176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

Concerto celebra a alegria do frevo

A Escola de Música (EM), em parceria com a Funarte, promove nesta quinta-feira (21/11), na Sala Cecilia Meireles, um dos mais importantes concertos da temporada 2019. Intitulado “A História do Frevo”, celebra o contagiante gênero musical que nasceu nas ruas de Recife, se espalhou pelo país ao longo de mais de cem anos e, em 2012, recebeu o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade.

 Fotos: Reprodução
 
 Acima, Spok e Adelson Silva. Abaixo, Mestre Duada.

Se a trajetória do frevo é o enredo, o espetáculo conta com Spok, nome artístico de Inaldo Cavalcante de Albuquerque, como seu guia. Saxofonista desde os quatorze anos e líder da Spok Frevo Orquestra, formação que renovou o formato das big bands da música popular, ele divide a autoria dos arranjos com o lendário Maestro Duda, como ficou conhecido José Ursicino da Silva, Nilson Lopes e Marco César. Convidado especial, ninguém menos que o icônico baterista Adelson Silva.

Mais novidades

Não são apenas essas as novidades do concerto, que pela primeira vez reúne em um mesmo palco a Orquestra de Sopros da UFRJ e a UFRJazz Ensemble, para interpretar um repertório exigente, de refinada acuidade técnica e requintes de virtuosismo. Um momento especial para a UFRJazz, conjunto que há duas décadas emociona o público e agora conta com a direção musical de Júlio Merlino.

Marcelo Jardim, diretor artístico da EM, destaca a importância dessa colaboração. “A experiência em determinado gênero musical, lembra, se faz potencializada quando se tem o contato com a fonte primeira, o ambiente principal desse gênero. No caso desse concerto, tivemos a oportunidade de trazer não somente uma fonte, mas duas fontes primárias para a universidade. E aprender todos com elas. Está sendo um momento extremamente produtivo para os alunos, técnicos e professores envolvidos, e não poderia ter sido diferente nessa colaboração mais próxima entre os dois conjuntos de sopros e percussão. Muitas trocas e diálogos foram criados”.

Dos becos do Recife para o Brasil

Nas ruelas distantes e nos becos escondidos da Recife do final do séc. XIX e início do século passado ecoaram os primeiros acordes do que viria a ser o frevo. Mais de cem anos de transformações e amálgamas marcam a trajetória do gênero que, na década de 1930, ganhou o país.

Derivado da mistura da modinha, originalmente brasileira, mais tarde cultivada na Europa e repatriada no séc. XIX; da quadrilha de origem francesa; do maxixe – gênero brasileiro autônomo, conhecido também como “tango brasileiro”; e da polca, oriunda dos salões europeus, o frevo é o representante máximo do “sincretismo musical” que caracteriza nossa música. Sincopado e brejeiro, seu nome nasceu na boca do povo que se referia ao ritmo alegre como “fervura”, desde quando as bandas marciais invadiram, no séc. XIX, as ruas recifenses com seus dobrados, marchas e polcas.

O tempo se encarregou de transformar o ritmo, assim como a dança que o acompanha. Os capoeiristas deram lugar aos passistas e os pedaços de pau, usados inicialmente para abrir caminho na multidão e proteger os músicos, converteram-se nas líricas sombrinhas coloridas, uma de suas marcas registradas.

Simpósio de Bandas

O evento, que integra o II Simpósio Funarte-UFRJ de Bandas, conta no âmbito da UFRJ com apoio do PROART-GARIN, programa de incentivo cultural do Fórum de Ciência e Cultura, e do Programa de Pós-Graduação Profissional em Música (PROMUS), além do suporte técnico e logístico da Escola de Música. E, no âmbito Estadual e Federal, com o apoio da Funarte, diretamente vinculada ao evento, a Sala Cecília Meireles, o Centro Cultural do Poder Judiciário - CCMJ, e a Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro. Colaborações da Banda da Guarda Municipal do Rio de Janeiro e da Fundação Cultural do Exército Brasileiro, responsável pela vinda da Banda Sinfônica do Exército Brasileiro.

SERVIÇO
Sala Cecília Meireles Largo da Lapa, 47 - Rio de Janeiro - RJ CEP: 20021-180 21 2332-9223 e 21 2332-9224 Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. R$ 40, meia R$ 20. Dia 21 de novembro, às 20h.

 

II Simpósio Funarte-UFRJ de Bandas

"A HISTÓRIA DO FREVO"

SALA CECÍLIA MEIRELES | 21 NOV 20H

ORQUESTRA DE SOPROS DA UFRJ & UFRJAZZ ENSEMBLE
SPOK, saxofone | Adelson Silva, bateria
Júlio Merlino, direção musical UFRJazz Ensemble
Marcelo Jardim, direção musical e regência 

PROGRAMA

CLARINS – fanfarra (arr: Maestro Duda)

PASSO DE ANJO – frevo de Rua (Spok/João Lira - Arr: Spok)

QUEM SABE - modinha (Carlos Gomes – Arr: Maestro Duda)

FREVO EM GOIANA – frevo de Rua (José Ursicino da Silva – Arr: Maestro Duda)

OS DOMINGOS NO POÇO - quadrilha (Candido Lira – Arr: Maestro Duda)

 DIA DE FREVO – frevo de Rua (José Ursicino da Silva – Arr: Maestro Duda)

NO CORETO - polca (José Ursicino da Silva – Arr: Maestro Duda)

CAPENGA - frevo (Eugênio Fabrício – Arr: Maestro Duda)

ODEON – maxixe (Ernesto Nazareth – Arr: Maestro Duda)

DESCULPE-ME NAZARETH – frevo de Rua (Fernando e Reinaldo de Oliveira – Arr: Maestro Duda)

CANHÃO 75 - dobrado (Nino Galvão – Arr: Maestro Duda)

CANHÃO 75 - frevo (Nino Galvão – Arr: Spok)

FOLIÃO AUSENTE – frevo de Rua (Sivuca – Arr: Spok/Nilson Lopes)

RELEBRANDO O NORTE – frevo de Rua (Severino Araújo – Arr: Maestro Duda)

MEXE COM TUDO – frevo de Rua (Levino Ferreira – Arr: Maestro Duda)

CABELO DE FOGO – frevo de Rua (Maestro Nunes – Arr: Maestro Duda)

COCADA – frevo de Rua (Lorival Oliveira – Arr: Nilson Lopes)

ÚLTIMO REGRESSO - frevo de Bloco (Getúlio Cavalcanti – Arr: Spok)

FREVO SANFONADO – frevo de Rua (Sivuca – Arr: Spok/Nilson Lopes)

SABE LÁ O QUE É ISSO - frevo Canção (João Santiago – Arr: Spok)

ÚLTIMO DIA – frevo de Rua (Levino Ferreira – Arr: Nilson Lopes)

VASSOURINHAS – frevo de Rua (Mathias da Rocha/Joana Baptista – Arr: Spok)

Correspondência

Escola de Música da UFRJ
Edifício Ventura Corporate Towers
Av. República do Chile, 330
21o andar, Torre Leste
Centro - Rio de Janeiro, RJ
CEP: 20.031-170

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