Masterclass de vibrafone com Arthur Lipner no Salão Leopoldo Miguez

O Grupo de Percussão da UFRJ receberá o vibrafonista norte-americano Arthur Lipner para uma masterclass de uma hora e meia dedicada ao vibrafone, no dia 08 de dezembro, às 10h30, no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ. A atividade contará com tradução simultânea realizada pelo professor Pedro Sá e terá entrada franca, mediante inscrição prévia por e-mail.

Reconhecido por sua atuação internacional, Lipner realizou mais de 80 turnês em países como China, Rússia, México, além de 18 turnês no Brasil e 39 na Europa. Participou de mais de 60 álbuns e é autor dos livros didáticos “The Vibes Real Book” e “Jazz Mallets: In Session”. Suas obras solo e de conjunto integram o repertório utilizado por educadores de percussão em diferentes continentes.

O músico já ministrou 330 workshops em instituições como a Juilliard School, em Nova York, e em cidades como Moscou, Londres e localidades da Nova Zelândia. Estreou o concerto “Mallet Fantasia” com a Orquestra Sinfônica Nacional no Rio de Janeiro e tem quase 100 composições lançadas em gravações. Em 10 de dezembro de 2025, será a atração principal do Blue Note Rio de Janeiro.

Lipner mantém também carreira como músico de estúdio em Nova York, com discografia que inclui um álbum de bluegrass, cinco discos gravados no Brasil e o projeto “Waterworks”, em parceria com Chris Brubeck. Entre episódios marcantes de sua trajetória, construiu e tocou um barrafone de gelo nas montanhas da Noruega.


Masterclasse de vibrafone com Arthur Lipner
📅 08/12 (segunda-feira) | 10h30
🏛️ Salão Leopoldo Miguez – EM/UFRJ
📍 Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟️ Entrada franca. Inscrições: pedro.timpano@gmail.com

Concerto de Marimba destaca diversidade e expressão na percussão da UFRJ

Em 11 de novembro, às 19h, o Salão Leopoldo Miguez será palco de mais uma apresentação do Grupo de Percussão da UFRJ: o Concerto de Marimba. Com entrada gratuita e protagonizado pela classe de percussão da EM/UFRJ sob a coordenação do professor Pedro Sá, o evento promete revelar ao público as múltiplas possibilidades sonoras desse instrumento.

Para Pedro Sá, a marimba ocupa um lugar central na formação dos percussionistas da UFRJ e merece maior visibilidade junto ao público: “A marimba é um instrumento central no curso do bacharelado em percussão da Escola de Música da UFRJ, assim como a caixa clara e tímpanos”, afirmou. “Mas ela ainda é um instrumento relativamente desconhecido aqui no Brasil.”

A classe de percussão da UFRJ apresentará o concerto de marimba em três segmentos: solo, música de câmara e concerto. O programa, cuidadosamente elaborado, reúne obras de diferentes países e estilos. A proposta do evento é explorar tanto o aspecto lírico quanto o percussivo do instrumento, evidenciando sua riqueza técnica e expressiva.

O professor Pedro Sá lembra que, historicamente, a ampliação do repertório da marimba está associada à criação de novas obras: “A encomenda de novas obras musicais tem sido a principal fonte de repertório para a marimba desde 1940, data do primeiro concerto para marimba e orquestra”, disse. “As últimas décadas testemunharam um enorme desenvolvimento na técnica, nos instrumentos — a marimba tem aumentado muito de tamanho — e no repertório da marimba.”

Entre os destaques da programação estão obras solo, duos e formações de câmara, abrangendo compositores norte-americanos, asiáticos e brasileiros.

“Eu apresentarei Reflections on the Nature of Water, do norte-americano Jacob Druckmann, obra que diz respeito a um conjunto de estudos que exploram as possibilidades sonoras, tímbricas e expressivas da marimba de uma forma única, uma exploração da água no plano abstrato”, comentou.

Na sequência, o bacharelando Mateus Barros apresentará Frogs, peça escrita pela marimbista japonesa Keiko Abe que congrega diferentes usos de articulação na marimba, e que inclui uma sessão coral. Ainda no âmbito do repertório asiático, Until Dawn, do chinês Arnold Chu, será apresentada pelo bacharelando Johnny Rodrigues.

“O brasileiro Ney Rosauro foi aluno do meu professor Luiz da Anunciação, e dele será apresentada O Baião, da sua Suíte Popular Brasileira, interpretada pelo bacharelando João Vitor Godoy”, disse Pedro. Fechando a sessão de solos, o bacharelando Gustavo Mendonça apresentará Manhattan, do americano Mark Ford.

A segunda parte do concerto será dedicada à marimba na música de câmara, com destaque para o diálogo entre instrumentos e estilos.

“Eu apresentarei junto ao colega Sammy Fuchs o Divertimento para marimba e flauta, do americano Peter Tanner, uma envolvente interação melódica e rítmica que desafia intérpretes e cativa o público, com seus contrastes de dinâmica e texturas intricadas”, disse o professor.

Pedro Sá também ressaltou a importância da obra brasileira no programa: “O brasileiro Radamés Gnatali se ofereceu para escrever o Divertimento para marimba e orquestra para o meu professor Luiz da Anunciação, que foi quem fez a estreia desse que é o primeiro concerto para marimba e orquestra escrito no Brasil, que será interpretado pelo bacharelando Clayton Newman na versão de redução para marimba e piano, com a participação especial de Eduardo Henrique ao piano.”

O encerramento ficará por conta do Grupo de Percussão da UFRJ, que interpreta Stubenik, de Mark Ford, para três percussionistas tocando em uma mesma marimba. Segundo o professor, essa é uma obra que explora os aspectos percussivos e líricos do instrumento como uma síntese desse concerto.

O professor Pedro Sá finalizou a entrevista que vai ao ar no episódio de 07/11 do podcast Som do Passeio deixando um convite: “Esperamos vocês lá, não percam esse concerto, vai ser maravilhoso!”


Concerto de Marimba – Grupo de Percussão da UFRJ
📅 11/11 (terça-feira) | 19h
🏛️ Salão Leopoldo Miguez – Escola de Música da UFRJ
📍 Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟️ Entrada gratuita

Grupo de Percussão da UFRJ apresenta obras de compositores japoneses contemporâneos

No dia 18 de julho, às 19h, o público poderá conferir mais uma apresentação do Grupo de Percussão da UFRJ, no Salão Leopoldo Miguez, com entrada franca. Sob a direção do professor Pedro Sá, o concerto será inteiramente dedicado à música contemporânea japonesa, com obras de Minoru Miki, Gaku Okachi, Toshimitsu Tanaka, Rickey Tagawa e do aclamado Tōru Takemitsu.

O repertório evidencia a riqueza estética e sonora da criação musical japonesa voltada à percussão, unindo lirismo, força rítmica, teatralidade e experimentações tímbricas que expandem os limites dos instrumentos. “Essa imersão no repertório japonês não só é enriquecedora para os discentes, como para a plateia também. Eu não vejo, na programação aqui do Rio de Janeiro, compositores asiáticos sendo contemplados, e a cultura deles é riquíssima”, destacou o professor Pedro Sá, diretor artístico do grupo, em entrevista ao podcast Som do Passeio.

Criado em 2009, o Grupo de Percussão da UFRJ é um dos conjuntos estáveis da Escola de Música e também uma disciplina obrigatória do curso de Bacharelado em Percussão, ofertada ao longo de seis períodos como parte da formação em música de câmara. “É tão importante para o aluno de percussão quanto o quarteto de cordas é para o aluno de violino, por exemplo. Se considerarmos que o percussionista, ao longo da sua vida, vai tocar muito mais com outras pessoas do que solo, então dá para ter uma ideia da importância dessa prática”, explica Sá.

Idealizado e coordenado desde sua origem pelo professor — no ano em que passou a integrar o quadro efetivo da instituição —, o grupo é formado por estudantes e mantém uma atuação artística e pedagógica consistente. Além de apresentar obras consagradas do repertório percussivo, tem se destacado pela versatilidade nas formações e pelo diálogo com diferentes estilos e linguagens musicais. “Já fizemos repertórios que vão de Carlos Chávez a Steve Reich, passando por compositores brasileiros como Luiz da Anunciação e Edson Zampronha, e peças com flauta, piano, eletrônica e outros instrumentos convidados. Somos muito ecléticos”, afirma.

Desde 2018, o grupo também se tornou espaço para estreias de obras compostas por alunos do curso de Composição, no âmbito da disciplina Laboratório de Percussão, criada e ministrada pelo próprio professor. “Essa disciplina orienta o aluno de composição na escrita para percussão, e cuja avaliação final é uma obra executada pelo Grupo de Percussão da UFRJ. Já estreamos peças de jovens compositores como Rodrigo Camargo e Felipe de Matos Rocha, este último atualmente doutorando na Louisiana University”, conta Pedro.

O concerto do dia 18 reafirma a vocação do grupo para a diversidade estética e o diálogo intercultural, proporcionando aos estudantes uma formação artística abrangente e ao público, uma experiência sonora singular. Entre os destaques do programa estão Time for Marimba e Marimba Spiritual, de Minoru Miki, além de Two Movements for Marimba, de Toshimitsu Tanaka. “Essas obras marcaram um ponto de virada na história da marimba como instrumento de concerto, em especial após o histórico recital de 1968, impulsionado por Keiko Abe, que revolucionou o papel do instrumento”, contextualiza o professor.

“Não perca essa oportunidade de ouvir peças raras e extremamente sofisticadas, super bem interpretadas pelo Grupo de Percussão da UFRJ”, convida Pedro Sá.

A entrevista completa está disponível no episódio de 11/07/25 do podcast Som do Passeio:

Concerto do Grupo de Percussão da UFRJ
📅 18 de julho de 2025 (sexta-feira) | 19h
🏛️ Salão Leopoldo Miguez – EM/UFRJ
📍 Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟 Entrada franca
📡 Transmissão ao vivo pelo YouTube