Biblioteca Alberto Nepomuceno

O acervo inestimável da Biblioteca abriga boa parte da memória da música no Brasil.

 A Biblioteca Alberto Nepomuceno é um importante repositório de pesquisa musical no Brasil. Possui um acervo diversificado com partituras impressas, músicas manuscritas, livros, periódicos, dissertações, obras raras, material iconográfico, CDs, DVDs, além de um significativo acervo de documentação histórica, que resguarda parte da memória da Escola de Música.

   Artur Moês (SGCOM/UFRJ
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A valiosa coleção da BAN (como a Biblioteca também é conhecida), vem sendo formada desde 1848, ano de fundação do Conservatório de Música, hoje Escola de Música da UFRJ. O conservatório foi a primeira instituição de ensino musical oficializada no período imperial com o objetivo de propagar o ensino da Música no Brasil e teve como seu principal fundador o músico Francisco Manuel da Silva, autor do Hino Nacional Brasileiro.

Devido aos cursos ministrados no conservatório, professores, alunos e instrumentistas traziam suas músicas e materiais de ensino, que eram doados ou mesmo esquecidos na instituição após o término dos estudos. Estes acervos foram se avolumando e a Biblioteca foi se desenvolvendo.

Ao ser proclamada a República, o Conservatório foi extinto, passando a chamar-se Instituto Nacional de Música (1890). Foi neste período que Leopoldo Miguez, primeiro diretor do Instituto, constatou a necessidade de realizar uma organização mais apropriada para o acervo da Biblioteca e, com isso, começou ele mesmo a registrar as primeiras obras. Ilustres personalidades da Música brasileira ajudaram de forma significativa no desenvolvimento da BAN: Delgado de Carvalho, Manuel Porto Alegre Faulhaber, Alberto Nepomuceno, Oswaldo Duque Estrada Guerra, João Otaviano Gonçalves, Guilherme de Mello e Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, exerceram por alguns anos o papel de bibliotecários, desta forma, registraram obras, criaram os primeiros catálogos, adquiriram coleções e buscaram melhores instalações para o acervo, alguns doaram suas próprias músicas para a biblioteca. A ocupação das instalações no prédio de aulas da Rua do Passeio, em 1957, rendeu uma justa homenagem ao Músico Alberto Nepomuceno conferindo à Biblioteca o seu nome.

A BAN possui coleções especiais, algumas consideradas raras, entre elas podemos destacar: as obras Mauricianas, partituras do Padre José Maurício Nunes Garcia, considerado um importante músico e compositor da época do Brasil colônia e imperial; a coleção de partituras do Theatro São Pedro de Alcântara, expressivo teatro de ópera da cidade do Rio de Janeiro oitocentista; e a coleção de partituras manuscritas composta por obras de vários compositores, muitas originais e autografas. Destacamos também o acervo pessoal do maestro e compositor José Siqueira, e da regente e musicóloga Cleofe Person de Mattos.

Em 2017, a BAN teve suas obras originais do compositor Carlos Gomes registradas no Programa Memória do mundo da UNESCO, unida com outras instituições que tem sob custódia obras do compositor, elas integram o patrimônio documental “Carlos Gomes: compositor de dois mundos”.

A Biblioteca Alberto Nepomuceno faz parte do Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ (SiBI), juntamente com outras 44 Bibliotecas da instituição, oferecendo serviços voltados para a comunidade acadêmica e atendendo pesquisadores de todo o mundo.

Selo Fonográfico UFRJ/Música

Certeza de qualidade artística, a produção fonográfica UFRJ/Música ganhou vários prêmios e distinções.

A produção fonográfica da Escola de Música remonta à época do LP quando a Orquestra Sinfônica gravou a Abertura em Ré, Missa Abreviada e o Moteto “Te Christe Solum Novimus” de José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) em concerto ao vivo na Igreja de N.Sra. Do Carmo da Antiga Sé. Posteriormente, com a criação do Programa de Pós-Graduação em Música foi produzida uma série de Lps intitulada “Futuros Mestres em Música”. Em 1991 a Escola de Música produziu seu primeiro CD, “Música Brasileira – vol. I”, com a orquestra sinfônica interpretando obras de Leopoldo Miguez (1850-1902), Henrique Oswald (1852-1931) e Alberto Nepomuceno (1864-1920) sob a direção do maestro Roberto Duarte. Alguns anos mais tarde foi a vez do “Música Brasileira – vol.II” com obras de Carlos Gomes (1836-1896), Francisco Mignone (1897-1986) e Raphael Baptista.

Em 1997 foi realizado o projeto mais ousado de gravação: a integral da ópera “Colombo” de Carlos Gomes, reunindo solistas, coro e orquestra sinfônica. O projeto levou à criação do Selo Fonográfico UFRJ/Música que tem por objetivo viabilizar a produção fonográfica de artistas e grupos diretamente ligados à Escola de Música da UFRJ, com ênfase no repertório brasileiro de concerto e na música instrumental. 

O enorme sucesso de crítica do CD “Colombo” se materializou nos dois prêmios nacionais que recebeu em 1998: o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) e o Prêmio Sharp na categoria de “Melhor CD Erudito”.

A partir de então a produção fonográfica da Escola de Música tem sido constante e ao CD “Colombo” se somaram os da UFRJazz Ensemble, do Trio Mignone e as novas gravações produzidas pela orquestra e pelo coro sinfônico em parceria com o a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, com distribuição pelo selo Biscoito Fino.

     
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Programa: 
A. NEPOMUCENO – Sinfonia em Solm
H. OSWALD – Elegia
L. MIGUEZ – Prometeus op. 21 

Intérpretes:
Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ 
Regente: Roberto Duarte 

(Esgotado)

     
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Programa: 
Carlos GOMES – Abertura “Fosca” e Alvorada de “Lo Schiavo”
F. MIGNONE – Suíte Brasileira
R. BAPTISTA – A Conquista do Sertão 

Intérpretes:
Inácio De Nonno (barítono)
Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ 
Regente: Roberto Duarte 

(Esgotado)

     
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Programa: 
Obras de Sammy NESTICO,  Lennie NIEHAUS, Freddie GREEN, Toshiko AKIYOSHI, Duke ELLINGTON, Bob MINTZER e John LABARBERA. 

Intérpretes: 
UFRJazz Ensemble 
Direção de José Rua 

(Esgotado)

     
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Programa: 
Carlos GOMES – “Colombo” (integral) 

Intérpretes:
Inácio De Nonno (barítono), Carol McDavit (soprano), Fernando Portari (tenor) e Maurício Luz (baixo)
Coro e Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ
Regente: Ernani Aguiar

     
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Programa: 
Carlos GOMES – Árias e trechos orquestrais de “Salvator Rosa”, “Maria Tudor”, “Lo Schiavo”, “Condor” e “Colombo” 

Intérpretes:
Inácio De Nonno (barítono), Carol McDavit (soprano), Fernando Portari (tenor) e Maurício Luz (baixo)
Coro e Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ
Regente: Ernani Aguiar

     
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Programa: 
L. MIGUEZ – Suíte Antiga op. 25, Chanson d’une jeune fille op. 24 e “Sylvia” Elegia para cordas op. 22.
H. OSWALD – “En Rêve” e Andante com variações para piano e orquestra. 

Intérpretes:
Eduardo Monteiro (piano)
Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ
Regente: André Cardoso

     
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Programa: 
Francisco MIGNONE – Trio no 1, Trio no 2 e “Canção Sertaneja” para flauta, violoncelo e piano; Seis Estudos Transcendentais para piano solo; Modinha para violoncelo e piano. 

Intérpretes:
Trio Mignone – Afonso Oliveira (flauta), Ricardo Santoro (violoncelo) e Miriam Grossman (piano)

     
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Programa: 
José Maurício NUNES GARCIA – Te Deum das Matinas de São Pedro e Requiem (1816). 

Intérpretes:
Veruschka Mainhard (soprano), Carolina Faria (mezzo), Geilson Santos, (tenor) e Maurício Luz (baixo)
Coro e Orquestra Sinfônica da UFRJ
Regente: Ernani Aguiar 

Distribuição: Biscoito Fino

     
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Programa: 
Modinhas e Lundus de Joaquim Manoel Gago da CÂMERA, Gabriel Fernandes da TRINDADE e Cândido Inácio da SILVA. 

Intérpretes: 
Luciana Costa e Silva (mezzo), Marcelo Coutinho (barítono), Paulo da Mata (flauta), Marcos Ferrer (viola de arame) e Marcelo Fagerlande (cravo e direção musical) 

Distribuição: Biscoito Fino

     
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Programa: 
Marcos PORTUGAL – Requiem (1816). 

Intérpretes:
Veruschka Mainhard (soprano), Carolina Faria (mezzo), Antonio Pedro de Almeida (tenor), Frederico Oliveira (baixo).
Cia. Bachiana Brasileira, Orquestra Sinfônica da UFRJ.
Regente: Ricardo Rocha 

Distribuição: Biscoito Fino

     
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CD “Giulio Draghi”  

Repertório: 
Obras de José Maurício Nunes GARCIA, Carl TAUSIG e Modest MUSSORGSKY. 

Intérprete: Giulio DRAGHI (piano)

 

 

 

     
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CD “Violões da UFRJ  

Repertório: 
Obras de Nicanor TEIXEIRA, Adamo PRINCE, Afonso MACHADO e Bartholomeu WIESE, Marcus FERRER, Paulo Cesar BOTELHO, Marcelo FORTUNA, Ruda BRAUS, Marcos MELO, André Trindade SILVA, Márcio CAMACHO, Elias SOBRINHO, Fábio NEVES, Júlio MORGADO, João LYRA, Nilton Rangel, Henrique ANNES e Francisco MÁRIO. 

Intérpretes: Conjunto Violões da UFRJ 

Coordenador: Bartholomeu Wiese

 

     
 

CD “Música Brasileira de Concerto para Fagote”  

Repertório: 
Obras de Francisco MIGNONE, Eduardo BIATO, Paulo Sérgio SANTOS, Francisco BRAGA, Sérgio DI SABBATO e Mário TAVARES. 

Intérpretes: 
Aloysio Fagerlande (fagote), Eduardo Monteiro (flauta), Orquestra Sinfônica da UFRJ 

Regente: André Cardoso.

 

 

     
 

CD “Música Brasileira para oboé, piano e fagote”  

Repertório: 
Obras de Sigismund NEUKOMM, João Guilherme RIPPER, Ernst MAHLE, Tim RESCALA e Herz David KORENCHENDLER. 

Intérpretes: 
Aloysio Fagerlande (fagote), Luiz Carlos Justi (oboé) e Fany Solter (piano).

 

 

Anais do Colóquio de Pesquisa da Pós-Graduação

O Colóquio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação foi criado em 1999 com a finalidade de promover a veiculação e a discussão de tópicos de pesquisas em curso na Escola de Música. Reúne número expressivo de participantes, entre professores e alunos, tanto da Graduação quanto da Pós-Graduação em mesas redondas para comunicações e relatos de pesquisas. 

Os Anais do Colóquio de Pesquisa apresentam os textos integrais dos palestrantes convidados para as mesas, as comunicações e resumos de projetos de pesquisa. O primeiro volume foi publicado em 2000 com os textos apresentados durante o I Colóquio de Pesquisa realizado em 17 de novembro de 1999.

Os conjuntos Estáveis da Escola de Música

A Escola de Música possui diversos grupos estáveis que fazem a representação institucional não só da unidade mas também da própria UFRJ. Entre os grupos instrumentais destaca-se a Orquestra Sinfônica, criada em 1924, e mais antigo conjunto da Escola de Música, com atuação ininterrupta por mais de oitenta anos. Há ainda a Orquestra de Sopros e a UFRJazz Ensemble, nossa big-band que se dedica ao jazz e a música brasileira e internacional instrumental. Entre os grupos vocais destaca-se o Coro Sinfônico, formado a partir da reunião em um só organismo das diferentes turmas da disciplina canto coral. Os corais se destacam também a partir dos projetos de extensão como os conjuntos vocais Brasil Ensemble e Sacra Vox. Por fim temos o Coro Infantil da UFRJ, grupo tradicional formado com as crianças inscritas nos cursos básico e intermediário da Escola de Música e com destacada atuação no calendário de concertos da cidade.

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Revista Brasileira de Música

RBMA Revista Brasileira de Música é o mais antigo periódico de musicologia do Brasil, Criada em 1934, pelo então Diretor do Instituto Nacional de Música, o prof. Guilherme Fontainha, sua criação foi conseqüência direta da reforma implementada por Luciano Gallet em 1931, por ocasião da incorporação do INM à estrutura da recém criada Universidade do Rio de Janeiro, mais tarde chamada de Universidade do Brasil, atual UFRJ. Segundo o próprio Fontainha, na apresentação do primeiro número da Revista, faltava ao INM um orgão de publicação onde o aluno pudesse acompanhar todos os passos do progresso musical. 

Em março de 1934 foi lançado o primeiro número, elaborado por uma comissão editorial da qual faziam parte o próprio Fontainha, os professores Lorenzo Fernandez e Luiz Moretzsohn e, como redator, Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, então bibliotecário do INM, futuro professor da cadeira de folclore e figura mestra da musicologia brasileira do século XX. Os antigos do primeiro número trazem as assinaturas de importantes figuras da vida musical brasileira, como Antônio Sá Pereira, Ayres de Andrade, Francisco Mignone e, principalmente, Mário de Andrade, que se tornou colaborador assíduo da RBM, Mário de Andrade foi, inclusive, merecedor de uma homenagem no ano de seu cinqüentenário, em uma separata de volume IX, de 1944. 

Os primeiros números foram financiados pelo próprio Instituto, passando, mais tarde, a serem custeados pelo Governo, com verba própria prevista no orçamento da República. A RBM foi publicada ininterruptamente até 1944, tendo sido lançados vinte e cinco números, em dez volumes, e mais um especial inteiramente dedicado à vida e obra de Carlos Gomes (1836-1896), por ocasião do centenário de nascimento do compositor, em 1936. A importância da revista fez por merecer indexação e comentários do musicólogo Gilbert Chase no “A Guide to Latin American Music”, da Biblioteca do Congresso, em 1945. 

Os números inicias da revista podem ser consultados no site da Biblioteca Digital da Escola de Música.

Com a diretora Joanídia Sodré, que dirigiu a Escola de Música por mais de vinte anos, a partir de 1946, a RBM deixou de ser publicada. Sua publicação foi retonada em 1981, após 37 anos, durante a gestão da Professora Andrely Quintela de Paola, com periodicidade anual. Para a apresentação do volume XI foi convidado o antigo redator, o Prof. Luiz Heitor Corrêa de Azevedo. Em seu texto, Luiz Heitor manifestou sua satisfação com o ressurgimento da publicação, afirmando que a RBM, “pela sua vocação e pela autoridade do estabelecimento universitário sob a égide do qual ela vai circular, está destinada a ser o órgão representativo do saber das novas gerações de músicos e musicólogos”. 

A RBM está aberta de forma permanente para recebimento de artigos. Veja as normas editoriais da publicação e consulte as versões digitais dos últimos números, assim como demais informações, no site da revista.

Publicações Acadêmicas

A Escola edita algumas das mais respeitadas publicações da área dos estudos musicais.

A primeira iniciativa de edição sistemática de obras de autores nacionais e a criação do primeiro periódico brasileiro de musicologia por parte da Escola de Música aconteceram em 1934, quando surgiu a Revista Brasileira de Música. O musicólogo Luiz Heitor Corrêa de Azevedo (1905-1992), então bibliotecário do Instituto Nacional de Música, foi seu primeiro redator e com ele nasceu o trabalho editorial com o acervo da biblioteca. 

  Foto: Arquivo/EMUFRJ
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  Luiz Heitor Correa de Azevedo, primeiro editor da RBM, em foto de 1938, folheando a publicação.

Arquivo de Música Brasileira, na forma de suplemento da Revista Brasileira de Música, publicou suas primeiras partituras já em 1934: a Missa dos Defuntos (1809) a 4 vozes a cappella e o Tantum Ergo com acompanhamento de sopros do Padre José Maurício, o Canto Religioso O Salutaris de Francisco Manuel da Silva, esta última em duas diferentes versões, além de diversos trechos reduzidos para piano da ópera Joanna de Flandres de Carlos Gomes, por ocasião do centenário do compositor em 1936.

A partir de 1937 as edições musicais abandonaram a forma de suplemento e foi criada a Coleção de Música Brasileira, publicada pela então denominada Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil com o apoio do Ministério da Educação e Saúde. Obras importantíssimas do repertório sinfônico e camerístico foram impressas: a Sinfonia em Sol menor de Alberto Nepomuceno, o poema-sinfônico Imbapara de Lorenzo Fernandez, o Sonho de um menino travesso de Francisco Mignone, o Trio para violino, violoncelo e piano de Francisco Braga e o Quinteto op. 18 de Henrique Oswald, entre outras obras. 

A saída de Luiz Heitor do cargo de bibliotecário aconteceu em 1939, para assumir como professor a recém-criada cadeira de Folclore. Em 1947 Luiz Heitor deixou a Escola de Música, para dirigir os serviços de música da UNESCO. A partir de então as edições continuaram mas passaram a contemplar obras didáticas para piano.

Ao longo de sua história a Escola de Música promoveu também a edição de livros, como a reimpressão de “A Música no Brasil” de Guilherme de Melo em 1947, e textos didáticos e teses acadêmicas.

Com a criação no programa de pós-graduação do Colóquio de Pesquisa em 1999, os textos apresentados no evento passaram a ser publicados na forma de anais. 

Revista Brasileira de Música

RBM

A (RBM) é o periódico acadêmico-científico da área de música mais antigo do Brasil e da América Latina em circulação. Fundada em 1934 sob a tutela da mais antiga instituição de ensino musical deste país, pelo então diretor do Instituto Nacional de Música, o professor Guilherme Fontainha, foi consequência direta da reforma implementada três anos antes por Luciano Gallet, por ocasião da incorporação do então Instituto Nacional de Música à estrutura da recém-criada Universidade do Rio de Janeiro, mais tarde denominada Universidade do Brasil, hoje a reconhecida Universidade Federal do Rio de Janeiro. Segundo o próprio Fontainha, na apresentação do primeiro número da Revista, faltava ao INM um órgão de publicação onde o aluno pudesse acompanhar todos os passos do progresso musical. 

Em março de 1934 foi lançado o primeiro número, elaborado por uma comissão editorial da qual faziam parte o próprio Fontainha, os professores Lorenzo Fernandez e Luiz Moretzsohn e, como redator, Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, então bibliotecário do INM, futuro professor da cadeira de folclore e figura mestra da musicologia brasileira do século XX. Os artigos do primeiro número trazem as assinaturas de importantes figuras da vida musical brasileira, como Antônio Sá Pereira, Ayres de Andrade, Francisco Mignone e, principalmente, Mário de Andrade, que se tornou colaborador assíduo da RBM, Mário de Andrade foi, inclusive, merecedor de uma homenagem no ano de seu cinquentenário, em uma separata de volume IX, de 1944.

Os primeiros números foram financiados pelo próprio Instituto, passando, mais tarde, a serem custeados pelo Governo, com verba própria prevista no orçamento da República. A RBM foi publicada ininterruptamente até 1944, tendo sido lançados vinte e cinco números, em dez volumes, e mais um especial inteiramente dedicado à vida e obra de Carlos Gomes (1836-1896), por ocasião do centenário de nascimento do compositor, em 1936. A importância da revista fez por merecer indexação e comentários do musicólogo Gilbert Chase no “A Guide to Latin American Music”, da Biblioteca do Congresso, em 1945. A Revista Brasileira de Música marcou uma época.

Com a diretora Joanídia Sodré, que dirigiu a Escola de Música por mais de vinte anos, a partir de 1946, a RBM deixou de ser publicada. Sua publicação foi retonada em 1981, após 37 anos, durante a gestão da Professora Andrely Quintela de Paola, com periodicidade anual. Para a apresentação do volume XI foi convidado o antigo redator, o Prof. Luiz Heitor Corrêa de Azevedo. Em seu texto, Luiz Heitor manifestou sua satisfação com o ressurgimento da publicação, afirmando que a RBM, “pela sua vocação e pela autoridade do estabelecimento universitário sob a égide do qual ela vai circular, está destinada a ser o órgão representativo do saber das novas gerações de músicos e musicólogos”.

Periódico de tradição, a Revista Brasileira de Música contou com colaboradores como Mário de Andrade, Antônio Sá Pereira, Francisco Mignone, Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, Ayres de Andrade e, mais recentemente, Robert Stevenson, Gerard Béhague, Régis Duprat, Ricardo Tacuchian, Vasco Mariz, Ilza Nogueira, Elizabeth Travassos, Samuel Araújo, Cristina Magaldi, André Cardoso, Philip Gossett, Ralph Locke, Elliott Antokoletz, Robin Moore, Juan Pablo González, Maria Alice Volpe, Manoel Aranha Corrêa do Lago, Marcelo Verzoni, David Hesmondhalgh, Corinne A. Pernet, Flávia Camargo Toni, Diósnio Machado Neto, Marcos Nogueira, Denis Laborde, Martha Tupinambá de Ulhôa, Luiz Costa-Lima Neto, Mariana Portas de Freitas, entre muitos outros que contribuíram para o avanço da pesquisa musical do seu tempo.

Em 2008 a Revista Brasileira de Música passou a constituir-se numa publicação do Programa de Pós-graduação em Música, este que é o primeiro do país, e a partir de 2010 retomou sua periodicidade, tendo como editora a musicóloga Maria Alice Volpe. A RBM constitui projeto institucional enraizado na tradição acadêmica que tem como prioridade manter o nível de excelência. O Conselho Editorial da RBM é composto por especialistas de reconhecida competência e larga experiência na área, vinculados a instituições diversas em abrangência nacional e internacional. Conta também com um corpo de pareceristas ad hoc, constituído por pesquisadores nacionais e internacionais de diversas instituições.

Em sua nova fase, a Revista Brasileira de Música visa a incentivar a pesquisa em música nas diversas abordagens interdisciplinares, mantendo seu amplo escopo sobre todos os ramos da música. Tradicional veículo de difusão dos assuntos relacionados à música brasileira e no Brasil, a RBM considera oportunas as contribuições sobre questões relacionadas a outras regiões culturais que possam promover o diálogo com a comunidade internacional de especialistas, bem como amplas discussões concernentes à área. Cada volume está organizado em seções de artigos acadêmico-científicos, de memória, de resenhas, de entrevista e é concluído pela seção de arquivo de música brasileira, constituída de texto introdutório e edição de obra musical oriunda da Coleção de Manuscritos Musicais da Biblioteca Alberto Nepomuceno, da Escola de Música da UFRJ. Sempre que possível os volumes serão organizados em eixos temáticos propostos pelo Conselho Editorial ou extraídos do conjunto substancial dos artigos selecionados para publicação. Desse modo, a RBM busca estimular o debate, a crítica e a inovação, bem como captar e refletir as tendências, temáticas e questões norteadoras da pesquisa em música no momento.

A RBM dirige-se à comunidade acadêmico-científica em seu amplo espectro de pesquisadores da música, músicos, historiadores, antropólogos, sociólogos e estudiosos da cultura e áreas afins. Com periodicidade semestral e distribuição nacional e internacional, a RBM apresenta-se em versão impressa e eletrônica. A revista é gentilmente distribuída para bibliotecas, universidades e demais instituições de natureza educacional, científica e cultural, do Brasil e do exterior, que tenham interesse na música brasileira, latino ou ibero-americana. Solicita-se permuta aos demais periódicos afins. A versão eletrônica encontra-se disponível gratuitamente no site institucional. Atualmente a RBM está indexada nas bases Bibliografia Musical Brasileira da Academia Brasileira de Música e RILM – este último licenciado a disseminar seu conteúdo.

Os números inicias da revista podem ser consultados no .

Anais do Colóquio de Pesquisa da Pós-Graduação

Os refletem o andamento das pesquisas desenvolvidas no âmbito do programa, e contam com a participação de autores docentes, pós-graduandos e graduandos participantes da Iniciação Científica de instituições de ensino superior em nível nacional.

O Colóquio de Pesquisa foi criado em 1999. As últimas três edições (2013, 2014 e 2015) foram publicadas em 2016. Encontra-se em curso a conversão para publicação online das edições anteriores (1999 a 2012).

Laboratórios e Centros de Estudos

São núcleos de atividades de ensino e pesquisa desenvolvidos em torno de temas específicos.

Os laboratórios e centros de estudos da Escola de Música são núcleos de atividades de ensino e pesquisa desenvolvidos em torno de temas específicos. Congregam alunos de graduação e pós-graduação, técnicos, professores de diferentes departamentos e professores visitantes em atividades multidisciplinares. Estão ligados aos departamentos e ao programa de pós-graduação.

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Bacharelado

O Bacharelado possui vinte e seis cursos que oferecem a possibilidade de aprimoramento técnico e de aprofundamento teórico, conferindo aos formandos o título de Bacharel do curso escolhido.

Os cursos de bacharelado em Instrumentos, Canto e Regências visam formar músicos profissionais com uma sólida formação artística, humanística e científica em Práticas Interpretativas, e o curso de bacharelado em Composição visa potencializar as capacidades musicais, críticas e criativas, para que possam desenvolver as condições necessárias à releitura de obras musicais compostas ou para gênese de obras musicais originais.

Cursos oferecidos no Bacharelado:

  • CANTO 
  • COMPOSIÇÃO 
  • Instrumentos de cordas dedilhadas: BANDOLIM, CAVAQUINHO, HARPA e VIOLÃO.
  • Instrumentos de cordas friccionadas:CONTRABAIXO, VIOLA, VIOLINO e VIOLONCELO.
  • Instrumentos de Sopro/Madeiras: CLARINETA, FAGOTE, FLAUTA, OBOÉ e SAXOFONE. 
  • Instrumentos de Sopro/Metais: TROMBONE, TROMPA, TROMPETE e TUBA. 
  • Instrumentos de Teclado: CRAVO, PIANO e ÓRGÃO. 
  • Instrumentos de Percussão: PERCUSSÃO 
  • Regências:   REGÊNCIA CORAL, REGÊNCIA DE BANDA e REGÊNCIA ORQUESTRAL.

Projeto Pedagógico

O projeto pedagógico é o documento que, atendendo as exigências do sistema nacional de educação, explicita as diretrizes pedagógicas e os fundamentos teórico-metodológicos dos cursos, sua organização, seus objetivos e suas formas de avaliação. É também através do projeto pedagógico que a instituição expressa sua prática pedagógica, indica o perfil de seus cursos àqueles que desejam nela ingressar, aponta o rumo de suas ações e operacionaliza seu planejamento educacional. O atual projeto pedagógico do curso de bacharelado da Escola de Música da UFRJ foi elaborado no contexto da ampla reforma curricular finalizada no ano de 2008.

Atividades Acadêmico-Científico-Culturais

Resolução da Congregação nº 01/2009 (Fixa normas para implantação e funcionamento das Atividades Acadêmico-Científico-Culturais (RCS/ACC) e das Atividades Curriculares de Extensão (RCS/EXT) como Requisitos Curriculares Suplementares no âmbito dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura em Música da Escola de Música da UFRJ.

Habilitações

O curso de bacharelado em música apresenta 25 habilitações em quatro diferentes áreas: instrumento, canto, composição e regência. O maior número de habilitações está concentrado na área de instrumentos reunindo as habilitações em piano, cravo, órgão, violino, viola, violoncelo, contrabaixo, harpa, percussão, flauta, oboé, clarineta, fagote, trompa, trompete, trombone, tuba, saxofone, violão e bandolim. Na área da regência temos três diferentes especialidades: regência coral, regência orquestral e regência de banda. Por fim temos aquelas em canto e composição que completam a maior oferta de habilitações em música de uma universidade pública brasileira. Ao final do curso, após o processo de colação de grau o aluno recebe um diploma de Bacharel em Música. A habilitação é apostilada no verso do diploma, onde é informada a sua especialidade.

Veja abaixo a grade curricular de cada uma das 26 habilitações do curso de bacharelado em música.

Instrumento de Orquestra 

(Flauta, Oboé, Clarineta, Fagote, Trompa, Trompete, Trombone, Tuba, Harpa, Percussão, Violino, Viola, Violoncelo e Contrabaixo)

Durante a última reforma curricular, concluída em 2008, a grade curricular dos instrumentos de orquestra foi padronizada de modo a proporcionar ao futuro músico uma formação sólida e consistente em seu instrumento, com ênfase nas práticas de conjunto, especialmente música de câmara e prática de orquestra. As disciplinas complementares foram reunidas em grupos específicos (Grupo História, Grupo Harmonia, Grupo Análise, etc). O aluno é obrigado a cumprir uma carga horária mínima em cada grupo e escolhe qual disciplina cursar a partir da lista oferecida em cada grupo. O núcleo comum é formado pelas disciplinas obrigatórias. O tempo de integralização é de quatro anos com uma carga horária total mínima de 2.640 horas. Fazem parte do grupo de instrumentos de orquestra as habilitações em flauta, oboé, clarineta, fagote, trompa, trompete, trombone, tuba, harpa, percussão, violino, viola, violoncelo e contrabaixo

Atividades Remotas – 2020.1 e 2020.2: Flauta, Oboé, Clarineta, Fagote, Trompa, Trompete, Trombone, Tuba, Harpa, Percussão, Violino, Viola, Violoncelo, e Contrabaixo.

Órgão

A habilitação em órgão foi criada em 1892, durante a gestão de Leopoldo Miguez, após a compra de dois órgãos da marca Sauer, um de concerto e outro de estudo. O primeiro professor foi Alberto Nepomuceno, sucedido por, entre outros, Antônio Silva, Mário Gazanego e Gertrud Mersiovsky. O curso tem duração de quatro anos com um total de 2400 horas. O aluno de órgão da Escola de Música tem à sua disposição três instrumentos: o Sauer de estudo, em pleno funcionamento na Sala Henrique Oswald, o órgão Tamburini de 1954 e o órgão digital Rogers, adquirido em 2008.

Atividades Remotas – 2020.1 e 2020.2: Órgão

Cravo

O curso de cravo foi a última habilitação em instrumentos de teclado a ser criada na Escola de Música. Originou-se na disciplina Prática de Baixo Contínuo, instituída pelo Departamento de Composição. Posteriormente foi criada a disciplina Cravo B, como instrumento complementar e, por fim, durante a reforma curricular iniciada em 2000, foi criada a habilitação. O curso dura quatro anos com 2.400 horas. Os alunos contam com dois instrumentos da manufatura de William Takahashi. O cravo está presente também no programa de pós-graduação e a ele é dedicada a Semana do Cravo.

Atividades Remotas – 2020.1 e 2020.2: Cravo

Composição

O curso de composição é representado em suas melhores realizações por alguns dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos que foram seus alunos e professores, desde os tempos do Conservatório de Música até os dias atuais. Muitas obras importantes ou que marcaram época na música brasileira foram aqui compostas e estreadas nas salas de concertos da Escola de Música. O espaço privilegiado para o compositor e o aluno de composição é o Panorama da Música Brasileira Atual que, a cada dois anos, apresenta um variado painel da produção brasileira contemporânea. O Panorama é realizado há mais de trinta anos e é reconhecido como uma das três mais importantes mostras de música contemporânea do Brasil, junto com a Bienal e o Festival Música Nova de Santos. O curso tem uma carga total de 2.820 horas para ser realizado em cinco anos.

Atividades Remotas – 2020.1 e 2020.2: Composição

Violão

A habilitação em Violão no curso de bacharelado da Escola de Música foi criada em 1980 e vem a ser a primeira em nível superior do Brasil. Seu primeiro professor foi Turíbio Santos a quem se juntou, posteriormente Leo Soares. Hoje o curso já conta com sete professores e é a habilitação mais procurada entre as 25 oferecidas pela Escola de Música. Foram 52 inscritos no Vestibular 2010, gerando uma relação de 6,5 candidatos por vaga. O violão está presente também no curso de Licenciatura, através da Oficina de Violão e como instrumento complementar., na Pós-Graduação e nos cursos Básico e Intermediário. No bacharelado o aluno aborda os diferentes gêneros eruditos e populares de todas as épocas, o repertório tradicional solo, de câmara e com orquestra, além de poder participar de projetos de extensão como o “Violões da UFRJ”, coordenado pelo professor Bartholomeu Wiese.

Atividades Remotas – 2020.1 e 2020.2: Violão

Bandolim

A habilitação em Bandolim foi criada em 2008 e vem a ser a primeira do gênero em escola de nível superior no Brasil. O curso foi formatado de modo a proporcionar ao aluno uma formação a mais completa possível, abordando desde a música de concerto até a música popular, com especial destaque para o repertório do barroco italiano e o choro, transcrições e obras originais contemporâneas. O curso possui carga horária de 2400 horas em quatro anos de duração.

Atividades Remotas – 2020.1 e 2020.2: Bandolim

Cavaquinho

A proposta de criação da habilitação Cavaquinho do curso de Bacharelado em Música foi aprovada pelo CEG em 08/06/2011. As atividades complementares previstas na legislação serão cumpridas, obrigatoriamente, pelo Registro Curricular Suplementar MUA X04 – Atividades Cientifico Culturais de Extensão – Cavaquinho com a duração de 480 horas / créditos. A carga horária deste RCS poderá ser completada com Atividade Acadêmica de Livre Escolha (proc. 050766/2008-01).

Atividades Remotas – 2020.1 e 2020.2: Cavaquinho

Canto

É uma das mais antigas habilitações da EM. Já estava presente por ocasião da fundação do Conservatório de Música em 1848 através das disciplinas “Rudimentos e canto para o sexo feminino” e “Rudimentos e canto para o sexo masculino”. O curso de canto possui uma carga horária de 2.550 horas em quatro anos. No curso os alunos desenvolvem um repertório eclético que vai da ópera a canção de câmara, passando pelos musicais e música contemporânea. Ao longo do ano os alunos têm diversas oportunidades para atuarem como solistas. O projeto “Ópera na UFRJ” apresenta uma temporada regular com uma média de quatro títulos anuais onde os alunos são escolhidos através de audição e podem desenvolver seus talentos musicais e dramáticos em óperas de diferentes estilos, épocas e autores. Há ainda a oportunidade de solos em obras corais apresentadas pela a Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ).

Atividades Remotas – 2020.1 e 2020.2: Canto

Saxofone

A habilitação em saxofone foi criada nos anos noventa e caracteriza-se por seu ecletismo, com os alunos transitando pela música de concerto e a música popular, especialmente o jazz. O curso desenvolve-se em quatro anos com 2.400 horas. Os alunos de saxofone atuam nos grupos instrumentais da Escola de Música, especialmente a Orquestra de Sopros e a UFRJazz Ensemble onde os naipes contemplam os diferentes instrumentos da família, desde o soprano até o barítono. O saxofone, por seu apelo popular e atuação eclética,é um dos instrumentos mais procurados pelos candidatos no vestibular.

Atividades Remotas – 2020.1 e 2020.2: Saxofone

Regência Coral

O curso de Graduação em Regência foi criado por ocasião da reforma curricular de 1931. Voltado basicamente para a direção de conjuntos instrumentais teve como primeiro professor o maestro Walter Burle-Marx, tendo sido sucedido, a partir de 1939, por outros eminentes maestros como Francisco Mignone, Eleazar de Carvalho e Roberto Duarte. A partir da reforma curricular iniciada em 2001 e finalizada em 2008 o curso de regência foi desmembrado para atender a demandas específicas de formação na área. Foram criadas então três diferentes habilitações: Regência Orquestral, Regência Coral e Regência de Banda. Atualmente a habilitação em Regência Coral está sob a responsabilidade dos professores Maria José Chevitarese, Sérgio Pires e Valéria Matos. O aluno de regência coral desenvolve seu curso a partir de aulas teórico-práticas, em sala de aula e junto aos conjuntos corais da Escola de Música.

Atividades Remotas – 2020.1 e 2020.2: Regência Coral

Regencia de Orquestra

O curso de Graduação em Regência foi criado por ocasião da reforma curricular de 1931. Voltado basicamente para a direção de conjuntos instrumentais teve como primeiro professor o maestro Walter Burle-Marx, tendo sido sucedido, a partir de 1939, por outros eminentes maestros como Francisco Mignone, Eleazar de Carvalho e Roberto Duarte. A partir da reforma curricular iniciada em 2001 e finalizada em 2008 o curso de regência foi desmembrado para atender a demandas específicas de formação na área. Foram criadas então três diferentes habilitações: Regência Orquestral, Regência Coral e Regência de Banda. Atualmente a habilitação em Regência Orquestral está sob a responsabilidade dos professores Ernani Aguiar e André Cardoso. O aluno de regência orquestral desenvolve seu curso a partir de aulas teórico-práticas, em sala de aula e junto a Orquestra Sinfônica da UFRJ.

Informações importantes sobre o curso:

01 – Informações Gerais sobre o Curso de Regência Orquestral

02 – Grade Curricular – Regência Orquestral

03 – TCC de Regência Orquestral (Recital de Formatura) – Regulamento

04 – PPC de Regência Orquestral – Versão Curricular 2020-2

05 – Regulamento sobre Atividades Complementares (ACC)

06 – Apêndice ACC

07 – Atuação da COAA

08 – Disciplinas Obrigatórias – Regência Orquestral – Planos de Ensino 2023

09 – Disciplinas Restritas Análise – Regência Orquestral – Planos de Ensino 2023

10 – Disciplinas Restritas Harmonia – Regência Orquestral – Planos de Ensino 2023

11 – Disciplinas Restritas História – Regência Orquestral – Planos de Ensino 2023

12 – Disciplinas Restritas Prática de Conjunto – Regência Orquestral – Planos de Ensino 2023

13 – 13 – Disciplinas Condicionadas – Regência Orquestral – Planos de Ensino 2023

Atividades Remotas – 2020.1 e 2020.2: Regência Orquestral

Regência de Banda

O curso de Graduação em Regência foi criado por ocasião da reforma curricular de 1931. Voltado basicamente para a direção de conjuntos instrumentais teve como primeiro professor o maestro Walter Burle-Marx, tendo sido sucedido, a partir de 1939, por outros eminentes maestros como Francisco Mignone, Eleazar de Carvalho e Roberto Duarte. A partir da reforma curricular iniciada em 2001 e finalizada em 2008 o curso de regência foi desmembrado para atender a demandas específicas de formação na área. Foram criadas então três diferentes habilitações: Regência Orquestral, Regência Coral e Regência de Banda. O aluno de regência de banda desenvolve seu curso a partir de aulas teórico-práticas, em sala de aula e junto a Orquestra de Sopros da UFRJ.

Atividades Remotas – 2020.1 e 2020.2: Regência de Bandas

Piano

O piano está presente entre os cursos da Escola de Música desde o século XIX, ainda nos tempos do Conservatório de Música. Durante todos esses anos grandes professores ocuparam a cátedra do instrumento como Henrique Oswald, Barrozo Neto, Arnaldo Estrella, Elzira Amábile, Arnaldo Rebello, Esther Naiberger, Heitor Alimonda e Mirian Dauelsberg. Alguns dos mais destacados pianistas brasileiros da atualidade foram formados pela Escola de Música como Arnaldo Cohen, Jose Feghali, Eduardo Monteiro, Clélia Iruzum e Sérgio Monteiro. O curso está atualmente previsto para ser integralizado em quatro anos, com um total de 2400 horas.

Atividades Remotas – 2020.1 e 2020.2: Piano

Séries Artísticas

A Escola de Música desenvolve diversas séries artísticas. São recitais, concertos e espetáculos que se organizam ao redor de um tema ou promovem uma formação específica.

Estação Jazz UFRJ

Curadoria: Sheila Zagury
Coordenação: Setor Artístico da EM/UFRJ
Escola de Música da UFRJ
Esta série apresentou em 2016, quatro concertos com a UFRJazz Ensemble, formado por alunos e ex-alunos da Escola de Música marcando a entrada de cada estação do ano. Abordou repertório de jazz band e recebeu muitos renomados músicos convidados. Atualmente a Série recebe várias formações dedicadas ao repertório jazzístico, professores, alunos e músicos convidados.

Série Internacional de Órgão (Tamburini)

Curadoria: Alexandre Rachid
Coordenação: Setor Artístico da EM/UFRJ
Escola de Música da UFRJ
Iniciada em março de 2015, a Série Internacional de Órgão tem por objetivos divulgar a arte organística e estimular o interesse pelo órgão, além de difundir a rica literatura escrita por grandes mestres do instrumento. Com apoio dos Consulados, a Série vem recebendo grandes nomes internacionais como Shelly Moorman Stahlman (EUA) LeeWard/Inglaterra, Silvio Celeghin/Itália, assim como a participação de importantes organistas brasileiros, Benedito Rocha, Eduardo Biato, Alexandre Rachid, Gertrud Mersiovsky, entre outros.
O instrumento da Escola de Música (Órgão Tamburini) é o único órgão de tubos do Rio de Janeiro instalado em uma sala de concerto. Após a restauração (incluindo modernização, digitalização e informatização,) patrocinada pela Petrobras, tornou-se um dos melhores instrumentos em atividade no Brasil.

Música Sacra de Todos os Tempos

Curadoria: Valéria Matos
Coordenação: Setor Artístico da EM/UFRJ
Escola de Música da UFRJ
A série de concertos tem por propósito apresentar a música coral sacra em suas mais diferentes e diversificadas abordagens, além de estimular sua escuta dentro do processo de desenvolvimento cultural e educação musical. O tema sacro permeia todas as camadas sociais e se apresentado aqui como um elo de comunicação entre a universidade e a sociedade.

O Piano na Música da Câmara

O projeto O Piano na Música de Câmara, coordenado pela Professora Tamara Ujakova, tem como principal objetivo a divulgação da música de câmara com a inclusão do piano em sua formação. Uma de suas características mais importante é o estímulo à participação, tanto do corpo docente quanto do discente da Escola de Música, além da de instrumentistas e compositores que, em alguma época, tiveram vínculo acadêmico com a instituição.
Ao longo de mais de 14 anos de presença no cenário cultural carioca, a iniciativa produziu eventos já tradicionais, como a série “Compositores Brasileiros Contemporâneos”, voltado para a produção e a divulgação da música contemporânea brasileira, a série “Diversidades Sonoras”, especialmente dedicada ao corpo discente, e a série “Música em Projeção”, que oferece oportunidades de conjugar a música com diversas manifestações artísticas, bem como permite a utilização de uma variedade de recursos adicionais, entre eles, os multimídias, na busca de um ambiente favorável a uma maior aproximação com a obra proposta. Foi o caso, em especial, dos recitais “Quarteto para o Fim dos Tempos”, de Olivier Messian, e “Os Planetas”, de Gustav Holst.

Retreta Sinfônica

Curadoria: Marcelo Jardim
Coordenação: Setor Artístico da EM/UFRJ
Escola de Música da UFRJ
Retreta significa a exibição de uma banda de música em uma praça ou jardim. E por décadas, as praças e jardins da cidade do Rio de Janeiro recebiam inúmeras bandas para suas retretas semanais. Para festejar a banda em suas diferentes vertentes, suas atividades pedagógicas e artísticas, seu legado cultural e sua atuante presença em praticamente todas as cidades brasileiras, foi idealizada a série “Retreta Sinfônica”, uma homenagem sincera à nobre presença das bandas ainda hoje nos coretos das praças e jardins, mas também nas principais salas de concertos de todo o mundo. A Escola de Música da UFRJ sempre foi palco para concertos das principais bandas sinfônicas do Estado do Rio de Janeiro, e também de outras regiões do Brasil, bem como sempre recebeu grupos desta natureza de outros países. A universidade hoje atua na revitalização e capacitacão permanente do regente de banda, e nada mais lógico do que se abrir também para que as excelentes bandas sinfônicas possam apresentar o antigo e o novo repertório. A periodicidade da série é sempre com concertos na primeira semana de cada mês, às terças, quartas ou quintas.

Série Talentos

Curadoria: Suely Franco
Coordenação: Setor Artístico da EM/UFRJ
Escola de Música da UFRJ
A Série Talentos da UFRJ, iniciada em julho de 2007, é uma atividade que envolve apresentações musicais diversificadas – repertório de música coral, orquestral e de câmara com obras de períodos e estilos os mais variados. A programação é organizada pelo Setor Artístico da EM, responsável pela elaboração da agenda e gestão da produção e divulgação dos recitais ao longo do ano. Durante todo o ano, sempre às quartas-feiras e com entrada franca, a Série promove grande inteiração da comunidade musical da Escola de Música – professores, alunos e técnicos – com a comunidade externa, consolidando a institucionalização das atividades de Extensão.

Série Tendências

Curadoria: Pedro Bittencourt
Coordenação: Setor Artístico da EM/UFRJ
Escola de Música da UFRJ
A música contemporânea sempre teve na Escola de Música da UFRJ um dos mais fortes suportes, e todos os momentos de sua história. Alguns dos mais influentes compositores brasileiros foram seus alunos ou professores, e isto fez com que a música nova estivesse presente nos concertos e recitais, fosse tema de seminário, simpósios e festivais. A Bienal de Música Contemporânea Brasileira, organizada pela Funarte conta, de forma direta ou indireta, com o apoio dos compositores, regentes e instrumentistas vinculados à EM/UFRJ. Se as paredes de nossa casa musical maior, o Salão Leopoldo Miguez, pudessem falar, contariam a mais interessante história da música contemporânea no Brasil. A Série Tendências vem para marcar, de forma continuada, a importância que a instituição dedica à música de hoje, com valorização de sua produção e apoio na difusão. Esta série apresenta quatro concertos anuais e recebe grupos, músicos e compositores.

Série Tributo

Curadoria: Luiz Senise
A Série Tributo, idealizada e coordenado pelo professor e pianista Luiz Senise, visa reverenciar a memória dos compositores que enaltecem a arte musical, através de apresentações públicas de sua obra em anos comemorativos de seu nascimento e morte. Trata-se de uma genuína manifestação de apreço, respeito e gratidão por parte dos intérpretes aos artistas criadores, cuja obra permanece como um precioso legado, uma fonte viva de energia e prazer. As apresentações reúnem um seleto elenco de artistas, entre professores e destacados alunos da Escola de Música da UFRJ, bem como musicistas convidados, todos atuando como uma verdadeira equipe. Dentre a produção musical do compositor reverenciado são escolhidas e executadas as mais significativas obras para instrumentos solos e formações camerísticas diversas. A Série destina-se a estudantes, estudiosos de música e público em geral.

Série Talentos UFRJ

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Foi criada em 2007 pela professora Maria José Chevitarese, para ressaltar a pluralidade da produção artística de alunos, ex-alunos, funcionários e professores da Escola de Música. Os concertos são realizados na Sala da Congregação todas as quartas-feiras às 18:30 h, de março a dezembro. Os programas apresentados vão desde o repertório de concerto já consagrado até a produção mais recente utilizando recursos eletroacústicos, passando pelo jazz e a música popular brasileira ou internacional.

 

A série Talentos UFRJ apresenta uma média de trinta programas anuais e desde sua criação já realizou mais de uma centena de recitais que muitas vezes representam a estréia de jovens músicos em uma sala de concertos diante do grande público. Os programas são escolhidos através de um processo de inscrição no qual o intérprete propõe a data do concerto, apresenta seu projeto artístico e currículo.

 

O Setor Artístico se encarrega da divulgação e dos programas impressos, em projeto gráfico padronizado que  traz a programação da série a cada mês . Tendo se firmado na programação artística da Escola de Música pela qualidade de sua programação e regularidade de apresentações a série atrai público cativo, especialmente de estudantes de música.