Chiquinha Gonzaga no Sétimo Concerto do projeto Sinos de 2021

Obra da compositora  (foto) pioneira será interpretada por sopros e percussão da Orquestra Sinfônica da UFRJ em apresentação que também inclui peças de Carolina Cardoso de Menezes, Henrique Cazes e Everson Moraes. Vídeo estreia neste dia 24/9, às 18h, no site do projeto e no canal Arte de Toda Gente, no Youtube. O Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos é uma parceria da Funarte com a UFRJ.

Estreia nesta sexta-feira, 24 de setembro, às 18h, o sétimo Concerto Sinos da Temporada 2021. A apresentação encerra a série “Uma breve história do choro”, com a qual o Sinos junta passado e presente para mostrar o quanto a tradição e a contemporaneidade estão presentes neste gênero, que se renova a cada geração. No programa, obras de Chiquinha Gonzaga (foto), Carolina Cardoso de Menezes, Henrique Cazes e Everson Moraes, interpretadas pelos sopros e percussão da Orquestra Sinfônica da UFRJ, com regência de Marcelo Jardim. O Sinos é uma parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

Os compositores e suas obras

  Reproduçãotd
 

Chiquinha Gonzaga (1847-1935) foi uma pioneira que criou sua obra a partir das demandas da sociedade carioca por uma música popular urbana na virada do século XIX para o XX e que tinha no teatro de revista uma de seus meios de expressão. “Água do Vintém”, no vídeo, é uma referência ao chafariz onde os ambulantes captavam a água que vendiam para a população.

Carolina Cardoso de Menezes (1913-1999) foi uma pianista e compositora de uma geração que teve no rádio o meio através do qual a música popular se expandiu e se transformou em uma das manifestações mais representativas da cultura brasileira. “Gibi bacurau” é uma obra na qual Carolina fez uma síntese de diferentes danças, como o coco, o maxixe e o samba.

Henrique Cazes (1959), cavaquinista e compositor, está presente com “Duradoura paixão”. Assim como o teatro e o rádio, a chamada “roda de choro” foi um meio determinante para o florescimento do gênero. Reunindo os músicos com seus diferentes instrumentos para cultivarem o prazer de tocar, a roda foi o ambiente no qual nasceram vários choros, como este, de sua autoria.

Everson Moraes (1986), jovem trombonista, compositor e arranjador apresenta o samba “Essa ponte é de safena”, seguindo a melhor tradição de compositores como Anacleto de Medeiros e Irineu de Almeida, que levaram o choro para o repertório das bandas de música, e fazendo assim também uma ponte entre as diferentes gerações de chorões.

O que são os Concertos Sinos

A série Concertos Sinos foi criada para veicular a produção artística dos projetos sociais, das orquestras brasileiras e do próprio Sistema Nacional das Orquestras Sociais. Por meio da série, em concertos presenciais ou virtuais, são também apresentadas ao público as obras criadas e editadas para o Repertório Sinos – ação que disponibiliza obras de compositores brasileiros de diferentes épocas e de todas as regiões do país. Os Concertos Sinos contam com a participação de diversas orquestras, solistas e maestros brasileiros, assim como de alguns dos compositores, que também participam com breves comentários sobre suas obras. Atualmente, os Concertos Sinos estão em sua segunda temporada e todas as apresentações da série estão disponíveis, tanto no site do projeto, quanto no canal Arte de Toda gente, no Youtube.

O projeto

Lançado em julho de 2020, o Sinos é formado por uma rede de dezenas de profissionais de música, que atuam em cursos, oficinas, concertos e festivais. As atividades se iniciaram exclusivamente online e, quando possível, se estenderão a ações presenciais, em todas as regiões do país. A ideia é capacitar regentes, instrumentistas, compositores e educadores musicais, apoiando projetos sociais de música e, ainda, contribuir para o desenvolvimento das orquestras escola de todo o país. Para mais detalhes sobre o projeto visite o site www.sinos.art.br.

Folia acessível é tema de live do projeto Um Novo Olhar no Festival

Parte do programa Acessibilifolia, live reúne pessoas com e sem deficiência para troca de experiências e debate sobre acessibilidade e inclusão nos festejos populares. Atividade, que acontece em 17/9 às 15h, é parte da programação do Festival Arte de Toda Gente, parceria entre Funarte e UFRJ.

A live “Acessibilifolia no Festival Arte de Toda Gente” acontece nesta sexta-feira, 17 de setembro, às 15h, com transmissão pelo canal Arte de Toda Gente, no Youtube. Seu objetivo é promover uma troca de experiências e de ideias entre pessoas com e sem deficiência que participam da folia em diversas partes do Brasil. Na pauta, a acessibilidade e inclusão da pessoa com deficiência em eventos como carnaval de rua, apresentações de grupos de maracatu, frevo, bandas de pife, boi de mamão e outros festejos populares. O encontro faz parte do programa Acessibilifolia do Projeto Um Novo Olhar, parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de usa Escola de Música, e contará com interpretação em libras.

  Divulgação
 
  Na montagem, da esquerda para a direita, de cima para baixo: Esnade Quirino e os Pifes da Inclusão, Daniel Gonçalves, Tarcisio Cisão e Giselle Paes Horacio em fotos de divulgação

Com apresentação da Coordenadora das Ações de Acessibilidade do projeto Um Novo Olhar, Patrícia Dorneles, e mediação do coorganizador do programa Acessibilifolia, André Ramos, a live terá a participação de Ana do Vale e Angela Gaeta (ambas do Ponto de Cultura Maracastelo); Daniel Gonçalves (diretor de cinema), Danielle França (projeto Frevo às Cegas), Esnande Quirino (Pifes da Inclusão), Giselle Paes Horácio e José Carlos Rodrigues (ambos do Encantados Contadores de Histórias); Rodrigo Moreira (Bloco Chinelo de Dedo) e Tarcísio Cisão (Amigos da Onça).

Sobre o Acessibilifolia

Lançado em fevereiro de 2021, o programa Acessibilifolia faz parte do projeto Um Novo Olhar, uma parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, através da sua Escola de Música. Seu objetivo é fomentar a acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiência nas festas populares que compõem o patrimônio cultural e imaterial do Brasil, como blocos de carnaval, grupos de frevo, boi, maracatu, entre outros. Para tanto, gera conteúdo e direciona ações que buscam tornar nosso festejos populares mais democráticos e inclusivos – não só para as pessoas com deficiência, mas para todos que compartilham esses espaços, promovendo assim a convivência e a diversidade.

Com o intuito de estabelecer canais para a troca de experiências entre as pessoas com e sem deficiência, assim como os organizadores das festas, gestores, artistas e a comunidade acadêmica, são produzidas lives, entrevistas, séries de vídeos, vodcasts, publicações e outros materiais.

O projeto Um Novo Olhar

O objetivo do projeto Um Novo Olhar é promover a acessibilidade e a inclusão de crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência, por meio das artes e da capacitação de professores e de regentes para coro. Com a exibição online de shows e oficinas, vídeo podcasts (vodcasts) e “lives” sobre arte e acessibilidade e uma série de publicações, a iniciativa tem também como alvo ampliar a percepção de toda a sociedade sobre as deficiências. O trabalho integra o programa Arte de Toda Gente, desenvolvido em conjunto pela Funarte e pela UFRJ, por meio da Escola de Música da Universidade.

O festival Arte de Toda Gente

Iniciado em 21 de julho, o Festival Arte de Toda Gente reúne mais de 100 professores e mais de 400 artistas das mais diversas vertentes e origens geográficas, em uma série de oficinas, mostras, encontros e apresentações, ao vivo e gravadas, transmitidas gratuitamente pela internet. Em um só grande evento, pela primeira vez, estão sendo oferecidas atividades promovidas pelos três projetos do programa Arte de Toda Gente: Bossa Criativa, Um Novo Olhar e Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos, que compõem o programa Arte de Toda gente, parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

Funarte realiza concerto de abertura das comemorações pelos 200 anos

Espetáculo da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional com o tenor Saulo Laucas (foto) é produzido pelo programa Arte de Toda Gente, parceria da Funarte com a UFRJ que reúne os projetos Bossa Criativa, Um Novo Olhar e Sinos. Concerto será apresentado na Concha Acústica de Brasília, em 21 de setembro

Espetáculo da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional com o tenor Saulo Laucas é produzido pelo programa Arte de Toda Gente, parceria da Funarte com a UFRJ que reúne os projetos Bossa Criativa, Um Novo Olhar e Sinos. Concerto será apresentado na Concha Acústica de Brasília, em 21 de setembro

  Divulgação/Alan Moreira
 
  Orquestra do TNCS com o maestro Claudio Cohen

A Fundação Nacional de Artes – Funarte, por meio do programa Arte de Toda Gente, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vai dar início às suas ações pelos 200 anos de Independência do Brasil com uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), sob regência de Claudio Cohen e com participação especial do tenor Saulo Laucas. Com formação em canto lírico, bacharel pela Escola Nacional de Música da UFRJ, Laucas é autista e deficiente visual desde o nascimento e segue carreira com apresentações em diversas cidades do País. A cerimônia será realizada no dia 21 de setembro, às 20h, na Concha Acústica do Distrito Federal, em Brasília. No repertório, estarão obras clássicas relacionadas ao momento histórico.

A Concha Acústica do Distrito Federal, com capacidade para cinco mil pessoas, estará aberta para receber até 1.200 pessoas no espetáculo, em respeito às medidas de saúde pública. O espaço foi reaberto em agosto deste ano, após reforma. Os ingressos podem ser adquiridos gratuitamente, a partir do dia 16 de setembro, quinta-feira, pela plataforma www.oquevemporai.com. O concerto também poderá ser assistido pelo canal do Arte de Toda Gente no YouTube.

A cerimônia marca o início das atrações da Funarte pelo bicentenário da Independência. O evento é realizado pela Fundação, pelo Ministério do Turismo e pela Secretaria Especial da Cultura, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. Ele é fruto de ações dos três projetos que integram o Arte de Toda Gente (ATG), programa da Fundação com a UFRJ: Bossa Criativa, Um Novo Olhar (UNO) e Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos). Um dos objetivos do Bossa Criativa é promover ações de artes integradas em locais reconhecidos pela Unesco como patrimônio da humanidade — entre eles, Brasília. Por sua vez, o tenor Saulo Laucas está entre os artistas participantes do UNO, enquanto a produção do concerto faz parte das ações do Sinos. O ATG tem curadoria da Escola de Música da UFRJ.

O concerto

O repertório do concerto abrange obras de compositores brasileiros e estrangeiros que, de alguma forma, têm relação com a Independência e com D. Pedro I ou são contemporâneos deles. O programa contará com criações dos brasileiros José Joaquim de Souza Negrão, da Bahia; José Maurício Nunes Garcia, do Rio de Janeiro; e João de Deus Castro Lobo, de Minas Gerais. Já as composições internacionais são de Marcos Portugal, de Portugal; Gioachino Rossini, da Itália; Felix Mendelssohn, da Alemanha; e César Franck, da Bélgica.

A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) foi fundada em março de 1979, pelo maestro e compositor Claudio Santoro, e é considerada uma das principais instituições do gênero no Brasil. Em sua trajetória, realizou milhares de concertos, temporadas de ópera e balé, acompanhou importantes artistas brasileiros e estrangeiros e realizou gravações e turnês nacionais e internacionais. Gravou diversos discos com repertório de música brasileira, com destaque especial para os títulos Sinfonias dos 500 anos e Clássicos do Samba.

Dirigida atualmente pelo maestro titular e diretor artístico Claudio Cohen, a OSTNCS também tem, em sua linha de atuação, atividades como concertos sociais e educacionais; festivais de ópera; seminários internacionais de dança; a série Concertos nos Parques; entre outras, com presença em diversos segmentos da sociedade.

O tenor Saulo Laucas nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de maio de 1984. Deficiente visual desde o nascimento, aos três anos de idade foi diagnosticado autista. Na infância, descobriu o talento para a música e, com apoio da família e de professores, começou a estudar piano. Depois, investiu no canto, aprimorando-se a cada dia. Hoje, bacharel em canto pela Escola de Música da UFRJ, segue carreira como tenor, com apresentações em diversas cidades brasileiras e participações na TV. Gravou seu primeiro CD Belle Canzoni Italiane em abril de 2020.

Mostra de Arte de Rua é destaque do Festival Arte de Toda Gente

Durante o mês de setembro, o Bossa Criativa apresenta a Mostra de Arte de Rua, composta por vídeos de 11 artistas e disponível gratuitamente no site www.bossacriativa.art.br e no canal Arte de Toda Gente, no Youtube. A mostra é parte da programação do Festival Arte de Toda Gente e inclui temas como Hip Hop, Breakdancing, Grafite, moda e representatividade; em palestras, aulas e performances, representando as várias cidades contempladas pelo projeto. O programa é uma parceria da Funarte com a UFRJ.

  Divulgação
 
  B-Boy Bala Machine

Durante o mês de setembro, como parte do Festival Arte de Toda Gente, o projeto Bossa Criativa promove a Mostra de Arte de Rua, renuindo em uma série de 11 vídeos artistas e pensadores do universo hip hop de todo o Brasil e, em especial, das cidades contempladas pelo projeto. Com apresentações artísticas, performances, debates e palestras, a Mostra traz temas como hip hop, breakdancing, grafite, moda, representatividade, entre outros assuntos. Em aulas, palestras, debates, apresentações e performances, o evento dá destaque a um universo cultural extremamente vasto, criativo e que cresce a cada dia como movimento e como potência de desenvolvimento econômico e social. O projeto é uma parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte e da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

Os artistas envolvidos e as cidades que representam: Gilmar Satão (Brasília); Vanduarte (Olinda); Zane Santos (Belo Horizonte); Bala Machine (Rio de Janeiro); Piá (RS – Porto Alegre); Mestre Pê (P.) (Belo Horizonte); Eliandra Fidelis (Rio de Janeiro); Gejo O maldito (São Paulo); Guilherme Botelho (São Paulo); Paulo Ribeiro (São Paulo – homenagem a Paraty); Rooneyoyo O Guardião (São Paulo).

Artistas de todas as outras cidades participarão dos debates.

Confira a programação completa da Mostra de Arte de Rua (os vídeos estreiam sempre às 18h):

10/9 – Vanduarte – Performance (Dança Breaking e artesania)

11/9 – Gejo O Guardião – Apresentação projeto “Custom Mask Brazil” – Hip Hop/ Grafitti e o empreendedorismo auto gestionável durante a pandemia

12/9 – Guilherme Botelho – palestra “A construção musical do movimento Hip Hop de 1987 a 1995”

16/9 – Zane Santos – Apresentação – Live Painting com contação de histórias

18/9 – Bala Machine – Oficina de Hip Hop/Breaking

19/9 – Paulo Ribeiro – Apresentação projeto “Vizinhança Cultural” de revitalização de espaços ociosos por artistas de rua de São Paulo

23/9 – Piá – palestra “História do Hip Hop na região sul do Brasil”

24/9 – Mestre Pê (P. MC.) – Oficina Performance Rap / Hip Hop (arte educação com o grupo Pé da Palavra)

25/9 – Eliandra Fidélis – Debate sobre Hip Hop e moda (Moda sustentável como transformação social e empreendedorismo nas periferias e favelas)

26/9 – Rooneyoyo O Guardião – Debate com motoboys portadores de deficiência sobre o universo Hip Hop e o Breaking

30/9 – Gilmar Satão – Live Painting (Hip Hop / Graffiti)

O Bossa Criativa

Parceria entre a Funarte e a UFRJ, com curadoria da Escola de Música da universidade, o projeto Bossa Criativa – Arte de Toda Gente reúne apresentações e oficinas de diversas linguagens artísticas, integrantes de várias formas de economia criativa. O foco é a democratização da cultura, bem como a diversidade e a difusão de todas as artes, de modo inclusivo. A programação é composta de shows curtos, performances e atividades de capacitação, em vídeos, exibidos no site www.bossacriativa.art.br, com participação de artistas de todo o Brasil. A agenda inclui o lançamento de um edital para novas propostas artísticas e culturais; e também um chamamento público, para apresentação de trabalhos de mestrado na área das artes. A iniciativa faz parte do Programa Arte de Toda Gente. Mais informações no site da iniciativa.

O festival

Iniciado em 21 de julho, o Festival Arte de Toda Gente reúne mais de 100 professores e mais de 400 artistas das mais diversas vertentes e origens geográficas, em uma série de oficinas, mostras, encontros e apresentações, ao vivo e gravadas, transmitidas gratuitamente pela internet. Em um só grande evento, pela primeira vez, estão sendo oferecidas atividades promovidas pelos três projetos do programa Arte de Toda Gente: Bossa Criativa, Um Novo Olhar e Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos, que compõem o programa Arte de Toda gente, parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

Semana do Cravo reafirma a vitalidade do debate sobre o instrumento

Matéria publicada (15/08/2021) no site da Revista Concerto destaca os dezoito anos de existência ininterrupta Semana do Cravo, iniciativa que tem a coordenação do professor Marcelo Fagerlande.

Matéria publicada (15/08/2021) no site da Revista Concerto destaca os dezoito anos de existência ininterrupta Semana do Cravo, iniciativa que tem a coordenação do professor Marcelo Fagerlande.

Semana do Cravo reafirma a vitalidade do debate sobre o instrumento

Luciana Medeiros, 05/09/2021

Divulgação/Pedro Ladeira
Marcelo Fagerlande.

Aos dezoito anos de existência ininterrupta, e quase heroica num país de tantas dificuldades para o setor cultural, a Semana do Cravo celebra mais uma edição. De 8 a 10 de setembro, acontecem – de maneira totalmente remota pelo segundo ano – as atividades artísticas e acadêmicas do evento.  Promovida desde seu primeiro momento pelo professor e instrumentista Marcelo Fagerlande, com a Escola de Música da UFRJ – junto com Mayra Pereira (Universidade Federal de Juiz de Fora) e Maria Aida Barroso (Federal de Pernambuco) –, a programação será inteiramente transmitida pelo YouTube.

“Além das nossas atividades habituais, de mesas-redondas e recitais, teremos uma presença muito destacada”, conta Marcelo. “A musicóloga Florence Gétreau, que é um nome colossal na música antiga, especialista em Organologia, vai dar um curso para os participantes da Semana.”

Não é exagero de Fagerlande – a condecoradíssima Gétreau recebeu, entre outros títulos honoríficos, o de Commandeur de l’Ordre des Arts et des Lettres e o Curt Sachs Award, e foi chefe do projeto do Museu da Música, a Cité de la Musique, em Paris. O tema é O cravo: organologia e iconografia na Europa, da Renascença ao século XX. “Florence esteve no Brasil para a segunda Semana do Cravo em 2005, e foi um enorme sucesso”, lembra o coordenador. “É ainda mais interessante quando pensamos na presença de pesquisadores, professores, nossos colegas hoje que na época eram estudantes.”

As duas mesas redondas de 2021 abordam os pilares da universidade – ensino, pesquisa e extensão – em tempos de pandemia e também as publicações sobre música no Brasil. E os recitais, dessa vez, são de responsabilidade de alunos de cravo do Brasil todo. 

“Pedimos que esses alunos, de vários níveis, gravassem seus recitais e nos enviassem”, adianta Marcelo. “É um painel variadíssimo, com repertório que vai da música dos séculos XVII e XVIII a Pixinguinha, Hamilton de Holanda, música armorial no cravo. O pessoal jovem está antenado com a inserção do cravo no repertório brasileiro, ou melhor, com a investigação das possibilidades do cravo na MPB.” 

Entre as instituições representadas estão, além da UFRJ, da UFJF e da UFPE, o Conservatório de Tatuí e alunos de Belo Horizonte, Goiânia, São João Del Rey, Recife. “É mesmo uma vitrine. Destaco, de Goiânia, a professora Beatriz Pavan, que impulsiona um movimento muito interessante do cravo por lá.”

Mais do que um simples encontro, a Semana do Cravo tem sido um balizador de iniciativas e ideias em torno do instrumento e de sua presença no Brasil. 

“Alunos, professores, pesquisadores vão se conhecendo e colaborando, trocando experiências, debatendo”, reafirma Marcelo, que, aliás, dedicou-se em 2020 à finalização e ao lançamento de uma pequena joia – o livro O cravo no Rio de Janeiro do século XX (editora RioBooks), escrito também em parceria com Mayra e Maria Aída, comprova a presença do cravo na cidade-vitrine do Brasil através de exaustiva pesquisa em bibliotecas e jornais de época.

Quinto Concerto Sinos de 2021 tem obras de compositores brasileiros

Peças de Carlos Gomes, Francisco Braga e José Siqueira, em arranjos especialmente produzidos pelo Sinos para sopros e percussão, são interpretadas por músicos da Sinfônica da UFRJ em apresentação que já está disponível no site do projeto e no canal Arte de Toda Gente, no Youtube. O Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos é uma parceria da Funarte com a UFRJ.

Já está disponível no site wwww.sinos.art.br e no canal Arte de Toda Gente, no Youtube, o Concertos Sinos nº 5 da temporada 2021, que tem como inspiração uma tradição brasileira: a transcrição de obras para que sejam tocadas por bandas de música. Nesta apresentação, o programa é formado por criações de três conhecidos compositores brasileiros – Carlos Gomes, Francisco Braga e José Siqueira – transcritas para sopros e percussão por Everson Morais e Marcelo Jardim, com interpretação de integrantes da Orquestra Sinfônica da UFRJ e regência do próprio Jardim. O Sinos é uma parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

Reprodução
Francisco Braga, José Siqueira e Carlos Gomes

A primeira peça do concerto é “A Cayumba”, uma dança de negros para piano de Carlos Gomes, mais conhecido como autor de óperas, mas que iniciou sua carreira em Campinas, como músico da banda em que seu pai, Manuel José Gomes, era o mestre.

A segunda obra apresentada é o tango “Tymburibá”, de Francisco Braga que, antes de se tornar professor do Instituto Nacional de Música, ele foi clarinetista da Banda do Asilo dos Meninos Desvalidos do Rio de Janeiro.

Fechando o programa, é apresentada a primeira gravação da valsa “Sonhando”, uma obra composta no Rio de Janeiro para a Orquestra Euterpe pelo maestro José Siqueira. Assim como Gomes e Braga, ele começou sua carreira como músico de uma banda, a do Cordão Encarnado, na cidade de Conceição do Piancó, no Estado da Paraíba.

Os compositores

Carlos Gomes – Filho de Manuel José Gomes, pianista, organista e violinista, que além de ensinar música era também professor de canto, sendo conhecido pelo apelido de Maneco Músico, na Vila de São Carlos, atual Campinas, Antônio Carlos Gomes nasceu em 1836 e Em 1846, já integrava a Banda Marcial, apresentando-se para Pedro II, durante uma visita do imperador à Vila de São Carlos. Leia a biografia completa do compositor aqui.

Francisco BRAGA – Estudou no Conservatório de Música do Rio de Janeiro e no Conservatório de Paris. Autor do Hino à Bandeira, foi professor do Instituto Nacional de Música e regente da Orquestra da Sociedade de Concertos Sinfônicos. Leia a biografia completa do compositor aqui.

José Siqueira – Compositor e regente paraibano, formado pelo Instituto Nacional de Música, professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, fundador da Ordem dos Músicos do Brasil, da Orquestra Sinfônica Brasileira e da Orquestra de Câmara do Brasil. Leia a biografia completa do compositor .

O que são os Concertos Sinos

A série Concertos Sinos foi criada para veicular a produção artística dos projetos sociais, das orquestras brasileiras e do próprio Sistema Nacional das Orquestras Sociais. Por meio da série, em concertos presenciais ou virtuais, são também apresentadas ao público as obras criadas e editadas para o Repertório Sinos – ação que disponibiliza obras de compositores brasileiros de diferentes épocas e de todas as regiões do país. Os Concertos Sinos contam com a participação de diversas orquestras, solistas e maestros brasileiros, assim como de alguns dos compositores, que também participam com breves comentários sobre suas obras. Atualmente, os Concertos Sinos estão em sua segunda temporada e todas as apresentações da série estão disponíveis, tanto no site do projeto, quanto no canal Arte de Toda gente, no Youtube.

O projeto

Lançado em julho de 2020, o Sinos é formado por uma rede de dezenas de profissionais de música, que atuam em cursos, oficinas, concertos e festivais. As atividades se iniciaram exclusivamente online e, quando possível, se estenderão a ações presenciais, em todas as regiões do país. A ideia é capacitar regentes, instrumentistas, compositores e educadores musicais, apoiando projetos sociais de música e, ainda, contribuir para o desenvolvimento das orquestras-escola de todo o país. Para mais detalhes sobre o projeto visite o site www.sinos.art.br.

Dona Jandira canta no Festival Arte de Toda Gente

Acompanhada pelo pianista e compositor Túlio Mourão, cantora interpreta clássicos da música popular neste sábado, dia 28, às 18h, em show disponível no site www.bossacriativa.art.br e no canal Arte de Toda Gente, no Youtube. Programa é parceria da Funarte com a UFRJ.

Estreia no próximo sábado, dia 28 de agosto, às 18h, o show de Dona Jandira no Festival Arte de Toda Gente. Acompanhada pelo pianista Túlio Mourão, a cantora de 84 anos desfila canções do repertório de seu CD “Afinidades” – entre as quais pérolas coletadas nas telas de cinema, nos palcos, nos bailes, nas rádios, como “Perfídia” (Alberto Domingues Milton Leeds), “Emoções” (Roberto e E

  Reprodução
 
  Acompanhada pelo pianista e compositor Túlio Mourão, cantora interpreta clássicos da música popular neste sábado, dia 28, às 18h, em show disponível no site www.bossacriativa.art.br e no canal Arte de Toda Gente, no Youtube. Programa é parceria da Funarte com a UFRJ.

rasmo Carlos) e “Sorrir” (Smile – Charles Chaplin). Gravada em vídeo, a apresentação fazem parte do conjunto de atividades do Bossa Criativa na programação do festival Arte e estará disponível no site www.bossacriativa.art.br e no canal Arte de Toda Gente, no Youtube. O projeto é uma parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte e da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

Carreira iniciada aos 66 anos

Nascida em Alagoas, Dona Jandira viveu em Maceió e Recife antes de chegar às montanhas de Minas Gerais, onde iniciaria sua carreira como cantora. Embora tenha feito seus primeiros estudos musicais, quando criança, foram com a mãe, professora de piano e acordeom, ela não seguiu em frente por falta de incentivo e pelo preconceito da família em relação à profissão.

Aos 66 anos, no entanto, Jandira iniciou uma carreira profissional na música e, desde então, realizou mais de trezentos shows, em Minas e em outros estados brasileiros. Ela gravou seu primeiro CD em 2008, e em 2012, lançou o DVD “Dona Jandira ao Vivo”, com as ilustres participações de Luiz Melodia, Paulinho Pedra Azul e Marco Lobo. Em 2017, gravou o CD “Afinidades”, em dupla com o renomado pianista, compositor e arranjador Tulio Mourão. A partir daí (até as restrições da pandemia), tem feito turnês por todo o Brasil, incluindo shows em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e em muitas outras cidades do interior do pais.

O pianista

Mineiro de Divinópolis, o compositor, pianista e arranjador Túlio Mourão é protagonista de uma rica história dentro da Música Brasileira. Integrou a banda Mutantes na fase do rock progressivo e, mais tarde, acompanhou artistas como Milton Nascimento (de quem é parceiro), Maria Bethânia, Chico Buarque, Ney Matogrosso e Fagner, entre outros. É também parceiro em canções com Adélia Prado, Fernando Brant, Márcio Borges, Ronaldo Bastos, Abel Silva, Sérgio Dias, Tavinho Moura, Murilo Antunes e Nelson Motta, que foram gravadas por nomes como Maria Bethânia, Nara Leão, Ney Matogrosso, Zimbo Trio e Eugênia Melo e Castro.

O Bossa Criativa

Parceria entre a Funarte e a UFRJ, com curadoria da Escola de Música da universidade, o projeto Bossa Criativa – Arte de Toda Gente reúne apresentações e oficinas de diversas linguagens artísticas, integrantes de várias formas de economia criativa. O foco é a democratização da cultura, bem como a diversidade e a difusão de todas as artes, de modo inclusivo. A programação é composta de shows curtos, performances e atividades de capacitação, em vídeos, exibidos no site www.bossacriativa.art.br, com participação de artistas de todo o Brasil. A agenda inclui o lançamento de um edital para novas propostas artísticas e culturais; e também um chamamento público, para apresentação de trabalhos de mestrado na área das artes. A iniciativa faz parte do Programa Arte de Toda Gente. Mais informações no site da iniciativa.

O festival

Iniciado em 21 de julho, o Festival Arte de Toda Gente reúne mais de 100 professores e mais de 400 artistas das mais diversas vertentes e origens geográficas, em uma série de oficinas, mostras, encontros e apresentações, ao vivo e gravadas, transmitidas gratuitamente pela internet. Em um só grande evento, pela primeira vez, estão sendo oferecidas atividades promovidas pelos três projetos do programa Arte de Toda Gente: Bossa Criativa, Um Novo Olhar e Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos, que compõem o programa Arte de Toda gente, parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

Encontro de violas mostra diferentes estilos e escolas no Festival

Em série de vídeos e rodas de conversa ao vivo do Bossa Criativa, que estreia no dia 20/8, nomes como Chico Lobo, Valdir Verona, Hugo Linns, Paulo Freire, Marcus Ferrer e Ivan Vilela e o Duo Barroqueando tocam e falam sobre a trajetória do instrumento em nossa música e suas influências em várias regiões do país. Projeto é uma parceria de Funarte e UFRJ.

Como parte da programação do Festival Arte de Toda Gente, estreia nesta sexta-feira, dia 20 de agosto, às 18h, o Encontro de Violas. Produzido pelo projeto Bossa Criativa, a série de vídeos e lives se divide entre Chico Lobo, Marcus Ferrer e Ivan Vilela, Duo Barroqueando, Valdir Verona, Hugo Linns, Paulo Freire, Jéssica Soares, Fernando Sodré, Andréa Carneiro e Du Machado; que, em apresentações e rodas de conversa, percorrem diferentes escolas e estilos regionais do instrumento no Brasil, cobrindo parte dos pontos do patrimônio cultural que integram o projeto. Veiculada no site www.bossacriativa.art.br e no canal Arte de Toda Gente, no Youtube, a atração faz parte das ações desenvolvidas pela parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

  Élcio Paraíso
 
  Detalhe da viola de Chico Lobo.

A programação se inicia na sexta, dia 20/8, às 18h, com o violeiro e compositor Chico Lobo, representando Ouro Preto (MG). Em sua apresentação “A verve Violeira das Cidades históricas mineiras e o seu canto: Patrimônios incontestes de nossa paisagem cultural”, ele destacará suas raízes mineiras, evocando os processos criativos mestiços mineiros provindos do século XVIII e seus rastros históricos de vanguarda artística.

Já no sábado, dia 21, às 16h, os professores Ivan Vilela (Escola de Comunicação e Artes da USP, Instituto de Etnomusicologia da Universidade de Aveiro, Portugal) e Marcus Ferrer (Programa de Pós-Graduação Profissional em Música da UFRJ) conversam ao vivo sobre “A viola na academia”, sendo complementados em seguida por uma apresentação do Duo Barroqueando, representando o Rio de Janeiro.

No dia 26/8, às 18h, é a vez de Valdir Verona apresentar a “Herança missioneira da Viola no Sul do País”, representando São Miguel das Missões. Hugo Linns representa Olinda (PE) em “A Viola Nordestina: Uma Linguagem, Uma Força” um concerto comentado no dia 27/8, também às 18h. Em 2/9, às 18h, o violeiro mineiro Paulo Freire conta “causos”, histórias e toca muita música, enquanto sua conterrânea Jéssica Soares apresenta “A Viola e as Manifestações Culturais Populares Mineiras”, em 3/9, às 18h.

Fechando a série, também por Minas, Fernando Sodré traz a apresentação “A Viola Urbana: Expressões, influências e ressignificação musical”, no dia 9/09, às 18h e, no dia 10/9, no mesmo horário, os cariocas Andréa Carneiro e Du Machado participam da roda de conversa ao vivo “A experiência do projeto ‘Rio de Violas’’ como dispositivo didático cultural sustentável”.

Os violeiros

Paulo Freire (apresentação) viveu no sertão do Urucuia – região que inspirou João Guimarães Rosa em seu romance “Grande Sertão: Veredas”. Ali aprendeu a tocar viola com os mestres locais, entre 1977 e 78. Posteriormente, foi convidado a tocar as violas na trilha da minissérie “Grande Sertão: Veredas”, produzida pela TV Globo.

Chico Lobo (show) O violeiro e compositor mineiro de São João Del Rei, toca desde os 14 anos e é Embaixador do Divino Espírito Santo (Festa folclórica de S.J. Del Rei/Ouro Preto) e Guarda Coroa de Santo Antônio (Congado/MG). É considerado um dos mais ativos e efetivos violeiros no processo de popularização da tradição musical do cenário brasileiro. Com a viola na mão toca e canta as folias, os congados, os catiras, as modas e demais ritmos que enfocam suas raízes mineiras e brasileiras no país e para o mundo.

Andréa Carneiro e Du Machado e o Mov. Rio de Violas (roda de conversa – live) Mestra em Música Brasileira (UNIRIO), Andréa Carneiro atuou como organizadora do livro “Viola Instrumental Brasileira” e vem desenvolvendo trabalhos solo e em grupo, e de pesquisa com o Movimento Rio de Violas. Já Du Machado é ator e violeiro. Natural das Minas Gerais, vive no Rio de Janeiro há mais de 10 anos. Aprendeu seus primeiros toques e ponteados com os mestres violeiros e cantadores de Uberlândia – MG.

Jessica Soares (show) é violeira, cantora e compositora belo-horizontina. Suas raízes do interior de Minas contribuem para as suas influências musicais e cultura.

Hugo Linns (show) – cresceu ouvindo as melodias características do Nordeste, desde de sua formação inicial como musicista no Conservatório Pernambucano de Música. Desde então, vem participando de atividades culturais nacionais e internacionais baseadas na experiência vivida pelo músico dentro da cultura popular.

Marcus Ferrer, Ivan Vilela e Duo Barroqueando (roda de conversa – live) Os músicos violeiros Marcus Ferrer e Ivan Vilela são professores doutores universitários com atuação direta no estudo da Viola dedilhada brasileira. Ambos vêm se transformando em referência para a afirmação do instrumento no mundo acadêmico e na formação de novos violeiros.

Valdir Verona (show) Natural de Caxias do Sul – RS, Valdir Verona é músico com mais de 30 anos de estrada e desenvolve um trabalho voltado ao uso da viola na música do Sul do Brasil, em apresentações musicais, recitais, shows, composições, gravações, edições de partituras, aulas e oficinas de música.

Fernando Sodré (show) De Belo Horizonte, o instrumentista dialoga diretamente com o movimento musical inovador e pioneiro dessa cidade: O ‘Clube da Esquina’.

Duo Barroqueando Criado em 2016 por Daniel Miranda (viola de dez cordas) e Paulo Sá (bandolim), desenvolve um repertório entre o Barroco e a Contemporaneidade. Daniel Miranda é mestre em Música pela UFRJ e bacharel em Geografia pela mesma universidade e sempre fez da diversidade músico regional brasileira o cenário para concertos didáticos, cursos e palestras em diversos países. Já Paulo Sá é doutor em música, mestre em musicologia e professor de bandolim da Escola de Música da UFRJ desde 2009. Atualmente, além do duo, integra o projeto Camerata Dedilhada da UFRJ.

O festival

Iniciado em 21 de julho, o Festival Arte de Toda Gente reúne mais de 100 professores e mais de 400 artistas das mais diversas vertentes e origens geográficas, em uma série de oficinas, mostras, encontros e apresentações, ao vivo e gravadas, transmitidas gratuitamente pela internet. Em um só grande evento, pela primeira vez, estão sendo oferecidas atividades promovidas pelos três projetos do programa Arte de Toda Gente: Bossa Criativa, Um Novo Olhar e Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos, que compõem o programa Arte de Toda gente, parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

Arte de Toda Gente, os projetos da parceria Funarte-UFRJ (www.artedetodagente.com.br)

O programa Arte de Toda Gente compreende três diferentes iniciativas, desenvolvidas em parceria pela Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria da Escola de Música da universidade e lançadas no decorrer de 2020. Devido à pandemia de Covid 19, inicialmente todas as atividades dos projetos vêm sendo desenvolvidas exclusivamente em ambiente virtual, mas, logo que possível, se estenderão a ações presenciais em todas as regiões do Brasil.

A primeira dessas iniciativas é o projeto Bossa Criativa – Arte de Toda Gente, que reúne apresentações e oficinas de diversas linguagens artísticas e manifestações da economia criativa. O foco é a democratização da cultura, bem como a diversidade e a difusão de todas as artes, de modo inclusivo. As atividades são compostas de shows curtos, performances, mostras, lives e vídeos de capacitação, exibidos no site www.bossacriativa.art.br, com participação de artistas de todo o Brasil.

A segunda iniciativa é o Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos), formado por uma rede de dezenas de profissionais de música, que atuam em cursos, oficinas, concertos e festivais, produzindo ainda material didático de apoio, partituras e publicações. A ideia é capacitar regentes, instrumentistas, compositores e educadores musicais, apoiando projetos sociais de música e, ainda, contribuir para o desenvolvimento das orquestras escola de todo o país e suas atividades estão disponíveis no site www.sinos.art.br.

Já o Um Novo Olhar (UNO) tem como alvo promover a inclusão e o acesso de crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência, por meio das artes e da capacitação de professores e de regentes para coro. Com a exibição online de performances de artistas e vídeo podcasts (vodcasts) sobre arte e acessibilidade, a promoção de lives, encontros e seminários virtuais e com uma série de publicações – que incluem a produção por encomenda de versões e partituras originais de compositores brasileiros especialmente formatadas para corais –, o projeto tem também o objetivo de ampliar a percepção de toda a sociedade sobre as deficiências e suas aulas e apresentações podem ser encontradas no site www.umnovoolhar.art.br.

Christiano Caldas e Bárbara Barcellos no Festival Arte de Toda Gente

Artistas mineiros estreiam apresentações nos dias 19 e 21/8, às 18h, no site www.bossacriativa.art.br e no canal Arte de Toda Gente, no Youtube. Iniciativa é parte da parceria da Funarte com a UFRJ

Estreiam nos próximos dias 19 e 21 de agosto, ambos às 18h, dois shows com talentosos representantes na música popular brasileira, Christiano Caldas (na quinta) e Bárbara Barcellos (no sábado). Gravadas em vídeo, as apresentações fazem parte do conjunto de atividades do Bossa Criativa na programação do Festival Arte de Toda Gente e estarão disponíveis no site www.bossacriativa.art.br e no canal Arte de Toda Gente, no Youtube. O projeto é uma parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte e da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

  Reprodução
 
  Christiano Caldas (foto de PH.ThiagoDiNazaré1) e Barbara Barcellos (foto de Andreza de Paula)

Christiano Caldas iniciou sua carreira aos 13 anos e, aos 17 anos, começou desenvolver trabalhos como produtor musical, engenheiro de áudio e pianista e tecladista, acompanhando e desenvolvendo trabalhos com grandes nomes, como Milton Nascimento, Flávio Venturini, 14 Bis, Sá & Guarabyra, Roberto Menescal, Chico Amaral, Wagner Tiso, João Donato, Leo Gandelman, Célio Balona, Beto Guedes, Juarez Moreira, Nivaldo Ornelas e Vander Lee, Mike Stern, Chris Washburnem Orquestra Ouro Preto, Célio Balona e Orquestra Sesi Minas Musicoop, entre outros. Prestes a completar 30 anos de carreira, Christiano lança seu primeiro álbum, “Afinidades – Série Instrumental Vol.1”, que reúne compositores da nova geração e nomes que constituíram parte de sua biografia musical. No álbum – que será base para o repertório do show – ele faz uma homenagem à música instrumental mineira.

Bárbara Barcellos nasceu em Belo Horizonte, filha de musicistas, e, iniciou sua vida profissional aos 14 anos, tendo cantado com com artistas como Tavinho Moura, Toninho Horta, Milton Nascimento, Paulo Braga, Daniel Jobim entre outros e, aos 18 iniciou uma parceria com o Beto Lopes, com quem vem se apresentando e participando de eventos. Em 2015, Bárbara ingressou na Bituca Universidade de Música Popular, em Barbacena-MG, cursando canto, Musicalização, História da Música, Prática em Conjunto, Teatro e Percepção musical. Em 2016, ela gravou seu primeiro CD, “UBUNTU”, com releituras da MPB e duas músicas autorais. No show do festival, Bárbara estará sozinha (voz e violão), apresentando composições suas e releituras de clássicos do movimento clube da esquina e da música brasileira.

O festival

Iniciado em 21 de julho, o Festival Arte de Toda Gente reúne mais de 100 professores e mais de 400 artistas das mais diversas vertentes e origens geográficas, em uma série de oficinas, mostras, encontros e apresentações, ao vivo e gravadas, transmitidas gratuitamente pela internet. Em um só grande evento, pela primeira vez, estão sendo oferecidas atividades promovidas pelos três projetos do programa Arte de Toda Gente: Bossa Criativa, Um Novo Olhar e Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos, que compõem o programa Arte de Toda gente, parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

Arte de Toda Gente, os projetos da parceria Funarte-UFRJ (www.artedetodagente.com.br)

O programa Arte de Toda Gente compreende três diferentes iniciativas, desenvolvidas em parceria pela Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria da Escola de Música da universidade e lançadas no decorrer de 2020. Devido à pandemia de Covid 19, inicialmente todas as atividades dos projetos vêm sendo desenvolvidas exclusivamente em ambiente virtual, mas, logo que possível, se estenderão a ações presenciais em todas as regiões do Brasil.

A primeira dessas iniciativas é o projeto Bossa Criativa – Arte de Toda Gente, que reúne apresentações e oficinas de diversas linguagens artísticas e manifestações da economia criativa. O foco é a democratização da cultura, bem como a diversidade e a difusão de todas as artes, de modo inclusivo. As atividades são compostas de shows curtos, performances, mostras, lives e vídeos de capacitação, exibidos no site www.bossacriativa.art.br, com participação de artistas de todo o Brasil.

A segunda iniciativa é o Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos), formado por uma rede de dezenas de profissionais de música, que atuam em cursos, oficinas, concertos e festivais, produzindo ainda material didático de apoio, partituras e publicações. A ideia é capacitar regentes, instrumentistas, compositores e educadores musicais, apoiando projetos sociais de música e, ainda, contribuir para o desenvolvimento das orquestras escola de todo o país e suas atividades estão disponíveis no site www.sinos.art.br.

Já o Um Novo Olhar (UNO) tem como alvo promover a inclusão e o acesso de crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência, por meio das artes e da capacitação de professores e de regentes para coro. Com a exibição online de performances de artistas e vídeo podcasts (vodcasts) sobre arte e acessibilidade, a promoção de lives, encontros e seminários virtuais e com uma série de publicações – que incluem a produção por encomenda de versões e partituras originais de compositores brasileiros especialmente formatadas para corais –, o projeto tem também o objetivo de ampliar a percepção de toda a sociedade sobre as deficiências e suas aulas e apresentações podem ser encontradas no site www.umnovoolhar.art.br.

 

Um Novo Olhar apresenta Mostra Coral no Festival Arte de Toda Gente

Composta por dois vídeos, que estreiam nos dias 21 e 21/8, às 14h, atração reúne 11 grupos e estará disponível no Youtube e no site www.umnovoolhar.art.br, com tradução para Libras. Projeto é uma parceria de Funarte e UFRJ.

Estreia neste sábado, dia 21/8 às 14h, no canal Arte de Toda Gente, no Youtube, e no site www.umnovoolhar.art.br, o primeiro dos dois vídeos da Mostra Coral do projeto Um Novo Olhar. Parte da programação do Festival Arte de Toda Gente, a mostra reúne coros de cidades históricas brasileiras e mostrará um pouco da rica diversidade coral existente no Brasil. A segunda parte das apresentações será veiculada no dia 28/8 e ambos vídeos contam com tradução em libras. O projeto Um Novo Olhar é uma parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

No primeiro vídeo da mostra, se apresentarão o coral Vivace de Sergipe (regência de Sergio Chagas), o Coro Juvenil do Conservatório Pernambucano de Música, de Recife (Abinaésia Souza); o Coral da Aldeia Araponga, de Paraty (Nino Benite da Silva) e o Coral da Universidade Federal do Maranhão, da cidade de São Luiz do Maranhão (Jonathan da Silva Souza). Participam ainda, representando Minas Gerais, os corais da Universidade Federal de Ouro Preto (Edésio Lara); ANSEF/PF de Belo Horizonte (Leonardo Cunha) e o Canarinhos de Itabirito (Eric Lana).

A Mostra continua no dia 28/8, também às 14h, com a estreia do segundo vídeo. Nele, do Estado do Rio, estarão o Coral Guarani Tenonderã, da região de Paraty e Angras do Reis, coordenado por Tupã, índio da aldeia Guarani, e o Coral das Meninas Canarinhos de Petrópolis, sob a regência de Marcelo Vizani. Já do Rio Grande do Sul, se apresentará o Coral de Meninas de Bom Princípio, regido por Márcio Buzzato e, finalizando a amostra, o coral Cantus Firmus, de Brasilia, com regência de Isabella Sekeff.

O festival

Iniciado em 21 de julho, o Festival Arte de Toda Gente reúne mais de 100 professores e mais de 400 artistas das mais diversas vertentes e origens geográficas, em uma série de oficinas, mostras, encontros e apresentações, ao vivo e gravadas, transmitidas gratuitamente pela internet. Em um só grande evento, pela primeira vez, estão sendo oferecidas atividades promovidas pelos três projetos do programa Arte de Toda Gente: Bossa Criativa, Um Novo Olhar e Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos, que compõem o programa Arte de Toda gente, parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

Corais participantes

1º Vídeo (21/8)

Coral Vivace de Sergipe (Maestro Sergio Chagas)
Coro Juvenil do Conservatório Pernambucano de Música (Regência de Abinaésia Souza)
Coral da Aldeia Araponga de Paraty (Direção de Nino Benite da Silva)
Coral da Universidade Federal do Maranhão (Regência do Maestro Jonathan da Silva Souza)
Coral da Universidade Federal de Ouro Preto (Regência de Edésio Lara)
Coral ANSEF/PF MG (Regência de Leonardo Cunha)
Coral Canarinhos de Itabirito MG (Regência de Eric Lana)

2º Vídeo (28/8)

Coral Guarani Tenonderã (coordenado por Tupã)
Coral das Meninas Canarinhos de Petrópolis (Regência de Marcelo Vizani)
Coral de Meninas da cidade de Bom Princípio (Regência de Márcio Buzzato)
Coral Cantus Firmus (Regência Isabella Sekeff)