Já estão abertas as inscrições para mais um conjunto de cursos gratuitos da Academia Arte de Toda Gente – ATG. São oferecidas vagas para os cursos de Violino, Aspectos Básicos da Regência Coral e Artes Visuais + Educação + Acessibilidade + Decolonialismo. As aulas serão ministradas on-line, no ambiente virtual da UFRJ, com acesso restrito aos alunos matriculados, e, ao final, haverá emissão de certificado para os que cumprirem as tarefas previstas. Os formulários para inscrição e mais informações sobre a Academia estão disponíveis em https://academia.artedetodagente.com.br/ até 15/08. A iniciativa faz parte do programa Arte de Toda Gente, uma parceria da Fundação Nacional de Artes (Funarte) com a UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música, e que contempla os projetos Bossa Criativa, Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos) e Um Novo Olhar.

Sobre os cursos oferecidos e seus professores

O curso on-line de Violino é ministrado pelos professores João Titton, Luciana Arraes, Marco Damm e Fernando Pereira e está estruturado em seis unidades. No total, serão abordados 22 módulos temáticos, que abrangem temas referentes às técnicas específicas do instrumento, interpretação, literatura, métodos, história e à importância de se inserir aspectos relacionados à saúde física e mental do(a) violinista.

João Titton é mestre pela University of Cincinnati (EUA) e graduado pela EMBAP e professor de violino no curso de Bacharelado em Música da UDESC e coordena o Programa de Extensão UDESC Musical e dirige a Orquestra Acadêmica.

Luciana Arraes é doutora em Artes Musicais pela Hartt School of Music da University of Hartford, violinista da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília, e professora especializada no ensino do método Suzuki.

Marco Damm é mestre em Música pela UFRJ, violinista e professor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná – Unespar.

Fernando Pereira é violinista da Orquestra Petrobras Sinfônica, doutor em música e professor dos cursos de Bacharelado em Violino e de Mestrado Profissional da Escola de Música da UFRJ.

Mais informações sobre este curso em https://artedetodagente.com.br/acd-cursos/violino/

O curso Artes Visuais + Educação + Acessibilidade + Decolonialismo, com os professores Leandro Garcia, Sara Nina e Robson Xavier, está organizado em seis módulos e aborda as relações entre a Acessibilidade Cultural e o Ensino das Artes Visuais no Brasil a partir de uma perspectiva não linear e não hegemônica. São abordadas questões como formação de públicos, acesso aos bens culturais, espaços de criação e protagonismo, possibilitando uma abordagem acessível e abrangente das concepções de educação formal, não formal e suas implicações no ensino das artes visuais na perspectiva decolonial, com foco nas implicações políticas da luta para a consolidação do ensino da arte na educação básica, valorização da arte como área de conhecimento e ampliação da acessibilidade cultural no Brasil.

Leandro Garcia é artista, Pesquisador e Professor / Doutorando em artes visuais na UnB / Professor de Artes Visuais na SEMEEL- Goianinha/RN.

Sara Nina é artista Professora Pesquisadora / Artografismos / Mestrado em Artes Visuais pela UFPB / Especialização em Educação Inclusiva pela UECE.

Robson Xavier é docente e investigador do Deptº de Artes Visuais e dos PPGs Artes Visuais e Arquitetura e Urbanismo da UFPB.

Mais informações sobre este curso em https://artedetodagente.com.br/acd-cursos/artes-visuais-educacao-acessibilidade-decolonialismo.

Já o curso Aspectos Básicos da Regência Coral é ministrado por Danielly Souza e tem como objetivo a capacitação pedagógica para o uso do gestual de regência. O curso se destina especialmente a professores de música e regentes de coros infantis e infantojuvenis, bem como estudantes em formação que desejem se aprimorar no gestual de regência. O material apresentado, assim como as atividades propostas, visam aprofundar o conhecimento sobre o tema, trazendo também sugestões de atividades para musicalização por meio do canto coral.

Danielly Souza – Doutoranda em Música, professora substituta da Escola de Música da UFRJ, regente e coordenadora assistente da área de Canto Coral do projeto Um Novo Olhar.

Mais informações sobre este curso em https://artedetodagente.com.br/acd-cursos/violino/

O Arte de Toda Gente e sua academia

A Academia Arte de Toda Gente reúne e organiza em um mesmo espaço online todo o cardápio de cursos e oficinas à distância, abertos e gratuitos, oferecidos pelos projetos Bossa Criativa, Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos) e Um Novo Olhar (Uno).

Em 2 de agosto, às 19h, com entrada gratuita, o Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, no Rio, recebe o Duo Aracê – formado pelo saxofonista Giancarlo Medeiros e pela pianista Miriam Braga. No programa, 11 obras criadas por especialmente por compositores brasileiros para essa formação instrumental. O recital é uma iniciativa do projeto Bossa Criativa em conjunto com o Programa de Pós-Graduação Profissional em Música (PROMUS), da UFRJ, e faz parte das ações do programa Arte de Toda Gente, parceria entre Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade, com curadoria de sua Escola de Música.

As obras do recital fazem parte de uma longa e intensa pesquisa iniciada em 2010, e ainda em curso, e que trata especificamente do repertório brasileiro para saxofone barítono solista acompanhado de piano. Tudo começou quando Giancarlo Medeiros constatou que praticamente não existia um repertório brasileiro para essa formação – em sua busca, ele localizou somente uma obra. Medeiros entrou então em contato com diversos compositores brasileiros, que se mostraram dispostos a escrever novas peças musicais. Até o momento, já foram compostas 11 novas obras, que formam o repertório do recital.

Algumas dessas colaborações contribuíram também para a dissertação de mestrado profissional “Música Brasileira para Saxofone Barítono e Piano: Construção, Fomento e Difusão do Repertório, que vêm sendo desenvolvida no PROMUS da UFRJ, sob orientação do professor Pedro S. Bittencourt.

O programa do recital

Fernando de Oliveira – Contraste

Patrícia Lopes – Orquídea
I – Introspectivo (solo)
II – Iludidamente/Ludicamente

Liduíno Pitombeira – Seresta nº 22
I – Lundu
II – Acalanto
III – Cana Verde

Nestor de Hollanda Cavalcanti – 3 Canções populares, quase eruditas
I – Corpos presentes – Canção da distância
II – Sixties Songs – Corsas
III – Leoa

Jackson Lúcio – Lúdica Suíte
I – Brincadeira no Jardim
II – Bolhas de Sabão
III – Fuga

 

O Duo Aracê
Aracê é uma palavra do vocabulário tupi-guarani e tem como significado “aurora, o nascer do dia, o canto dos pássaros ao amanhecer”. O duo foi formado por Giancarlo Medeiros e Miriam Braga, no início de 2021, e tem como objetivo difundir a combinação do saxofone barítono e piano, cuja formação é pouco conhecida no Brasil. E também divulgar a música brasileira, por meio da pesquisa e da encomenda de novas obras, que possam evidenciar as possibilidades técnicas e os inúmeros recursos expressivos da combinação de sonoridades e timbres desses dois instrumentos.

Giancarlo Medeiros é pós-graduado em Educação Musical e licenciado em Pedagogia e Música. Ele iniciou seus estudos de saxofone aos 10 anos no Conservatório de Tatuí, diplomando-se em 2001. Atualmente, cursa o Mestrado em Música na UFRJ e vem desenvolvendo uma intensa pesquisa sobre o repertório para saxofone barítono, encomendando novas obras para compositores brasileiros, englobando tanto o repertório camerístico como o repertório solista. Como integrante da Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí, Giancarlo gravou sete CDs, um DVD atuando como solista e acompanhou renomados artistas da MPB, como Leila Pinheiro e Moraes Moreira, e também, como solista convidado, de concertos com grandes formações. O músico participou de inúmeros festivais e encontros nacionais e internacionais. Giancarlo é professor de saxofone do Conservatório de Tatuí, da Escola Municipal de Música “Enoque da Silva” da cidade de Alumínio-SP e membro do Quarteto de Saxofones SaxBrasil.

Miriam Braga é mestre em Música pela UFRJ e tem em sua discografia uma série de CDs dedicados à música brasileira, como “Tuba Brasilis”, para tuba e piano, “Miniaturas, Cirandas e Outras Imagens do Brasil” – projeto vencedor do Proac, para saxofone e piano – tendo ainda gravações internacionais, com destaque para a obra de Villa-Lobos, tanto como solista, como integrando conjuntos. Concertista internacional, Miriam já se apresentou em vários países da América Latina, Europa e nos Estados Unidos. Ela atuou, por 10 anos no Conservatório de Tatuí, como coordenadora da Área de Música de Câmara e hoje, integra o corpo docente da Área de Piano e de Música de Câmara. Atualmente, se dedica também a pesquisar o artista em cena, desenvolvendo com o setor de Artes Cênicas a disciplina eletiva “Performance de Palco”, no Conservatório de Tatuí.

Sobre o Bossa Criativa
Parte do programa Arte de Toda Gente, o projeto Bossa Criativa nasceu reúne apresentações e oficinas de diversas linguagens artísticas e manifestações da economia criativa. O foco é a democratização da cultura, bem como a diversidade e a difusão de todas as artes, de modo inclusivo. As atividades são compostas de shows, performances, mostras, lives e vídeos de capacitação, exibidos no site www.bossacriativa.art.br e na forma de apresentações, mostras e festivais presenciais, com participação de artistas de todo o Brasil.

O programa Arte de Toda Gente (parceria Funarte-UFRJ)
A parceria Arte de Toda Gente, entre a Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, desenvolvida através de sua Escola de Música, teve início em 2020 com o objetivo de desenvolver os projetos Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos (www.sinos.art.br), Bossa Criativa (www.bossacriativa.art.br) e Um Novo Olhar (https://umnovolhar.art.br). A esse conjunto de projetos somaram-se posteriormente o Arte em Circuito e a XXIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea; o Projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio às Bandas de Música e o Projeto Ópera, além da Academia Arte de Toda Gente. Todos com a curadoria da Escola de Música da UFRJ. Atualmente, a iniciativa viabiliza centenas de outras parcerias pelo Brasil, com as mais importantes instituições de arte, cultura e educação.

Serviço:
Recital do Duo Aracê
Quando: 2 de agosto de 2024, às 19 horas
Onde: Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ (Rua do Passeio, 98, Centro do Rio)

É com profundo pesar que a comunidade acadêmica da Escola de Música da UFRJ recebeu, em 18 de julho, a notícia do falecimento da pianista Maria Josephina Mignone.

Maria Josephina nasceu em Belém. Começou os estudos no piano da avó, que lhe abriu o caminho para a paixão pelo instrumento. Teve aulas no Instituto Gentil Bittencourt e, em seguida, matriculou-se no Conservatório Carlos Gomes. Após vencer um concurso da instituição, ganhou bolsa para seguir ao Rio de Janeiro, onde seria aluna de Magda Tagliaferro e Arnaldo Estrella. Foi professora da Academia Lorenzo Fernandez, onde conheceu o maestro Francisco Mignone, ex-professor de regência da Escola de Música da UFRJ. Com os anos, além da carreira como solista e professora, Maria Josephina deu início, ao lado da filha Anete Rubin, ao lançamento da Coleção Mignone, que já conta com mais de uma dezena de discos, nos quais o amplo repertório de Mignone foi gravado por Maria Josephina, pelo próprio compositor e por outros intérpretes. Maria Josephina Mignone também lançou o livro Cartas de Amor, com correspondências de importância histórica trocadas com o marido que revelam impressões sobre o meio musical, o carinho que tinha pela família e discussões sobre música.

A Escola de Música e toda a sua comunidade acadêmica solidarizam-se com os familiares e amigos de Maria Josephina Mignone, manifestando sua solidariedade neste momento tão dolorido.

Ronal Xavier Silveira
Diretor da Escola de Música da UFRJ
18 de julho de 2024

No último dia 14, faleceu Francisco Paulo Porfírio Conte, servidor técnico-administrativo que atuou por anos no setor de Comunicação da Escola de Música da UFRJ.

“O ‘Chico’, como todos o chamávamos, foi um colega muito atento e extremamente competente, dono de uma inteligência ímpar e um amor imenso pela Escola de Música”, comentou o professor Ronal Silveira, diretor da Escola de Música.

Meri Toledo, chefe do setor de Comunicação e colega de décadas de Chico, também relembrou o velho amigo: “No feriado de Corpus Christi, no leito 6 do CTI 1, do Hospital Souza Aguiar, ao saber da possibilidade de um vídeo em 3D para a exposição do centenário da OSUFRJ, a consideração do Chico foi: ‘Tem que ser a gravação de uma ária de qualquer ópera , bem conhecida do público’. Isso expressa bem quem era o Chico, a figura humana e amiga que seguramente se foi da nossa convivência diária sem deixar de admirar tudo aquilo que conhecemos de belo no mundo e que se foi acreditando que num dia qualquer seria possível uma revolução que esgotaria todas as injustiças econômicas e sociais, mesmo que, às vezes, não deixasse de expressar um certo desânimo com essa revolução que nunca se tornava presente. Delicado e companheiro, em qualquer situação , com todos aqueles que gozavam de sua companhia, competente, eficaz no trabalho”.

O sepultamento será no Cemitério São Francisco Xavier (Rua Monsenhor Manuel Gomes, 155 – Caju), em 17 de julho, às 10h30. Não haverá velório.

Em 19 de julho, a UFRJazz Ensemble apresentará o concerto “Tempos Difíceis — os ritmos do mundo” no Salão Leopoldo Miguez, da Esola de Música da UFRJ.

O repertório contará, entre outras, com obras de Hermeto Pacoal, Carlos Almada, Milton Nacimento e Lourenço Buarque e Dave Brubeck, além de peças compostas pelo regente do grupo, professor Julio Merlino.

A UFRJazz Ensemble foi criada a partir da implementação do curso de graduação em saxofone pelo professor José Rua. Formado por alunos da Escola de Música da UFRJ, além de músicos convidados. O grupo possui um vasto repertório, que abrange desde obras originais de compositores do século XX, como Stravinsky e Bernstein, até clássicos da música popular brasileira, com diversos arranjos feitos especialmente para o conjunto. Vários músicos já atuaram como convidados da UFRJazz, destacando-se o trombonista Raul de Souza, Hermeto Pascoal, Jovino Santos Neto, Júlio Barbosa, Gilson Peranzzetta, Carlos Malta, Nivaldo Ornelas, Guinga, entre outros.

A UFRJazz Ensemble gravou seu primeiro CD em 1997 com o título de “Jazz na Universidade”, em que interpretava composições dos mais importantes compositores contemporâneos americanos. Foi considerado o melhor CD do gênero gravado por uma big band no Brasil. Para comemorar seus dez anos, a UFRJazz lançou seu segundo CD com o título “UFRJazz Ensemble interpreta Júlio Barbosa”, o primeiro de uma série, que registrou compositores populares brasileiros de valor acadêmico. Seu último CD, “Paisagens do Rio”, foi lançado em 2006, por ocasião do aniversário de 70 anos da Rádio MEC com o patrocínio da Petrobrás.

A entrada é gratuita e a apresentação está marcada para as 19h, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, que fica na Rua do Passeio, 98, próximo à estação Cinelândia do metrô.

Segue o programa do concerto:

Tempos Difíceis — os ritmos do mundo

(Part. especial: Lukas Gernet, piano – SUI)

1) Suite Norte Sul Leste Oeste (Hermeto Pascoal, arr. Wolfgang Perez)
2) Diáspora (Carlos Almada)
3) Tombo in 7/4 (José Neto, Flora Purim e Diana Moreira; arr.: Julio Merlino)
4) Blue Rondo a la Turk (Dave Brubeck, arr.: Julio Merlino)
5) 1,375 (Julio Merlino)
6) Passo a Passo (Lourenço Buarque)
7) Nova Cidade (Julio Merlino)
8) Cravo e Canela (Milton Nascimento e Lô Borges; arr.: Julio Merlino)

UFRJazz 2024.1:

Saxofones
Rodolfo Fontoura, Ezequiel Candida, Jhonatan Spitz, Lucas Marins (monitor), Misael Silveira, Eduardo de Barros (monitor).

Trompetes
Gelydson Maciel, Lucas Tavares, Thiago Elias.

Trombone
Fernando Abner

Guitarras
Ícaro Cardoso (monitor), João Vitor Botelho, Guilherme Nishijima, Lourenço Buarque.

Baixo
Victor Lyra

Bateria
Joca Moraes e Rodrigo Scofield

Direção Musical e Regência
Julio Merlino

 

A última segunda-feira, 8 de junho, foi um dia que certamente ficará marcado na memória dos presentes no Auditório Rodolpho Paulo Rocco, no Centro de Ciências da Saúde (CCS), campus do Fundão da UFRJ. Na data em questão, ocorreu a cerimônia de posse de 60 novos servidores técnico-administravivos, que passam agora a integrar o quadro de pessoal da Universidade.

Entre as vagas previstas no respectivo concurso público, regido pelo edital 490, de 29 de abril de 2023, havia quatro para o cargo de músico. E um dos pontos altos da cerimônia foi justamente uma apresentação desses músicos recém-aprovados, que se tornam agora funcionários da Escola de Música, onde atuarão junto à Orquestra Sinfônica da UFRJ, que completa um século de atividades em 2024. São eles: Cindy Folly Faria (viola); Lucas Henrique Alvares Andrade (violino); Damaris dos Santos (violino); e Thalyson Rodrigues de Araújo (piano). O repertório contou com: Salut Damore, de Edgar Elgat; Melodia Sentimental, de Heitor Villa-Lobos; e Viva la Vida, de Christopher Martin, em arranjos de Alexandre Queiroz.

A solenidade contou com a presença dos professores Roberto Medronho, reitor da Universidade, e Cássia Turci, vice-reitora. De acordo com o professor Marcelo Jardim, vice-diretor da Escola de Música, que esteve no evento regendo o quarteto, os dirigentes da UFRJ “agradeceram à Escola por abrilhantar a cerimônia neste que é sempre um momento de grande emoção para quem está iniciando uma carreira em nossa Universidade”.

 

? Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Estão abertas as inscrições para os cursos on-line de Ensino Coletivo de Instrumento Musical e de Edição de Partituras Digitais com o Musescore da Academia Arte de Toda Gente. As aulas se iniciam em 25/07 em ambiente virtual e haverá emissão de certificado de conclusão para quem cumprir as atividades e a frequência mínima exigida. Mais informações sobre os cursos, seus professores e inscrições estão disponíveis no site https://artedetodagente.com.br/academia-arte-de-toda-gente. A iniciativa faz parte do programa Arte de Toda Gente, uma parceria da Fundação Nacional de Artes (Funarte) com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com curadoria de sua Escola de Música.

 

Os cursos

O curso “Ensino Coletivo de Instrumento Musical: concepções, espaços e práticas” será ministrado pelos professores Joel Barbosa, Ilza Zenker Leme Joly e Flavia Maria Cruvinel e tem como público educadores musicais, professores da educação básica e instrumentistas que dão aulas coletivas de instrumentos musicais. O curso está organizado em oito unidades, que abordam os seguintes temas a partir do Ensino Coletivo de Instrumento Musical (ECIM): conceitos, metodologias e abordagens brasileiras, ECIM como Educação Popular; Ensino Coletivo Homogêneo; Metodologia Criativa para a Infância Violão e o Uso do imaginário; Ensino Coletivo para Bandas de Sopro e Percussão; Grupos musicais comunitários: aprendizagens múltiplas na convivência; e o Educador Musical como Curador e Produtor Cultural. O conteúdo e discussões serão apresentados por meio de vídeos, podcasts, textos, fóruns de discussão, webnário em ambiente virtual. Mais informações sobre o curso e seus professores em https://artedetodagente.com.br/acd-cursos/ensino-coletivo-de-instrumento-musical/.

Em “Edição de Partituras Digitais com o Musescore”, o professor Júlio Merlino, da Escola de Música da UFRJ, abordará os principais recursos desse programa de arquitetura aberta necessários para criação e edição musical profissionais. O curso está dividido em quatro unidades, cada uma com vídeos e textos de apoio, que fornecerão os conceitos e práticas de editoração musical profissional qualificada, bem como atividades propostas para fixação do conhecimento. Mais detalhes sobre o curso e informações sobre seu professor em https://artedetodagente.com.br/acd-cursos/musescore/.

É com profundo pesar que a comunidade acadêmica da Escola de Música da UFRJ recebeu, em 11 de julho, a notícia do falecimento do professor Léo Soares.

Léo Soares iniciou seus estudos musicais através do violino, mas, aos 12 anos, fez sua opção pelo violão. Dono de uma técnica brilhante e possuidor de uma grande musicalidade, o violonista começou a lecionar em 1966, passando então a integrar de importantes projetos nesta área. Destacam-se suas participações como diretor dos Seminários de Música Pró-Arte/Rio de Janeiro, onde atuou até a década de 1980. Tornou-se também professor do Conservatório Brasileiro de Música e do Curso de Graduação da Escola de Música da UFRJ, onde foi vice-diretor e chefe de departamento. Aposentou-se em 2012 como Decano do Centro de Letras e Artes.

A Escola de Música e toda a sua comunidade acadêmica solidarizam-se com os familiares e amigos de Léo Soares, manifestando suas condolências neste momento tão difícil.

O velório será realizado em 12 de julho, das 9h às 12h, no Memorial do Carmo. Em seguida será a cremação.

Ronal Xavier Silveira
Diretor da Escola de Música da UFRJ
11 de julho de 2024

Entre os dias 29 de julho e 2 de agosto, ocorrerá, na Escola de Música da UFRJ, a 2ª Maratona de Música Eletroacústica (Mamuse). Ao longo da semana, o Salão Leopoldo Miguez será palco de concertos de música eletroacústica em suas diversas modalidades, com obras históricas e recentes, bem como de palestras, debates e atividades de cunho educacional envolvendo a contextualização deste repertório e a montagem do sistema de difusão sonora.

As atividades transcorrerão diariamente das 10h às 18h, sob a coordenação geral dos professores Rodrigo Cicchelli e Cláudio Bezz, docentes do Setor de Composição de Música Eletroacústica do Departamento de Composição da Escola de Música da UFRJ e atuais coordenadores do Laboratório de Música e Tecnologia.

A Maratona tem por objetivos proporcionar de forma intensiva e imersiva, ao longo de uma semana, a exposição e a sensibilização dos alunos da UFRJ ao universo da Música Eletroacústica em suas diversas modalidades, bem como seu treinamento em todas as etapas da realização de concertos do gênero – da montagem à desmontagem do sistema de difusão sonora, passando pelos ensaios e pela difusão das obras em público. Além disso, a Maratona estará aberta à comunidade externa, que fruirá a apresentação das obras em concertos didáticos informados por palestras que as contextualizam, tendo por objetivo a formação de novos públicos para o gênero. É importante destacar o caráter intensivo e imersivo da iniciativa, tanto para os alunos envolvidos quanto para o público em geral, todos “maratonando” um gênero musical tão representativo da contemporaneidade.

As inscrições de alunos extensionistas (carga total 40h) devem ser feitas por solicitação enviada aos coordenadores através do seguinte e-mail:

Confira abaixo a programação detalhada do evento: 

Dia	Horários	Atividade
Segunda-feira 29/07	10h-12h30	Transporte de Equipamentos do LaMuT para o Salão Leopoldo Miguez, Montagem do Sistema de Difusão Sonora e Realização de Testes
	12h30-14h	Pausa de almoço
	14h-18h	Ensaios – Sessão 1
Terça-feira 30/07	10h-12h30	Ensaios – Sessão 2
	12h30-14h	Pausa de almoço
	14h-16h	Ensaios – Sessão 3
	16h-18h	Concerto 1	Ricardo dal Farra – Tierra y Sol Jean-Claude Risset – Invisible Denise Garcia – Trem-pássaro Jocy de Oliveira – Ofélia presa nas cordas de um piano (Andrea Adour, soprano)
Quarta-feira 31/07	10h-12h30	Ensaios – Sessão 4
	12h30-14h	Pausa de almoço
	14h-16h	Ensaios – Sessão 5
	16h-18h	Concerto 2	Javier Alvarez – Temazcal (Tiago Calderano, maracas) Rodrigo Cicchelli – Orichalque multiplié (Tiago Calderano, vibrafone) – estreia César Traldi – Reflexos #2 (Tiago Calderano, conga) Karlheinz Stockhausen – Kontakte
Quinta-feira 01/08	10h-12h30	Ensaios – Sessão 6
	12h30-14h	Pausa de almoço
	14h-16h	Ensaios – Sessão 7
	16h-18h	Concerto 3	Cláudio Bezz – Oito impressões eletroacústicas sobre um poema sujo – estreia Dário Rocha de Melo – Atenção, senhores passageiros! – estreia Artur Paixão – Estudo Sonoro – Praça dos Cavalinhos  – estreia Tiê de Kühl e Machado – Passaredo – estreia Lucas Alves – Velocidade Onírica – estreia Dário Rocha de Melo – Fragmentos de um tubo – estreia Ítalo Spinelli – Mefer – estreia Vinícius Braga – Fragmentos de uma despedida – estreia Matheus Queiroz – Mar rubro, estrelas gélidas (Matheus Queiroz, sanfona) – estreia
Sexta-feira 02/08	10h-18h	Desmontagem do Sistema de Difusão Sonora, Transporte de Equipamentos do SLM para o LaMuT e Avaliação da II MaMusE

 

 

Em 08/07, a Orquestra de Sopros da UFRJ realizará seu terceiro concerto da temporada 2024, no Salão Leopoldo Miguez. A apresentação terá como destaque a participação dos alunos do Bacharelado em Regência de Banda e dos mestrandos do Programa de Pós-Graduação Profissional em Música – PROMUS da Escola de Música da UFRJ.

O programa é formado por obras brasileiras compostas originalmente para bandas de música e bandas sinfônicas, de diferentes períodos e estilos.

A primeira obra do concerto, “Abertura para Banda”, de Ernani Aguiar, foi escrita em 2013 e estreou no mesmo ano, justamente com a Orquestra de Sopros da UFRJ. A obra foi uma encomenda do governo do Estado do Rio de Janeiro para o concurso de bandas realizado no Teatro João Caetano. Será apresentada também os “In Mutemur Habitu”, de José Maurício Nunes Garcia, obra escrita originalmente para coro misto e que ganhou transcrição para banda sinfônica do professor Marcelo Jardim.

Em homenagem ao ilustre compositor e professor da Escola de Música, José Siqueira, serão apresentadas também duas valsas, “Sonhando” e “Noite de Primavera”, ambas escritas com o pseudônimo de Juca Siqueira. O compositor teve sua história ligada às bandas, uma vez que ele aprendeu música em uma banda da sua cidade, onde seu pai era o regente. Siqueira estudou posteriormente no Rio de Janeiro, com Francisco Braga, Paulo Silva e Walter Burle Max.

A segunda parte do concerto contará com a apresentação de duas vertentes de pesquisa do PROMUS, com as obras “Esmeralda”, de Pedro Alves, “Paisagens Capixabas”, de Hugo Rocha, e “Montanhas Capixabas”, de Marcelo Rauta, todos os três compositores do Estado do Espírito Santo. Essas peças compõem o trabalho de mestrado desenvolvido por Friedman Fernandes no PROMUS, com orientação do Prof. Marcelo Jardim. O concerto se encerra com a regência de Gabriel Dellatorre, regente assistente, professor substituto e também aluno do PROMUS, que apresenta duas obras: “Essa ponte é de Safena”, samba do compositor Everson Moraes, trombonista da Orquestra Sinfônica e Orquestra de Sopros da UFRJ; e “Duda no Frevo”, de Senô, obra composta em homenagem ao compositor e arranjador José Ursicino da Silva, mestre Duda.

A pesquisa de Dellatorre, orientada pelo Prof. Marcelo Jardim, é direcionada para a edição e gravação de cinco obras de Duda, compositor que cada vez mais se estabelece como um dos mais importantes compositores de frevo de todos os tempos, e que foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco.

A entrada é gratuita e a apresentação está marcada para as 19h, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, que fica na Rua do Passeio, 98, próximo à estação Cinelândia do metrô.

 

PROGRAMA

Ernani Aguiar – Abertura para Banda (ed. Marcelo Jardim)
Prof. Marcelo Jardim, regente

José Maurício Nunes Garcia – In Mutemur Habitu (transcrição Marcelo Jardim)

José Siqueira – Sonhando (Revisão e ed. Marcelo Jardim)
Marco Antonio Figueiredo, aluno graduação

José Siqueira – Noite de Primavera (Revisão e ed. Marcelo Jardim)
David Fernandes, aluno graduação

Paulo Alves – Esmeralda (Revisão e ed. Fredman Fernandes)

Hugo Rocha – Paisagens Capixabas

Marcelo Rauta – Montanhas Capixabas (estreia mundial)
· Lagarto Azul: a lenda da Pedra Azul
· O Frade e a Freira: a lenda do amor proibido
· O Penedo: a lenda do gênio aprisionado
Fredman Fernandes, mestrado PROMUS

Everson Moraes – Essa Ponte é de Safena

Senô ((Senival Bezerra Do Nascimento) – Duda no Frevo
(arr. Marcos Ferreira Mendes, ed. Gabriel Dellatorre)
Gabriel Dellatorre, mestrado PROMUS

 

A Orquestra de Sopros da UFRJ

A Orquestra de Sopros da UFRJ fez seu primeiro concerto em 26 de outubro de 2005 e, desde o final de 2007, apresenta de forma ininterrupta temporadas regulares de concertos, com programação intensa da obra brasileira e mundial para banda sinfônica. O grupo foi responsável por importantes estreias de obras de compositores nacionais e primeiras audições na Brasil do repertório internacional escrito especificamente para banda sinfônica e orquestra de sopros. A orquestra é formada por alunos de graduação do bacharelado em instrumentos de sopros e de percussão da Escola de Música da UFRJ, inscritos na disciplina de Prática de Orquestra e por técnicos funcionários. Como projeto de extensão, atende também alunos provenientes de projetos sociais da cidade do Rio de Janeiro. Outra importante função é sua atuação direta no suporte ao bacharelado em Regência de Banda, oferecido pela EM/UFRJ desde 2011. Entre seus principais objetivos está proporcionar o desenvolvimento da prática de conjunto a partir dos conceitos orquestrais, difundir a literatura brasileira e internacional para a formação de banda sinfônica, orquestra de sopros e sopros orquestrais, atuar no desenvolvimento técnico musical de seus integrantes a partir da prática de banda e orquestra. Em 2009 gravou o CD “A Obra para Orquestra de Sopros de Heitor Villa-Lobos” e em 2017 o CD ao vivo “Dobrados para o Itamaraty”. Em 2017 e 2019, atuou como grupo residente do Simpósio Funarte-UFRJ para Bandas, e desde sua organização, tem participado dos Panoramas de Música Brasileira Atual.