Orquestra Sinfônica da UFRJ faz 3º concerto de sua 100ª temporada em

As celebrações da centésima temporada de concertos da Orquestra Sinfônica da UFRJ seguem a todo vapor. O terceiro concerto será em 16 de abril, às 18h, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ. A entrada é gratuita.

Nessa apresentação, a Orquestra Sinfônica da UFRJ retorna ao formato de câmara para apresentar obras dos séculos XVIII e XX. Na primeira parte constam obras de dois dos maiores expoentes do Classicismo Musical, Joseph Haydn e Wolfgang Amadeus Mozart.

Haydn foi alcunhado como o “pai da sinfonia”. Apesar de ter sido consolidada por compositores da geração anterior, foi com Haydn que a forma se tornou a mais representativa manifestação da música orquestral. No catálogo de obras de Haydn constam nada menos do que 104 sinfonias, compostas ao longo de uma produtiva carreira como empregado em diferentes cortes austríacas ou, já na fase final de sua vida, como músico independente, a partir de encomendas vindas de cidades como Paris e Londres. A Sinfonia nº12 foi composta em 1763, no segundo ano a serviço do Príncipe Nikolaus Esterházy, na cidade de Eisenstadt. O pequeno efetivo instrumental, com oboés e trompas a dois e mais um fagote, além das cordas, e o formato em três movimentos revelam uma obra composta para os espaços limitados dos salões, na qual o compositor ainda seguia os modelos de seus antecessores vienenses.

Se Haydn se destaca na forma sinfonia, Mozart foi quem elevou a forma de concerto a um novo patamar de importância na história da música, em especial naqueles para piano. Escrever concertos visando um solista específico ou mesmo para dedicar a um amigo é hábito antigo, até hoje praticado. Não foi diferente nos concertos para trompa de Mozart, dedicados ao trompista Joseph Leutgeb (1732-1811). A peculiaridade do Concerto para trompa nº3 em Mi bemol maior K447 está na instrumentação, para a qual Mozart optou por um par de clarinetas ao invés dos tradicionais oboés previstos nos demais concertos que escreveu para o instrumento.

A segunda parte do concerto é dedicada à música do século XX, com compositores de dois períodos distintos. Karel Husa foi um dos mais importantes compositores tchecos. Nascido em 1921, estudou no Conservatório de Praga, prosseguindo os estudos em Paris com Arthur Honegger e Nadia Boulanger. Em 1954, Husa imigrou para os Estados Unidos, onde se tornou professor da Universidade de Cornell, ganhando a cidadania americana em 1959. Sua obra mais conhecida é Music for Prague 1968, composta em memória das vítimas da invasão da Tchecoslováquia pelas tropas da União Soviética. Suas Quatro Peças foram compostas em 1955 e exploram com generosidade todos os naipes da orquestra de cordas, alternando momentos expressivos e rítmicos. O concerto finaliza com a Brook Green Suíte, de Gustav Holst, compositor inglês lembrado em 2024 pelos 150 anos de seu nascimento. A obra foi composta em 1933, durante uma internação do compositor no hospital, onde morreria meses depois. Foi escrita para suas alunas da orquestra da Saint Paul’s Girls School, notabilizada por uma de suas obras mais conhecidas, a Saint Paul Suíte, também para cordas.

A entrada é gratuita e a apresentação está marcada para as 18h, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, que fica na Rua do Passeio, 98, próximo à estação Cinelândia do metrô.

 

PROGRAMA

1- Joseph HAYDN (1732-1809) – Sinfonia no12 em Mi maior Hob. I:12 (1763) 18’

I- Allegro

II- Adagio

III- Presto

2- W. A. MOZART (1756-1791) – Concerto para trompa no3 em Mib maior K447 (1787) 16’

I- Allegro

II- Romance (Larghetto)

III- Allegro

Solista: Renato Seabra

3- Karel HUSA (1921-2016) – Quatro peças para cordas (1955) 18’

I- Variazioni

II- Notturno

III- Furiant

IV- Coda

4- Gustav HOLST (1874-1934) – Book Green Suíte H190 (1933) 7’

I- Prelude (Allegretto)

II- Air (Andante)

III- Dance (Allegro)

Regentes: alunos de Regência Orquestral

 

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Salão Leopoldo Miguez recebe ópera “Eternamente” em 05/04 e 12/04

Nesta sexta-feira, 05/04, e na próxima, 12/04, o Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, será palco do recital “Eternamente: modinhas e canções dramatizadas de Antônio Carlos Gomes”. O espetáculo apresenta parte do cancioneiro do compositor brasileiro, escrito no período do Segundo Império no Brasil, e que busca trazer, através da dramatização e ressignificação de seus poemas, a crônica de costumes da época. A linha condutora do enredo é uma história romântica que apresenta conflitos sociais e individuais contextualizados na segunda metade do século XIX. Cantadas em português, italiano e francês, as canções são uma parte rica da produção deste que é o maior compositor de óperas das Américas.

As entradas são gratuitas e as apresentações estão marcadas para as 18h, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, que fica na Rua do Passeio, 98, próxima à estação Cinelândia do metrô.

 

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Em 11/04, Orquestra Sinfônica da UFRJ faz 2º concerto de sua 100ª

Em 11 de abril, o Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, será palco da segunda apresentação da centésima temporada de concertos da Orquestra Sinfônica da UFRJ. O concerto será dedicado à professora Veruschka Mainhard e ao compositor Guilherme Bauer, importantes nomes que marcaram a EM/UFRJ e que nos deixaram em março deste ano.

Querida por alunos e colegas, Veruschka era doutora em Música pela Unirio e mestre em flauta transversa barroca e música antiga pela Escola Superior de Utrecht (Holanda). Era professora adjunta da EM/UFRJ, atuando na graduação como professora de Canto e Dicção, e na pós-graduação como professora/ orientadora no PROMUS (Mestrado Profissional em Música). Além disso, era também preparadora vocal do Conjunto Vocal Sacra Vox e coordenadora do projeto de extensão Transcrições e Traduções. Atuou como solista em óperas, oratórios e cantatas no Brasil, Alemanha, Holanda e Estados Unidos, assim como fez estreias mundiais de obras escritas para sua voz.

Já Bauer iniciou seus estudos musicais no Colégio Santo Inácio e foi aluno de violino de Iolanda Peixoto. Em 1960, ingressou na então Escola Nacional de Música, tornando-se posteriormente professor na Universidade Estácio de Sá e na Escola de Música Villa-Lobos. Em 1977, organizou o grupo Ars Contemporânea, que, durante sete anos, realizou inúmeros concertos divulgando o repertório brasileiro. O compositor também foi idealizador do selo RioArte Digital, que registrou em CD mais de cinquenta obras de compositores brasileiros, e do Projeto Estreias Brasileiras, que, em 1997, encomendou e estreou 33 obras de autores nacionais. Premiado em diversos concursos, como o Prêmio Esso de Música Erudita, Concurso Latino-Americano da UFBa, Prêmio da Sociedade Cultura Artística de São Paulo e o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte, Guilherme Bauer era membro da Academia Brasileira de Música, onde ocupava a cadeira número 17.

A peça escolhida para homenageá-los é In Memoriam, composta em 1952 por Ernest Bloch, e que abrirá a apresentação de 11 de abril.

Na sequência, será executada uma obra que Johannes Brahms compôs em 1880 como agradecimento ao título de Doutor que lhe foi outorgado pela Universidade de Breslau no ano anterior. Para estruturar a obra o compositor reuniu diversas canções estudantis, concluindo com o muito conhecido à época hino Gaudeamus igitur. A celebração de seu doutoramento proporcionou a criação de uma obra festiva, que inclui um naipe de percussão pouco usual no conjunto de sua produção orquestral.

O programa segue com uma das peças mais célebres do compositor francês Ernest Chausson, o Poème para violino, que desde sua estreia se tornou uma das obras consagradas do repertório violinístico. Ela tem origem em um pedido do violinista Eugène Ysaÿe para que Chausson escrevesse um concerto. Pouco à vontade com a forma concerto, o compositor propôs escrever uma peça em movimento único, de forma mais livre. Tendo por base uma novela do escritor russo Ivan Turgueniev, a obra foi intitulada inicialmente de Le Chant de l’amour triomphant (A canção do amor triunfante), sendo o título alterado posteriormente para Poème symphonique e, finalmente, apenas Poème. Embora não seja descritiva, ou seja, desprovida de associações extra-musicais, a obra, segundo o autor, reflete diferentes “sensações” expressas nos andamentos que se alternam em seu movimento único.

O programa conclui com a Sinfonia nº8, de Beethoven. Composta em 1812, precede a brilhante e agitada Sinfonia nº7 e a triunfante Sinfonia nº9. Em sua estreia, o público a acolheu com pouco entusiasmo, pois esperava algo no estilo “heroico” do compositor e foi surpreendido com uma sinfonia que remete ao estilo de Haydn. É uma obra descontraída, na qual não há propriamente um movimento lento, cujo caráter “saltitante” e quase mecânico do segundo movimento teria sido uma provável homenagem do compositor a Johann Nepomuk Mälzel, o engenheiro que criou o metrônomo. Outra questão formal que chama atenção na sinfonia está no terceiro movimento, com a substituição do tradicional e impetuoso Scherzo de suas sinfonias anteriores por um cadenciado Minueto.

O concerto ainda contará com a regência de Daniel Guedes e com a participação do violinista Mateus Soares. A entrada é gratuita e a apresentação está marcada para as 19h, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, que fica na Rua do Passeio, 98, próxima à estação Cinelândia do metrô.

 

Mateus Soares

Mateus de Oliveira Soares iniciou seus estudos musicais em 2010, na ONG Orquestrando a Vida, na cidade de em Campos dos Goytacazes, tendo aulas com a professora Fernanda Morais. Em 2016 mudou para o Rio de Janeiro, ingressando no bacharelado em violino da Escola de Música da UFRJ, na classe do professor Daniel Guedes. Participou também de master classes com violinistas renomados, como Shmuel Ashkenasi e Pinchas Zukerman, em festivais como o Orchesterzemtrum, em Dortmund (Alemanha), o Festival de Inverno de Campos do Jordão (SP) e o Festival Internacional de Música de Barra Mansa. Entre 2017 e 2021 foi violinista da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa (OSBM), onde atuou como chefe de naipe e professor do projeto “Música nas Escolas”. Em 2021 ingressou na Academia da OSESP, dando continuidade aos estudos sob a orientação de Emmanuele Baldini e Amanda Martins, tendo participado de concertos de câmara e sinfônicos, inclusive no Carnegie Hall (EUA) em 2022, com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Como músico convidado atuou também na Orquestra Petrobras Sinfônica e na Orquestra Sinfônica Brasileira. Em 2023, foi um dos vencedores do Concurso Jovens Instrumentistas da Orquestra Sinfônica da UFRJ, sendo selecionado para atuar como solista na temporada de 2024.

 

Daniel Guedes

Carioca, nascido em 1977, Daniel Guedes iniciou seus estudos de violino aos sete anos com seu pai e logo ingressou no Conservatório Brasileiro de Música. Em 1991 ganhou bolsa de estudos da Capes para estudar em Londres, tendo sido aluno de Detlef Hahn na Guildhall School of Music. Posteriormente cursou bacharelado e mestrado na Manhattan School of Music de Nova York, na classe de Pinchas Zukerman e Patinka Kopec no Pinchas Zukerman Performance Program. Estudou música de câmera com Sylvia Rosenberg, Isidore Cohen e Arnold Steinhardt e regência com Pinchas Zukerman e Mika Eichenholz. Foi vencedor de vários concursos, destacando-se o Jovens Concertistas Brasileiros, que venceu com apenas 13 anos de idade, e a Waldo Mayo Memorial Award, em Nova York, prêmio que lhe valeu concerto no Carnegie Hall tocando o Concerto n°1 de Max Bruch. Atua como solista das principais orquestras brasileiras e também nos EUA, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Noruega, Itália e América do Sul. Como regente, atuou frente a orquestras como a OSB, Sinfônica de Campinas, Sinfônica da Bahia, Sinfônica da Paraíba, Sinfônica da UFRJ, Sinfônica da USP, Sinfônica Nacional da UFF, entre outras. É regente da Academia Jovem Concertante e Regente Associado da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa. É professor de violino da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de lecionar em importantes festivais como o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão e o Festival de Música de Santa Catarina (FEMUSC).

 

PROGRAMA

1- Ernest BLOCH (1885-1977) In memoriam (1952) 3’

2– Johannes BRAHMS (1833-1897) – Abertura Festival Acadêmico op.80 (1880) 10’

3– Ernest CHAUSSON (1855-1899) – Poème para violino e orquestra op.25 (1896) 17′

Solista: Mateus Soares (vln.)

4- L. V. BEETHOVEN (1756-1791) – Sinfonia no8 em Fá M op.93 (1812) 30′

I- Allegro vivace e con brio

II- Allegretto scherzando

III- Tempo di Menuetto

IV- Allegro vivace

Regente: Daniel Guedes

 

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Orquestra Sinfônica da UFRJ em concertos na Rádio MEC

Como parte das ações em comemoração aos 100 anos de sua fundação, a Orquestra Sinfônica da UFRJ inaugurou, em 2 de abril, uma série de concertos radiofônicos em que apresentará ao público gravações realizadas ao longo das últimas décadas, muitas delas ainda inéditas. No programa de abertura, foram executadas obras de Leopoldo Miguez, Henrique Oswald, Edgardo Guerra e Alberto Nepomuceno. A série está inserida no programa Concertos UFRJ, que, a partir de maio, irá ao ar na primeira e terceira terça-feira de cada mês, às 22 horas, na Rádio MEC FM, 99.3Mhz, com apresentação do professor e fagotista Aloysio Fagerlande.

O programa será dedicado à produção artística da orquestra, que inclui concertos gravados ao vivo no Salão Leopoldo Miguez, na Sala Cecília Meireles e no Theatro Municipal, além de fonogramas lançados em CD. O repertório é formado basicamente por obras de compositores brasileiros de todos os tempos, apresentadas nas temporadas oficiais da orquestra e em eventos como a Bienal de Música Brasileira Contemporânea, o Panorama da Música Brasileira Atual, o Festival Villa-Lobos e a série Brasiliana da Academia Brasileira de Música. O repertório internacional também será eventualmente apresentado, especialmente para destacar a participação de solistas e maestros convidados.

Os próximos programas serão apresentados em 7 e 21 de maio. A Rádio MEC FM faz parte da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e pode ser ouvida em 99.3 MHz no Rio de Janeiro, além de 87.1 MHz em Belo Horizonte e Brasília, além de no próprio site da emissora.

Nota de pesar pelo falecimento da professora Veruschka Mainhard

É com profundo pesar que a comunidade acadêmica da Escola de Música da UFRJ recebeu, em 20 de março, a notícia do falecimento da professora Veruschka Bluhm Mainhard.

Querida por alunos e colegas, Veruschka era doutora em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e mestre em flauta transversa barroca e música antiga pela Escola Superior de Utrecht (Holanda). Era professora adjunta da Escola de Música da UFRJ, atuando na graduação como professora de Canto e Dicção, e na pós-graduação como professora/ orientadora no PROMUS (Mestrado Profissional em Música). Além disso, era também preparadora vocal do Conjunto Vocal Sacra Vox e coordenadora do projeto de extensão Transcrições e Traduções. Atuou como solista em óperas, oratórios e cantatas no Brasil, Alemanha, Holanda e Estados Unidos, assim como fez estreias mundiais de obras escritas para sua voz.

A Escola de Música e toda a sua comunidade acadêmica solidarizam-se com os familiares e amigos de Veruschka Bluhm Mainhard, manifestando suas condolências neste momento tão difícil.

O velório será realizado em 22 de março, sexta-feira, no foyer do Salão Leopoldo Miguez, na Escola de Música da UFRJ, das 9h às 13h30. O sepultamento será reservado à família.

Ronal Xavier Silveira
Diretor da Escola de Música da UFRJ
21 de março de 2024

Projeto reúne e preserva o acervo patrimonial e artístico da UFRJ

No 7º andar da Escola de Belas Arte (EBA/UFRJ), está instalado um ateliê que abriga um trabalho inovador e agregador da UFRJ, desenvolvido a partir do Projeto de Pesquisa Conservação e Restauração de Bens Móveis e Integrados Escultóricos (tridimensionais), de autoria de Benvinda de Jesus Ferreira Ribeiro, professora do Departamento de Artes e Conservação dessa mesma Escola.

Na descrição do trabalho realizado nos citados bens, de diferentes tipologias, confeccionados em madeira, gesso, concreto ou bronze, a professora Benvinda explicou que, anterior aos processos de conservação e restauração, são efetuadas as seguintes etapas: a pesquisa histórica, a técnica, a artística, além do desenho de cada peça dos acervos que, em síntese, terminam por constituir o registro patrimonial de cada um deles. Registro que impede qualquer perda no objeto, que pode evitar roubos, ou tornar menos complicada a sua recuperação, já que ele passa a dispor de documentação que comporta seus dados técnicos, históricos e seu desenho.

Em pleno funcionamento há sete meses, o projeto conta com o apoio dos atuais gestores da UFRJ, o Reitor, Roberto Medronho, e a Vice- reitora, Cássia Turci, além de incentivos da Decania do Centro de Letras e Artes, da Direção da Escola de Belas Artes -EBA, da Direção da Escola de Música -EM e da Direção da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo- FAU.

Projeto reúne e preserva o acervo patrimonial e artístico da UFRJ

 Pesquisadores, conservadora-restauradora da empresa, coordenadora do projeto e o prof. Ronal Silveira, Diretor da Escola de Música

Nesse período, embora tenha por objetivo principal a salvaguarda dos bens móveis e escultóricos da UFRJ, inicialmente, o trabalho no ateliê tem sido dedicado à conservação e restauração de obras do Museu D. João VI – EBA, de cópias de painéis, portadas, entre outros elementos compositivos que representam a decoração de edificações arquitetônicas do século XVIII pertencentes a FAU e de bustos de reconhecidos compositores, regentes e instrumentistas do Brasil e do exterior que fazem parte de um dos acervos da EM.

Para realização desse precioso e necessário trabalho na UFRJ, o projeto conta com uma equipe formada por pesquisadores do Curso de Graduação em Conservação e Restauração da Escola de Belas Artes e da Pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, que integram o Grupo de pesquisa do CNPQ “Preservação de Acervos Escultóricos”; de tutores egressos de diferentes cursos da Escola de Belas Artes e alunos da graduação do Curso de Conservação e Restauração, do Departamento de Arte e Preservação – EBA; de docente da Pós-Graduação e Pesquisa em Administração – COPPEAD/UFRJ, além de alguns colaboradores.

E por ter sido idealizado como um projeto de Pesquisa, Ensino e Extensão, a professora Benvinda informa que, tão logo, todas as obras dos diferentes acervos que se encontram no ateliê sejam restauradas, uma exposição aberta ao público será realizada.

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Equipe de conservadores-restauradores em ação

Audições abertas para o quarteto solista do Requiem de Mozart

A Orquestra Sinfônica da UFRJ, o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, e O Projeto Ópera na UFRJ abrem audições para compor o quarteto solista do Requiem de Mozart, que terá apresentações na Igreja São Francisco de Paula (Largo de São Francisco-RJ) no dia 31 de outubro de 2024, e na Igreja Sagrado Coração de Jesus (Petrópolis) no dia 02 de novembro de 2024.

A produção disponibilizará o pianista co-repetidor.

A audição será realizada em 07 de junho, sexta-feira, às 10h, na Escola de Música da UFRJ, Prédio I, à Rua do Passeio número 98, em sala a ser informada oportunamente.

Os cantores (soprano, mezzo-soprano ou contralto, tenor e baixo), devem apresentar para a audição:

1. O quarteto ‘Tuba Mirum’, do Requiem de W. A. Mozart.

2. Uma ária de ópera de livre escolha de W. A. Mozart.

Inscrições: https://forms.gle/F5zh9CrqCWpwThiy5

Divulgada lista de vencedores do Concurso Minerva 2023

Foi divulgada a lista com os vencedores do V Concurso de Composição Minerva, voltado à produção de obras para os Coros da Escola de Música da UFRJ. Os vencedores dessa edição, que homenageou o compositor Edino Krieger, são os talentosos alunos: Matheus Ferreira da Silva dos Santos, autor da obra Kyrie; Rafael Miranda de Oliveira de Souza, autor da obra Que Quase se Cumpriu a Tempo; e Italo Aguiar Benicio Spinelli, autor da obra Mosaico no.1.

 

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Matheus Ferreira, compositor e pianista, nascido na cidade do Rio de Janeiro, começou seus estudos em piano aos 12 anos de idade, sob a orientação do compositor e pianista Arthur Moreira, cujo impacto foi significativo não apenas no campo musical, mas também em sua vida pessoal. Desde então, sob a orientação do compositor Rodrigo Cicchelli, Matheus continuou a aprimorar seus conhecimentos na arte, explorando diferentes horizontes. Kyrie é o resultado de todas as experiências adquiridas ao longo de sua jornada na UFRJ, refletindo seu crescimento e dedicação à música.

Rafael Miranda, carioca, é guitarrista e compositor. Iniciou seus estudos no Conservatório Brasileiro de Música (CBM) onde enfatizou o estudo de Música Popular e Improvisação. Atualmente, está no quinto período do Bacharelado em Composição na Escola de Música da UFRJ.

Italo Spinelli é um compositor cearense de 20 anos. Autodidata até os 17, quando ingressou no curso de composição da UFRJ, vem experimentando com diversos estilos dentro e fora da música de concerto. Com influências que partem desde os ritmos polimétricos do rock progressivo, até as melodias modais nordestinas. Tem agora sua primeira peça para música de concerto a ser executada: “Mosaico No.1” A primeira de uma série de obras que exploram a interação de pequenos padrões similares e repetitivos que trabalham em conjunto para compor uma estrutura maior. Assim como um Mosaico.

Homenagem às spallas da Orquestra Sinfônica da UFRJ

Na história centenária da Orquestra Sinfônica da UFRJ, as mulheres sempre tiveram atuação destacada. No Dia Internacional da Mulher não poderíamos deixar de mencionar algumas delas. Sim, apenas algumas, pois foram muitas, como podemos ver na foto publicada em 5 de dezembro de 1925 no periódico Para Todos, na qual é possível observar o maestro Humberto Milano cercado pelas 28 integrantes dos naipes de violinos, todas mulheres.

 

Humberto Milano e as 28 violinistas da OINM

Humberto Milano e as 28 violinistas da OINM – Para Todos de 05/12/1925

 

Aqui abordaremos algumas das violinistas que exerceram a função de spalla, ou seja, a violinista líder, aquela que comanda a afinação, determina as arcadas a serem praticadas por todos no naipe e executa os eventuais solos. As diferentes fases pelas quais a orquestra passou condicionaram a ocupação do posto, seja por alunos, instrumentistas profissionais contratados ou servidores do quadro de técnicos da universidade.

A primeira a destacar, no entanto, não exerceu tal função, mas esteve presente no primeiro concerto da orquestra, em 25 de setembro de 1924. É Maria Iacovino Valls (1912-2008), então uma menina de 12 anos, aluna da professora Paulina D’Ambrosio, que integrou a primeira formação da Orquestra do Instituto Nacional de Música. Diplomou-se em 1927 e, após receber um prêmio do INM, seguiu para aperfeiçoamento na Europa. Ao retornar, já com o nome artístico de Mariuccia Iacovino, construiu uma sólida carreira como solista e camerista. Atuou em duo com seu marido, o pianista Arnaldo Estrella, professor da Escola de Música, no Quarteto do Rio de Janeiro e no Quarteto da Guanabara. A ela dedicaram obras, dentre outros, os compositores Heitor Villa-Lobos, Francisco Mignone, Radamés Gnattali e Camargo Guarnieri. 

 

Mariuccia Iacovino

 Mariuccia Iacovino – Acervo da Família Dauelsberg

 

A primeira spalla a destacar é Yolanda Peixoto, que liderou a orquestra até 1934. Aluna de violino do professor Humberto Milano no INM, conquistou o prêmio Medalha de Ouro em 1927. Como camerista atuou em duo com sua irmã, a pianista Yvone Peixoto. Na década de 1940 formou um quarteto com outras ex-alunas do INM, a pianista Leonor Macedo Costa, a violista Carmem Boisson e a violoncelista Carmem Braga Bourguy. Como solista atuou à frente da Orquestra da Sociedade de Concertos Sinfônicos e da Orquestra do INM. Integrou o Trio da Rádio Vera Cruz e a orquestra da Rádio Sociedade Fluminense. Foi professora de violino do Conservatório Brasileiro de Música. Dentre seus alunos se destacam Ayrton Pinto e Paulo Bosísio.

 

Yolanda Peixoto Revista Fon Fon de 19101929
Yolanda Peixoto – Revista Fon Fon de 19/10/1929

 

A professora Paulina D’Ambrósio (1891-1976) foi outra violinista que atuou diversas vezes como spalla da orquestra. Estava em tal função no dia 19 de outubro de 1938, quando pela primeira vez a orquestra foi regida por uma mulher, a maestra Joanídia Sodré (1903-1975), professora que por 20 anos exerceu a função de diretora da Escola Nacional de Música, a de mais longa duração na história da instituição.

A professora Paulina D’Ambrósio foi uma das mais atuantes violinistas de sua geração. Em fevereiro de 1922 ela estava no Theatro Municipal de São Paulo, junto com outros professores do INM, participando da Semana de Arte Moderna interpretando obras de Villa-Lobos. Como docente formou várias gerações de violinistas, que inclusive se tornaram professores da Escola de Música em diferentes disciplinas, como Guerra-Peixe, Santino Parpinelli, Henrique Morelenbaum, Nelson de Macedo, Michel Bessler e Ernani Aguiar. Uma curiosidade: a professora Paulina D’Ambrosio foi quem estreou no Brasil o Poema para violino e orquestra op.25, de Ernest Chausson (1855-1899), obra que estará no programa da Orquestra Sinfônica da UFRJ no dia 11 de abril, tendo Mateus Soares como solista.

 

Paulina DAmbrosio

Paulina D’Ambrosio – Acervo da Biblioteca Alberto Nepomuceno

 

Após a reestruturação da orquestra, em 1968, o nome que se destaca como spalla é o da professora Else Baptista (1924-2017). Nascida na cidade de Niterói, onde cursou o conservatório local, graduou-se em violino na Escola Nacional de Música na classe do professor Oscar Borgerth. Casada com o maestro Raphael Baptista, atuou na Orquestra Sinfônica Universitária da Casa do Estudante do Brasil. Na Escola de Música foi professora de Prática de Orquestra. Foi uma das fundadoras da Orquestra Pró-Música, hoje Petrobras Sinfônica. Após a aposentadoria integrou a Academia Nacional de Música e a Associação de Ex-Professores da Escola de Música.

 

Else Baptista Acervo da Família Baptista

Else Baptista – Acervo da Família Baptista

 

Outras tantas mulheres atuantes na orquestra como instrumentistas e regentes poderiam ser destacadas, mas aqui nos concentramos naquelas que atuaram na função de spalla, dentre as quais poderíamos incluir ainda, em distintos períodos, Cremilda Marques, recentemente falecida aos 90 anos, Carmelita Reis, Vera Barreto e Antonella Pareschi. O último destaque vai para nossas atuais spallas, Priscila Rato e Andréia Carizzi, que levam à frente com suas colegas instrumentistas, o legado deixado pelas diferentes gerações de mulheres que fizeram a história da Orquestra Sinfônica da UFRJ.

 priscilarato Andréia Carizzi 

Priscila Rato (esquerda) e Andréia Carizzi, atuais spallas da OSUFRJ

 

Mulheres da OSUFRJ

Mulheres da OSUFRJ

Orquestra Sinfônica da UFRJ abre sua 100ª temporada em 14/03

Com entrada franca, o Concerto de Abertura da 100ª temporada da OSUFRJ será realizado no dia 14 de março de 2024, às 19h, no Salão Leopoldo Miguéz da Escola de Música.

Na condução da orquestra, em formação de câmara, vai estar Thiago Santos, que registra exitosa carreira nas regências de orquestras do exterior e do Brasil: BBC Philharmonic, Royal Philharmonic da Inglaterra, Bohuslava Martinu Filharmonie da República Tcheca, Petrobrás Sinfônica, Nacional UFF, Sinfônica de Sergipe, Sinfônica Jovem de Góias, Orquestra da Universidade Federal da Paraíba, entre outras.

Sobre o significado de ser ele o regente desse concerto, Thiago Santos, que cursou o bacharelado e mestrado na Escola de Música da UFRJ sob a orientação do maestro André Cardoso, e teve como outros mentores Giancarlo Guerrero, Marin Alsop, Ernani Aguiar, Fabio Mechetti, Ronald Zollman, Donald Schleicher e Gulhermo Scarabino, disse que reger a OSUFRJ sempre tem um significado especial para ele, uma vez que ela foi a primeira que regeu ainda em seus tempos de aluno da Escola de Música.

Mas, confessou que esse concerto do dia 14 de março faz com que esteja particularmente sensibilizado por razões que se entrelaçam. Uma, o fato da OSUFRJ ser uma orquestra que se confunde com a história da música clássica brasileira, uma vez que grandes nomes do cenário musical, que são motivo de orgulho para todos nós brasileiros, a regeram, tocaram nela, ou tiveram suas obras por ela executadas nos últimos 100 anos. E por ser o maestro convidado para   o concerto de abertura de sua 100ª temporada é, de alguma forma, participar dessa bela história.

No programa do concerto, a obra Ciranda das sete notas, de Heitor Villa Lobos terá por solista João Luís Maciel que, em 2017, foi um dos vencedores do Concurso de Solistas da Orquestra Sinfônica da UFRJ, com o Concerto em Mi menor de Antonio Vivaldi.

Aluno de Aloysio Fagerlande, João Luís Maciel, como músico convidado já realizou concertos com a Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Banda Sinfônica do Corpo de Bombeiros, Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. No currículo do fagotista João Luís Maciel consta ainda  ter sido, em 2022, finalista do Prêmio Eleazar de Carvalho e do Concurso de Sopros da Orquestra Sinfônica de Guarulhos.

 

PROGRAMA

1- Gioacchino ROSSINI (1792-1868) – Abertura La Cambiale di Matrimônio (1810) 6’

2- Frederick DELIUS (1862-1934) – On hearing the first cuckoo in Spring (1912) 7′

3- Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) – Ciranda das sete notas para fagote e cordas (1933) 12′

Solista: João Luis Maciel (fg.)

4- W. A. MOZART (1756-1791) – Sinfonia no40 em Solm K550 (1788) 25′

I-             Molto Allegro

II-            Andante

III-           Menuetto (Allegretto)

IV-           Allegro assai

Regente: Thiago Santos

 

ORQUESTRA SINFÔNICA DA UFRJ

Direção artística: André Cardoso

VIOLINOS

Andréia Carizzi (spalla), Felipe Prazeres (spalla), Priscila Rato (spalla), Ana Catto, André Bukowitz, Angélica Alves, Her Agapito, Inah Pena, Kelly Davis, Marília Aguiar, Mauro Rufino, Ricardo Coimbra, Talita Vieira.

VIOLAS

Cecília Mendes, Ivan Zandonade, Rúbia Siqueira e Thaís Mendes.

VIOLONCELOS

Eleonora Fortunato, Gretel Paganini, João Bustamante, Mateus Ceccato, Paulo Santoro

Ricardo Santoro.

CONTRABAIXOS

Rodrigo Favaro, Tarcísio Silva e Voila Marques.

OBOÉS

Juliana Bravim, Leandro Finotti, Pierre Descaves, Thiago Neves.

CLARINETAS

Gabriel Peter, Igor Carvalho, Márcio Costa e Thiago Tavares.

FAGOTES

Mauro Ávila e Paulo Andrade

TROMPAS

Gilieder Veríssimo, Matheus Lisboa, Tiago Carneiro e Sérgio Motta.

TROMBONE

Everson Moraes

PERCUSSÃO

Pedro Moita e Thiago Calderano.    

MÍDIAS SOCIAIS

Kelly Davis 

DESIGNER GRÁFICO

Márcia Carnaval

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