Em 11/08, às 19h, a Orquestra Sinfônica da UFRJ se apresentará gratuitamente no Salão Leopoldo Miguez, na Escola de Música da UFRJ (Rua do Passeio, 98, Centro). Com direção artística de André Cardoso e Ernani Aguiar, e regência de Felipe Prazeres, a Orquestra apresentará, em formação de câmara, um programa composto por obras de Händel, Vivaldi e Haydn, alguns dos mais representativos compositores dos períodos barroco e clássico.
Händel nasceu na Alemanha, mas após um período na Itália, se estabeleceu em Londres. Na capital inglesa se notabilizou pela composição de óperas e oratórios, assim como por obras corais e instrumentais para diferentes cerimônias e solenidades. É o caso dos Hinos de Chandos, criados com textos de Salmos para a capela do Duque de Chandos entre 1717 e 1718.
O italiano Antonio Vivaldi é autor de obra volumosa, na qual sobressaem inúmeros concertos para os mais diversos instrumentos, muitos deles compostos para as meninas da Ospedale dela Pietá, onde era professor e dirigia a orquestra. O concerto para flautim é um bom exemplo da forma barroca em três movimentos, com um movimento central lento. O solista será o aluno Pietro Marchiori, um dos selecionados no Concurso para solistas de 2019 e que em 2022 conclui o seu curso.
O austríaco Joseph Haydn é o compositor que fixa a forma da sinfonia clássica, que lega a Mozart e Beethoven e demais compositores do chamado Classicismo Vienense. A Sinfonia no.49 pertence ao grupo de sinfonias em tonalidades menores que vincula Haydn ao movimento Sturm und Drang, que se caracteriza por uma manifestação precoce, já no século XVIII, de características do romantismo, que dominaria as artes na Europa no século seguinte. O Concerto para duas trompas, por sua vez, é atribuído a Haydn, não havendo comprovação de que seja de sua autoria. É obra que é dedicada a um instrumento que, na orquestra, tinha funções muito específicas, especialmente como sustentação da harmonia. No concerto ganha proeminência também como instrumento solista. Os solistas serão Tiago Carneiro, músico da Sinfônica da UFRJ, e Philip Doyle, professor de trompa da Escola de Música.
“Em todas as temporadas incluímos obras dos períodos barroco e clássico, pois exigem da orquestra um apurado senso de estilo. São bastante desafiadoras pela ornamentação e clareza das linhas. Ao mesmo tempo são obras que o público sempre gosta e prestigia. O concerto será ainda mais variado pela participação de três solistas e a regência de Felipe Prazeres”, comenta André Cardoso.
O concerto será o último regido por Prazeres, que assumirá a regência da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Um dos mais conceituados músicos de sua geração, Felipe Prazeres é spalla das orquestras Petrobras Sinfônica (OPES) e Sinfônica da UFRJ, onde atua também como regente desde 2009. Graduou-se na Uni-Rio sob orientação de Paulo Bosisio e se especializou na renomada Academia de Santa Cecilia, em Roma, na classe do violinista Domenico Nordio. Como violinista obteve o primeiro lugar no Concurso Nacional de Cordas de Juiz de Fora, em 1997, no Concurso Interno da Uni-Rio, em 1998, e no Concurso Nacional de Música IBEU, em 1999. Em 2020 concluiu o Mestrado Profissional em Música da UFRJ, sob a orientação de André Cardoso. Dentre suas atuações com a Sinfônica da UFRJ se destacam a Sinfonia no.4 de Mahler e a ópera “A flauta mágica”, em 2018. É diretor artístico e cofundador da orquestra de câmara Johann Sebastian Rio. Na função de regente, esteve à frente de orquestras como a World Youth Symphony, na Itália, Orquestra Petrobras Sinfônica, Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), Sinfônica da UFRJ, Orquestra Sinfônica Nacional (OSN-UFF) e Camerata SESI.
Programa 1- G. F. HÄNDEL (1685- 1759) – Abertura do Hino de Chandos II (1718) 2- Antonio VIVALDI (1678-1741) – Concerto para flautim em Dó maior RV443 (1729) Solista: Pietro Marchiori 3- Joseph HAYDN (1732-1809) – Concerto para duas trompas Hob. VIId:6 4- Joseph HAYDN – Sinfonia n o 49 em Fá menor Hob.I:49 “La Passione” (1768) Orquestra Sinfônica da UFRJ Regência de Felipe Prazeres ORQUESTRA SINFÔNICA DA UFRJ Direção artística: André Cardoso e Ernani Aguiar VIOLINOS VIOLAS VIOLONCELOS CONTRABAIXOS OBOÉS CLARINETAS Gabriel Peter, Igor Carvalho, Márcio Costa e Thiago Tavares. FAGOTES TROMPAS PERCUSSÃO BOLSISTAS |
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