Concertos UFRJ: Duo Santoro lança CD Bem Brasileiro

Foto: Divulgação
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Duo mostra produção brasileira do séc. XX e contemporânea.

Concertos UFRJ reprisa esta semana o programa dedicado ao CD “Bem Brasileiro”, do Duo Santoro. Editado por A Casa Estúdio, o álbum foi lançado no primeiro semestre deste ano e reúne a produção de 12 compositores brasileiros, a maioria contemporâneos. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa é resultado de uma parceria da UFRJ com a rádio Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

Concertos UFRJ reprisa esta semana o programa dedicado ao CD “Bem Brasileiro”, do Duo Santoro. Editado por A Casa Estúdio, o álbum foi lançado no primeiro semestre deste ano e reúne a produção de 12 compositores brasileiros, a maioria contemporâneos. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa é resultado de uma parceria da UFRJ com a rádio Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

 

 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .
   

Formado pelos irmãos Paulo e Ricardo Santoro em 1990 e em atividade há mais de duas décadas, o Duo Santoro ostenta uma história profissional consagrada tanto na música de concerto quanto na popular. “Bem Brasileiro” é o primeiro CD do grupo e conta com a direção artística do pai, o contrabaixista Sandrino Santoro, com quem os gêmeos iniciaram seus estudos ainda meninos, e a produção de Sergio Roberto de Oliveira.

 

O título faz menção à célebre frase de Heitor Villa-Lobos: “Sim, sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha música deixo cantar os rios e os  mares deste grande Brasil”. Uma brasilidade presente em todas as faixas do CD, que se inaugura com “O Trenzinho do Caipira”, uma das melodias villalobianas mais populares, com adaptação singular dos irmãos Santoro. O polonês Waldemar Szpilman, nascido em 1915 e imigrado para o Brasil em 1925, é representado pela obra “Choro”, reveladora do seu trânsito fácil entre as músicas de concerto e popular. “Três Temas do Folclore”, do contrabaixista e compositor Ricardo Medeiros, traz impressa a singeleza do primeiro movimento e a crescente ênfase nos seguintes. O compositor alemão Ernst Mahle, naturalizado brasileiro em 1962, alça destaque com “Três Duetos Modais, escritos em 1974, denotando a forma natural como incorporou os elementos brasileiros em sua formação musical europeia. A “Modinha”, de Franciso Mignone, obra conhecida como o segundo movimento da sonata para dois fagotes, ganha adaptação para violoncelos. O argentino José Alberto Kaplan, naturalizado brasileiro em 1969, escreveu “Nazareteando” especialmente para o Duo Santoro, não escondendo no título a inspiração de Ernesto Nazareth.

O disco apresenta ainda outras grandes surpresas como o compositor mineiro radicado no Rio de Janeiro Alexandre Schubert, com sua peça “Duo”. “Choro Seresteiro”, escrito por Osvaldo Lacerda em 1974, imprime um ar de seresta ao disco, e Ernani Aguiar surge em “Seis Duetos”, compostos em 1985, reunidos aqui pela primeira vez em sua forma integral. Escrita originalmente para contrabaixo e orquestra de câmara, “A 7° Folha do Diário de um Saci”, de Edmundo Villani-Côrtes, inspira-se no folclore brasileiro, enquanto a “Cantiga e Desafio”, do carioca João Guilherme Ripper, traz trechos de acentuada polifonia e mudanças de andamento e métrica. Sergio Roberto de Oliveira encerra com o seu “Bis”, escrita em 2012 especialmente para o CD e dedicada ao Duo Santoro.

 

Duo Santoro

 

  Foto: Divulgação
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  Capa do CD, que pode ser adquirido através do e-mail contato@duosantoro.com.br

Nascidos no Rio de Janeiro, os gêmeos Paulo e Ricardo fazem parte da Orquestra Sinfônica Brasileira desde 1986 e da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) desde 1989, no mesmo ano em que se graduaram pela Escola de Música da UFRJ com nota máxima e dignidade acadêmica Magna Cum Laude. Com Mestrado em Música, já se apresentaram como solistas à frente de várias orquestras, além de participarem de outras formações camerísticas distintas, tais como Trios, Quartetos e outros Duos.

Único duo de violoncelos em atividade permanente no Brasil, o Duo Santoro estreou em 1990 e já se apresentou nas principais salas de concerto do Brasil. Seus recitais incluem um leque eclético de estilos que vai do erudito ao popular. As transcrições e arranjos para violoncelos são assinados, na sua maioria, pelo próprio Duo. Uma das principais metas do Duo Santoro é a divulgação da música brasileira. Para isso, contam com a colaboração de vários compositores, que dedicaram algumas de suas principais obras ao Duo.

Já tocaram ao lado de mestres da música popular como Sivuca, Robertinho do Recife, Bibi Ferreira, Maria Bethânia e Gilberto Gil, entre outros; e em palcos teatrais ao lado dos atores Carlos Vereza e Nathalia Timberg, além de participações em discos de Guilherme Arantes, Simone, Almir Sater e Roberto Carlos, entre outros.

Em 1995, Paulo e Ricardo Santoro receberam por unanimidade da “União Brasileira de Escritores” o Prêmio Personalidade Cultural. Nas comemorações dos 20 anos do Duo Santoro, em 2010, se apresentaram em praticamente todo o Brasil e na República Dominicana, coroando o ano com um recital no famoso Carnegie Hall de Nova York.

 

Mais informações na página do grupo na Internet.

 

***

 

Resultado de um convênio da UFRJ com a Roquette Pinto, o programa radiofônico Concertos UFRJ vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 FM. Apresentado por André Cardoso, regente titular da OSUFRJ, as edições passadas podem ser acompanhadas no podcast, áudio sob demanda, da Roquette Pinto. Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

Festival de Música Antiga homenageia C. P. E. Bach, Gluck e Rameau

Foto: Divulgação
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Tobias Volkman rege a OSUFRJ e o Coro Sinfônico da UFRJ no concerto de abertura do evento.

EM sua quarta edição, o Festival de Música Antiga da UFRJ celebra os 300 anos de nascimento dos compositores Carl Philipp Emanuel Bach e Christoph Willibald Gluck, ao mesmo tempo que presta homenagem a Jean-Philippe Rameau, falecido há 250 anos. O evento, que acontece de 12 a 16 de maio na Escola de Música da UFRJ e no Palácio São Clemente do Consulado Geral de Portugal, oferece concertos, oficinas, workshop e mesa-redonda.

Em sua quarta edição, o Festival de Música Antiga da UFRJ celebra os 300 anos de nascimento dos compositores Carl Philipp Emanuel Bach e Christoph Willibald Gluck, ao mesmo tempo que presta homenagem a Jean-Philippe Rameau, falecido há 250 anos. O evento, que acontece de 12 a 16 de maio na Escola de Música da UFRJ e no Palácio São Clemente do Consulado Geral de Portugal, oferece concertos, oficinas, workshop e mesa-redonda.

 

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) e Christoph Willibald Gluck (1714-1787) escreveram suas obras mais importantes em meados do séc. XVIII. Momento de transição entre o Barroco, que já dava mostra de esgotamento, e o Classicismo nascente. Marcadas ainda pelas características estilísticas da escritura barroca alemã e italiana, elas apresentam inovações no tratamento da melodia e da harmonia, bem como recursos novos de instrumentação. “Dinâmicas poderosas e ornamentações limpas e elegantes”, como destaca Patrícia Michelini, docente da Escola de Música e organizadora do evento.

 

  Foto: Ana Liao
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   Patrícia Michelini, coordenadora do Festival.
 

Como participar?

 

Para se inscrever na Oficina de Dança Barroca (Profª Raquel Aranha), na Oficina de Regência Coral aplicada ao repertório histórico (Profº Carlos Eduardo Vieira) e no Workshop Realização de baixo contínuo ao violão, alaúde e teorba (Profª Silvana Scarinci) preencha a ficha disponível no link respectivo e envie para patriciamichelini@musica.ufrj.br.

Inscritos na Oficina de Regência Coral podem baixar as partituras das obras que serão trabalhadas.

   

Se Philipp Emanuel, o segundo filho de J. S. Bach, se destacou por sua produção instrumental, Gluck acabou mais conhecido pela movimento de reforma da ópera que encabeçou. Uma concepção que privilegia a ação e a construção psicológica das personagens. Danças irrelevantes, música de diversão e a ornamentação das árias são sacrificadas, ao mesmo tempo que a abertura ganha um sentido dramático mais forte e mais integrado ao conjunto da trama.

Concertos

 

O público poderá apreciar uma boa amostra da obra de Gluck e Emanuel logo no concerto de abertura do Festival, no dia 12 de maio. Sob a batuta do maestro Tobias Volkman, solistas, a OSUFRJ e o Coro Sinfônico da UFRJ apresentam no Salão Leopoldo Miguez da UFRJ o Magnificat WQ 215, peça marcante de Emanuel Bach, embora pouco executada entre nós. Ainda no programa, entre outras atrações, a famosa Abertura e Dança dos Espíritos, de Orfeo e Euridice – ópera de Gluck que, ao lado das últimas obras-primas de Mozart, é uma das mais importantes produções do gênero no séc. XVIII.

Segundo Michelini, no Magnificat é possível reconhecer a influência de J. S. Bach, sobretudo nas partes contrapontistas, assim como de Vivaldi. No entanto, como observa a docente, uma audição mais atenta percebe tensões inovadoras e uma preocupação em expressar de forma mais enfática mudanças de humor e sentimentos. “Essa representação não será, afirma, dos sentimentos comuns, convencionalmente identificados, como no Barroco, e sim daqueles próprios do compositor, que deverá espelhar a si mesmo na música”.

  Fotos: Ana Liao/Divulgação
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  ACima, Clara Albuquerque e Eduardo Monteiro. Abaixo, Raquel Aranha e Silvana Scarinci.

A obra de Emanuel Bach também é destaque do segundo concerto do Festival. Com o curioso título de “Entre flautas e flautas e canhões”, o flautista Eduardo Monteiro e a cravista Clara Albuquerque apresentam no dia 13 uma seleção de sonatas do compositor. O músico, que teve uma vida próspera servido à corte de Frederico II, O Grande, assumiu posteriormente a função de diretor musical em Hamburgo.

 

Apaixonado pela música e aluno de Quantz, Frederico foi flautista e compositor amador. Os embates militares em que se viu envolvido, entre eles a devastadora Guerra dos Sete Anos contra as principais potencias europeias do seu tempo, não o impediram de devolver a Berlim o lugar de destaque que havia perdido no cenário musical.

Já o terceiro concerto, no dia 15, aborda a obra de Rameau e sua época. Jean-Philippe Rameau (1682-1764) foi o último grande compositor do barroco francês e deu continuidade à tradição inaugurada por Jean-Baptiste Lully. Entretanto, como faz questão de lembrar Patricia Michelini, escreveu também importantes tratados sobre harmonia, que exerceram enorme influência.

 

No programa, duas cantatas para baixo acompanhadas de violinos, pouco apresentadas no Brasil, dão uma amostragem da sua música vocal. O concerto segue com uma suíte de danças de Marin Marais, gambista e discípulo de Lully de quem frequentemente regia as óperas. “As danças são presença obrigatória nas óperas de Rameau e de seus predecessores”, chama atenção a professora. Completa o programa uma breve seleção de obras de compositores portugueses do Barroco, demonstrando que a nova harmonia de Rameau foi absorvida e cultivada por lá.

Encerrando a série, o dia 16 será dedicado à música de câmara do período galante. Laura Rónai (flauta), Felipe Prazeres (violino), Gretel Paganini (violoncelo) e Eduardo Antonello (cravo) apresentam obras deGluck, Quantz, Emanuel e Johann Christian Bach, permitindo ao público conhecer obras de dois filhos do mestre alemão e de compositores que atuaram no mesmo período.

Oficinas, workshop e mesa redonda

Se os concertos são, para o público em geral, a grande atração, outras atividades marcam a dimensão acadêmica do evento.

 

Oficinas. Raquel Aranha, violinista e especialista em dança Barroca, oferece oficina sobre a linguagem escrita e textual da dança do período barroco, com ênfase no Minuto. Ao contrário das danças medievais e renascentistas, mais populares e democráticas, a dança francesa do período acabaria por informar o balé de corte. Já Carlos Eduardo Vieira, professor da Universidade do Alabama (EUA), ministra curso sobre o repertório dos séculos XVI a XVIII. Seja como membro do madrigal, seja como regente, o propósito é fazer com que o estudante conheça aspectos chaves de performance coral, como tempo, fraseado, pronúncia, dicção e compreensão da escrita.

Workshop. A professora da UFPR, Slvana Scarinci realiza workshop que dá a oportunidade, a estudantes de violão e alaúde, de aperfeiçoar a realização do baixo cifrado em acompanhamento a cantores e instrumentistas. Uma abordagem eminentemente prática que pretende estabelecer um caminho funcional para a compreensão desta prática.

 

Mesa-Redonda. Composta por Paulo Peloso (UFRJ), Slvana Scarinci (UFPR), Veruschka Mainhard (UFRJ) e mediada por Clara Fernandes Albuquerque (UFRJ), mesa-redonda discute, no dia 14, aspectos do estilo e da performance da ópera barroca. “Do maior interesse aos cantores, afirma Patrícia Michelini, já que inúmeras questões de interpretação surgem ao se deparar com este repertório, a mesa é oportuna a todos que se interessam por ópera e pelas correntes nacionalistas presentes na música barroca”.

estrela SERVIÇO
Salão Leopoldo Miguez da UFRJ, Rua do Passeio 98 – Centro. Palácio São Clemente do Consulado Geral de Portugal, Rua São Clemente 424 – Botafogo.

 

Programação do IV Festival de Música Antiga

Celebrando Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788), Christoph Willibald Gluck (1714-1787)
e Jean-Philippe Rameau (1682-1764)

 

 

DIA

HORA

EVENTO

LOCAL

2ª feira

12/05

13h30 às 15h

Oficina: Dança Barroca

Raquel Aranha

Sala da Congregação

15h30 às 17h

Oficina: Regência Coral aplicada ao repertório histórico

Carlos Eduardo Vieira

Sala da Congregação

19h

Concerto de abertura

Obras de Ch. W. Gluck, N. Jommelli e C. Ph. E. Bach

 

Solistas, Coro e Orquestra Sinfônica da UFRJ

Regente: Tobias Volkmann

Salão Leopoldo Miguez

3ª feira

13/05

13h30 às 15h

Oficina: Dança Barroca

Raquel Aranha

Salão Leopoldo Miguez

15h30 às 17h

Oficina: Regência Coral aplicada ao repertório histórico

Carlos Eduardo Vieira

Salão Leopoldo Miguez

19h

Concerto

Entre flautas e canhões – Os Bach na Corte de Frederico, o Grande, Rei da Prússia (1712-1786)

 

Eduardo Monteiro (flauta) e Clara Albuquerque (cravo)

Salão Leopoldo Miguez

4ª feira

14/05

13h30 às 15h

Oficina: Dança Barroca

Raquel Aranha

Salão Leopoldo Miguez

15h30 às 17h

Oficina: Regência Coral aplicada ao repertório histórico

Carlos Eduardo Vieira

Salão Leopoldo Miguez

18h

Workshop: Realização de baixo contínuo ao violão, alaúde e teorba

Silvana Scarinci

Sala da Congregação

5ª feira

15/05

14h

Mesa: Estilo e performance em árias e óperas barrocas

Palestrantes: Paulo Peloso (UFRJ), Silvana Scarinci (UFPR), Veruschka Mainhard (UFRJ)

Mediadora: Clara Fernandes Albuquerque (UFRJ)

Sala da Congregação

19h30

Concerto

Rameau e o Barroco Europeu

 

Carlos Eduardo Vieira (barítono), Raquel

Aranha (violino), Roger Lagr (violino), Pedro Novaes (flauta doce), Patricia Michelini (flauta doce), Eduardo Antonello (cravo), Silvana Scarinci (teorba), Kristina Augustin (viola da gamba).

Palácio São Clemente

6ª feira

16/05

16h30

Apresentação de Dança Barroca e Regência Coral

Salão Leopoldo Miguez

19h

Concerto de Encerramento

Música de Câmara do Período Galante

 

Felipe Prazeres (violino), Laura Rónai (flauta), Eduardo Antonello (cravo), Gretel Paganini (violoncelo)

Salão Leopoldo Miguez

 

 

 

Oficinas e Workshop

 

Oficina: Dança Barroca, com Raquel Aranha

 

Dias 12, 13 e 14/05 (13h30 às 15h)
Vagas: 20

 

Pretende-se fazer uma introdução à linguagem escrita e gestual das danças que compõem as suítes francesas. A oficina abordará o Minueto, uma das principais danças da corte e do repertório instrumental. Serão estudados passos e movimentos de mãos e braços que caracterizam o estilo barroco na dança, descritos em tratados e coreografias da época.
Através do conhecimento do sistema Feuillet de notação – Chorégraphie, ou l’art de d’écrire la danse (Paris, 1700) –, da prática dos passos-base, compreensão da diferença entre compasso musical e compasso coreográfico e da montagem de um Minueto do século XVIII, pretende-se despertar para a complexidade das danças barrocas que estão presentes em grande parte do repertório instrumental dos séculos XVII e XVIII.
Direcionado a músicos, bailarinos, cantores, atores e público em geral desejosos de conhecer o gestual e estilo barroco da dança. Pede-se que os participantes usem trajes confortáveis (calças de moletom, ou de ginástica), e meias (anti-derrapantes). Para quem dispuser, o uso de sapatilha (de balé) é recomendado.

 

Oficina: Regência Coral aplicada ao repertório histórico, com Carlos Eduardo Vieira

 

Dias 12, 13 e 14 (15h30 às 17h)
Vagas para cantores do madrigal: 20
Vagas para estudantes de regência: 4

 

Esta oficina pretende discutir características inerentes à regência do repertório coral de música antiga. Um madrigal interpretará peças importantes do repertório da renascença e do barroco sob a regência de alunos. O ambiente de ensaio se transformará em um laboratório no qual técnicas de ensaio e didática, técnicas de regência, linguagem facial e corporal, interpretação, fraseado, articulação, tempo, métrica, técnica vocal e dicção serão discutidos a partir das particularidades de cada partitura e das necessidades dos alunos de regência e do coro. Ao final do curso, o grupo apresentará o repertório trabalhado com o objetivo de alcançar um resultado que dialogue com as tendências interpretativas da música historicamente informada.
As peças a serem trabalhadas são: Tomás Luis de Victoria (1548-1611) – O Magnum Mysterium; Hans Leo Hassler (1564-1612) – Verbum Caro Factum Est (6 vozes); Thomas Tallis (c.1510-1585) – If Ye Love Me; Georg Friedrich Haendel (1685-1759) – Glory to God (Messiah).

 

Workshop: Realização de baixo contínuo ao violão, alaúde e teorba. Com Silvana Scarinci

 

Dia 14 (18h às 20h)
Vagas para executantes: 3 violonistas/alaudistas solistas ou em duo com cantores/instrumentistas
Vagas para ouvintes: 30

 

Neste workshop estudantes de violão, alaúde e teorba terão a oportunidade de vivenciar a realização do baixo cifrado para o acompanhamento de cantores e instrumentistas. Em uma abordagem essencialmente prática, os seguintes aspectos serão trabalhados: compreensão da notação de cifras, realização da linha do baixo, criação e condução da harmonia, princípios básicos para um bom acompanhamento. Cantores e instrumentistas com repertório do período barroco são bem vindos.

EM seleciona solistas para “O Diletante”, de J. G. Ripper

Foto: Ana Liao
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Ópera de Ripper comemora 20 anos de projeto que reúne EM, EBA e ECO.

A Escola de Música (EM) está selecionando solistas para O Diletante, ópera cômica escrita por João Guilherme Ripper, com estreia marcada para 25 de setembro no Salão Leopoldo Miguez. A montagem comemora os 20 anos do Projeto Ópera na UFRJ, que, em parceria com as Escolas de Belas Artes e Comunicação, já encenou ao longo dessas duas décadas dezesseis espetáculos, sempre com enorme sucesso.

A Escola de Música (EM) está selecionando solistas para O Diletante, ópera cômica escrita por João Guilherme Ripper, com estreia marcada para 25 de setembro no Salão Leopoldo Miguez. A montagem comemora os 20 anos do Projeto Ópera na UFRJ, que, em parceria com as Escolas de Belas Artes e Comunicação, já encenou ao longo dessas duas décadas dezesseis espetáculos, sempre com enorme sucesso.

 

Criado em 1994 por iniciativa de alunos de graduação da Escola, Ópera na UFRJ é um dos mais bem sucedidos projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos na UFRJ. Envolve atualmente um contingente de mais de cem docentes, discentes e técnico-administrativos da instituição, e proporciona um campo importante de qualificação acadêmica e profissional para estudantes de graduação de música, artes plásticas, teatro e dança.

 

  Foto: Ana Liao
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 Como se inscrever?

• Baixar aqui a ficha de inscrição ou retirá-la no Setor Artístico.
• Preencher todos os dados e obter autorização do professor orientador.
• Entregar no Setor Artístico até 15 de maio, no horário das 14 às 16h.
• No mesmo local, retirar partitura do respectivo personagem.

 

 

A iniciativa ganhou nos anos recentes um novo formato e passou a incluir apresentações em espaços fora da Escola de Música. Uma experiência que continua este ano, com apresentações já confirmadas no Teatro Municipal de Niterói e no Auditório do Centro de Tecnologia da UFRJ, e outras em fase de negociação com teatros municipais do Estado.

“Na verdade, é uma honra para mim participar desse projeto e ter sido escolhido para escrever uma obra para comemorar os seus 20 anos”, faz questão de destacar Ripper – compositor brasileiro contemporâneo que mais tem se dedicado ao gênero. E acrescenta, “acho muito auspicioso que a Escola aposte numa ópera contemporânea”.

O Diletante

João Guilherme Ripper é compositor, regente de orquestra e professor da Escola de Música. Atualmente ocupa a direção Sala Cecilia Meireles. Da sua produção constam as óperas Domitila (2000), Anjo Negro (2003) e Piedade (2012). O Diletante será a sua primeira incursão no gênero cômico.

Como em suas experiências anteriores, Ripper assina o música e o libreto da ópera, que se baseia na peça homônima de Martins Pena. O Diletante é uma das mais divertidas obras escritas pelo pioneiro da comédia de costumes no Brasil. O alvo da crítica bem-humorada é o gosto pelo importado, pelo que vem de fora, modismo que atingia os brasileiros da primeira metade do séc. XIX, principalmente depois da chegada, em 1808, da Família Real e da corte portuguesa, com suas roupas, hábitos, costumes, música, e tudo o que era moda então na Europa.

Para contar as trapalhadas provocadas por um rico comerciante que, amante de ópera, faz tudo para unir sua filha com um pretendente que também se interesse pelo gênero, Ripper se permitiu algumas liberdades em relação ao original de 1844. A mais importante, um deslocamento no tempo e no espaço que ambienta a trama na Copacabana dos anos 1950.

– É um momento muito interessante porque é quando nasce a Bossa Nova, afirma. Ao mesmo tempo um Rio de Janeiro e um Brasil começam a se descobrir. A mudança me abriu também a possibilidade de usar alguns elementos estéticos e harmônicos que remetem àquele movimento e aos arranjos de Tom Jobim.

 

Seleção

 

Os interessados em participar da seleção para solista têm até dia 15 de maio para se inscrever no Setor Artístico da Escola, de 14 às 16h. Os candidatos devem preencher a ficha de inscrição e obter autorização do seu orientador. No mesmo local podem retirar as partituras de seu personagem. Tanto a ficha quanto as partituras estarão disponibilizadas também no site da EM.

As personagens e vozes são as seguintes: Quintino, rico comerciante italiano – barítono; Merenciana, sua mulher – mezzosoprano; Josefina, sua filha, ingênua e fútil – soprano; Gaudêncio, rico fazendeiro de Mato-Grosso – barítono; Marcelo, malandro, aproveitador e vigarista – tenor; e Constanza, irmã de Gaudêncio – soprano.

As audições estão marcadas para 16 de maio, às 16h, na Sala Henrique Oswald. Apenas alunos da EM podem participar.

O maestro André Cardoso está à frente da direção geral da montagem e regência. Na direção musical, Marcelo Coutinho, professor do Departamento de Canto. José Henrique Moreira, da Direção teatral da ECO, é o responsável pela concepção cênica. Desirée Bastos e Andrea Renck, docentes da EBA, coordenam respectivamente as equipes de figurino e cenografia.

(Colaborou Julia Meneses)

 

Concertos UFRJ: música brasileira pela Capella Bydgostiensis

Foto: Reprodução
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José Maria Florêncio consuz a orquestra polonesa

O programa Concertos UFRJ apresenta esta semana o CD Classical Music from Brazil lançado em 2013 pelo selo Dux Records. O disco reúne, sob a regência do maestro brasileiro José Maria Florêncio, obras de cinco compositores brasileiros interpretadas pela orquestra de cordas polonesa Capella Bydgostiensis.

O programa Concertos UFRJ apresenta esta semana o CD Classical Music from Brazil lançado em 2013 pelo selo Dux Records. O disco reúne, sob a regência do maestro brasileiro José Maria Florêncio, obras de cinco compositores brasileiros interpretadas pela orquestra de cordas polonesa Capella Bydgostiensis.

 

 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .
   

Integram o CD Suíte Antiga, op. 11, e a Serenata, de Alberto Nepomuceno; Quatro momentos No 3, Ernani Aguiar; Desafio III para Violino e Orquestra de Cordas, op. 31/3, de Marlos Nobre; Suíte Nordestina para cordas, de Ernest Mahle; e Três Paisagens Brasileiras para Violino e Orquestra de Cordas, de Beetholven Cunha. Um bom apanhado da música brasileira escrita para a formação.

O maestro…

Nascido em Fortaleza, Ceará, o maestro José Maria Florêncio é naturalizado e radicado na Polônia, onde desenvolve carreira há mais de 20 anos. Ali, esteve à frente do Grande Teatro da Ópera de Lodz, foi diretor musical da Ópera Estatal de Wroclaw, diretor geral e artístico do Coro e da Orquestra Sinfônica da Rádio e Televisão da Cracóvia, regente titular do Teatro Wielkide de Varsóvia e diretor musical da Ópera Nacional de Poznan.

Atualmente, além de diretor musical da Orquestra Capella Bydgostiensis, é diretor artístico e musical da Ópera Báltica de Gdansk, além de atuar como maestro convidado pela Europa e América. Sua trajetória internacional inclui participação na abertura das olimpíadas culturais em Barcelona, quando comandou a estreia mundial da ópera Tides and Waves. Foi também regente do concerto em memória aos 50 anos do holocausto judeu em Varsóvia, com a Cantata Holocaust, e dirigiu a estreia mundial da ópera Electra, de Mikis Theodorakis, no Teatro Municipal de Luxemburgo. Também recebeu o prêmio Zlota Lodka, pelo melhor espetáculo teatral dos anos 1992 e 1993 na Polônia.

No Brasil, sua batuta já regeu orquestras do Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Belo Horizonte, Brasília e São Paulo, onde atualmente é o titular da Orquestra Sinfônica Municipal.

De origem humilde Florêncio iniciou a educação musical em sua cidade natal, no centro de formação de instrumentistas de cordas do Sesi, sob a orientação de Alberto Jaffé. “Mesmo tendo completado minha educação musical com os melhores professores do país, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em São Paulo, além de ter estudado nos Estados Unidos, na Áustria e na Polônia, o que ocorreu no Ceará me transformou no que sou até hoje”, reconhece o maestro em entrevista. E acrescenta: “O mérito desse e de outros professores foi o de acreditar que filhos de operários também poderiam e deveriam ter acesso a esses sublimes segredos da humanidade”.

Afinal, como costuma afirmar, “a música, acima de qualquer outra atividade, é capaz de mudar as pessoas. Aqueles que se apaixonam e a levam a sério não terão tempo para erros sociais e as drogas.”

… e a orquestra

 

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A Orquestra Capella Bydgostiensis é considerada uma das principais orquestras de câmara da Polônia.

Ela tem se apresentado nas mais importantes salas de toda a Europa, como Palácio Real de Varsóvia e Filharmonia Narodowa (Varsóvia – Polônia), Conservatório P. Czajkowskiego (Moscou–Rússia), Schauspielhaus (Berlin – Alemanha), Schloss Mirabell (Salzburgo – Aústria), Placio Real (Estocolmo- Suécia), El Escorial (Espanha) e Salão da Radio Holandesa (Utrecht-Holanda), entre outras.

Famosos maestros já comandaram o grupo, dentre eles: Stanis?aw Ga?o?ski, W?odzimierz Szyma?ski, Karol Teutsch, Daniel Stabrawa e Miros?aw Jacek B?aszczyk.

Quanto à discografia, o grupo possui inúmeras gravações para selos da Polônia, Holanda, Espanha e para programas de rádios e TVs europeias.

 

***

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do .

 

 

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Classical Music from Brazil

Capella Bydgostiensis
Jose Maria Junior Florêncio, regente

 

1. Suite Antiga, op. 11, Alberto Nepomuceno
Minuetto. Allegro con spirito, 3:11
Andante expressivo, 4:47
Rigaudon. Allegro con brio, 4:40

 

2. Quatro momentos No 3, Ernani Aguiar
Tempo de Maracatu, 1:39
Tempo de Cabocolinhos, 1:49
Canto. Lento, 2:23
Marcha, 1:35

 

3. Desafio III para Violino 3 Orquestra de Cordas, op. 31/3, Marlos Nobre

Cadenza. Calmo e rubato, 1:44
Desafio. Vivo, 4:55

 

4. Suite Nordestina para cordas, Ernest Mahle
Allegro moderato, 6:06
Andante, 5:03
Vivo, 3:30

 

5. Três Paisagens Brasileiras para Violino e Orquestra de Cordas, Beetholven Cunha
Balandê – Baião. Quase andante, 4:01
Maracatus. Gingado como maracatú Naçâo – Como maracatú Rural, 3:50
Aboio. Coco de Embolada. Com sentimento, 4:32

 

6. Serenata, Alberto Nepomuceno, 4:50

 

 

 

 

Projeto compositores recebe Sergio Saraceni

Foto: Divulgação
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Saraceni: pioneiro na composição musical para a televisão brasileira

Iniciativa do Departamento de Composição da Escola de Música (EM), Sergio Saraceni é o convidado de maio do Projeto Compositores. Saraceni estará dia nove na Escola de Música e falará dos seus 35 anos de trabalho para o cinema e a televisão. Uma experiência que contabiliza 42 trilhas sonoras de longas-metragens e para dezenas de séries e novelas.

Iniciativa do Departamento de Composição da Escola de Música (EM), Sergio Saraceni é o convidado de maio do Projeto Compositores. Saraceni estará dia nove na Escola de Música e falará dos seus 35 anos de trabalho para o cinema e a televisão. Uma experiência que contabiliza 42 trilhas sonoras de longas-metragens e para dezenas de séries e novelas.

 

Com entrada franca, a palestra está marcada para as 11h, na Sala da Congregação. O foco serão os trabalhos mais recentes do compositor, com destaque para a trilha sonora das novelas Saramandaia (2013) e Geração Brasil, próxima novela das sete.

 

  Cartaz do Evento
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O compositor

Carioca de 1952, Sergio Saraceni iniciou seus estudos musicais aos 12 anos. Até os 17, estudou piano, orquestração e composição com Eunice Katunda, teoria musical com Bohumil Med e violão clássico com Jodacil Damaceno e Turíbio Santos. Em 1970 ingressou na escola superior de música do Instituto Villa-Lobos. Dois anos depois transferiu-se para os Estados Unidos, graduando-se em “arranging and composition” pela Berklee College of Music.

De volta ao Brasil, trabalhou como professor de música, instrumentista e acompanhador de cantores populares como Nana Caymmi, Emílio Santiago, Beth Carvalho, entre outros. Em 1977, recebeu de Antonio Carlos Jobim a incumbência de o substituir na criação da trilha sonora de “Anchieta, José do Brasil”, longa-metragem dirigido por Paulo César Saraceni. Foi sua primeira trilha sonora original, um trabalho que contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

 

  Foto: Reprodução
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   Sergio Saraceni com Zeca Assumpção.

Começou assim uma sólida carreira como compositor de filmes. Musicou 42 longas-metragens, trabalhando com alguns dos mais importantes cineastas brasileiros, como Carlos Manga (Os Trapalhões e o Rei do Futebol), Paulo Thiago (Águia na Cabeça, Policarpo Quaresma), Fábio Barreto (O Rei do Rio), Murilo Salles (Nunca Fomos tão Felizes), Paulo Cezar Saraceni (Anchieta José do Brasil, Natal da Portela, entre outros), David Neves (Fulaninha), Nelson Pereira dos Santos (A Estrada da Vida, Insônia, O Ladrão) e muitos outros diretores.

Em 1978 torna-se arranjador do programa de auditório “Globo de Ouro” da TV Globo. No ano seguinte, escreve as primeiras composições originais para as novelas e séries da emissora, até sonorizados com trilhas de discos importados. Na televisão, os trabalhos de Saraceni como compositor e diretor musical de maior destaque foram as séries: “O Tempo e o Vento” (1984), com A. C. Jobim, A. Didier, Dori Caymmi; “Anos Dourados” (1985); “A Muralha” (2000); e “Dalva & Herivelto” (2010). Escreveu ainda trilhas sonoras originais para novelas de grande audiência, tais como: “Vale Tudo” (1986); “Roque Santeiro” (1988); “O Cravo e a Rosa” (2000); “Celebridade” (2003); “Belíssima” (2004); “Passione” (2010); e Cheias de Charme (2012).

Saraceni trabalhou ao lado dos mais importantes diretores da televisão do país, tais como Roberto Talma, Walter Avancini, Denise Saraceni, Dennis Carvalho, Jorge Fernando, Ricardo Waddington, Daniel Filho, entre outros. Nos anos 80 e início dos 90, atuou também como compositor no universo publicitário.

Seu trabalho no SBT, com início em 1993, também merece destaque. Na emissora foi responsável pela criação do centro de produção de música para dramaturgia, que dirigiu até 1995, quando deixou o cargo. Em 1997, convidado por seu amigo, o maestro Aluisio Didier, assume as funções de compositor e produtor musical do canal por assinatura Globonews, ao mesmo tempo que volta a integrar os quadros da TV Globo. Na Globonews, ajudou a criar trilhas sonoras, permanecendo até 2004, quando deixa o veículo.

Foi premiado cinco vezes nos festivais de cinema de Gramado e Brasília. Ainda no cinema, colaborou com Radamés Gnattali na criação e produção da música do filme “Eles não usam Black Tie” (1980), de Leon Hirszman.

Seus mais recentes trabalhos foram para a novela Saramandaia (2013) e para a novela “Geração Brasil”, ambas da Rede Globo.

V Simpósio de Musicologia chama para trabalhos

Foto: Ana Liao
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Maria Alice Volpe (UFRJ),presidente da comissão científica.

Está aberto o prazo para submissão de trabalhos ao V Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ, que será realizado de 11 a 15 de agosto na Escola de Música da UFRJ. O evento é uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Música (PPGM) e este ano discute o tema “Periódicos Musicais: História, Crítica e Políticas Editorais”.

Está aberto o prazo para submissão de trabalhos ao V Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ, que será realizado de 11 a 15 de agosto na Escola de Música da UFRJ. O evento é uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Música (PPGM) e este ano discute o tema “Periódicos Musicais: História, Crítica e Políticas Editorais”.

 

 
Foto: Renan Salotto
 
  Conferência de Philip Gossett (Univ. de Chicago, EUA) na edição 2010 do Simpósio.

Conforme a chamada do encontro salienta o assunto proposto “convida a uma reflexão sobre os periódicos especializados e a imprensa periódica não especializada, em suas dimensões históricas e críticas, bem como seu papel na difusão do conhecimento da área de música nos diversos países da Europa e das Américas, sendo de especial interesse deste Simpósio discutir os diversos casos da América Latina e, particularmente, do Brasil”.

O evento comemora também os 80 anos da Revista Brasileira de Música (RBM), o primeiro periódico acadêmico da área de música no Brasil e editado atualmente pelo PPGM.

Entre os tópicos a serem discutidos estão: história do periodismo musical; crítica musical; história da recepção; diálogos culturais, circulação, transferência e apropriação de ideias, repertórios, estéticas, estilos, práticas musicais e ideologias; nacionalismo, migração e identidade; patrimônio e acervos; música, sociedade e política; estudos interdisciplinares: artes visuais, teatro, literatura, filosofia, história, sociologia e antropologia cultural; estratégias discursivas na relação entre arte e ciência; conhecimento e poder; e políticas científicas e editoriais atuais.

 

As propostas devem ser enviadas até 18 de maio de 2014 para o e-mail sim@musica.ufrj.br e endereçadas à presidente da Comissão Científica, professora Maria Alice Volpe (UFRJ). A divulgação dos resultados está marcada para 10 de junho e o prazo para envio da versão revisada destinada à publicação vai até 30 de junho.

O texto deve ser inédito e enfocar questões relacionadas ao tema do encontro. Cada comunicação terá a duração de 20 minutos para apresentação do trabalho. Recomenda-se que o texto a ser publicado tenha entre 3 e 6 mil palavras e não ultrapasse 15 páginas, incluindo imagens e referências bibliográficas. O texto em versão integral pode ser apresentado em português, espanhol, inglês, francês, italiano ou alemão. Recomenda-se, no entanto, que a comunicação oral seja realizada em português, espanhol ou inglês.

 

Além de Volpe, a comissão científica é composta por Sonia Ray (UFG), Marcos Nogueira (UFRJ), João Vidal (UFRJ), Paulo Costa Lima (UFBA), Malena Kuss (Universidade do Norte Texas, Denton, EUA) e Philip Gossett (Universidade de Chicago, EUA).

Integram a comissão organizadora Maria Alice Volpe (UFRJ), André Cardoso (UFRJ), Marcos Nogueira (UFRJ), João Vidal (UFRJ), Ana Paula da Matta Machado Avvad (UFRJ)

As normas de apresentação das contribuições podem ser consultadas em português, espanhol ou inglês. Para maiores esclarecimentos sobre submissão, os interessados podem enviar e-mail para Ana Paula da Matta Machado Avvad (damatta@musica.ufrj.br).

 

 

Concertos UFRJ: O Violino e seu Repertório

Foto: Divulgação
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Anne-Sophie Mutter toca o concerto para violino de Mendelssohn.

A audição desta semana de Concertos UFRJ reprisa a edição dedicada ao violino e seu repertório. No programa, obras do período barroco e romântico que mostram um pouco as versatiliades e possibilidades de um dos instrumentos mais importantes da história da música. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa é resultado de uma parceria da UFRJ com a rádio Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

A audição desta semana de Concertos UFRJ reprisa a edição dedicada ao violino e seu repertório. No programa, obras do período barroco e romântico que mostram um pouco as versatiliades e possibilidades de um dos instrumentos mais importantes da história da música. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa é resultado de uma parceria da UFRJ com a rádio Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM. 

 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .
   

O violino surgiu na Itália em meados do séc. XVI e descende da rebeca, da vielle e da lyra da braccio. Em sua origem tinha um caráter nitidamente popular, sendo utilizado por cantadores e poetas, assim como em danças, quase sempre improvisadas. O instrumento nobre do período, vale lebrar, era a viola da gamba.

O florescimento do instrumento se deve, sobretudo, ao enorme desenvolvimento arte da luteria italina. Durante duzentos anos, a sua fabricação foi hegemonizada por três famílias de Cremona. Inicilamente os Amati, e logo a seguir os Guarneri e em especial os Stradivarius, cujos instrumentos são hoje os mais disputados pelos grandes solistas. 

O violino foi sendo modificado em função das necessidades e ideais sonoros das diversas épocas musicais. Ganhou em volume, projeção sonora e extensão com as alterações de diferentes gerações de lutiers. A espessura das cordas, o uso de um cavalete mais alto e um braço mais inclinado são exemplos dessas atualizações. 

O arco passou também por significativas alterações, ganhando sua forma definitica no final do séc. XVIII. Originalmente com um formato côncavo, passou a ter uma curvatura convexa, o que lhe permitiu suportar uma maior tensão das crinas. Uma inovação, entre outras, do fabricante François Tourte, a pedido do virtuose Giovanni Battista Viotti, em 1782. 

Tourte, aliás, foi quem escolheu o Pau-Brasil, que importava então de Pernambuco, como a madeira preferida para a manufatura dos arcos, um padrão que permanesce até hoje.

 

Repertório do programa

 

La volta, peça anônima do séc XVI. Eleanor Sloan (violino), Oliver Brookes (viola) e James Tyler (aláude). 

Sonata detta la Desperata, em Sol Menor, para violino e contínuo, de Carlo Farina (1660 -1640). Reinhard Goebel.

Chacona da Partita no 2 (BWV 1004) de J. S. Bach (1685-1750). Obra de grande dificulade técnica interpretada por Jascha Heifetz, um dos maiores violinistas do séc. XX. 

Concerto para Violino, em Mi Menor, O. 64, de Felix Mendelssohn (1809-1847). Em três movimentos, Allegro molto appassionato, Andante e Allegretto non troppo – Allegro molto vivace. Anne-Sophie Mutter e a Orquestra Filarmônica de Berlin, sob a regência de Herbert von Karajan. 

*** 

Resultado de um convênio da UFRJ com a Roquette Pinto, o programa radiofônico Concertos UFRJ vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 FM. Apresentado por André Cardoso, regente titular da OSUFRJ, as edições passadas podem ser acompanhadas no podcast, áudio sob demanda, da Roquette Pinto. Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

 

Concerto do Trio Smetana na Escola de Música

Foto: Divukgação
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Trio Smetana. Ji?í Vodi?ka (violino), Jitka ?echová (piano) e Jan Pálení?ek (violoncelo).

O TRIO Smetana, um dos mais prestigiados conjuntos checos da atualidade, se apresenta no início de maio no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música. A turnê do grupo, que percorre nove cidades brasileiras, integra as comemorações do “Ano da Música Tcheca” e celebra o aniversário de importantes compositores daquele país como Antonín Dvo?ák (1841-1904), Bed?ich Smetana (1824-1884) e Leoš Janá?ek (1854-1928).

O Trio Smetana, um dos mais prestigiados conjuntos checos da atualidade, se apresenta no início de maio no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música. A turnê do grupo, que percorre nove cidades brasileiras, integra as comemorações do “Ano da Música Tcheca” e celebra o aniversário de importantes compositores daquele país como Antonín Dvo?ák (1841-1904), Bed?ich Smetana (1824-1884) e Leoš Janá?ek (1854-1928).

No programa do concerto, marcado para 02 de maio, às 18h30, o Trio em sol menor op.15, de Smetana; o Trio em fá menor op. 65, de Dvo?ák; e a Multicultural Suite, de Haas. A entrada é franca.

 

  Foto: Divulgação
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O Trio

Composto por Jiri Vodicka (violino), Jan Palenicek (violoncelo) e Jitka Cechova (piano) o Trio Smetana foi fundado em 1934 pelo lendário pianista checo Josef Pálení?ek. Os seus membros atuais dão continuidade ao ideal criado pelos seus antecessores e por outros significantes solistas interpretes do século XX.

O percurso recente do Trio Smetana está marcado por extraordinário sucesso a nível nacional e internacional – o CD com composições de Smetana, Suk e Novák (Supraphon 2005) recebeu o prestigiado prémio das revistas francesas Diapason e Le Monde de la Musique. A mesma gravação foi também escolhida pela britânica BBC Music Magazine como Gravação do mês de agosto de 2005 na categoria de música de câmara. Uma outra gravação do Trio Smetana – as composições de A. Dvo?ák (Supraphon 2006) – foi novamente escolhida pela BBC Music Magazine, desta vez como melhor Gravação do mês de setembro de 2006, e a seguir, em 2007, recebeu o Prémio do Ano 2007 na área da música de câmara pela BBC Music Magazine Chamber Award e o Diapason D’Or que é o mais prestigiado prémio para as gravações em CD. A gravação de trios de Tchaikovsky e Dvo?ák (Supraphon 2008) recebeu o prémio do mês BBC Chamber recording of the month, em dezembro de 2008. Em 2010, a editora Supraphon publicou um CD com as suas gravações de Mendelssohn e Schubert. A crítica especializada aprecia “as excecionais qualidades solistas, uma técnica brilhante, o dinamismo da interpretação, a perfeição na sintonia”, chegando até a utilizar a expressão “a consanguinidade dos três artistas…” Em junho de 2012 o Trio Smetana finalizou um outro projeto de grande envergadura – a gravação conjunta dos trios de Johannes Brahms.

O trio é convidado frequente em importantes palcos nacionais e internacionais. Colabora com notáveis maestros – Ji?í B?lohlávek. Libor Pešek, John Axelrod, Michael Boder, Tomáš Hanus ou Stanislav Vav?ínek, e com orquestras de renome, entre elas Bamberger Symphoniker, Orchestra della Svizzera Italiana Lugano, Orchestre National des Pays de la Loire, Orquestra Sinfónica FOK, Pražská komorní Filharmonie entre outros

 

Intérpretes


Jitka ?echová (piano) completou os seus estudos de piano no Conservatório de Praga, fez a sua pós-graduação em Paris com E. Indjic e em Freiburg com V. Berzon, cursos de aperfeiçoamento com R. Kehrer em Weimar e L. Berman em Pieš?any. Foi premiada em diversos concursos internacionais. Como solista é apreciada pela crítica de vários países europeus e também na África do Sul, América do Sul e no Japão. É uma presença regular nos festivais nacionais e estrangeiros. Realizou inúmeras gravações a solo e em câmara para editoras tchecas e estrangeiras. Atualmente está a preparar as gravações da obra completa para piano (7CDs) de Bed?ich Smetana para a editora Supraphon.

 

Ji?í Vodi?ka (violino) conta-se entre os mais importantes violinistas checos. Começou a ganhar os primeiros prémios ainda em criança. Aos 14 anos entrou precocemente na escola superior para a turma do Prof. Z. Gola e ao mesmo tempo foi nomeado o mais jovem solista na Filarmonia de Janá?ek em Ostrava. Em 2008 participou na parte europeia do mundialmente conhecido concurso Young Concert Artists em Leipzig, Alemanha, onde, entre várias centenas de concorrentes de todo o mundo, ganhou o primeiro prémio, transitando para a final em Nova York. Toca com prestigiadas orquestras e é um convidado regular em importantes festivais, tais como Primavera de Praga, Grand Festival of China e Hohenloher Kultursommer, entre outros. Ao convite do mundialmente famoso violinista G. Kremer participou no prestigiado festival internacional Kammermusikfest Lockenhaus na Áustria. Em 2010, aos 22 anos, assumiu o cargo de mais jóvem professor entre os docentes do Conservatório de Praga.

 

Jan Pálení?ek (violoncelo) foi aluno dos mais destacados violoncelistas checos do século XX, S. Vechtomov e M. Sádlo. O impulso mais importante no seu período de amadurecimento artístico foi o encontro com o violoncelista francês, o mundialmente conhecido Paul Tortelier. Estudou música de câmara com seu pai, Josef Pálení?ek, e com Josef Vlach – primeiro violino do lendário Quarteto Vlach. Premiado em vários concursos internacionais. Como solista, toca com importantes orquestras nacionais e internacionais. Gravou para editoras checas e estrangeiras, para rádio e televisão. As suas gravações de sonatas de J. Brahms, B. Martin?, S. Rachmaninov e de concertos de A. Dvo?ák, P. I. Tchaikovsky, J. Brahms e J. Haydn foram coroadas de excecional sucesso. Trabalhou muitos anos no Conservatório de Praga e na Academia das Artes Musicais.

 

Dia 2 de maio de 2014 – 18:30h
Salão Leopoldo Miguez
TRIO SMETANA
JITKA CECHOVA, piano
JIRI VODICKA, violino
JAN PALENICEK, violoncelo
ENTRADA FRANCA

 

Programa

Bed?ich SMETANA (1824-1884)
Trio em sol menor op.15
Moderato assai
Allegro ma non agitato
Finale. Presto

 

Roman HAAS (*1985)
Multicultural Suite
Preludium und Waltz zusammen
Interludio y Bolero juntos
Postludium es Czardas közösen

 

Antonín DVO?ÁK (1841-1904)

Trio em fá menor op. 65
Allegro ma non troppo
Allegretto grazioso
Poco Adagio
Finale. Allegro con brio

 

 

 

Base Minerva fora do ar

O Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI) comunica que a Base Minerva, uma base de dados da UFRJ que reúne e interconecta os acervos das 45 bibliotecas da universidade, disponibilizando-o para consulta através da Internet, está fora do ar. Não há previsão de retorno.

 

A causa do problema foi uma brusca queda de energia ocorrida no dia 26 de março, que queimou o servidor onde estava instalada.

 

Os usuários das bases de dados podem solicitar informações diversas ao SiBI através do e-mail sibi@sibi.ufrj.br, do telefone 2295-1397, ou nas bibliotecas da UFRJ.

Quarteto Onyx se apresenta na EM

 Foto: Divulgação
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Quarteto Onyx, dia 29, na Sala da Congregação.

O Quarteto Onyy se apresenta dia 29 na Sala da Congregação da EM. A entrada é franca e o recital do grupo começa às 18h. O grupo foi criado em 2012 e é integrado por músicos das principais orquestras da cidade.

O Quarteto Onyy se apresenta dia 29 na Sala da Congregação da EM. A entrada é franca e o recital do grupo começa às 18h.

 

O grupo foi criado em 2012 e é integrado por músicos das principais orquestras da cidade. Formado por Ricardo Amado (violino), Sônia Katz (violino), Cecília Mendes (viola) e Ronildo Alves (violoncelo) nasceu do encontro de amigos que se reúnem pelo prazer de tocar e fazer boa música.

 

No programa da audição o Quarteto n.º 4 em dó maior K. 157, de W. A. Mozart; o Quarteto n.º 10 opus 125 n.º 1, D. 87, de Franz Shubert; e o Duo para violino e violoncelo (viola), de Ernani Aguiar.

 

Dia 29 de abril de 2014 – 18h
Sala da Congregação
QUARTETO ONYX
RICARDO AMADO, violino
SÔNIA KATZ, violino
CECÍLIA MENDES, viola
HUDSON LIMA, violoncelo
ENTRADA FRANCA

 

Programa

 

MOZART
Quarteto n.º 4 em dó maior K. 157
Allegro
Andante
Presto

 

SCHUBERT
Quarteto n.º 10 opus 125 n.º 1, D. 87
Allegro moderato
Scherzo. Prestissimo
Adagio
Allegro

 

ERNANI AGUIAR
Duo para violino e violoncelo (viola)
Allegro
Lento à brasileira
Alegro molto