Orquestra de Sopros da UFRJ faz concerto no Salão Leopoldo Miguez em

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Em 08/07, a Orquestra de Sopros da UFRJ realizará seu terceiro concerto da temporada 2024, no Salão Leopoldo Miguez. A apresentação terá como destaque a participação dos alunos do Bacharelado em Regência de Banda e dos mestrandos do Programa de Pós-Graduação Profissional em Música – PROMUS da Escola de Música da UFRJ.

O programa é formado por obras brasileiras compostas originalmente para bandas de música e bandas sinfônicas, de diferentes períodos e estilos.

A primeira obra do concerto, “Abertura para Banda”, de Ernani Aguiar, foi escrita em 2013 e estreou no mesmo ano, justamente com a Orquestra de Sopros da UFRJ. A obra foi uma encomenda do governo do Estado do Rio de Janeiro para o concurso de bandas realizado no Teatro João Caetano. Será apresentada também os “In Mutemur Habitu”, de José Maurício Nunes Garcia, obra escrita originalmente para coro misto e que ganhou transcrição para banda sinfônica do professor Marcelo Jardim.

Em homenagem ao ilustre compositor e professor da Escola de Música, José Siqueira, serão apresentadas também duas valsas, “Sonhando” e “Noite de Primavera”, ambas escritas com o pseudônimo de Juca Siqueira. O compositor teve sua história ligada às bandas, uma vez que ele aprendeu música em uma banda da sua cidade, onde seu pai era o regente. Siqueira estudou posteriormente no Rio de Janeiro, com Francisco Braga, Paulo Silva e Walter Burle Max.

A segunda parte do concerto contará com a apresentação de duas vertentes de pesquisa do PROMUS, com as obras “Esmeralda”, de Pedro Alves, “Paisagens Capixabas”, de Hugo Rocha, e “Montanhas Capixabas”, de Marcelo Rauta, todos os três compositores do Estado do Espírito Santo. Essas peças compõem o trabalho de mestrado desenvolvido por Friedman Fernandes no PROMUS, com orientação do Prof. Marcelo Jardim. O concerto se encerra com a regência de Gabriel Dellatorre, regente assistente, professor substituto e também aluno do PROMUS, que apresenta duas obras: “Essa ponte é de Safena”, samba do compositor Everson Moraes, trombonista da Orquestra Sinfônica e Orquestra de Sopros da UFRJ; e “Duda no Frevo”, de Senô, obra composta em homenagem ao compositor e arranjador José Ursicino da Silva, mestre Duda.

A pesquisa de Dellatorre, orientada pelo Prof. Marcelo Jardim, é direcionada para a edição e gravação de cinco obras de Duda, compositor que cada vez mais se estabelece como um dos mais importantes compositores de frevo de todos os tempos, e que foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco.

A entrada é gratuita e a apresentação está marcada para as 19h, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, que fica na Rua do Passeio, 98, próximo à estação Cinelândia do metrô.

 

PROGRAMA

Ernani Aguiar – Abertura para Banda (ed. Marcelo Jardim)
Prof. Marcelo Jardim, regente

José Maurício Nunes Garcia – In Mutemur Habitu (transcrição Marcelo Jardim)

José Siqueira – Sonhando (Revisão e ed. Marcelo Jardim)
Marco Antonio Figueiredo, aluno graduação

José Siqueira – Noite de Primavera (Revisão e ed. Marcelo Jardim)
David Fernandes, aluno graduação

Paulo Alves – Esmeralda (Revisão e ed. Fredman Fernandes)

Hugo Rocha – Paisagens Capixabas

Marcelo Rauta – Montanhas Capixabas (estreia mundial)
· Lagarto Azul: a lenda da Pedra Azul
· O Frade e a Freira: a lenda do amor proibido
· O Penedo: a lenda do gênio aprisionado
Fredman Fernandes, mestrado PROMUS

Everson Moraes – Essa Ponte é de Safena

Senô ((Senival Bezerra Do Nascimento) – Duda no Frevo
(arr. Marcos Ferreira Mendes, ed. Gabriel Dellatorre)
Gabriel Dellatorre, mestrado PROMUS

 

A Orquestra de Sopros da UFRJ

A Orquestra de Sopros da UFRJ fez seu primeiro concerto em 26 de outubro de 2005 e, desde o final de 2007, apresenta de forma ininterrupta temporadas regulares de concertos, com programação intensa da obra brasileira e mundial para banda sinfônica. O grupo foi responsável por importantes estreias de obras de compositores nacionais e primeiras audições na Brasil do repertório internacional escrito especificamente para banda sinfônica e orquestra de sopros. A orquestra é formada por alunos de graduação do bacharelado em instrumentos de sopros e de percussão da Escola de Música da UFRJ, inscritos na disciplina de Prática de Orquestra e por técnicos funcionários. Como projeto de extensão, atende também alunos provenientes de projetos sociais da cidade do Rio de Janeiro. Outra importante função é sua atuação direta no suporte ao bacharelado em Regência de Banda, oferecido pela EM/UFRJ desde 2011. Entre seus principais objetivos está proporcionar o desenvolvimento da prática de conjunto a partir dos conceitos orquestrais, difundir a literatura brasileira e internacional para a formação de banda sinfônica, orquestra de sopros e sopros orquestrais, atuar no desenvolvimento técnico musical de seus integrantes a partir da prática de banda e orquestra. Em 2009 gravou o CD “A Obra para Orquestra de Sopros de Heitor Villa-Lobos” e em 2017 o CD ao vivo “Dobrados para o Itamaraty”. Em 2017 e 2019, atuou como grupo residente do Simpósio Funarte-UFRJ para Bandas, e desde sua organização, tem participado dos Panoramas de Música Brasileira Atual.

Orquestra Sinfônica da UFRJ se apresenta na Sala Cecília Meirelles

As celebrações do centenário da Orquestra Sinfônica da UFRJ seguem a todo vapor. Para o mês de julho, estão agendados três concertos na Sala Cecília Meirelles. As datas são 05/07, 12/07 e 25/07, sempre às 19h. Os ingressos custam a partir de R$20 e podem ser obtidos em www.funarj.eleventickets.com.

 

CONCERTO DE 05/07

Na apresentação do dia 5, a OSUFRJ terá como convidados dois brilhantes ex-alunos da Escola de Música: o pianista Rafael Ruiz; e a maestra Priscila Bomfim.

O diretor artístico da OSUFRJ, maestro André Cardoso, comentou sobre a apresentação: “O compositor Joly Braga Santos (1924-1988) foi uma das mais importantes personalidades da música portuguesa do século XX. No ano de seu centenário, prestamos nossa homenagem executando a Abertura Sinfônica nº3 op.21. Composta em 1954, foi estruturada a partir de um tema popular da região do Alentejo, que podemos identificar em diferentes momentos da obra, apresentado em variada orquestração, na qual os momentos líricos e serenos contrastam com outros mais efusivos, em forma de dança. Mozart é o compositor mais executado pela Sinfônica da UFRJ ao longo de seus 100 anos de atividades artísticas. O Concerto para piano no17 em Sol Maior K453 é um dos dois compostos para sua aluna Barbara Babette Ployer, que fez a estreia em 13 de junho de 1784, na cidade de Döbling. O K453 apresenta algumas inovações que realçam a importância de Mozart para o desenvolvimento da forma concerto, como a introdução de um segundo tema modulante no primeiro movimento e a forma de tema com variações no terceiro movimento. O concerto finaliza com a Sinfonietta no1, uma obra de Villa-Lobos escrita ‘Em memória de Mozart’. Para estruturar a obra Villa-Lobos lançou mão de fragmentos de temas da abertura da ópera A Flauta Mágica, de Mozart. Tendo composto a obra em 1916, o compositor, de certa forma, antecipou um procedimento que seria uma das diretrizes no Neoclassicismo no século XX, qual seja, a utilização de temas de obras do passado reapresentados em nova linguagem”.

RAFAEL RUIZ
Rafael Ruiz tem se estabelecido como “uma das grandes revelações da música erudita.” (Jornal Estado de Minas, 2018). Vencedor do prêmio especial “Hors Concours” no XXV Concurso Nacional de Piano Souza Lima, é detentor de diversas outras premiações, dentre as quais se destacam o “Prêmio Antena 2”, na XXII Semana Internacional de Piano de Óbidos, em Portugal, e o 1º lugar no I Concurso Nacional de Piano da UFRJ. Recebeu da Associated Board of the Royal Schools of Music um dos mais prestigiosos prêmios concedidos a alunos ingressantes no Royal College of Music, em Londres, onde concluiu com Distinção o Master of Music in Performance. Ainda na mesma instituição, foi agraciado com o David Young Piano Prize e o Margaret Mount Scholarship, tendo obtido o Artist Diploma sob a orientação dos professores Ian Jones, Dmitri Alexeev e Sofya Gulyak. Graduou-se Bacharel em Música pela UFRJ na classe do professor Luiz Senise, obtendo a distinção Magna cum Laude. Participou de importantes festivais de música e de masterclasses ministradas por pianistas como Paul Badura-Skoda, Boris Berman, Nikolai Lugansky, Milana Chernyavska e Josep Colom. Apresentou-se em transmissões ao vivo pelas rádios MEC FM e Antena 2 (Portugal), além de gravações para programas de televisão, tendo se apresentado em recitais no Reino Unido, Itália, França, Áustria e Portugal. Como solista, atuou com orquestras no Brasil e no exterior, dentre as quais se destacam a Orquestra Sinfônica da UFRJ, Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, St. John’s Chamber Orchestra, Stockport Symphony Orchestra e Royal College of Music Ensemble.

PRISCILA BOMFIM
Nasceu e iniciou seus estudos musicais em Portugal, onde venceu seu primeiro concurso de piano, aos nove anos de idade. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, graduou-se em Piano, com o título máximo Suma cum Laude, em Regência Orquestral, e concluiu o seu Mestrado em Performance em Piano. Além de seu reconhecido trabalho como pianista, Priscila Bomfim desenvolve ampla e crescente carreira como regente, tendo sido orientada ​por maestros como Leonid Grin (Chile), Alexander Polianychko (Rússia), Fabio Mechetti, Abel Rocha, Isaac Karabtchevsky e Ernani Aguiar (Brasil), e Neeme Järvi e Paavo Järvi (Estônia). Atua como regente convidada com algumas das principais orquestras do país, como a Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Academia de Ópera e Orquestra do Theatro São Pedro (SP), Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo e Orquestra Sinfônica do Espírito Santo. É maestra no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde foi a primeira mulher e diretora musical a reger óperas em sua temporada oficial. Neste Theatro, regeu Serse, de Handel (2016), La Tragédie de Carmen, de Bizet/Constant (2017), Un Ballo in Maschera, de Verdi (2018) e Fausto, de Gounod (2019), Os Contos de Hoffmann, de Offenbach (2019) e Orphée, de Philip Glass (2019). Em 2021, regeu os espetáculos Armida (Handel), Arianna a Naxos (Haydn) e Pierrot Lunaire (Schoenberg), transmitidos de forma on-line. Em 2018, regeu a estreia brasileira da versão de câmara da ópera Piedade, de João Guilherme Ripper, na Sala Cecília Meireles, e foi uma das seis maestras escolhidas internacionalmente para participar da 4ª Residência do Linda and Mitch Hart Institute para Mulheres Regentes, do The Dallas Opera (Texas/EUA). Tanto Piedade quanto a ópera Serse (2016) foram espetáculos eleitos pela crítica entre os destaques do ano na cidade do Rio de Janeiro. Em 2019, regeu os concertos de lançamento da Orquestra Sinfônica de Mulheres do Rio de Janeiro, orquestra que marca a representatividade feminina no meio musical e artístico. Atualmente é a regente da Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca Chiquinha Gonzaga, uma orquestra formada somente por alunas da rede pública do Rio de Janeiro, que realizou sua primeira turnê internacional em 2022, passando por cidades de Portugal e Espanha, e em 2023 em cidades da Suíça. Em 2022 estreou as óperas inéditas dos compositores Mario Ferraro, Armando Lôbo, Arrigo Barnabé e Tim Rescala, e regeu a estreia brasileira da integral de Le Vin Herbè, de Frank Martin, com direção de André Heller e músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira. Em 2023, regeu as óperas Eugene Onegin (Tchaikovsky), Cendrillon (Pauline Viardot) e a estreia da ópera Sonho de Edgar (Adriano Pinheiro), além de concertos no Theatro Municipal de São Paulo e Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

PROGRAMA

1- Joly BRAGA SANTOS (1924-1988) – Abertura no3 op.21 (1954) 14′

2- W. A. MOZART (1756-1791) – Concerto para piano no17 em Sol Maior K453 (1784) 30′

I- Allegro
II- Andante
III- Allegretto

Solista: Rafael Ruiz (piano)

3- Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) – Sinfonietta no1 “À memória de Mozart” (1916) 20′

I- Allegro giusto
II- Andante non troppo
III- Andantino

Orquestra Sinfônica da UFRJ
Regente: Priscila Bomfim

 

CONCERTO DE 12/07

Ao comemorar os 79 anos de sua fundação, a Academia Brasileira de Música promove a tradicional série Brasiliana, na Sala Cecília Meireles. O primeiro concerto, a cargo da Orquestra Sinfônica da UFRJ sob a regência do maestro Miguel Campos Neto, promove estreias e apresenta obras de compositores homenageados.

O baiano Paulo Costa Lima, que completa 70 anos em 2024, é professor de composição da Universidade Federal da Bahia e ocupante da cadeira 21 da ABM. Na Serenata Ponteio op.83 para cordas, o compositor mistura elementos da tradição da música de concerto com as práticas populares da cultura baiana.

O compositor paulista José Penalva se radicou em Curitiba, onde, além de exercer o sacerdócio, foi professor de composição da Escola de Música e Belas Artes da Universidade Federal do Paraná. Ocupou a cadeira 27 da ABM. Seu centenário de nascimento é comemorado em 2024. A Abertura, em movimento único, é dividida em quatro partes, constando de uma introdução seguida de um frevo estilizado, coral e fuga, nas quais a atmosfera da música nordestina é quebrada pela linguagem atonal e pela polimodalidade.

O Concertinho para piano, de Sérgio de Vasconcellos-Corrêa, é obra inédita que terá como solista Valdilice de Carvalho. Formado pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, discípulo de Camargo Guarnieri, professor de composição na Unicamp e na Unesp e membro da ABM desde 1988 – cadeira 20, Sérgio de Vasconcellos-Corrêa completa 90 anos em 2024.

O cearense Liduino Pitombeira é professor de composição da Universidade Federal do Rio de Janeiro e ocupa a cadeira 28 da ABM. Seu Concerto para oboé e cordas foi escrito para a oboísta Juliana Bravim, como parte de seu projeto de mestrado na UFRJ. Na obra o compositor explora o registro agudo do instrumento e procura conciliar uma série dodecafônica com referências estilísticas associadas ao compositor Radamés Gnatalli.

Por fim, a Bachianas Brasileiras no9, de Villa-Lobos, na versão para orquestra de cordas, encerra o programa. Composta em 1945 é a última da série de suítes para diferentes formações, na qual o compositor procurou conciliar as formas e a linguagem musical de Bach com as características da música brasileira.

JULIANA BRAVIM
Sua iniciação musical teve início em 2000 na Banda do Colégio Salesiano Santa Rosa, de Niterói, sob a orientação do maestro Affonso Reis. Em 2004, nos cursos livres de música da UniRio, iniciou o estudo do oboé sob a orientação do professor Luiz Carlos Justi, com quem prosseguiu no bacharelado, concluído em 2014. Durante o curso participou de intercâmbio por um ano na Escola Superior de Música de Karlsruhe, na Alemanha, sendo orientada pelo professor Thomas Indermühle. Concluiu o bacharelado em 2014, ingressando por concurso no mesmo ano no quadro permanente de músicos profissionais da Orquestra Sinfônica da UFRJ. Integrou a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem por cinco anos e fez parte da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal como contratada entre 2011 e 2013. Na UFRJ integrou o Quinteto Experimental de Sopros, sob a orientação do professor Aloysio Fagerlande. É membro fundador do Quinteto Lorenzo Fernandez, além de participar em concertos com grandes orquestras do Rio de Janeiro, como Orquestra Petrobras Sinfônica, Orquestra Sinfônica Brasileira e a Orquestra Sinfônica Nacional. Atualmente cursa o Programa de Pós-Graduação Profissional em Música da UFRJ, trabalho que ensejou a composição do Concerto para oboé, do compositor Liduino Pitombeira, a ela dedicado.

VALDILICE DE CAVALHO
Pianista de São Paulo, iniciou seus estudos com Margarida Viserta e diplomou-se pelo Conservatório Musical Carlos Gomes, de São Paulo, na classe de Sarah Lima. Aperfeiçoou-se com Helena Plaut, uma das principais assistentes de Magda Tagliaferro e participou de várias master classes de diversos pianistas, bem como cursos de extensão cultural. Como bolsista realizou na Europa estudos em Santiago de Compostela (Espanha), Saint Preux (Suíça), Salzburgo (Áustria) e na Holanda, no Conservatório Real de Haia. Fez apresentações em diversas instituições holandesas, tendo inclusive tocado no célebre Concertgebouw, de Amsterdam. Em seus recitais solo e de música de câmara tem executado trabalhos em primeira audição e muitos compositores lhe dedicaram diversas obras. Possui cinco álbuns gravados e vários registros de compositores brasileiros, como Alexandre Levy, Barrozo Netto, Villa-Lobos, Lorenzo Fernandez, Francisco Mignone, Fructuoso Vianna, Radamés Gnattali, Camargo Guarnieri, Osvaldo Lacerda, Almeida Prado e Marlos Nobre, além de álbum inteiramente dedicado a composições de Sérgio de Vasconcellos-Corrêa. Dedica-se também à execução e registro de obras de compositoras como Emília de Benedictis, Clarisse Leite, Dinah Menezes e Najla Jabor, dentre outras. Paralelamente desenvolve trabalho didático particular e em instituições de ensino, assim como na organização de eventos e concursos musicais. Participou de vários congressos nacionais e internacionais, tendo feito palestras, ministrado master classes e participado do júri de concurso de piano nos Encontros Ibero-Americanos de Piano realizados em Havana (Cuba).

MIGUEL CAMPOS NETO
Com diploma de Mestrado em regência orquestral pela prestigiosa Mannes School of Music de Nova Iorque, Miguel Campos Neto é o regente titular da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, em Belém e do Festival de Ópera deste mesmo teatro, bem como diretor musical e regente titular da Orquestra Sinfônica “Altino Pimenta” (UFPA). Foi também fundador e por 12 anos regente titular da Orquestra Jovem Vale Música, grupo sinfônico fruto de projeto social com jovens de Belém, e por 4 anos regente titular da Orquestra Sinfônica Wilson Fonseca, em Santarém (PA). Foi nomeado “Regente Laureado” da Chelsea Symphony, orquestra sediada em Nova Iorque e da qual é cofundador e foi diretor artístico e regente titular durante cinco temporadas. Com apresentações nos dois mais importantes festivais de ópera do Brasil (Manaus e Belém), Miguel Campos Neto já acumula um vasto repertório lírico, incluindo o lançamento de uma série de seis DVDs de ópera ao vivo sob sua direção. No exterior colabora como maestro convidado com conjuntos como a Orquestra Nacional de Avignon-Provence e a Orquestra Sinfônica de Mulhouse (França), a Orquestra Sinfônica de Porto Rico, Sinfônica Savaria (Hungria), a Sinfônica Dana Point (Estados Unidos) e a Orquestra Ciudad de Alcalá (Espanha). A temporada de 2020-2021 trouxe sua estreia como regente de ópera em palcos internacionais com Cavalleria Rusticana, de Mascagni, e Pagliacci, de Leoncavallo, na “Opera Grand Avignon” (França). No Brasil, é regularmente convidado a reger as orquestras sinfônicas de Mato Grosso, do Rio Grande do Norte, Theatro Amazonas, Theatro São Pedro (SP), Teatro Nacional de Brasília, Minas Gerais, Heliópolis, Experimental de Repertório, Municipal de Campinas e Universidade de Campinas. Em 2021 teve sua estreia como maestro convidado da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Como professor de regência atuou no Curso Internacional de Verão de Brasília e na Universidade La Sierra (Califórnia).

HOMENAGENS
José de Anchieta (490 anos)
João de Deus de Casto Lobo (230 anos)
Alexandre Levy (160 anos)
Alberto Nepomuceno (160 anos)
Jaime Ovalle (130 anos)
Francisco Casabona (130 anos)
José Penalva (100 anos)
Sérgio Oliveira de Vasconcellos-Corrêa (90 anos)
Jamary Oliveira (80 anos)
Sônia Maria Vieira (80 anos)
Paulo Costa Lima (70 anos)
Roberto Tibiriçá (70 anos)
Inácio de Nonno (70 anos)

PROGRAMA

1- Paulo COSTA LIMA (1954) – Serenata Ponteio op.83 para cordas (2007/2024 – estreia) 8’

2- José PENALVA (1924-2002) – Abertura: Frevo, Coral e Fuga (1995) 9’

3- Sérgio de VASCONCELLOS-CORRÊA (1934) – Concertinho para piano (2019 – estreia) 12’

I- Alegre jocoso
II- Passacalia
III- Repinicado

Solista: Valdilice Carvalho (piano)

4- Liduino PITOMBEIRA (1962) – Concerto para oboé e orquestra de cordas (2024 – estreia) 20’

I- Moderado
II- Introspectivo
III- Radamés
IV- Finale

Solista: Juliana Bravim (oboé)

5- Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) – Bachianas Brasileiras no9 (1945) 12’

I- Prelúdio
II- Fuga

Orquestra Sinfônica da UFRJ
Regente: Miguel Campos Neto

 

CONCERTO DE 25/07, A VIENA DO JOVEM BRUCKNER

No terceiro concerto na Sala Cecília Meireles no mês de julho em sua 100ª temporada, a Orquestra Sinfônica da UFRJ recebe como convidados a violinista Gabriela Queiroz, professora da Escola de Música da UFRJ e spalla da Orquestra Sinfônica Brasileira, e o maestro Jésus Figueiredo, um ex-aluno e atualmente regente da Associação de Canto Coral e do Theatro Municipal do RJ. O concerto tem por tema “A Viena do jovem Bruckner”. O compositor é o grande homenageado do ano em todo o mundo, por conta de seus duzentos anos de nascimento.

A capital do império austríaco sempre foi uma das cidades da Europa de maior atividade musical, para onde convergiram inúmeros compositores. Em 1824, quando Bruckner nasceu, na pequena cidade de Ansfelden, na Áustria, Beethoven e Schubert estavam em seus últimos anos de atividade criativa em Viena. Beethoven, nascido em Bonn, na Alemanha, para lá se mudou em 1792, onde foi aluno de Haydn e Salieri. Os dois Romances para violino são as primeiras abordagens do compositor de obras concertantes para instrumentos de cordas. Em andamento lento e de expressão lírica, são em forma rondó com dois episódios, com o violino se destacando sobre a sonoridade de uma orquestra de pequenas dimensões.

Schubert, por sua vez, é um legítimo vienense, onde nasceu em 1797. Sua Sinfonia nº5 é claramente conectada com a tradição legada pelos clássicos vienenses, na qual a clareza formal se combina com a riqueza melódica e a textura contrapontística. Já a música incidental para Rosamunde foi composta por Schubert para a peça teatral da escritora alemã Helmina von Chézy (1783-1856), que fixou residência em Viena em 1823, ano em que estreou. Se a peça teatral foi um fracasso, a música sobreviveu e se tornou uma das partituras orquestrais de Schubert mais conhecidas. A beleza e a serenidade da melodia criada para o Entreato III fez com que o compositor a utilizasse também em outras obras, como no Quarteto de cordas D.804 e no Improviso para piano D.935.

Bruckner se mudou para Viena em 1868, onde Johannes Brahms já residia desde 1863. No ano em que Bruckner chegou, Brahms estreou o Requiem Alemão, sua maior obra coral. Antes, porém, no período em que residia em Hamburgo, Brahms já havia composto Begränisgesang op.13, que, assim como o Requiem, é uma obra para cerimônias fúnebres. O texto é do teólogo Michael Weisse (1488-1534) e o estilo musical revela conexões com a obra sacra de Bach A peculiaridade da instrumentação é de ter sido realizada apenas com instrumentos de sopro e tímpanos. O programa encerra com a Missa em Dó, de Bruckner, conhecida como Windhaager Messe, pois foi composta pelo jovem Bruckner naquela cidade em 1841. Sendo obra para uso litúrgico, o texto do ordinário da Missa católica é abreviado e a textura coral é essencialmente homofônica, com eventuais trechos contrapontísticos. Na versão original o coro misto é acompanhado por órgão e duas trompas. A versão apresentada é a do musicólogo Joseph Messner (1893-1969), na qual a parte do órgão foi transcrita para orquestra de cordas e o solo de mezzo no Benedictus destinado ao barítono.

GABRIELA QUEIROZ
Iniciou seus estudos aos quatro anos sob a orientação do professor Ademar Rocha, em João Pessoa-PB. Sua formação inclui também os professores Marcello Guerchfeld, Detlef Hahn em Londres, Patinka Kopec e Shmuel Ashkenasi nos EUA. Participou de inúmeros festivais no Brasil e no exterior, destacando-se o Keshet Eilon Violin Mastercourse 2010 e 2013, em Israel, onde frequentou aulas e Master Classes ministrados por renomados músicos, como Ivry Gitlis, Shlomo Mintz, Hagai Shaham, Vadim Gluzman, Chaim Taub e Ida Haendel. Obteve primeiro lugar em importantes concursos, entre eles o Concurso Jovens Instrumentistas – Piracicaba 2001, o Concurso Jovens Solistas da OSBA, em 2003 e 2006, o Concurso Furnas Geração Musical, também em 2006, e o Concurso Nelson Freire, em 2010. Vem se apresentando regularmente como solista de orquestras como a Sinfônica da UFRJ, a Sinfônica Brasileira e as Sinfônicas da Bahia, da Paraíba, do Rio Grande no Norte e de Piracicaba. Atua como professora convidada em diversas instituições de ensino e em festivais de música ao redor do Brasil, além de desenvolver forte atividade camerística, na qual se destaca o duo com o pianista Aleyson Scopel. É Mestre em Música pela UFRJ, instituição da qual é Professora Assistente de Violino desde 2009. É violinista spalla da Orquestra Sinfônica Brasileira.

JÉSUS FIGUEIREDO
É Maestro Colaborador no Theatro Municipal do RJ onde rege balés, óperas e concertos. No mesmo Theatro foi Maestro Titular do Coro por diversos anos, além de ser Diretor Musical e regente da Associação de Canto Coral, instituição fundada em 1941 por Cleofe Person de Mattos. Pela Escola de Música da UFRJ é bacharel em Regência e em Órgão de tubos e mestre em Musicologia na área da acústica musical. É mestre também pela Haute Ecole de Musique de Genebra, Suíça, onde se especializou em Música Antiga e na Regência ao cravo. Em 2010, ganhou na Argentina o Concurso Nacional da Ópera de San Juan. No Brasil já regeu diferentes orquestras como a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica da UFRJ, Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro, Orquestra Sinfônica Nacional da UFF e Orquestra Sinfônica Brasileira. Nos últimos anos tem regido vários títulos de balés, entre eles a estreia mundial de Macunaíma, com música de Ronaldo Miranda no Theatro Municipal do RJ. Na regência ao cravo, tem dirigido na Suíça com seu Ensemble Gravidades, obras de J. S. Bach, Christoph Graupner e José Maurício Nunes Garcia.

PROGRAMA

1- Franz SCHUBERT (1797-1828) – Entreato III de Rosamunde D. 797 (1823) 7′

2- Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827) – Romances para violino e orquestra

I- Romance op. 40 em Sol Maior (1801) 7′
II- Romance op. 50 em Fá Maior (1798) 9′

Solista: Gabriela Queiroz (violino)

3- Franz SCHUBERT – Sinfonia no5 em Si bemol Maior D. 485 (1816) 28′

I- Allegro
II- Andante con moto
III- Menuetto (Allegro molto)
IV- Allegro vivace

INTERVALO

4- Johannes BRAHMS (1833-1897) – Begränisgesang op.13 (1859) 7′

5- Anton BRUCKNER (1824-1896) – Missa em Dó “Windhaager” WAB 25 (1841) 15′

I- Kyrie
II- Gloria
III- Credo
IV- Sanctus
V- Benedictus
VI- Agnus Dei

Associação de Canto Coral
Orquestra Sinfônica da UFRJ
Regente: Jésus Figueiredo

osufrj agenda 202407

Livro “Leão da Ilha”, produzido pelo Um Novo Olhar, ganha segunda

O projeto Um Novo Olhar está lançando uma segunda edição do livro “O Leão da Ilha”, de Marcelo Jardim e Leandra Vital. A intenção é preservar e divulgar o repertório do “tradicional cordão de bicho” do folguedo junino da Praia do Marahu, na Ilha do Mosqueiro, distrito de Belém do Pará, tornando essa manifestação cultural acessível para ser usada como ferramenta educacional. A publicação, disponível on-line no site www.umnovoolhar.art.br, contempla, na íntegra, as partituras das 17 canções para voz e piano, assim como os vídeos com acessibilidade audiovisual em LIBRAS, que podem ser acessados por QR codes. A iniciativa faz parte do programa Arte de Toda Gente, parceria entre a Fundação Nacional de Artes (Funarte) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com curadoria de sua Escola de Música.

“O livro sobre o Leão da Ilha é uma releitura de uma manifestação cultural tipicamente paraense, brasileira, que tem tradição oral. Nós pegamos uma versão de uma história, e fizemos uma releitura dela”, diz a pianista e arte-educadora paraense Leandra Vital, coautora da publicação. “O cordão de bicho é festejado sempre no mês de junho, e cada ano a história é contada numa versão diferente”, explica Leandra. “Foi uma dessas versões que nós colocamos no livro, com a nossa releitura. O cordão de bicho é sempre baseado numa história de um animal de estimação, que é ferido ou morto, depois ressuscitado, curado, e no final tudo acaba bem.”

Leandra Vital e Marcelo Jardim disponibilizaram as canções do Leão da Ilha, tanto para piano e voz – no caso, com cifras, o que facilita seu uso nas escolas, com violão ou outra instrumentação – quanto para canto coral, com partituras e vídeos lançados anteriormente no site do Um Novo Olhar. “Quando falamos em educação, o canto coral é uma das ferramentas mais fáceis de usar, até por seu custo-benefício: nas salas de aula, já temos disponíveis todos os instrumentos, que são as vozes das crianças. E é também uma ferramenta de inclusão, porque todo mundo participa, tanto em uma versão, quanto na outra”, afirma Leandra.

O resgate do Leão

De tradição oral, o cordão de bicho “O Leão da Ilha” teve forte atuação nos característicos folguedos juninos na comunidade da Praia do Marahu, na Ilha do Mosqueiro, distrito de Belém do Pará, nas décadas de 1980 e 1990. “No início de 2000, foi possível registrar o áudio original das canções, com o canto de Dona Maria e Seu Bem, guardiões do cordão. Em 2020, a proposta foi retomada, com a transcrição das 17 canções que compõe a obra”, explica Marcelo Jardim, professor, vice-diretor e diretor artístico da Escola de Música da UFRJ, coordenador do Projeto Um Novo Olhar e autor dos arranjos gravados. “O direcionamento foi para o registro em audiovisual com quarteto vocal e piano, e a montagem de um caderno de partituras, com um enredo totalmente novo, baseado nos textos originais, mas com uma ponta no realismo fantástico”, revela. Ele explica que o cordão encontrou caminho através da ação para canto coral do projeto Um Novo Olhar. “Isso vai possibilitar que esse repertório possa ser conhecido e utilizado em apresentações pelo Brasil, de maneira a difundir a tradição do cordão de bichos e servir de material pedagógico para as escolas do ensino fundamental”.

“Em 2001, fui convidada a participar de um trabalho de pesquisa que tinha por objetivo “resgatar” uma manifestação artística popular da localidade da praia do Marahu, localizada na Ilha do Mosqueiro”, conta a pianista e arte-educadora paraense Leandra Vital. Foram inúmeros finais de semana de idas e vindas para que eu pudesse coletar informações sobre as músicas, com entrevistas e gravações da estória, dos causos e particularidades desse cordão de bicho, como é conhecida essa manifestação, o ‘Leão da Ilha’, com seus simbolismos e com a rica tradição do folguedo. Tudo foi registrado à época em fita k7, nas vozes de seus guardiões, Dona Maria e Seu Bem, dois ribeirinhos da localidade”, relembra Leandra.

Em 2010, ela ficou responsável pela direção musical do projeto, porém, o cordão de bicho “O Leão da Ilha” estava sem se apresentar havia mais de duas décadas. “Sendo esse tipo de manifestação cultural de tradição oral, se tornou grande o desafio de transcrever as melodias, da forma mais fiel possível, a partir das gravações realizadas”, explica Leandra. “O projeto atual, desde 2020, algumas dessas personagens, antes de menor importância na trama, assumem o protagonismo da narrativa e, pouco a pouco, nos entrelaçam em uma espiral de emoções e sentimentos. A música ganha novos contornos, timbres e colorido e surge como nunca antes pensada, em formação para quarteto vocal e piano, com arranjos que valorizam as vozes, dialogam com o texto original e nos brindam com ritmos característicos do Pará”, afirma a arte-educadora. Confira aqui uma entrevista com Leandra Vital sobre o Leão da Ilha.

Sobre o projeto Um Novo Olhar

Desenvolvido conjuntamente por Funarte e UFRJ, por meio da Escola de Música da Universidade, como parte do programa Arte de Toda Gente, o projeto Um Novo Olhar tem como alvo promover a inclusão e o acesso de crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência, por meio das artes e da capacitação de professores e de regentes para coro. O projeto promove e apoia seminários, workshops e congressos com profissionais que atuam nesse segmento. E tem também o objetivo de ampliar a percepção de toda a sociedade sobre as deficiências, com a exibição online de performances de artistas e vídeo podcasts (vodcasts) sobre arte e acessibilidade; e com uma série de publicações para o segmento.

 

Arte de Toda Gente

O programa Arte de Toda Gente (www.artedetodagente.com.br) é uma parceria entre a Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro e teve início em 2020, contemplando o desenvolvimento dos projetos Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos (www.sinos.art.br), Bossa Criativa (www.bossacriativa.art.br) e Um Novo Olhar (https://umnovolhar.art.br). A esse conjunto de projetos incluíram-se posteriormente o Arte em Circuito, a XXIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea, o Projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio às Bandas de Música, o Projeto Ópera e a Academia Arte de Toda Gente. Todos com a curadoria da Escola de Música da UFRJ. Tal parceria atualmente viabiliza centenas de outras parcerias pelo Brasil, com as mais importantes instituições de
arte, cultura e educação.

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Em 05/07, o Salão Leopoldo Miguez recebe o XII Encontro de Corais da

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Em 5 de julho, o Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, sediará o XII Encontro de Corais da Escola de Música da UFRJ. O evento traz novas parcerias institucionais com a participação do Coro Juvenil da Escola de Música da Rocinha, o Coro de Câmara da Associação de Canto Coral, o Canto Coral da Escola de Música – UFRJ e o Conjunto Sacra Vox.

Os corais apresentarão repertório com gêneros variados, do sacro ao profano, desde o período barroco ao contemporâneo.

A apresentação integra a Série Música Sacra de Todos os Tempos, coordenada pela professora Dra. Valéria Matos, junto ao Setor Artístico da Escola de Música da UFRJ, integrando também as ações pelo Circuito PROART do Fórum de Ciência e Cultura.

A entrada é gratuita e a apresentação está marcada para as 18h, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, que fica na Rua do Passeio, 98, próximo à estação Cinelândia do metrô.

Um Novo Olhar lança Anais do I Congresso de Pedagogia e Performance

O Projeto Um Novo Olhar recentemente publicou em seu site os Anais do I Congresso de Pedagogia e Performance Coral da UFRJ. O evento aconteceu no Rio de Janeiro, em agosto de 2023, contou com mais de 300 inscritos e reuniu professores e regentes de todas as regiões brasileiras e também do estrangeiro. A programação incluiu apresentações de trabalhos, mesas-redondas, oficinas, práticas musicais, lançamento de livros e apresentações, contemplando aspectos importantes da pedagogia e da performance coral para grupos infantis, juvenis e adultos.

Os trabalhos então apresentados compõem o livro lançado agora, que pode ser baixado aqui.

“A publicação dos Anais do I Congresso de Pedagogia e Performance Coral da UFRJ é um motivo de muito orgulho, para mim”, festeja a professora Juliana Melleiro Rheinboldt, que, ao lado da também professora Maria José Chevitarese, coordenou o congresso. “Este tipo de publicação mantém viva a memória de um evento e fomenta trocas de saberes e crescimento à pesquisa e à prática coral. No Brasil, infelizmente, não temos uma revista ou periódico específico de Canto Coral. Muitas vezes, temos que ‘pedir licença’ para compartilhar nossos trabalhos científicos em publicações voltadas à Educação Musical e à Performance Musical, por exemplo. É muito saber que em nosso congresso há um espaço assegurado para quem pesquisa, estuda e vivencia o Canto Coral. Desejo que esta seja só a primeira de muitas publicações que estão por vir”, diz Juliana.

 

Sobre o projeto Um Novo Olhar
Desenvolvido conjuntamente por Funarte e UFRJ, por meio da Escola de Música da Universidade, como parte do programa Arte de Toda Gente, o projeto Um Novo Olhar tem como alvo promover a inclusão e o acesso de crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência, por meio das artes e da capacitação de professores e de regentes para coro. O projeto promove e apoia seminários, workshops e congressos com profissionais que atuam nesse segmento. E tem também o objetivo de ampliar a percepção de toda a sociedade sobre as deficiências, com a exibição online de performances de artistas e vídeo podcasts (vodcasts) sobre arte e acessibilidade; e com uma série de publicações para o segmento.

Arte de Toda Gente
O programa Arte de Toda Gente (www.artedetodagente.com.br) é uma parceria entre a Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro e teve início em 2020, contemplando o desenvolvimento dos projetos Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos (www.sinos.art.br), Bossa Criativa (www.bossacriativa.art.br) e Um Novo Olhar (https://umnovolhar.art.br). A esse conjunto de projetos incluíram-se posteriormente o Arte em Circuito, a XXIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea, o Projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio às Bandas de Música, o Projeto Ópera e a Academia Arte de Toda Gente. Todos com a curadoria da Escola de Música da UFRJ. Tal parceria atualmente viabiliza centenas de outras parcerias pelo Brasil, com as mais importantes instituições de arte, cultura e educação.

 

ANAISCONGRESSO

Em 26/06, o ContempoMúsica UFRJ apresentará repertório marcado pela

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Em 26/06, o ContempoMúsica UFRJ apresentará, no Salão Leopoldo Miguez, um repertório marcado pela diversidade estilística, que é uma das características da música atual.

O grupo é formado por alunos de diferentes cursos de graduação da Escola de Música da UFRJ e tem uma formação com sonoridade deslumbrante, com a presença de cantoras, violinos, bandolim, violoncelo, contrabaixo, guitarras, clarineta, vibrafone, piano e sanfonas, que contribuem para a criação de um timbre único.

O repertório contará com obras contemporâneas clássicas, como “Treffpunkt”, de “Aus den sieben Tag”, de Stockhausen, um marco da música de vanguarda que propõe uma ativa participação criativa dos intérpretes, ao lado da delicada peça “Für Alina”, de Arvo Part. A peça virtuosística para caixa-clara “Asventuras”, do jovem compositor alemão Alexej Gerassimez, é um desafio para o intérprete. Haverá também três estreias de obras compostas por alunos do curso de composição da casa, Gabriel Arnaud, Matheus Queiroz e Ítalo Spinelli, além de uma singela homenagem a Edino Krieger com a obra para piano a 6 mãos “Os três peraltas”.

Na segunda parte do concerto, o grupo em sua formação completa apresentará transcrições das expressivas e populares “Canções de Amor”, de Claudio Santoro, seguidas de “Irlandaise”, de Claude Bolling, que completou 50 anos de sua estreia e que une formas barrocas com a linguagem do jazz. O encerramento será com a obra “No rastro dos ruídos remotos das rodas da infância”, de Ian Guest, com seu ritmo contagiante e envolvente.

O ContempoMúsica UFRJ, com direção artística e regência do professor Alexandre Schubert, está vinculado às disciplinas de “Prática de Música Contemporânea” e ao projeto de extensão “Panorama da Música Brasileira Atual”.

A entrada é gratuita e a apresentação está marcada para as 18h, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, que fica na Rua do Passeio, 98, próximo à estação Cinelândia do metrô. O concerto terá também transmissão ao vivo no Youtube pela SUAT.

 

PROGRAMA

Aus den sieben Tagen – Treffpunkt K. Stockhausen (1928-2007)

sopranos, clarineta, bandolim, sanfonas, violinos, guitarras, violoncelo, contrabaixo, percussão, piano

regência: Alexandre Schubert

 

Für Alina A. Pärt (n. 1935)

piano: Giovana Machado

 

Uma Dança Lenta sobre as folhas de Outono (estreia) Gabriel Arnaud (n.1989)

piano: Giovana Machado

 

Asventuras Alexej Gerassimez (n.1987)

caixa-clara: Nathan Medeiros

 

De repente, nostalgia (estreia) Matheus Queiroz (n.2002)

poesia: Daniel da Hora

canto: Duda Espírito Santo

sanfona: Matheus Queiroz

 

Nota Social (estreia) Ítalo Spinelli (n.2003)

poesia: Carlos Drummond de Andrade

canto: Edilene Melo

piano: Luiz H. Mizutani

 

Os 3 Peraltas E. Krieger (1928-2022)

piano 1: João Daniel Martins

piano 2: Giovana Machado

piano 3: Luiz H. Mizutani

 

 

Canções de Amor C. Santoro (1919-1989)

poesia: Vinicius de Morais

transcrição: Alexandre Schubert

– Em Algum Lugar

soprano: Ester Melo

– Balada da Flor da Terra

soprano: Edilene Melo

– A Mais Dolorosa das Histórias

soprano: Silviane Paiva

– Ouve o Silêncio

soprano: Beatriz Silva

– Acalanto da Rosa

soprano: Duda Espírito Santo

 

clarineta, bandolim, sanfonas, violinos, violoncelo, guitarras, contrabaixo, vibrafone, piano

regência: Alexandre Schubert

 

Irlandaise C. Bolling (1930 – 2020)

transcrição: Alexandre Schubert

clarineta, bandolim, sanfonas, violinos, violoncelo, guitarras, contrabaixo, vibrafone, piano

regência: Alexandre Schubert

 

No Rastro dos Ruídos Remotos das Rodas da Infância I. Guest (1940 – 2022)

transcrição: Alexandre Schubert

clarineta, bandolim, sanfonas, violinos, violoncelo, guitarras, contrabaixo, vibrafone, piano

regência: Alexandre Schubert

 

Integrantes – ContempoMúsica UFRJ

sopranos:

– Beatriz Silva

– Ester Melo

– Edilene Melo

– Duda Espírito Santo

– Silviane Paiva

violinos

– Antônio Henrique

– Lucas Silva Pina

sanfonas

– Matheus Queiroz

– Silviane Paiva

bandolim

– Jonathan Dias

guitarras

– Sean Barbosa

– Rafael Miranda

contrabaixo

– Vinícius Pereira

percussão

– Nathan Medeiros

clarineta

– João Pedro Souza

piano

– Giovana Machado

– João Daniel Matos

– Luiz H. Mizutani

 

direção e regência

– prof. Alexandre Schube

 

 

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Sacra Vox se apresenta no Salão Leopoldo Miguez em 28/06

Em 28 de junho, o Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, será palco de mais uma apresentação do grupo Sacra Vox, que realizará o concerto “Música Sacra: Locais, Épocas e Culturas”. Trata-se do segundo concerto da temporada 2024 da série Música Sacra de Todos os Tempos, coordenada pela professora Valéria Matos.

O projeto Sacra Vox tem como principal referência o gênero sacro, realizando pesquisas e difundindo a produção coral brasileira, de modo a dar visibilidade a uma vertente expressiva da memória cultural do país. Além disso, o Sacra Vox estimula a produção de novas composições sacras e realiza parcerias com outras instituições. Em seu currículo constam centenas de concertos, apresentações didáticas, programas de rádio, TV e CDs.

Na ocasião, o grupo estará sob a regência do professor, pesquisador e maestro Carlos Alberto Figueiredo, da Unirio, apresentando uma seleção especial do repertório coral no gênero sacro, percorrendo desde o período barroco até o contemporâneo.

A Série Música Sacra de Todos os Tempos é coordenada junto ao Setor Artístico da Escola de Música da UFRJ, integrando também as ações pelo Circuito PROART do Fórum de Ciência e Cultura.

A entrada é gratuita e a apresentação está marcada para as 18h30, no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, que fica na Rua do Passeio, 98, próximo à estação Cinelândia do metrô.

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Projeto Ópera na UFRJ e Orquestra Sinfônica da UFRJ levam espetáculo

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O Projeto Ópera na UFRJ e a Orquestra Sinfônica da UFRJ, com o apoio do Proart-UFRJ, levarão mais um espetáculo aos palcos do Rio e Niterói em 2024. Trata-se de “Il Néo”, uma ópera em três quadros de Henrique Oswald, que a classificou como uma “novelletta musicale”. As apresentações serão no Salão Leopoldo Miguez, na Escola de Música da UFRJ (20/6, 21/6, 22/6 e 23/6), no Centro de Tecnologia da UFRJ (25/6) e no Theatro Municipal de Niterói (27/6 e 28/6).

O espetáculo marca a estreia moderna desta criação de Henrique Oswald, escrita originalmente em 1900 e produzida somente uma vez, em maio de 1952, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em celebração do centenário do compositor brasileiro. A relação da UFRJ com a obra vem desde essa data. É o que explica o maestro André Cardoso, diretor artístico da Orquestra Sinfônica da UFRJ:

“A primeira transmissão de rádio no Brasil ocorreu no Rio de Janeiro em 1922. Poucos anos depois, em 27 de maio de 1925, foi realizada a primeira transmissão radiofônica de uma ópera, justamente “Il Néo”, de Henrique Oswald. A transmissão foi a primeira audição da ópera, composta em 1900. O compositor, no entanto, nunca a veria encenada. A ópera subiria ao palco pela primeira vez apenas na temporada de 1952, do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, por ocasião do centenário de nascimento de Henrique Oswald. Naquela ocasião, uma presença ilustre marcou ainda mais a relação da UFRJ com a obra do compositor: os figurinos foram de autoria de Fernando Pamplona, ex-aluno e futuro professor e diretor da Escola de Belas Artes da UFRJ”.

O libreto é de Eduardo Fillipi e foi baseado no conto “La Mouche”, do dramaturgo francês Alfred de Musset (1810-1857). O título da obra se refere a uma pinta que se acharia nas espáduas de Madame de Pompadour, a cortesã francesa amante do Rei Luís XV, sendo um sinal secreto de sua beleza.

A história se passa no Palácio de Versalhes. Na trama, um corneteiro, o Cavalheiro La Blanche Meroisier, tenta ingressar no Palácio. Impedido nos portões pelo Guarda Suíço, acaba por conseguir penetrar no Trianon, pois é portador de uma mensagem do Rei para a Madame de Pompadour. Ao encontrá-la, aproveita para fazer-lhe um pedido: que interceda junto ao Rei para dar-lhe a posição de corneteiro real. Ao ler a carta, Madame desmaia, deixando cair o xale que lhe cobria os ombros, momento no qual o Cavaliere descobre a pinta. Pompadour, então, lhe avisa que divulgar esse segredo pode ser sua ruína. Ele promete conservar segredo, e a cortesã decide colocá-lo à prova, convidando-o para um baile de máscaras e usando mascarados de sua confiança para obriga-lo a confessar e ameaçá-lo. Ao final, a coragem e a discrição do Cavaliere são recompensadas.

A partitura de “Il Néo” foi recuperada a partir dos manuscritos existentes na Biblioteca Alberto Nepomuceno da Escola de Música da UFRJ e do Arquivo Nacional, um trabalho desenvolvido pelo maestro Pedro Messias em seu curso de mestrado profissional no PROMUS, sob a orientação de André Cardoso, com o apoio do Projeto Ópera da Funarte / UFRJ. 

De acordo com o musicólogo Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, “a música é deliciosa, sublinhando com ironia e emoção todas as passagens do texto”. No espetáculo serão também apresentadas outras obras do compositor para orquestra, formações de câmara e o seu cancioneiro integral. Nas apresentações, a OSUFRJ será regida pelo maestro Pedro Messias.

A direção cênica fica a cargo de José Henrique Moreira e a direção-geral é de Lenine Santos, que convida todos para o espetáculo, destacando também a celebração dos 30 anos do Projeto Ópera na UFRJ e os 100 anos da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ):

“Honra, coragem, paixões, desejos, juramentos e conspirações se misturam num grande baile de máscaras para o qual todos estão convidados. Durante o baile serão também apresentados números de dança, lindas canções e música de câmara do compositor, comemorando em alto estilo o aniversário de 30 anos do Ópera na UFRJ e os 100 anos da Orquestra Sinfônica da UFRJ”, promete Lenine.

As apresentações na Escola de Música da UFRJ serão gratuitas e estão marcadas para os horários a seguir: 20/6 e 21/6 (19h); 22/6 (16h); 23/6; (17h). A EM/UFRJ fica na Rua do Passeio, 98, próximo à estação Cinelândia do metrô. Haverá retirada de senha uma hora antes de cada récita. Já a apresentação no Centro de Tecnologia da UFRJ será em 25/6, às 13h. O endereço é Av. Athos da Silveira Ramos, 149, Cidade Universitária.

Projeto Ópera na UFRJ

Fruto de uma parceria que envolve a Escola de Música, a Escola de Comunicação, a Escola de Belas Artes e o Fórum de Ciência e Cultura, o Projeto Ópera na UFRJ, que completa em 2024 seus 30 anos, integra professores e alunos de áreas como artes cênicas, cenografia, direção teatral, figurino, indumentária, música, produção, visagismo, regência coral e orquestral, além da Orquestra Sinfônica da UFRJ.

O Projeto Ópera na UFRJ une-se para essa produção ao Projeto Sinos, resultado da parceria Arte de Toda Gente, entre a Funarte e a UFRJ.

A iniciativa também conta com o apoio de: ABM; Casa da Ciência; Circuito Proart; Faperj; Música Brasilis; Politécnica UFRJ; PPGM; Promus; Rádio MEC; SUAT; UFJF/ Pró-Música.

IL NÉO

Música: Henrique Oswald (1852-1931)

Libreto: Eduardo Fillipi

Baseada em um conto de Alfred de Musset

Equipe e Elenco

Regência: Pedro Messias (Orquestra Sinfônica da UFRJ)

Direção: José Henrique Moreira

Direção Geral: Lenine Santos

Direção de Extensão: Homero Velho

Direção junto à PROART: Andrea Adour

QUADRO I

Cavalheiro La Blanche Meroisier: Rodrigo Barcelos/ Robson Lemos

Madame Pompadour: Amanda Ayres/Dhulyan Contente

Guarda Suíço: Gilson Bender/Felipe Corrêa

Jovem Pajem: Julia Riera/Isabela Peralta

Pagem (soprano): Carla Garcia/Bruna Contino

Pagem (mezzo): Daniela Moreira/Thaisa Bastos

Valete (tenor): Raffael Uchoa/André Hipolito

Valete (B. Bar): Bernardo Rulff/Moisés Ribeiro

Cidadão (tenor): André Cisco / Marcus Vinícius Lima

Cidadão (B. Bar.): Dayvid Lucas/Harley Guirado

QUADRO II

Cavalheiro: Rodrigo Barcelos/Robson Lemos

Madame: Amanda Ayres/Dhulyan Contente

QUADRO III

Cavalheiro: Rodrigo Barcelos/Robson Lemos

Madame: Amanda Ayres/Dhulyan Contente

Mago: Gilson Bender/Felipe Corrêa

Folia: Julia Riera/Isabela Peralta

Fada (soprano): Carla Garcia/Bruna Contino

Fada (mezzo): Daniela Moreira/Thaissa Bastos

Harpia (tenor): Raffael Uchoa/André Hipolito

Harpia (B. Bar): Bernardo Rulff/Moisés Ribeiro

Demônio (tenor): Marcus Vinícius Lima/André Cisco

Demônio (B. Bar.): Dayvid Lucas/Harley Guirado

Equipe Técnica:

• Orquestra Sinfônica da UFRJ: Direção geral – André Cardoso.

• Figurino: Coordenação – Prof. Leonardo de Jesus. Criação: Nicolas Pereira Rodrigues e Clara Lima Silvestre. Equipe: Denise Silva, ⁠Raphaela Miguel, Lorena Couto, Laura Seixas, Caio Santos, Raquel Costa, Giulliana Pando, Camila Landim e Natali Souza.

• Cenografia: Coordenação – Profa Andréa Renk. Equipe: Christopher Munford, Felipe Eduardo Stein, Bianca Perrone, Gilson Motta, Maria Elisa.

• Dança: Orientação e coreografia – Profa Lígia Tourinho e Aruã Galileu. Corpo de baile: Alec Vasconcelos, Aruam Galileu, Bel Araújo, Daniel Monteiro, Jard, Letícia Viana, Luana Buscacio, Naomi Elisha Wiener, Rayan Pires, Ronábio Lima.

• Assistente de direção: Azul Scorzelli

• Direção de corpo e movimento: Marcellus Ferreira

• Pianistas: Leandra Vital, Thalyson Rodrigues, José Sacramento, Renan Santos e Rodrigo César Aranha.

• Produção executiva: Fabrícia Medeiros e André Garcez

• Direção Geral: Lenine Santos.

• Direção de Extensão: Homero Velho

• Direção PROART: Andrea Adour

• Legendas: Jonathan Dias e Lenine Santos

• Traduções: Lenine Santos

• Cenotécnica: Humberto Júnior

• Luz, gravação e transmissões por streaming: SUAT – José Henrique Moreira.

Agradecimentos:

Rosana Lanzelote

José Staneck

PROGRAMA

1. Madame Pompadour (Oswaldo Santiago/Paulo Barbosa) Intérpretes: André Hipolito e Raffael Uchôa (tenores), Bernardo Januzzi (violão) e Victor Santos (flauta).

2. Élégie (H. Osvald) Intérpretes: Bernardo Januzzi (violão) e Victor Santos (flauta).

3. Escultura (Adelino Moreira) Intérpretes: Marcos Vinícius Lima e André Cisco

4. AVE! – Intérpretes: Carla Garcia e Bruna Contino.

5. Élégie Intérpretes: Bernardo Januzzi (violão) e Victor Santos (flauta).

6. AOS SINOS! / Intérpretes: Thaissa Bastos e Daniela Moreira.

7. MINHA ESTRELA – Intérpretes: Bernardo Rulff e Moises Ribeiro.

8. Il NÉO – QUADRO I

9. Guarda come dinanzi a te [Ciclo ‘Ofélia’] Intérpretes: Raffael Uchoa e André: Cisco.

10. Amore, amore [Ciclo ‘Ofélia’] Intérpretes: Dayvid lucas e Harley Guirado

11. Scrosciate uragani [Ciclo ‘Ofélia’] Intérpretes: André Cisco e Marcus Vinícius Lima.

12. Minueto op. 23 Número 1

13. IL NÉO – QUADRO II

14. L’Angelo del Cimitero [Ciclo ‘Ofélia’]

15. La Morta [Ciclo ‘Ofélia’] Intérpretes: Thaissa Bastos e Daniela Moreira.

16. Gavota op. 2 Número 8

17. IL NÉO – QUADRO III

Pianistas nas canções: Thalyson Rodrigues, Leandra Vital, José Eduardo Sacramento, Renan Santos e Rodrigo César Aranha

PROMUS abre inscrições para credenciamento docente na área de

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De 24 de maio a 14 de junho de 2024 estarão abertas as inscrições para o processo de credenciamento docente para atuação no Programa de Pós-Graduação Profissional em Música (PROMUS).

O PROMUS abriu uma vaga de Docente Colaborador para o Setor Instrumentos de Percussão, buscando profissional com experiência comprovada nas áreas de Percussão Popular e Percussão Erudita.

Podem se inscrever para a vaga quatro categorias de profissionais:

I – Docente integrante do quadro ativo da carreira do magistério superior em regime de trabalho de dedicação exclusiva ou de 40 horas semanais na Universidade Federal do Rio de Janeiro, portador de título de Doutor ou Mestre obtido no País ou obtido no Exterior e devidamente revalidado, ou portadores de notório saber ou livre docência nos casos reconhecidos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro;

II – Funcionário técnico-administrativo da Universidade Federal do Rio de Janeiro com título de Doutor ou Mestre obtido no País ou obtido no Exterior e devidamente revalidado;

III – Profissional que tenha vínculo funcional com outra instituição de ensino, de pesquisa ou com empresa, portador do título de Mestre ou Doutor;

IV – Profissional sem vínculo funcional com instituições, com titulação mínima de Graduação, reconhecido por sua experiência profissional, técnica, científica, artística, de inovação ou de supervisão na área proposta.

O docente ficará responsável pela orientação ou coorientação de pesquisas na área de percussão popular e percussão erudita, além de ministrar disciplinas e participar de colegiados e comissões do Programa. Portanto, é necessário que o docente atue presencialmente junto ao PROMUS.

Dúvidas podem ser esclarecidas por email, no endereço eletrônico 

Professor Marcelo Fagerlande comenta sobre a edição de vinte anos da

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 Professor Marcelo Fagerlande, organizador da Semana do Cravo (créditos: Ana Clara Miranda)

Tendo completado neste ano duas décadas de existência, a Semana do Cravo tem sido, desde 2004, um espaço único para o intercâmbio artístico e acadêmico no campo do cravo. Organizado pelo cravista e professor Marcelo Fagerlande, da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o evento reuniu, no mês de abril, professores e alunos de diversas instituições brasileiras que oferecem o ensino do instrumento.

Durante os dias 24, 25 e 26 de abril, a EM/UFRJ foi o epicentro das atividades, que incluíram mesas-redondas dedicadas ao ensino do cravo, recitais de jovens talentos, e o lançamento de um volume comemorativo contendo a tradução para o português do “Método de Baixo Contínuo ao Cravo”, de L. Bourmayan e J. Frisch. Esta obra, agora disponível gratuitamente em formato impresso e digital, representa um marco significativo para a comunidade cravística brasileira, graças aos esforços de uma equipe de renomados profissionais, incluindo Fagerlande, Mayra Pereira, Maria Aida Barroso, Luciana Camara, Daniele Barros e Ilma Lira.

Entre os destaques das discussões deste ano, estiveram temas relacionados ao ensino do cravo, incluindo debates sobre práticas pedagógicas e a integração do instrumento no contexto brasileiro. A professora Patricia Michelini Aguilar, coordenadora do Promus (Programa de Pós-graduação Profissional em Música da UFRJ), entrevistou o professor Marcelo Fagerlande para saber um pouco mais sobre a Semana do Cravo de 2024.

Confira:

Patricia Aguilar: Professor Fagerlande, a Semana do Cravo deste ano recebeu participantes de várias cidades do Brasil. Poderia nos falar um pouco sobre a diversidade de origens dos participantes?

Marcelo Fagerlande: Contamos com a participação de professores e alunos vindos, além do Rio, de São Paulo, Campinas, Tatuí (SP), Recife, Juiz de Fora, Belo Horizonte, Goiânia e Brasília. É uma amostra bastante significativa dos lugares no Brasil onde se ensina cravo no país.

Patricia Aguilar: Quanto às atividades realizadas durante a Semana do Cravo, poderia destacar algumas delas?

Marcelo Fagerlande: Nós tivemos o formato habitual das Semanas do Cravo, com mesas redondas com os professores e recitais com os alunos das respectivas instituições. Normalmente, as mesas estão relacionadas aos temas que os professores pesquisam. Mas nesta edição, com exceção de uma única mesa relacionada ao cravo e música barroca, em todas as outras mesas, nós tivemos interessantíssimas discussões sobre a prática do ensino de cravo, seja em universidades brasileiras ou nas instituições de ensino médio. Isso foi muito importante porque, na verdade, a Semana do Cravo é um congresso de cravistas. Trata-se do único fórum no Brasil no qual a gente se encontra e debate questões importantes para nós. E essa questão do ensino já tinha acontecido, embora de maneira mais tênue em anos anteriores. Assim, eu achei que, nos 20 anos da semana, era importante a gente parar, sentar e discutir, trocar informações sobre o que nos aflige, quais são as dificuldades que nós enfrentamos, quais são as soluções que, eventualmente, a gente encontra para solucionar os problemas ou não.

Tivemos retornos superinteressantes e mesmo emocionantes, não só de pessoas menos experientes, como de pessoas muito experientes, que mencionam o quanto foi importante a Semana do Cravo de 2024 para que sejam sugeridas novas mudanças, novas propostas para currículos. Isso aconteceu agora, recentemente, com a professora Helena Jank, da Unicamp. Mas não só com ela. Tenho ouvido de vários colegas o quanto essas discussões foram frutíferas.

Acho que podemos considerar que os nossos objetivos foram alcançados agora. É claro que tem muito trabalho pela frente sempre, porque a gente enfrenta problemas sérios, mas unidos, trocando ideias e discutindo, pensando nas soluções, a gente certamente acha um caminho melhor para o Cravo e para o seu ensino no Brasil.

Patricia Aguilar: Quais foram os destaques em relação às apresentações ocorridas no evento?

Marcelo Fagerlande: É muito bonito podermos observar uma diversidade muito grande entre os alunos. Contamos com a participação de alunos de todo tipo de origem, de todo tipo de bagagem. Não é à toa que escolhemos como arte para a divulgação da vigésima semana justamente um patchwork com a silhueta de um cravo. Isso mostra que o denominador comum entre nós é o cravo, mas a nossa bagagem é muito ampla e diferente entre cada um de nós, tanto professores quanto alunos. E isso ficou evidente nos recitais. O repertório de cravo é tão imenso, é tão grande, que a gente raramente tem repetição de uma mesma obra. Os programas, por exemplo, são propostos pelos próprios alunos. E seus professores enviam para a gente, através das inscrições. E em 99,9% das vezes, a gente não tem repetição de obra, o que é uma coisa bem interessante. Como eu disse, isso ilustra como o repertório de cravo é um repertório imenso. Eu gostaria também de destacar que a gente teve, dessa vez, uma participação muito especial do Camerata de Cordas da UFRJ, dirigida pelo nosso colega Fernando Pereira. É uma meninada super animada que, tocando bem, colaborou com a Michele, que é a nossa aluna, agora no mestrado (PROMUS). Foi apresentado um concerto de Bach para cravo e cordas. Foi muito bonito. Esse foi o encerramento da semana.

Em relação às dificuldades, e eu não estou falando de 2024, mas também me referindo aos 100 anos que a gente pesquisou durante o século XX, uma delas é que o cravo é sempre anunciado como uma novidade, como alguma coisa exótica. É incrível como mesmo em 2024, depois do trabalho de tanta gente no Brasil, divulgando, tocando e ensinando cravo, ele ainda seja um instrumento desconhecido. Isso é curioso já que, na verdade, ele é um instrumento que está presente na história da música pelo menos de 1600 a 1800. É difícil você falar de um grande compositor dessa época que não tenha escrito para cravo, ou que ele próprio não tenha sido cravista. E aí eu cito simplesmente Bach, Scarlatti, Handel, Couperin, Rameau, entre outros. É incrível como, mesmo hoje em dia, o instrumento desses compositores não só é desconhecido, como muitas vezes não é valorizado. Em função disso, a gente sempre precisa fazer esse trabalho de divulgação. Por outro lado, a visita, sobretudo de muitos alunos de fora do estado participando dos debates e das mesas contribui para que o instrumento fique cada vez mais conhecido, e consequentemente, cada vez sofra menos preconceito.

Patricia Aguilar: Por fim, o que o senhor destacaria como comentário geral sobre a Semana do Cravo deste ano?

Marcelo Fagerlande: Por fim, o comentário geral que eu gostaria de fazer é que, embora tenhamos recebido financiamento da Faperj este ano, o fato que possibilita a realização deste evento há 20 anos é a adesão de todos, dos professores e colegas de fora. E, se não fosse isso, a gente não teria um evento com tanto sucesso, posso dizer sem falsa modéstia, porque, desde o início, isso aconteceu, tendo a gente verbas pomposas ou verbas mais magras. Mas sempre houve adesão dos colegas de fora e, consequentemente, dos seus alunos. Então, isso é o que faz com que a semana persista e que seja um sucesso e que atraia tanta gente. A semana sempre atraiu gente e eu espero que continue atraindo. E eu sempre agradeço à Escola de Música, aos programas de pós-graduação, pelo apoio e aos colegas do Ventura. É uma união de esforços para que funcione.

Eu não podia deixar de mencionar também o lançamento do Método de Baixo Contínuo, de Frisch, como um motivo de comemoração para todos nós. Essa tradução do original francês para o português, com a publicação de vários exemplares impressos que foram distribuídos gratuitamente na Semana por conta de um patrocínio da Capes, representa uma conquista significativa. E ter disponibilizado o material para download gratuito nos sites dos programas de pós-graduação também é um motivo de muita felicidade. Trata-se de uma obra importante não só para quem faz cravo, baixo contínuo, mas para quem estuda música barroca de um modo geral e mesmo harmonia. É uma forma incrível de estudar harmonia ao teclado. Já tivemos muito retorno de pessoas que sempre tiveram interesse e que já estão agora baixando o material. Esperamos que isso continue e que seja uma ferramenta que auxilie bastante os interessados no assunto.