Projeto “Presente aqui de casa” divulga produção acadêmica e cultural

A ideia é, através de vídeos curtos, muitos dos quais criados em regime de colaboração online, mostrar em tempos de coronavírus um pouco do que a Escola de Música faz.

Atendendo diretrizes da Reitoria da UFRJ, que visam minimizar as possibilidades de contágio pelo novo coronavírus, o Sars-Cov-2, a Escola de Música (EM) está, como as demais unidades da universidade, em quarentena desde março. Apesar de suspensas as aulas e os espetáculos, a instituição não se encontra paralisada. Ao contrário, muita coisa está sendo realizada em regime de home office.

Além das atividades cotidianas, duas ações inovadoras e de caráter mais amplo também estão a todo vapor, segundo o professor Ronal Silveira, diretor da EM. A primeira é interna e de caráter pedagógico, envolve a , como o Google Classroom, para a conexão de docentes e alunos. “Elas não substituem as aulas presenciais e nem buscam isso, são formas de manter, apoiar e ampliar as possibilidades das rotinas acadêmicas”, afirma.

“Presente Aqui de Casa”

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A segunda é o projeto “Presente aqui de casa”. A ideia é, através de vídeos curtos, muitos dos quais criados em regime de colaboração online, mostrar um pouco do que a EM faz. “A campanha, que visa tanto a comunidade interna como o público em geral, mostra que estamos presentes e ativos, apesar de todas as dificuldades”, destaca o diretor. E acrescenta, “nestes vídeos que congregam alunos e servidores, tanto técnicos quanto docentes, divulgamos a nossa produção artística, científica e de extensão – ação cada vez mais necessária nesses dias tristes”.

Não podia ser diferente, a Escola vive e respira música e a música, assim como as artes e a literatura, são os melhores antídotos contra a solidão do isolamento social, a dor da perda de parentes e amigos e a ruína de um mundo que parece se desmanchar conforme o coronavírus avança.

Violões da UFRJ

   Nadejda Costa
 
   Integrantes da formação atual dos Violões da UFRJ

O vídeo que abre a série apresenta os Violões da UFRJ, um dos conjuntos estáveis da EM, interpretando Bebê, de Hermeto Pascoal. A gravação foi feita de forma colaborativa via Internet durante o período de quarentena.

Criado em 2003, conta com a coordenação musical do professor Bartholomeu Wiese. Inicialmente composto apenas por violonistas, com a criação das cadeiras de bandolim e cavaquinho estes instrumentos foram incorporados à formação, dando um toque maior de brasilidade ao conjunto.

Wiese sublinha a escolha da obra de Hermeto Pascoal. “Nosso repertório é basicamente de autores brasileiros, por isso as obras de Hermeto Pascoal, grande compositor instrumental, não poderiam faltar”, afirma. E informa que “o arranjo é de Guilherme Nishijima, integrante do grupo, pois sempre incentivamos os alunos a criar arranjos ou obras para os Violões da UFRJ”.

Com os problemas causados pela pandemia, o grupo começou a conversar virtualmente e elaborou um projeto de gravar dez músicas. “Foram encomendadas obras de compositores brasileiros e estrangeiros. Já temos quatro delas gravadas. Esses registros online servirão como exercício para quando entrarmos em estúdio”, disse.

Em geral os músicos tocam presencialmente, olho no olho, se conectando através de gestos e expressões. Wiese enumera as dificuldades do registro musical online. “A primeira surge da necessidade de gravarmos com um click para que se tenha um pulso, uma marcação − isso torna a música um pouco mecânica, sem o brilho da presença e da linguagem corporal; a segunda decorre do trabalho de edição e mixagem, um trabalho árduo, mas que o professor Celso Ramalho está fazendo com muito talento”, afirma. “Outros obstáculos, dentre tantos, são a fraseologia, a agógica e organização da digitação de todos os naipes”, conclui.

Concurso Composição Centenário UFRJ altera edital

Em virtude da pandemia da COVID-19  a Comissão Organizadora do Concurso Nacional de Composição Centenário UFRJ fez alterações no edital do concurso para que o envio das obras possa ser feito por e-mail, ao invés de ser pelo Correio.

Leia a seguir a íntegra da nota.

 Alterações no Edital do Concurso Nacional de Composição Centenário UFRJ

Em virtude da pandemia da COVID-19 e das dificuldades encontradas para o envio do material do Concurso Nacional de Composição Centenário UFRJ por via postal, a Comissão Organizadora resolve modificar o artigo 6º do edital 61/2020 do referido concurso, sem ônus para as inscrições já realizadas. O artigo 6º passa a ter a seguinte redação:

Art 6º. Todo o material de inscrição deve ser enviado para o e-mail premioproartcomposicao@musica.ufrj.br, contendo os seguintes itens:

1. a) Arquivo da partitura em PDF, identificado unicamente pelo título da obra e o pseudônimo do compositor. A partitura deverá ser identificada com título e pseudônimo do compositor.
2. b) Arquivo mp3 da obra, identificado unicamente pelo título da obra e o pseudônimo do compositor.
3. c) Ficha de inscrição preenchida (ANEXO 1) e cópias da Carteira de Identidade e do CPF, além de breve curriculum vitae (até 500 palavras).

A partir de agora também passa a valer um novo e-mail de contato, conforme descrito na nova redação do Artigo 17:

Art. 17. Dúvidas e outros esclarecimentos deverão ser obtidos através do endereço eletrônico: premioproartcomposicao@musica.ufrj.br

Os prazos estabelecidos anteriormente permanecem os mesmos. As inscrições vão até 29 de maio e o resultado final do concurso será publicado no dia 26 de junho de 2020.

EM adota Google Classroom como plataforma de apoio acadêmico

O distanciamento social imposto pelo combate à covid-19, doença provocada pela proliferação do novo coronavírus, fez com que a direção da Escola de Música (EM) passasse a incentivar o contato virtual entre os diversos segmentos da comunidade de modo a manter o engajamento acadêmico iniciado com o período letivo.

  Reprodução
 
  aspas Acredito que o Google Classroom ganhará espaço nos próximos anos como uma importante ferramenta de suporte pedagógico às aulas presenciais”.
Leandro Soares

A medida segue sugestões da reitoria e dos conselhos superiores da UFRJ. Em tempos de pandemia, as unidades da universidade estão sendo orientadas a adotar formas remotas para as atividades extracurriculares e de extensão, lançando mão das oportunidades oferecidas pelas mídias sociais.

Projeto amplo

A direção da EM optou por adotar o Google Classroom (Sala de Aula do Google), um serviço gratuito desenvolvido pela gigante de software para escolas e organizações sem fins lucrativos. Com a plataforma os professores e alunos se conectam facilmente, dentro e fora das escolas. A ideia é economizar tempo e papel, além de facilitar a criação de turmas, distribuição de tarefas, comunicação e organização.

O esforço vai além da solução emergencial de problemas causados pela crise epidemiológica, faz parte de um programa amplo de modernização acadêmica da instituição. O objetivo é incorporar pouco a pouco ao cotidiano da EM diversos recursos do aplicativo, acessível a todo docente por meio da sua conta institucional.

O professor de trompete Leandro Taveira Soares, que assessora a direção da Escola na implantação desse ambicioso projeto, está otimista. “Acredito que o Google Classroom ganhará espaço nos próximos anos como uma importante ferramenta de suporte pedagógico às aulas presenciais, tornando-se o principal instrumento para a troca de mensagens e envio de material didático em nossos cursos”, afirma.

  Reprodução
 
  Professor Julio Merlino

Soares destaca os ganhos de eficiência com a padronização dos processos de comunicação, as melhoras na organização dos conteúdos acadêmicos e o impulso às ações complementares e suplementares, especialmente quando o atendimento presencial está vedado. “Não se trata, porém, de adoção de estratégias de Ensino a Distância (EAD), mas de uma oportunidade para incorporar novos e poderosos instrumentos às nossas atividades pedagógicas”, faz questão de alertar.

Primeiras experiências

A direção da unidade sugeriu que os professores utilizassem inicialmente o Google Classroom como um repositório de textos, vídeos e áudios. Uma maneira de encorajar o desenvolvimento acadêmico de alunos durante o período de quarentena e, ao mesmo tempo, familiarizar os docentes com as possibilidades mais básicas da plataforma.

Julio Merlino, docente de saxofone, foi um dos primeiros a aderir.Merlino, que também é diretor artístico do UFRJazz, conjunto da EM com 25 anos de experiência e mais de 300 apresentações realizadas, afirma que “a Sala de aula do Google é fácil de usar, com recursos que permitem me comunicar com os alunos, transmitir material pertinente às aulas, receber trabalhos, propor e acompanhar atividades, e tudo isso na tela do meu computador ou tablet, até mesmo do celular”. “Sem dúvida é uma ferramenta extremamente útil e que facilita o trabalho docente”, acrescenta.

Saxofonista e integrante do UFRJazz, Márcio Arese é da mesma opinião. Ele parabeniza a iniciativa e destaca que ela permitiu a elaboração de “um repertório organizado de partituras e de métodos de apoio que são utilizados pelo conjunto”. E conclui, com boa dose de humor, que “agora ninguém pode usar mais a desculpa de que perdeu ou não recebeu alguma coisa”.

Sacra Vox: Oração pela Paz, de Henrique de Curitiba

Mais uma ação digital da Estação Sacra Vox, iniciativa em tempos de quarentena do grupo dedicado à Música Coral Sacra. 

Paz

Independentemente de credos ou religiões a paz entre todas as terras é um desejo que atravessa gerações. Oração pela Paz, de Henrique de Curitiba Morozowicz (1934-2008), foi em parte inspirada nos cantos sacros bizantinos. Nas palavras do próprio compositor, que deixou um vasto catálogo de composições destinadas ao gênero coral, “O tema da paz continua sempre atual, (…). Esta oração que é quase um grito de angústia, clama ao Senhor, nosso Deus, pela tão desejada paz, por todos os homens de boa vontade”

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Sacra Vox

O Conjunto Sacra Vox é um projeto de extensão da EM, criado em 1998 e dirigido desde 2003 pela regente e professora Valéria Matos.

O projeto realiza pesquisas, levantamentos e resgate da produção musical para coro dos diferentes períodos históricos brasileiros, chamando atenção para uma vertente expressiva da memória cultural e social do país. Realiza também parcerias com instituições sociais e de ensino oferecendo formação, difundindo o repertório e estimulando o canto coral.

No currículo, centenas de concertos e apresentações didáticas, programas de rádio, TV e CDs.

Você pode encontrar o Sacra Vox no Instagram (@sacravox.ufrj) no Facebook e no blog do conjunto.

Ação digital: Por que Sacra Voz?

Mais uma ação digital da Estação Sacra Vox, iniciativa em tempos de quarentena do grupo, um dos conjuntos estáveis da Escola de Música (EM), dedicado à Música Coral Sacra.

Esta nova ação se chama Por que Sacra Vox? São vídeos curtos com conteúdos que mostram a finalidade desse projeto de extensão da UFRJ ao longo dos seus 20 anos de existência.

A iniciativa fala sobre a pesquisa, a vivência musical e as ações educativas dentro e fora da UFRJ. A série conta ainda com depoimentos de pessoas que se relacionaram com o conjunto no decorrer desses anos, alunos, professores, músicos de outras instituições e até mesmo do público que nos acompanha.

Sacra Vox

O Conjunto Sacra Vox é um projeto de extensão da EM, criado em 1998 e dirigido desde 2003 pela regente e professora Valéria Matos.

O projeto realiza pesquisas, levantamento e resgate da produção musical para coro dos diferentes períodos históricos brasileiros, chamando atenção para uma vertente expressiva da memória cultural e social do país. Realiza também parcerias com instituições sociais e de ensino oferecendo formação, difundindo o repertório e estimulando o canto coral.

No currículo, centenas de concertos e apresentações didáticas, programas de rádio, TV e CDs.

Música e História para inspirar e fortalecer

O site da Adufrj- Seção Sindical, órgão de representação dos docentes da UFRJ, publicou no dia 01/05/2020 reportagem sobre o evento #Sextou – Tamo Junto, realizado em 24, com o professor da Escola de Música Samuel Araújo.

Música e História para inspirar e fortalecer

Por Elisa Monteiro
Publicado: 01 Maio 2020

Nem tudo precisa ser dito com verbo. A música foi a linguagem do #Sextou – Tamo Junto, no dia 24. Sob o impacto dos turbulentos pronunciamentos políticos do ex-ministro Sergio Mouro e do presidente Jair Bolsonaro sobre a vacância da pasta da Justiça e da Segurança Pública, os professores puderam fruir por algumas horas da clareira aberta pelo professor da Escola de Música, Samuel Araújo.  “As artes não são adorno ou enfeites. Elas são o caminho para uma existência solidária”, resumiu. O docente mediou o bate-papo virtual que a Adufrj tem organizado todas as sextas-feiras.

Música para acampamento passou longe do repertório escolhido. Para início de conversa, Samuel sacou um Mbira (para íntimos) ou Lamelofone (para menos chegados). Tradicional do povo Shona do Zimbábue, o instrumento fazia parte do circuito musical no Brasil colônia, sendo gradualmente substituídos por equivalentes europeus.  Sua estrutura equivale a uma placa de madeira com dentes de metal escalonados, que são tocados com os polegares e indicadores. O som triste do artefato suscitou reflexões e debates sobre melancolia e estranhamento.

“Optei por começar com uma música presente na tradição oral do Brasil, de origem africana, que foi totalmente apagada ao longo da história”, explicou Samuel. “Foi o caminho para trazer um pouco da discussão sobre violência, política e cultura”.

A noite seguiu embalada por um pouco de história da música. E Samuel deu ênfase aos primeiros esforços em afinar universidade e cultura popular. O exemplo veio ainda do Velho Continente, das composições do instrumentista John Dowland (1563-1626) na Universidade de Oxford. Depois, a conversa avançou por experiências nada corriqueiras, no Brasil, e na América Latina.
A cantora Violeta Parra esteve entre os legados celebrados. Samuel deu sua versão pessoal de “Gracias a la vida”, uma das canções latino-americanas mais regravadas mundo afora. E, destacou a estreita relação da folclorista chilena com a cultura indígena.  Sua música, gravada em 1966, virou hino de uma geração contra as ditaduras no continente, em especial, a do general Augusto Pinochet. “Aqui no Rio, as pessoas cantavam essa música nos bares depois das manifestações”, recordou Maria Paula Araujo, professora do IH e ex-diretora da Adufrj.
Cantorias, pelejas, boleros e sambas. Clássicos como Azulão – música de Jaime Ovalle e letra de Manuel Bandeira – foram executados e discutidos dentro de seus respectivos contextos e cargas emocionais.

Samuel prestou homenagens às vozes populares dos recémfalecidos Moraes Moreira e Tantinho da Mangueira (Devani Ferreira). E fechou a conta com uma parceria de João Bosco e Aldir Blanc (hoje internado): Parati. “Cada um tem a própria receita, morena, pra combater a desgraça”, diz um trecho do samba.

Para o professor da Escola de Música, diferentes fatores contribuíram para o amadurecimento da relação entre a academia e a cultura popular. Um deles é a valorização do lugar de fala. “Durante a música política da década de 1960, o que mais importava era a poesia”, justificou o professor da Escola de Música. “Mas, hoje, as interpretações e os outros aspectos do som também são considerados nas intenções da música”.

A gente não quer só Ciência. UFRJ quer (e faz) arte

O site da Adufrj- Seção Sindical, órgão de representação dos docentes da UFRJ, publicou no dia 01/05/2020 reportagem sobre as atividades que a UFRJ está oferecendo durante o período de isolamento social, com destaque para iniciativas da Escola de Música.

A gente não quer só Ciência. UFRJ quer (e faz) arte

Por Lucas Abreu
Publicado: 01 Maio 2020

Diante da pandemia, professores e alunos da UFRJ não ficaram paralisados e foram encontrar na arte caminhos para promover uma integração entre si, e ao mesmo tempo aproximar a universidade da sociedade, sem deixar de respeitar o isolamento social. São iniciativas ligadas à música e à dança, que mostram que o potencial criativo da arte pode ser uma ferramenta poderosa de estímulo durante um período tão difícil.

A Escola de Música se prepara para lançar ainda no começo de maio o projeto “A Escola de Música daqui de casa”, onde professores vão produzir vídeos curtos, de 3 a 6 minutos, com apresentações suas, pequenas palestras, lições ou dicas. Os vídeos serão escolhidos por uma comissão formada pela direção da escola, que vai determinar critérios de áudio, som e identidade que os vídeos devem ter.

“A ideia é dar visibilidade a todo trabalho artístico e acadêmico que é feito na Escola de Música”, explicou o diretor Ronal Silveira. “As pessoas pensam que os setores administrativos não estão funcionando, mas estamos trabalhando como nunca. O aluno tem condição de saber, mas a sociedade não sabe. A vida artística permanece, ela só mudou de perfil, e é importante que a sociedade entenda a importância da universidade” defendeu  o professor.

Silveira ressalta, ainda, que a iniciativa do projeto foi coletiva, e que coube à direção da Escola oferecer suporte para que a ideia pudesse ser colocada em prática. O diretor conta também que os professores foram estimulados a fazer atividades extracurriculares remotas com seus alunos. Para o docente, o momento trouxe perspectivas positivas. “A ideia é que essas iniciativas não acabem junto com a quarentena, mas permaneçam indefinidamente”, explicou.

Ainda na Música, o coral “Sacra Vox”, um projeto de extensão dirigido pela professora Valéria Matos, preparou ações para dar visibilidade ao grupo durante o período de isolamento. O “Estação Sacra Vox” pretende aproximar o público do coral através das redes sociais. “Queremos compartilhar com toda a comunidade os frutos das nossas ações artísticas e pesquisas acadêmicas”, explicou a professora.

No período, o grupo também vai lançar apresentações em vídeo do coral, produzidos respeitando o isolamento social. Cada um dos cantores grava a sua participação, os vídeos são reunidos e sincronizados. Utilizando como base o áudio da gravação do último CD do grupo, o resultado fica muito próximo de um videoclipe. “A gente optou por isso para poder preservar a qualidade do nosso produto, que é a música”, contou Miriã Valeriano, assistente de direção coral e produtora do vídeo.

Na Faculdade de Educação, um movimento feito para pensar a própria faculdade em tempos de pandemia estimulou a professora Silvia Soter, do curso de Licenciatura em Dança, a resgatar um antigo projeto seu, o “Corpo aceso”. “Criei esse trabalho há 10 anos, como um trabalho de consciência corporal, feito para ativar as nossas percepções”, explicou. Agora ela disponibilizou os vídeos com as lições na internet. “As práticas nos ajudam a entrar em contato com as sensações, assimetrias  e detalhes do nosso corpo, o que nos ajuda a enfrentar vários desafios neste momento, como o de estar confinados em casa”.

Criado há dez anos, o grupo de pesquisa e extensão Imagem, Texto e Educação Contemporânea (ITEC/LISE) busca articular as transformações culturais do nosso tempo com o trabalho educacional escolar, através de oficinas, ações nas escolas, cursos de extensão e diversos experimentos didáticos e artísticos. Com a pandemia, o grupo, coordenado pelas professoras Angela Santi e Aline Monteiro, vem realizando ações que convidam todos os interessados a compartilharem experiências e descobertas deste período de quarentena. Uma delas é o “Percebendo Perspectivas”, em que as pessoas são chamadas a refletir sobre o contato com elementos da casa que não eram percebidos antes do confinamento – ou pelo menos não com a intensidade de agora.

“Estava nos incomodando a sensação de que a pandemia tinha nos arrancado da rotina das nossas vidas. A quarentena vinha com uma sensação de falta, de perda, de anulação, de angústia”, afirma Angela. “Começamos a pensar maneiras de nos apropriarmos desta situação de uma forma mais potente. São experiências estéticas na contramão da lógica do mundo contemporâneo, capitalista, produtivista”, completa.(colaborou Kelvin Melo)

Sacra Vox: Memórias em tempos de quarentena

Lembrar bons momentos é sempre revigorante, ainda mais em tempos de quarentema imposta pelo combate à Covid-19, doença provocada pela proliferação do novo coronavírus (Sars-Cov-2). Com esse espírito o Sacra Vox, conjunto estável da Escola de Música com mais de duas décadas de estrada e muita história para contar, fez esse vídeo onde se pode acompanhar um pouquinho das memórias do grupo.

No vídeo, obras dos CDs “Música Coral Sacra Brasileira nos Séculos XVIII e XIX” e “Música Coral Sacra Contemporânea Brasileira”.

Sacra Vox

O Conjunto Sacra Vox é um projeto de extensão da EM, criado em 1998 e dirigido desde 2003 pela regente e professora Valéria Matos.

O projeto realiza pesquisas, levantamento e resgate da produção musical para coro dos diferentes períodos históricos brasileiros, chamando atenção para uma vertente expressiva da memória cultural e social do país. Realiza também parcerias com instituições sociais e de ensino oferecendo formação, difundindo o repertório e estimulando o canto coral.

No currículo, centenas de concertos e apresentações didáticas, programas de rádio, TV e CDs.

Música e política é tema de conversa com docente da EM

Sexta-feira tem o bate-papo virtual da AdUFRJ, associação sindical que representa os docentes da UFRJ. Quem vai puxar a conversa esta semana é o professor da Escola de Música (EM) Samuel Araújo, que vai falar sobre música e política.

3030adufrgmusicaepoliticaPara participar é fácil, a partir das 17h15 você envia uma mensagem para o WhatsApp da AdUFRJ (21) 99365-4514 pedindo para participar e nós te enviamos o link de acesso à nossa sala no ZOOM.

Se você ainda não conhece o aplicativo, acesse zoom.com e instale em seu computador ou celular.

Samuel Araújo

Samuel Araújo (Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1952) é um etnomusicólogo, professor e instrumentista.

Ainda na infância demonstrou grande interesse e talento musicais, tendo participado de eventos e de programas de televisão como cantor-mirim.

Foi discípulo do grande compositor e pesquisador César Guerra-Peixe, com que estudou composição e arranjo; do grande mestre herdou a veia investigativa sobre as relações entre música, cultura e sociedade.

Um dos maiores especialistas mundiais em samba, tendo se formado em educação musical pelo Instituto Villa-Lobos (que pertencia à FEFIERJ, hoje UNIRIO). Fez o mestrado e o doutorado nos EUA, na University of Illinois School of Music, sob a orientação do grande etnomusicólogo Bruno Nettl.

Desenvolve intensa atividade acadêmica e cultural com projetos reconhecidos internacionalmente pelo alcance social, ao estudar e dar voz às manifestações artísticas populares numa perspectiva profundamente dialógica e democrática. Criou e até hoje coordena o grupo Musicultura, resultado de uma parceria entre a UFRJ e intituições sediadas no Complexo da Maré, com contínuo apoio de órgãos de fomento públicos e de empresas.

Em suas iniciativas artísticas, criou o Rancho Flor do Sereno e a Orquestra de Baile Tira o Dedo do Pudim, onde até hoje atua como arranjador, compositor, cantor e violonista.

É professor Titular da EM, onde leciona desde os anos 90 e dirige o Laboratório de Etnomusicologia da UFRJ, continuação do trabalho iniciado na primeira metade do século XX por Luiz Heitor Corrêa de Azevedo.

Sacra Vox em tempos de quarentena

Nestes tempos de quarentena, o coral Sacra Vox, um dos conjuntos estáveis da Escola de Música (EM), decidiu se reunir virtualmente para levar a todos um pouco da Música Coral Sacra Brasileira.

A campanha, intitulada Estação Sacra Vox, está repleta de atividades virtuais que proporcionam uma prazerosa experiência artística.

No primeiro vídeo o conjunto canta a “Ave Maria” (1937), de Camargo Guarnieri (1907-1993), destaque do seu quarto CD, lançado em 2019.

Sacra Vox

O Conjunto Sacra Vox é um projeto de extensão da EM, criado em 1998 e dirigido desde 2003 pela regente e professora Valéria Matos.

O projeto realiza pesquisas, levantamento e resgate da produção musical para coro dos diferentes períodos históricos brasileiros, chamando atenção para uma vertente expressiva da memória cultural e social do país. Realiza também parcerias com instituições sociais e de ensino oferecendo formação, difundindo o repertório e estimulando o canto coral.

No currículo, centenas de concertos e apresentações didáticas, programas de rádio, TV e CDs.