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João Guilherme Ripper volta à direção da Sala Cecilia Meireles

João Guilherme Ripper (foto), professor da Escola da Música e compositor, assume novamente o comando da Sala Cecilia Meireles, informa reportagem (13/09/2019) do site da Revista Concerto.

Ana Branco
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João Guilherme Ripper volta à direção da Sala Cecilia Meireles

Por Luciana Medeiros, 13/09/2019

Diretor da Sala Cecilia Meireles entre 2004 e 2015, o compositor João Guilherme Ripper (foto) vai reassumir o posto na próxima terça-feira, dia 17, substituindo Aldo Mussi, que acumulava a função com a de presidente do Theatro Municipal do Rio. A notícia foi confirmada pelo compositor ao Site CONCERTO.

“Recebi o convite do novo presidente da Funarj, José Roberto Gifford Monteiro, que busca o resgate do protagonismo da Sala Cecília Meireles como espaço de concertos”, afirma Ripper.

A sala vinha sendo comandada, desde o início de 2019, por Mussi, ao lado de Barbara Lima, ex-bailarina do Theatro Municipal, e com programação do músico da área popular Mauricio Pessoa. 

A programação de música clássica sofreu redução. Antes disso, mesmo em tempos de extrema escassez de recursos, nos últimos anos, a programação continuava intensa – e a explicação para isso remonta à primeira administração de João Guilherme Ripper.

“Quando assumi, em 2004, fiz uma reforma administrativa e fortaleci a Associação de Amigos para ser uma agente de captação”, relembra. “A partir de 2006, com raras exceções, a Sala estava bancando sua programação com patrocínios.”

Já sobre a programação, Ripper pretende trazer de volta um olhar curatorial integrado, que se baseie em grandes linhas temáticas de programação, “contextualização e entendimento”, define. “Vejo o apreciador de música clássica como um entendedor de vinhos, que gosta de saber origens, detalhes, rótulos. Da mesma forma, há uma curiosidade desse apreciador em relação a ideias, filosofia e ambiente que leva à criação de obras.”

Ripper – que também foi presidente do Municipal de 2015 ao início de 2017 – pretende levar à Sala o olhar curatorial que contempla a apresentação tanto de obras contemporâneas quanto da tradição musical, além de óperas de câmara: “É um espaço para óperas menores, que não ocupariam o Municipal, como já apresentamos várias vezes. Depois da minha saída do Estado, fiz como compositor e produtor a versão de câmara da minha Piedade. É um palco perfeito”.

Foi na gestão de Ripper que a Sala passou pela reforma mais completa de sua história. Entre 2010 e 2014, teve renovadas estruturas e equipamentos. Nos últimos tempos, o prédio também sofreu com falta de manutenção. Sobre isso, a ideia do novo diretor é fazer de imediato um levantamento das necessidades de manutenção. “Além disso, o entorno da Sala foi muito degradado nos últimos tempos, situação que precisamos também tentar resolver. Tenho que tomar pé.”

Correspondência

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