Orquestra Sinfônica da UFRJ apresenta obras de Mozart, Price, Pedrollo e Guerra-Peixe no encerramento do II Orquestras em Pauta

A Orquestra Sinfônica da UFRJ realiza mais uma apresentação de sua 101ª temporada no próximo domingo, dia 27 de julho, às 17h, no auditório da Fundação Getulio Vargas. O concerto, que marca o encerramento do II Orquestras em Pauta, será conduzido pelo maestro Felipe Prazeres e traz um programa que transita por diferentes períodos e linguagens musicais.

A abertura do programa é dedicada à obra La Betulia Liberata K118, composta por W. A. Mozart em 1771, aos 15 anos. Escrita para o oratório encomendado por Don Giuseppe Ximenes, príncipe de Aragão, a peça se destaca por sua dramaticidade e forte expressividade, características associadas ao movimento Sturm und Drang, prenúncio do romantismo musical. Estruturada em forma tripartite, a abertura inclui um Andante central e um Presto com reminiscências do tema inicial.

Na sequência, a orquestra interpreta o Andante moderato para cordas, de Florence Price, compositora norte-americana cuja obra escrita em 1929 foi originalmente o segundo movimento de seu primeiro quarteto de cordas, composto durante seus estudos no Chicago Musical College. A peça apresenta vínculos com a tradição europeia, ao mesmo tempo em que revela os primeiros traços da busca por um idioma musical americano, que se intensificaria em suas obras posteriores.

A solista Juliana Bravim (oboé), integrante da Orquestra Sinfônica da UFRJ, será o destaque na execução do Concertino para oboé do compositor italiano Arrigo Pedrollo, escrito em 1960. A obra, dividida em três movimentos — Moderato, Canzone medioevale: Adagio e Allegro vivo — apresenta uma escrita direta e lírica, alternando temas contrastantes e exigindo domínio técnico do intérprete, especialmente no virtuosismo final.

Encerrando o concerto, será apresentada a vibrante obra Mourão, escrita em parceria por César Guerra-Peixe e Clóvis Pereira, recentemente falecido. Representativo do Movimento Armorial, idealizado por Ariano Suassuna, Mourão busca integrar elementos da música de concerto à riqueza rítmica e melódica da cultura popular nordestina, tornando-se uma das peças mais emblemáticas do repertório brasileiro para cordas.


Concerto da Orquestra Sinfônica da UFRJ
📅 27 de julho (domingo) | 17h
🏛️ Auditório da Fundação Getulio Vargas
📍 Praia de Botafogo, 190 – Botafogo, Rio de Janeiro/RJ
🎟 Entrada franca

Orquestra Sinfônica da UFRJ interpreta obras de Mozart, Pedrollo e Beethoven

A Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) sobe ao palco do Salão Leopoldo Miguéz na próxima sexta-feira, 25 de julho, às 19h, para mais um concerto da temporada 2025. A apresentação tem entrada gratuita, classificação livre e conta com a regência do maestro Felipe Prazeres.

O programa destaca obras de três importantes compositores europeus, em uma seleção que atravessa estilos e períodos da música ocidental. A abertura de La Betulia Liberata, composta por Wolfgang Amadeus Mozart aos 15 anos, abre a noite com sua intensidade dramática e elementos que antecipam o romantismo. Em seguida, a orquestra interpreta o Concertino para oboé, do italiano Arrigo Pedrollo, com solo da oboísta Juliana Bravim, integrante da OSUFRJ. Encerrando o programa, a Sinfonia nº 2 de Ludwig van Beethoven revela os primeiros sinais da fase heróica do compositor, marcada por vigor rítmico e contrastes expressivos.

A direção artística da OSUFRJ é de André Cardoso, com Roberto Duarte e Ernani Aguiar como maestros eméritos. A apresentação integra a programação pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro, promovendo o acesso à cultura e reafirmando a missão formadora da instituição.


Concerto da Orquestra Sinfônica da UFRJ
📅 25 de julho (sexta-feira) | 19h
🏛️ Salão Leopoldo Miguéz – EM/UFRJ
📍 Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
🎟 Entrada franca

Mozart com sotaque brasileiro: Ópera na UFRJ leva “As Bodas de Fígaro” ao palco com protagonismo estudantil

A ópera As Bodas de Fígaro, de Wolfgang Amadeus Mozart, ganha uma nova leitura nas mãos de estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com récitas nos dias 26, 27, 28 e 29 de junho e 03 de julho, no Salão Leopoldo Miguez, e no dia 05 de julho, em Teresópolis, a montagem faz parte do Projeto Ópera na UFRJ, em parceria com a Orquestra Sinfônica da universidade.

Sob regência do maestro André Cardoso e direção cênica de José Henrique Moreira, o espetáculo destaca-se pelo envolvimento direto de alunos em todas as frentes — do palco à costura, da música ao cenário, da iluminação à captação de vídeo. “A ópera é um gênero grandioso e complexo: tem teatro, figurino, cenário, luz, orquestra, coro, gravação, transmissão ao vivo… Fazer isso numa universidade pública, com todos os seus limites estruturais e financeiros, é um desafio. Mas temos uma riqueza humana infinita”, afirma Lenine Santos, diretor geral da montagem.

Segundo ele, participar de uma produção dessa dimensão representa um marco na formação de estudantes de canto. “É um divisor de águas, mesmo para quem canta um papel menor ou está no coro. Amplia os horizontes culturais. Vários alunos que passaram pelo projeto estão hoje em teatros importantes, como o Municipal do Rio, ou seguiram carreira internacional em companhias e óperas-estúdio”, afirma.

Além da Escola de Música, o projeto envolve alunos da Escola de Belas Artes e outras unidades da UFRJ. Os figurinos e cenários são concebidos pelos próprios estudantes, sob orientação das professoras Andréa Renk e Desirée Bastos. “Todo o espetáculo é criado pelos alunos. Eles cortam tecido, costuram, fazem provas, desenham croquis, constroem elementos de cena. Muitos saem do projeto já com convites profissionais”, relata Lenine.

Escolhida por sua força dramática e versatilidade estética, As Bodas de Fígaro é uma das óperas mais encenadas no mundo. A montagem da UFRJ aposta numa abordagem com referências visuais brasileiras. “O público vai se reconhecer nela. O diretor José Henrique Moreira conseguiu dar uma brasilidade que o figurino e o cenário abraçaram com muita beleza. A música continua universal — e maravilhosa — mas ganha um novo sotaque”, conclui Lenine.

A entrevista completa com o professor Lenine Santos sobre a montagem de As Bodas de Fígaro está disponível no episódio de 20/06/25 do podcast Som do Passeio:

SERVIÇO

Ópera “As Bodas de Fígaro”, de W.A. Mozart
📍 Escola de Música da UFRJ
Salão Leopoldo Miguez — Rua do Passeio, 98 – Centro, Rio de Janeiro
🗓️ 26 e 27 de junho | 18h
🗓️ 28 e 29 de junho | 16h
🗓️ 03 julho | 18h (sessão extra)
✅ Entrada franca
🎟 Senhas distribuídas 30 minutos antes, na portaria da Escola de Música

📍 Teatro Feso Pro Arte – Teresópolis
🗓️ 5 de julho | 16h
✅ Entrada gratuita

Intercâmbio entre Brasil e EUA promove masterclass e concerto gratuitos no Rio, com apoio do Programa Arte de Toda Gente

No próximo dia 27 de junho de 2025, o Rio de Janeiro será palco de duas atividades que fortalecem o intercâmbio cultural entre Brasil e Estados Unidos. A programação inclui uma masterclass dedicada ao Requiem de Mozart e um concerto gratuito com a participação do Coral Infantojuvenil da UFRJ e do Master Chorale of Tampa Bay. A iniciativa conta com o apoio do Programa Arte de Toda Gente, da Escola de Música da UFRJ e de outras instituições parceiras.

Masterclass sobre o Requiem de Mozart

Das 9h às 12h, a Escola de Música da UFRJ (Rua do Passeio, 98 – Centro) sediará mais uma edição do Projeto Master Classes. A atividade será conduzida pelo maestro norte-americano Matthew Abernathy, diretor artístico do Master Chorale of Tampa Bay, junto a integrantes do coro. Com foco na obra Requiem, de Wolfgang Amadeus Mozart, a masterclass é aberta ao público, incluindo estudantes da instituição e interessados da comunidade externa.

O encontro oferece 40 vagas, sendo até 10 para participação ativa e 30 para ouvintes. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo link: https://forms.gle/naxPYCBi9scw9hA38. É necessário que cada participante leve sua própria partitura.

O Projeto Master Classes é uma iniciativa contínua que recebe convidados nacionais e internacionais para atividades formativas como palestras, oficinas e workshops, promovendo a conexão entre a Escola de Música da UFRJ e a cena musical.

Concerto reúne coros do Brasil e dos EUA

No mesmo dia, às 18h, a Igreja de São Francisco de Paula (Largo de São Francisco, s/n – Centro, RJ) recebe o concerto conjunto entre o Coral Infantojuvenil da UFRJ e o Master Chorale of Tampa Bay. Sob a regência de Maria José Chevitarese e Matthew Abernathy, a apresentação gratuita celebra a união entre diferentes tradições musicais e gerações de cantores.

O repertório inclui obras de compositores como Mozart, Verdi, Waldemar Henrique, John Rutter e outros, divididas entre os dois grupos e finalizadas com uma peça interpretada em conjunto.

Repertório

Coral Infantojuvenil da UFRJ

  • Nira Chen – Dodi-li (arr. Doreen Rao)
  • Mozart – Alphabeto
  • Waldemar Henrique – Tambata-já
  • Eva Ugalde – Kuku ué

Master Chorale of Tampa Bay

  • Verdi – Va pensiero
  • Mozart – Requiem (Kyrie & Dies Irae)
  • Hagen – Notebooks “Look at the Stars”
  • Parker/Shaw – Hark I Hear the Harps Eternal
  • Paulus – The Road Home
  • Boyd – Until I Reach My Home

Todos os coros juntos

  • John Rutter – For the Beauty of the Earth

Sobre o Master Chorale of Tampa Bay

Fundado em 1979, o Master Chorale of Tampa Bay é um dos principais coros sinfônicos dos Estados Unidos, reconhecido por sua excelência técnica e artística. Com 150 vozes selecionadas, atua como coro oficial da Orquestra da Flórida desde 1986, realizando aproximadamente 25 apresentações por ano e alcançando um público superior a 25 mil pessoas.

O grupo já executou obras de grande porte, como a Missa Solemnis, de Beethoven, e a 8ª Sinfonia de Mahler, além de colaborar com compositores renomados como Eric Whitacre e Jake Runestad. Suas gravações têm ampla circulação internacional e figuram entre os títulos mais vendidos em plataformas digitais. O coro já se apresentou com artistas e conjuntos de prestígio, como a Orquestra de Cleveland e o tenor Andrea Bocelli.

A realização do intercâmbio conta ainda com o apoio da Venerável Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco de Paula, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, do Centro de Letras e Artes e da Escola de Música da UFRJ.