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Escola de Música despede-se do professor Antônio José Augusto

Faleceu no domingo (02) o professor Antônio José Augusto, trompista, musicólogo, docente de música de câmara da Escola de Música  (EM) e coordenador da linha de pesquisa História e Documentação da Música Brasileira e Ibero-Americana do Programa de Pós-Graduação em Música da UFRJ (PPGM)

A EM despediu-se do docente em um velório dia 03 no Foyer do Salão Leopoldo Miguez.

A missa de sétimo dia será no sábado, dia 8 de fevereiro, às 10h, na Igreja Nossa Senhora da Esperança – Rua Conde de Irajá, 465, Botafogo.

Na ocasião, haverá uma homenagem com número musical, aberto a alunos, ex-alunos e amigos da Escola de Música e de outras instituições de ensino musical, coordenado pelo ex-aluno do PPGM, Thadeu Almeida.

Antônio José Augusto

Filho de Luiz Augusto e Olinda de Jesus, nasceu em 17 de agosto de 1964, em Belém, no Pará. E faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 02 de fevereiro de 2020.

Seu vínculo com a UFRJ foi profícuo e de longa data. Se iniciou em 1996, quando ingressou no curso de bacharelado em Música – trompa. Elo mantido no mestrado quando desenvolveu a dissertação “O repertório brasileiro para trompa: elementos para uma compreensão da expressão brasileira da trompa”, sob orientação de Antônio Jardim, em 1999.

Retorna à casa, ainda na condição de aluno, em 2004, quando começa o doutorado em História Social oferecido pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, tendo como orientador Manoel Luiz Lima Salgado. Sua tese, defendida em 2008, discutiu “A questão Cavalier, música e sociedade no Império e na República”.

E, mais uma vez, voltou à UFRJ, mas agora na condição de docente da Escola de Música da UFRJ, em 26 de novembro de 2009, após ser aprovado em concurso público de prova e títulos. Dando continuidade à pratica iniciada na Universidade do Estado do Pará (UEPA), onde atuou desde 2003.

Participou como músico de diversas orquestras. Foi membro associado da Orquestra Petrobras Sinfônica desde 1988. Tocou também na Orquestra Sinfônica Brasileira de 1988 a 2011. Entre 1985 e 1986, foi membro da Orquestra Sinfônica Estadual de São Paulo. De 1984 a 1985, compôs a orquestra Sinfônica de Campinas.

Ganhou diversos prêmios, entre eles, o Prêmio Funarte de Concertos Didáticos 2013; o Fundo de Apoio à Música - FAM, Prefeitura do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Cultura de 2012; o Prêmio Circuito Funarte de Música Clássica de 2010 e, no mesmo ano, o Prêmio Funarte de Produção Crítica em Música.

Como pesquisador desenvolveu pesquisas sobre práticas de conjunto e música de câmara brasileira, sua história e perspectivas interpretativas; sobre a trajetória de Henrique Alves de Mesquita (da pérola mais luminosa à poeira do esquecimento); descortinou a invenção de um Brasil musical, passando pelos modernos, pelo frevo e pelos precursores da música de câmara.

Realizou importantes conferências sobre temas tratados em suas pesquisas. Entre essas, se destacaram as realizadas, em 2012, na Universidade de Évora, em Portugal; em 2013, no 45º International Horn Symposium, na Universidade de Memphis (EUA), onde apresentou os resultados de sua pesquisa sobre música brasileira escrita para trompa, canto e piano; e em 2014, na Mostra Internacional de Música, em Tiradentes (MG), no Festival Villa-Lobos e no I Simpósio de Práticas Interpretativas UFRJ/UFBA.

Desde 2013, desenvolveu o projeto de extensão “Música de câmara para sopros, cordas e piano: prática, reflexão e sociabilidade”.

Deixa importante produção fonográfica e bibliográfica. Com o grupo Art Metal Quinteto gravou quatro CDs, destacando umrepertório majoritariamente dedicado à música brasileira. Neles, incluem-se os resgastes de obras de compositores como Anacleto de Medeiros, Henrique Alves de Mesquita, Chiquinha Gonzaga, J. Elias, além da produção contemporânea para quinteto de metais.

Autor de diversos livros, artigos, capítulos de livros e textos em jornais de notícias e revistas, bem como de trabalhos completos publicados em anais de congressos, apresentações de trabalho e textos de programas de séries, e outros trabalhos técnicos de sua área de atuação. Foi o responsável por mais de 300 produções artísticas e culturais.

Antônio José Augusto foi o orientador de vários alunos da graduação, do mestrado, do doutorado e do pós-doutorado da Escola de Música da UFRJ.

Correspondência

Escola de Música da UFRJ
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