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Willian Fernandes discute percepção e linguagem musical em mais um vídeo de Presente aqui de casa

O professor Willian Fernandes discute em mais um vídeo do projeto “Presente aqui de casa” o tema percepção e linguagem musical. Pianista e compositor, mostra um pouco do trabalho que vem desenvolvendo para além do atendimento virtual dos alunos em tempos de quarentena.

Fernandes, que obteve se doutorou ano passado pelo Programa de Pós-graduação em Música da UFRJ (PPGM), com um período de intercâmbio na Universidade Técnica de Dresden (Technische Universität Dresden), na Alemanha, foca sua pesquisa na sintaxe do choro, adotando como marco teórico a Teoria Gerativa da Música Tonal (GTTM), proposta nos anos 1980 por Lerdahl e Jackendoff, e derivada em grande parte da linguística chomskyana.

Willian Fernandes

Iniciou seus estudos musicais no órgão de tubos migrando depois para o sintetizador digital. Ingressou na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) para cursar o Bacharelado em Piano onde foi orientado pelo professor Sauerbronn e participou da extensão (Núcleo de Criação Musical e Orquestra UDESC) e da pesquisa (práticas interpretativas) tendo se aprofundado na música de salão para piano. Participou também de festivais como II Festival de Música de Câmara de Caxias do Sul e Festival de Música de Londrina.

 Reprodução
 

Sua produção composicional vinha sendo feita em 2006 paralelamente ao curso de piano. Teve participação em cinco encontros de compositores sendo três ENCUNs em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro; no FoCo (Fórum de Compositores); e no Panorama de Música Contemporânea da UFRJ. Em 2009, compôs a trilha sonora do curta metragem ‘Ballet das Coisas’, no qual recebeu o prêmio de melhor trilha sonora no Festival Nacional de Cinema dos Sertões na categoria curta-metragem. Em 2011, cursou o mestrado em composição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sob a orientação de Marisa Rezende. Foi aluno da Escola Portátil de Choro do Rio de Janeiro tendo como professor o grande músico Cristóvão Bastos.

É doutor em Processos Criativos pela UFRJ tendo a orientação de Marcos Nogueira. A tese intitulada Estilo e Sintaxe: quatro ensaios analíticos em práticas do choro aborda maneiras diferentes de se produzir esse gênero tão tipicamente brasileiro. Em 2017, recebeu uma bolsa do programa EBW+ (Erasmus) para intercâmbio de 10 meses na Technische Universität Dresden (TUD) na Alemanha, onde pode aprofundar sobre métodos de abordagem sobre sintaxe musical aplicando-as à música brasileira. Ainda nesse período, apresentou uma comunicação sobre a metodologia corpus aplicada ao choro brasileiro no Congresso de Música Popular em Graz, na Áustria. Ao final do período de mobilidade, realizou um recital de piano no Blue Note Dresden.

Profissionalmente, em 2013, atuou como revisor e consultor musical do acervo sonoro do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Lecionou piano, teoria e solfejo na escola M&C Escola de Música (RJ) onde também foi coordenador. No mesmo período ministrou disciplinas no curso de composição para Trilha Sonora da Escola de Música Ossia (SC); e fez videoaulas para a Escola de Música Virtual Cordas e Música. No período de 2018-2019, integrou o Duo Dois Irmãos cuja proposta foi criar música brasileira através do piano e da guitarra elétrica. Atualmente é docente, professor substituto, de percepção musical na UFRJ, preparação para Teste de Habilidade Específica no projeto Orquestra nas Escolas onde também dirige a Camerata de Choro.

“Presente Aqui de Casa” 

Atendendo diretrizes da Reitoria da UFRJ, que visam minimizar as possibilidades de contágio pelo novo coronavírus, o Sars-Cov-2, a Escola de Música (EM) está, como as demais unidades da universidade, em quarentena desde março. “Presente aqui de casa” é uma mostra de que, apesar de suspensas as aulas e os espetáculos, a instituição não se encontra paralisada. Ao contrário, muita coisa está sendo realizada em regime de home office. 

A ideia é mostrar um pouco do que a EM faz através de vídeos curtos, muitos dos quais criados em regime de colaboração online e que reúnem alunos e servidores, tanto técnicos quanto docentes. A campanha, que visa tanto a comunidade interna como o público em geral, evidencia que a instituição, que vive e respira música, continua produzindo apesar das dificuldades.

Edições anteriores do projeto podem ser encontradas aqui ou na galeria de vídeos do site.

 

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