176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

Duo Santoro interpreta obra de Alexandre Schubert dedicada ao grupo

Formado pelos gêmeos Paulo e Ricardo e celebrado por suas interpretações comoventes, o Duo Santoro é o destaque da nova edição do projeto “Presente Aqui de Casa”.

Considerado pela crítica especializada como o mais conceituado duo violoncelístico brasileiro, seus integrantes têm trajetória vinculada à Escola de Música (EM) – ambos se graduaram, especializaram-se e obtiveram o Mestrado pela instituição. Além disso, há décadas integram Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ).

Eles interpretam “Duo”, do compositor e docente da EM Alexandre Schubert. Escrita em 2010 a peça foi dedicada ao próprio grupo e integra seu primeiro CD, intitulado “Bem Brasileiro”.

São três movimentos, de caráter contrastantes. O primeiro apresenta motivos rítmicos e expansivos, bem como um tema lírico, com intenso trabalho contrapontístico nos instrumentos. O segundo é um movimento introspectivo e emotivo, onde a sonoridade rica do violoncelo se destaca. O terceiro demonstra características virtuosísticas, exigindo grande habilidade técnica.

Duo Santoro

Nascidos no Rio de Janeiro, os gêmeos Paulo e Ricardo iniciaram seus estudos musicais com seu pai, o contrabaixista Sandrino Santoro. Em 1989, graduaram-se pela EM com nota máxima e dignidade acadêmica Magna Cum Laude, obtendo o título de Especialização em Violoncelo pela mesma Universidade. Ambos possuem o Mestrado em Música. Estudaram também com os professores Márcio Carneiro, Arturo Bonucci, Bernardo Katz, Mario Centurioni, Antonio Del Claro e Peter Dauelsberg.

 Reprodução
 

Paulo e Ricardo Santoro fazem parte da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) desde 1986 e da OSUFRJ desde 1989. Já se apresentaram como solistas à frente de várias orquestras, além de participarem de outras formações camerísticas distintas, tais como Trios, Quartetos e outros Duos.

Único em atividade permanente, o Duo Santoro estreou em 1990 e já se apresentou nas principais salas de concerto do Brasil, dentre elas a Sala Cecília Meireles, Teatro Municipal, Centro Cultural Banco do Brasil, Salão Leopoldo Miguez, FINEP, Candelária, Teatro Carlos Gomes e Museu da República no Rio de Janeiro, e nas cidades de Niterói, Campos, Macaé, Petrópolis, Teresópolis, Resende, Rio das Flores, Juiz de Fora, Poços de Caldas, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Brasília, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá, Campo Grande, Palmas e Goiânia. Seus recitais incluem um leque eclético de estilos que vai do erudito ao popular, passando pelo clássico, romântico e moderno. As transcrições e arranjos para violoncelos são assinados, na sua maioria, pelo próprio Duo.

Uma das principais metas do grupo é a divulgação da música brasileira. Para isso, realizam um trabalho em conjunto com vários compositores, tanto na elaboração quanto na realização, já tendo executado em primeira audição mundial inúmeras obras para dois violoncelos. João G. Ripper, E. Villani Côrtes, N. Hollanda Cavalcanti, S. Di Sabbato, J. A. Kaplan, Ricardo Medeiros, Teresa Fagundes, Santino Parpinelli, V. Szpilman, Sergio R. de Oliveira, Alexandre Schubert, Neder Nassaro, Orlando Alves, Caio Senna, Marcos Lucas e Carlos Cruz são alguns dos compositores que já escreveram para o Duo.

No ano de 1992, tiveram seu trabalho reconhecido através das condecorações “Medalha de Ouro” e “Medalha de Prata” conferidas pela Escola de Música da UFRJ, iniciando, a partir daí, participações constantes em gravações para televisão e rádio.

Já tocaram ao lado de mestres da música popular como Sivuca, Robertinho do Recife, Bibi Ferreira, Maria Bethânia e Gilberto Gil, entre outros; e em palcos teatrais ao lado dos atores Carlos Vereza e Nathalia Timberg, além de participações em discos de Guilherme Arantes, Simone, Almir Sater e Roberto Carlos, entre outros.

Atualmente, o Duo Santoro também se apresenta com músicos convidados. Piano, violão, contrabaixo, percussão, flauta, viola, gaita e canto são participações constantes em seus recitais. 

“Presente Aqui de Casa” 

Atendendo diretrizes da Reitoria da UFRJ, que visam minimizar as possibilidades de contágio pelo novo coronavírus, o Sars-Cov-2, a Escola de Música (EM) está, como as demais unidades da universidade, em quarentena desde março. “Presente aqui de casa” é uma mostra de que, apesar de suspensas as aulas e os espetáculos, a instituição não se encontra paralisada. Ao contrário, muita coisa está sendo realizada em regime de home office. 

A ideia é mostrar um pouco do que a EM faz através de vídeos curtos, muitos dos quais criados em regime de colaboração online e que reúnem alunos e servidores, tanto técnicos quanto docentes. A campanha, que visa tanto a comunidade interna como o público em geral, evidencia que a instituição, que vive e respira música, continua produzindo apesar das dificuldades.

Edições anteriores do projeto podem ser encontradas aqui ou na galeria de vídeos do site.

 

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