens musicais. “Já fizemos repertórios que vão de Carlos Chávez a Steve Reich, passando por compositores brasileiros como Luiz da Anunciação e Edson Zampronha, e peças com flauta, piano, eletrônica e outros instrumentos convidados. Somos muito ecléticos”, afirma.

Desde 2018, o grupo também se tornou espaço para estreias de obras compostas por alunos do curso de Composição, no âmbito da disciplina Laboratório de Percussão, criada e ministrada pelo próprio professor. “Essa disciplina orienta o aluno de composição na escrita para percussão, e cuja avaliação final é uma obra executada pelo Grupo de Percussão da UFRJ. Já estreamos peças de jovens compositores como Rodrigo Camargo e Felipe de Matos Rocha, este último atualmente doutorando na Louisiana University”, conta Pedro.

O concerto do dia 18 reafirma a vocação do grupo para a diversidade estética e o diálogo intercultural, proporcionando aos estudantes uma formação artística abrangente e ao público, uma experiência sonora singular. Entre os destaques do programa estão Time for Marimba e Marimba Spiritual, de Minoru Miki, além de Two Movements for Marimba, de Toshimitsu Tanaka. “Essas obras marcaram um ponto de virada na história da marimba como instrumento de concerto, em especial após o histórico recital de 1968, impulsionado por Keiko Abe, que revolucionou o papel do instrumento”, contextualiza o professor.

“Não perca essa oportunidade de ouvir peças raras e extremamente sofisticadas, super bem interpretadas pelo Grupo de Percussão da UFRJ”, convida Pedro Sá.

A entrevista completa está disponível no episódio de 11/07/25 do podcast Som do Passeio:

Concerto do Grupo de Percussão da UFRJ
📅 18 de julho de 2025 (sexta-feira) | 19h
🏛️ Salão Leopoldo Miguez – EM/UFRJ
📍 Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟 Entrada franca
📡 Transmissão ao vivo pelo YouTube

Mozart com sotaque brasileiro: Ópera na UFRJ leva “As Bodas de Fígaro” ao palco com protagonismo estudantil

A ópera As Bodas de Fígaro, de Wolfgang Amadeus Mozart, ganha uma nova leitura nas mãos de estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com récitas nos dias 26, 27, 28 e 29 de junho e 03 de julho, no Salão Leopoldo Miguez, e no dia 05 de julho, em Teresópolis, a montagem faz parte do Projeto Ópera na UFRJ, em parceria com a Orquestra Sinfônica da universidade.

Sob regência do maestro André Cardoso e direção cênica de José Henrique Moreira, o espetáculo destaca-se pelo envolvimento direto de alunos em todas as frentes — do palco à costura, da música ao cenário, da iluminação à captação de vídeo. “A ópera é um gênero grandioso e complexo: tem teatro, figurino, cenário, luz, orquestra, coro, gravação, transmissão ao vivo… Fazer isso numa universidade pública, com todos os seus limites estruturais e financeiros, é um desafio. Mas temos uma riqueza humana infinita”, afirma Lenine Santos, diretor geral da montagem.

Segundo ele, participar de uma produção dessa dimensão representa um marco na formação de estudantes de canto. “É um divisor de águas, mesmo para quem canta um papel menor ou está no coro. Amplia os horizontes culturais. Vários alunos que passaram pelo projeto estão hoje em teatros importantes, como o Municipal do Rio, ou seguiram carreira internacional em companhias e óperas-estúdio”, afirma.

Além da Escola de Música, o projeto envolve alunos da Escola de Belas Artes e outras unidades da UFRJ. Os figurinos e cenários são concebidos pelos próprios estudantes, sob orientação das professoras Andréa Renk e Desirée Bastos. “Todo o espetáculo é criado pelos alunos. Eles cortam tecido, costuram, fazem provas, desenham croquis, constroem elementos de cena. Muitos saem do projeto já com convites profissionais”, relata Lenine.

Escolhida por sua força dramática e versatilidade estética, As Bodas de Fígaro é uma das óperas mais encenadas no mundo. A montagem da UFRJ aposta numa abordagem com referências visuais brasileiras. “O público vai se reconhecer nela. O diretor José Henrique Moreira conseguiu dar uma brasilidade que o figurino e o cenário abraçaram com muita beleza. A música continua universal — e maravilhosa — mas ganha um novo sotaque”, conclui Lenine.

A entrevista completa com o professor Lenine Santos sobre a montagem de As Bodas de Fígaro está disponível no episódio de 20/06/25 do podcast Som do Passeio:

SERVIÇO

Ópera “As Bodas de Fígaro”, de W.A. Mozart
📍 Escola de Música da UFRJ
Salão Leopoldo Miguez — Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro
🗓️ 26 e 27 de junho | 18h
🗓️ 28 e 29 de junho | 16h
🗓️ 03 julho | 18h (sessão extra)
✅ Entrada franca
🎟 Senhas distribuídas 30 minutos antes, na portaria da Escola de Música

📍 Teatro Feso Pro Arte – Teresópolis
🗓️ 5 de julho | 16h
✅ Entrada gratuita