Ópera na UFRJ aceita inscrições até 08/08 para a produção Bororó, teatro de revista com música de Francisco Mignone

A Escola de Música da UFRJ, por meio do projeto Ópera na UFRJ, está com inscrições abertas para a seleção de atores-cantores para sua próxima produção: Bororó, teatro de revista em dois atos com texto de Carlos Rabelo e música de Francisco Mignone (1897–1986). A audição será realizada presencialmente no dia 8 de agosto, a partir das 13h, na Sala do Coro II, na sede da Escola de Música, localizada na Rua do Passeio, 98, Lapa, Rio de Janeiro.

As inscrições podem ser feitas até o dia 5 de agosto, por meio do formulário disponível neste link: https://forms.gle/cEmo49RF6roCsBjR9. Por se tratar de um projeto de ensino, pesquisa e extensão, a seleção está aberta a alunos de graduação, pós-graduação e extensão da UFRJ e de outras instituições, bem como a candidatos da comunidade externa.

Os participantes devem ter disponibilidade para os ensaios — que acontecerão nos meses de agosto, setembro e outubro — e para todas as apresentações. A estreia está prevista para o dia 1º de novembro de 2025, com temporada ao longo do mês de novembro. O espetáculo poderá permanecer em cartaz por mais tempo, a depender da disponibilidade do elenco e das condições de produção. Serão selecionados dois elencos.

Personagens e estilo vocal

A obra exige um estilo de canto que transita entre a ópera, a opereta e o canto popular da era do rádio (décadas de 1930 a 1960). O repertório e os textos para a audição serão enviados por e-mail após a inscrição. Cada personagem possui uma canção específica:

  • Bororó (jovem compositor) – tenor lírico, tenor leve ou barítono leve – Alma em pena
  • Dolores (famosa vedete) – soprano lírico ou soprano leve – Miami
  • Anacleto (empregado de Bororó) – barítono ou tenor grave – Muié… É Café!
  • Zinha (aspirante a vedete) – soprano lírico ou mezzo leve – Ahi! Pirata!…
  • Juremir (fazendeiro, namorado de Zinha) – tenor lírico, tenor leve ou barítono leve – Num Vórto A Pé!

Etapas da audição

O processo seletivo será composto por três etapas:

  1. Apresentação vocal: o(a) candidato(a) interpretará a canção referente à personagem escolhida. Podem ser solicitadas vocalizações ou ajustes musicais durante a audição.
  2. Interpretação cênica: será solicitado um texto do próprio espetáculo, a ser interpretado preferencialmente de memória. A banca poderá solicitar variações e leituras adicionais.
  3. Coreografia: após as apresentações individuais, será ensinada uma coreografia simples pelo coreógrafo do projeto. A atividade será realizada em grupo ou em pequenos grupos, conforme o número de inscritos.

Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato com Fabrícia Medeiros pelo e-mail fabricia.medeiros@musica.ufrj.br, com o assunto Projeto Ópera 2025 – Bororó.

Mozart com sotaque brasileiro: Ópera na UFRJ leva “As Bodas de Fígaro” ao palco com protagonismo estudantil

A ópera As Bodas de Fígaro, de Wolfgang Amadeus Mozart, ganha uma nova leitura nas mãos de estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com récitas nos dias 26, 27, 28 e 29 de junho e 03 de julho, no Salão Leopoldo Miguez, e no dia 05 de julho, em Teresópolis, a montagem faz parte do Projeto Ópera na UFRJ, em parceria com a Orquestra Sinfônica da universidade.

Sob regência do maestro André Cardoso e direção cênica de José Henrique Moreira, o espetáculo destaca-se pelo envolvimento direto de alunos em todas as frentes — do palco à costura, da música ao cenário, da iluminação à captação de vídeo. “A ópera é um gênero grandioso e complexo: tem teatro, figurino, cenário, luz, orquestra, coro, gravação, transmissão ao vivo… Fazer isso numa universidade pública, com todos os seus limites estruturais e financeiros, é um desafio. Mas temos uma riqueza humana infinita”, afirma Lenine Santos, diretor geral da montagem.

Segundo ele, participar de uma produção dessa dimensão representa um marco na formação de estudantes de canto. “É um divisor de águas, mesmo para quem canta um papel menor ou está no coro. Amplia os horizontes culturais. Vários alunos que passaram pelo projeto estão hoje em teatros importantes, como o Municipal do Rio, ou seguiram carreira internacional em companhias e óperas-estúdio”, afirma.

Além da Escola de Música, o projeto envolve alunos da Escola de Belas Artes e outras unidades da UFRJ. Os figurinos e cenários são concebidos pelos próprios estudantes, sob orientação das professoras Andréa Renk e Desirée Bastos. “Todo o espetáculo é criado pelos alunos. Eles cortam tecido, costuram, fazem provas, desenham croquis, constroem elementos de cena. Muitos saem do projeto já com convites profissionais”, relata Lenine.

Escolhida por sua força dramática e versatilidade estética, As Bodas de Fígaro é uma das óperas mais encenadas no mundo. A montagem da UFRJ aposta numa abordagem com referências visuais brasileiras. “O público vai se reconhecer nela. O diretor José Henrique Moreira conseguiu dar uma brasilidade que o figurino e o cenário abraçaram com muita beleza. A música continua universal — e maravilhosa — mas ganha um novo sotaque”, conclui Lenine.

A entrevista completa com o professor Lenine Santos sobre a montagem de As Bodas de Fígaro está disponível no episódio de 20/06/25 do podcast Som do Passeio:

SERVIÇO

Ópera “As Bodas de Fígaro”, de W.A. Mozart
📍 Escola de Música da UFRJ
Salão Leopoldo Miguez — Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro
🗓️ 26 e 27 de junho | 18h
🗓️ 28 e 29 de junho | 16h
🗓️ 03 julho | 18h (sessão extra)
✅ Entrada franca
🎟 Senhas distribuídas 30 minutos antes, na portaria da Escola de Música

📍 Teatro Feso Pro Arte – Teresópolis
🗓️ 5 de julho | 16h
✅ Entrada gratuita

Il Néo: Projeto Ópera na UFRJ e Orquestra Sinfônica da UFRJ levam espetáculo inédito de Henrique Oswald aos palcos do Rio e Niterói

O Projeto Ópera na UFRJ e a Orquestra Sinfônica da UFRJ, com o apoio do Proart-UFRJ, levarão mais um espetáculo aos palcos do Rio e Niterói em 2024. Trata-se de “Il Néo”, uma ópera em três quadros de Henrique Oswald, que a classificou como uma “novelletta musicale”. As apresentações serão no Salão Leopoldo Miguez, na Escola de Música da UFRJ (20/6, 21/6, 22/6 e 23/6), no Centro de Tecnologia da UFRJ (25/6) e no Theatro Municipal de Niterói (27/6 e 28/6).

O espetáculo marca a estreia moderna desta criação de Henrique Oswald, escrita originalmente em 1900 e produzida somente uma vez, em maio de 1952, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em celebração do centenário do compositor brasileiro. A relação da UFRJ com a obra vem desde essa data. É o que explica o maestro André Cardoso, diretor artístico da Orquestra Sinfônica da UFRJ:

“A primeira transmissão de rádio no Brasil ocorreu no Rio de Janeiro em 1922. Poucos anos depois, em 27 de maio de 1925, foi realizada a primeira transmissão radiofônica de uma ópera, justamente “Il Néo”, de Henrique Oswald. A transmissão foi a primeira audição da ópera, composta em 1900. O compositor, no entanto, nunca a veria encenada. A ópera subiria ao palco pela primeira vez apenas na temporada de 1952, do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, por ocasião do centenário de nascimento de Henrique Oswald. Naquela ocasião, uma presença ilustre marcou ainda mais a relação da UFRJ com a obra do compositor: os figurinos foram de autoria de Fernando Pamplona, ex-aluno e futuro professor e diretor da Escola de Belas Artes da UFRJ”.

O libreto é de Eduardo Fillipi e foi baseado no conto “La Mouche”, do dramaturgo francês Alfred de Musset (1810-1857). O título da obra se refere a uma pinta que se acharia nas espáduas de Madame de Pompadour, a cortesã francesa amante do Rei Luís XV, sendo um sinal secreto de sua beleza.

A história se passa no Palácio de Versalhes. Na trama, um corneteiro, o Cavalheiro La Blanche Meroisier, tenta ingressar no Palácio. Impedido nos portões pelo Guarda Suíço, acaba por conseguir penetrar no Trianon, pois é portador de uma mensagem do Rei para a Madame de Pompadour. Ao encontrá-la, aproveita para fazer-lhe um pedido: que interceda junto ao Rei para dar-lhe a posição de corneteiro real. Ao ler a carta, Madame desmaia, deixando cair o xale que lhe cobria os ombros, momento no qual o Cavaliere descobre a pinta. Pompadour, então, lhe avisa que divulgar esse segredo pode ser sua ruína. Ele promete conservar segredo, e a cortesã decide colocá-lo à prova, convidando-o para um baile de máscaras e usando mascarados de sua confiança para obriga-lo a confessar e ameaçá-lo. Ao final, a coragem e a discrição do Cavaliere são recompensadas.

A partitura de “Il Néo” foi recuperada a partir dos manuscritos existentes na Biblioteca Alberto Nepomuceno da Escola de Música da UFRJ e do Arquivo Nacional, um trabalho desenvolvido pelo maestro Pedro Messias em seu curso de mestrado profissional no PROMUS, sob a orientação de André Cardoso, com o apoio do Projeto Ópera da Funarte / UFRJ.

De acordo com o musicólogo Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, “a música é deliciosa, sublinhando com ironia e emoção todas as passagens do texto”. No espetáculo serão também apresentadas outras obras do compositor para orquestra, formações de câmara e o seu cancioneiro integral. Nas apresentações, a OSUFRJ será regida pelo maestro Pedro Messias.

A direção cênica fica a cargo de José Henrique Moreira e a direção-geral é de Lenine Santos, que convida todos para o espetáculo, destacando também a celebração dos 30 anos do Projeto Ópera na UFRJ e os 100 anos da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ):

“Honra, coragem, paixões, desejos, juramentos e conspirações se misturam num grande baile de máscaras para o qual todos estão convidados. Durante o baile serão também apresentados números de dança, lindas canções e música de câmara do compositor, comemorando em alto estilo o aniversário de 30 anos do Ópera na UFRJ e os 100 anos da Orquestra Sinfônica da UFRJ”, promete Lenine.

As apresentações na Escola de Música da UFRJ serão gratuitas e estão marcadas para os horários a seguir: 20/6 e 21/6 (19h); 22/6 (16h); 23/6; (17h). A EM/UFRJ fica na Rua do Passeio, 98, próximo à estação Cinelândia do metrô. Haverá retirada de senha uma hora antes de cada récita. Já a apresentação no Centro de Tecnologia da UFRJ será em 25/6, às 13h. O endereço é Av. Athos da Silveira Ramos, 149, Cidade Universitária.

Projeto Ópera na UFRJ

Fruto de uma parceria que envolve a Escola de Música, a Escola de Comunicação, a Escola de Belas Artes e o Fórum de Ciência e Cultura, o Projeto Ópera na UFRJ, que completa em 2024 seus 30 anos, integra professores e alunos de áreas como artes cênicas, cenografia, direção teatral, figurino, indumentária, música, produção, visagismo, regência coral e orquestral, além da Orquestra Sinfônica da UFRJ.

O Projeto Ópera na UFRJ une-se para essa produção ao Projeto Sinos, resultado da parceria Arte de Toda Gente, entre a Funarte e a UFRJ.

A iniciativa também conta com o apoio de: ABM; Casa da Ciência; Circuito Proart; Faperj; Música Brasilis; Politécnica UFRJ; PPGM; Promus; Rádio MEC; SUAT; UFJF/ Pró-Música.

IL NÉO

Música: Henrique Oswald (1852-1931)

Libreto: Eduardo Fillipi

Baseada em um conto de Alfred de Musset

Equipe e Elenco

Regência: Pedro Messias (Orquestra Sinfônica da UFRJ)

Direção: José Henrique Moreira

Direção Geral: Lenine Santos

Direção de Extensão: Homero Velho

Direção junto à PROART: Andrea Adour

QUADRO I

Cavalheiro La Blanche Meroisier: Rodrigo Barcelos/ Robson Lemos

Madame Pompadour: Amanda Ayres/Dhulyan Contente

Guarda Suíço: Gilson Bender/Felipe Corrêa

Jovem Pajem: Julia Riera/Isabela Peralta

Pagem (soprano): Carla Garcia/Bruna Contino

Pagem (mezzo): Daniela Moreira/Thaisa Bastos

Valete (tenor): Raffael Uchoa/André Hipolito

Valete (B. Bar): Bernardo Rulff/Moisés Ribeiro

Cidadão (tenor): André Cisco / Marcus Vinícius Lima

Cidadão (B. Bar.): Dayvid Lucas/Harley Guirado

QUADRO II

Cavalheiro: Rodrigo Barcelos/Robson Lemos

Madame: Amanda Ayres/Dhulyan Contente

QUADRO III

Cavalheiro: Rodrigo Barcelos/Robson Lemos

Madame: Amanda Ayres/Dhulyan Contente

Mago: Gilson Bender/Felipe Corrêa

Folia: Julia Riera/Isabela Peralta

Fada (soprano): Carla Garcia/Bruna Contino

Fada (mezzo): Daniela Moreira/Thaissa Bastos

Harpia (tenor): Raffael Uchoa/André Hipolito

Harpia (B. Bar): Bernardo Rulff/Moisés Ribeiro

Demônio (tenor): Marcus Vinícius Lima/André Cisco

Demônio (B. Bar.): Dayvid Lucas/Harley Guirado

Equipe Técnica:

• Orquestra Sinfônica da UFRJ: Direção geral – André Cardoso.

• Figurino: Coordenação – Prof. Leonardo de Jesus. Criação: Nicolas Pereira Rodrigues e Clara Lima Silvestre. Equipe: Denise Silva, ⁠Raphaela Miguel, Lorena Couto, Laura Seixas, Caio Santos, Raquel Costa, Giulliana Pando, Camila Landim e Natali Souza.

• Cenografia: Coordenação – Profa Andréa Renk. Equipe: Christopher Munford, Felipe Eduardo Stein, Bianca Perrone, Gilson Motta, Maria Elisa.

• Dança: Orientação e coreografia – Profa Lígia Tourinho e Aruã Galileu. Corpo de baile: Alec Vasconcelos, Aruam Galileu, Bel Araújo, Daniel Monteiro, Jard, Letícia Viana, Luana Buscacio, Naomi Elisha Wiener, Rayan Pires, Ronábio Lima.

• Assistente de direção: Azul Scorzelli

• Direção de corpo e movimento: Marcellus Ferreira

• Pianistas: Leandra Vital, Thalyson Rodrigues, José Sacramento, Renan Santos e Rodrigo César Aranha.

• Produção executiva: Fabrícia Medeiros e André Garcez

• Direção Geral: Lenine Santos.

• Direção de Extensão: Homero Velho

• Direção PROART: Andrea Adour

• Legendas: Jonathan Dias e Lenine Santos

• Traduções: Lenine Santos

• Cenotécnica: Humberto Júnior

• Luz, gravação e transmissões por streaming: SUAT – José Henrique Moreira.

Agradecimentos:

Rosana Lanzelote

José Staneck

PROGRAMA

1. Madame Pompadour (Oswaldo Santiago/Paulo Barbosa) Intérpretes: André Hipolito e Raffael Uchôa (tenores), Bernardo Januzzi (violão) e Victor Santos (flauta).

2. Élégie (H. Osvald) Intérpretes: Bernardo Januzzi (violão) e Victor Santos (flauta).

3. Escultura (Adelino Moreira) Intérpretes: Marcos Vinícius Lima e André Cisco

4. AVE! – Intérpretes: Carla Garcia e Bruna Contino.

5. Élégie Intérpretes: Bernardo Januzzi (violão) e Victor Santos (flauta).

6. AOS SINOS! / Intérpretes: Thaissa Bastos e Daniela Moreira.

7. MINHA ESTRELA – Intérpretes: Bernardo Rulff e Moises Ribeiro.

8. Il NÉO – QUADRO I

9. Guarda come dinanzi a te [Ciclo ‘Ofélia’] Intérpretes: Raffael Uchoa e André: Cisco.

10. Amore, amore [Ciclo ‘Ofélia’] Intérpretes: Dayvid lucas e Harley Guirado

11. Scrosciate uragani [Ciclo ‘Ofélia’] Intérpretes: André Cisco e Marcus Vinícius Lima.

12. Minueto op. 23 Número 1

13. IL NÉO – QUADRO II

14. L’Angelo del Cimitero [Ciclo ‘Ofélia’]

15. La Morta [Ciclo ‘Ofélia’] Intérpretes: Thaissa Bastos e Daniela Moreira.

16. Gavota op. 2 Número 8

17. IL NÉO – QUADRO III

Pianistas nas canções: Thalyson Rodrigues, Leandra Vital, José Eduardo Sacramento, Renan Santos e Rodrigo César Aranha