República Musical

Desenho: Bernardelli (1903)
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Leopoldo Miguez (1850-1902), mais importante compositor da geração republicana.

A décima-sexta edição de Concertos UFRJ, que foi ao ar em 15 de novembro, visitou a geração de compositores engajados na instauração da república no Brasil.

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

Embora as conexões entre a cultura e a história do país careçam de estudos mais aprofundados, já está amplamente estabelecido que determinados eventos políticos impactaram profundamente o percurso da música no Brasil, assim como o das artes e o da literatura. Em especial, os processos de ruptura e transformações parecem nesse caso particularmente ricos e plenos de significações. A décima-sexta edição de Concertos UFRJ, visitou um desses momentos: o da instauração, em 1889, da república e as consequências na cena musical do país.

 

O programa, que vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, pela rádio Roquette Pinto, na frequência 94,1 FM, focalizou a produção daquela geração de compositores que, nascidos em meados do século XIX, adotaram os pressupostos republicanos e se engajaram em certo projeto para construir uma identidade nacional nova, diversa e muitas vezes oposta àquela informada pelo antigo regime. Um republicanismo muito matizado, cabe mencionar, e que bebe em tradições romântico-conservadoras – o que significa dar relevo mais a determinadas identidades étnicas e linguísticas do que a conquista da democracia e a ampliação consciente da cidadania.

 

No plano da música de concerto esse processo de diferenciação simbólica envolveu a valorização das nossas raízes culturais e a instauração de uma sólida estrutura de ensino. A criação em 1890 do Instituto Nacional de Música (INM), atual Escola de Música da UFRJ, em substituição ao Conservatório Imperial de Música, pode ser entendido como parte desse esforço de criação de uma “república musical”, segundo a expressão cunhada por Avelino Romero Pereira.

 

O nome mais importante dessa geração foi sem dúvida Leopoldo Miguez (1850-1902), primeiro diretor do INM. Além dele,  a edição de Concertos UFRJ apresentou obras de Alberto Nepomuceno (1864-1920), Henrique Oswald (1852-1931), ambos igualmente diretores do instituto, Francisco Braga (1868-1945), docente do INM e Alexandre Levy (1864-1892). Uma geração que com frequência é tomada como “percussora” do nosso nacionalismo musical, mas que a crítica e a pesquisa musicológica têm revelado possuir uma trajetória mais rica e mais complexa.

 

Apresentadas por André Cardoso, diretor da Escola de Música e regente da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), as edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Novembro

 

 

Programa 14 – Dia 1 de novembro – Todos os sopros


Programa dedicado a explorar uma formação musical que é muito antiga na história da música mas cujo repertório sempre ficou um tanto distante das salas de concertos. Trata-se dos grupos de instrumentos de sopro, que são conhecidos popularmente por bandas mas que na verdade possuem uma literatura musical que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

  1. Giovani GABRIELLI – “Canzon primi toni à 10” – Musica Fiata Köln com a direção de Roland Wilson.
  2. W. A. MOZART – Terceiro movimento da Serenata no 10 para 13 instrumentos de sopro K361 “Gran Partita” – Academia de Saint Martin in the Fields com a regência de Neville Marriner.
  3. Felix MENDELSSOHN – Abertura op. 24 – Orquestra Sinfônica de Londres e regência de Cláudio Abbado.
  4. A. DVORAK – Serenata para sopros op. 44 – Orquestra Filarmônica de Londres e regência de Christopher Hogwood.
  5. Gustav HOLST – Primeira Suíte para Banda Militar – Orquestra de Sopros de Tokyo e a regência de Frederick Fennel.
  6. Heitor VILLA-LOBOS – Fantasia em três movimentos em forma de choros – Orquestra de Sopros da UFRJ e a regência de Marcelo Jardim.

 

Programa 15 – Dia 08 de novembro – Grandes mestres da Escola de Música I: Francisco MIGNONE.


Série que dedicará um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. Para abrir a série foi escolhido o maestro Francisco Mignone (1897-1986) que foi, sem dúvida, um dos maiores músicos brasileiros do século XX.

 

1. “Congada” da ópera O Contratador de Diamantes com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

2. Primeira Fantasia Brasileira para piano e orquestra com o pianista Bernardo Segal como solista da Orquestra Sinfônica da NBC e a regência de Arturo Toscanini. Gravação realizada ao vivo em Nova York em 14 de novembro de 1943 .

3. Valsas de Esquina nos. 1 e 2 com o pianista Arthur Moreira Lima.

4. Modinha para violoncelo e piano com o violoncelista Ricardo Santoro e a pianista Mirian Grosman.

5. “Festança sem Boi” terceiro movimento do Trio no. 1 para flauta violoncelo e piano com o Trio Mignone (Afonso Oliveira, flauta; Ricardo Santoro, violoncelo; Mirian Grosman, piano).

6. “Patapiada” Valsa no. 9 para fagote solo com o fagotista Frank Morelli.

7. “Cateretê” para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.

8. Concertino para fagote e orquestra com o fagotista Frank Morelli acompanhado pela Orquestra de Câmara Orpheus.

9. “Batuque” da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 16 – Dia 15 de novembro – República Musical

 

Entre as datas cívicas do calendário brasileiro o dia 15 de novembro marca a Proclamação da República, um golpe militar que pos fim ao regime imperial com a deposição de D. Pedro II. Muitos foram os artistas que abraçaram a causa republicana. Entre os músicos destaca-se a geração de compositores nascidos na segunda metade do século XIX em especial aqueles que viriam a formar a partir de 1890 os quadros docentes do Instituto Nacional de Música, que substituiu o antigo Conservatório Imperial e que é hoje a Escola de Música da UFRJ.

 

  1. Leopoldo MIGUEZ – Poema-Sinfônico “Ave Libertas” com a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense e a regência de Ligia Amadio.
  2. Alexandre LEVY – “Samba”, último movimento da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e a regência de Erick Vasconcelos.
  3. Alberto NEPOMUCENO – “Galhofeira”, último movimento das Quatro Peças Líricas op. 13 com o pianista Miguel Proença.
  4. Alberto NEPOMUCENO – Scherzo para orquestra com a Sinfonia Cultura e a regência de Lutero Rodrigues.
  5. Henrique OSWALD – Andante com Variações para piano e orquestra com o pianista Eduardo Monteiro, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.
  6. Francisco BRAGA – Episódio Sinfônico com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

 

Programa 17 – Dia 22 de novembro – Dia dos Músicos

 

Desde o século XV Santa Cecília é considerada a padroeira dos músicos e o dia de sua festa, 22 de novembro, é conhecido também como o dia da música e dos músicos. No programa de hoje será apresentada integralmente a Ode para o dia de Santa Cecília de Haendel como uma homenagem a todos os músicos do Rio de Janeiro.

 

1. G. F. HAENDEL – Ode para o dia de Santa Cecília com o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

 

Programa 18 – Dia 29 de novembro – O bandolim na música de concerto

 

Conhecido no Brasil como instrumeno típico do choro o bandolim possui um grande repertório na música de concerto. Compositores como Vivaldi, Mozart e Beethoven escreveram obras para bandolim. Aproveitando a recente criação do bacharelado em bandolim vamos conhecer obras originais com acompanhamento de piano e concertos com orquestra de diferentes compositores, além de mostrar a diversidade de instrumentos. O convidado será o bandolinista Paulo Sá, professor da Escola de Música.

 

  1. A. VIVALDI – Concerto em Dó M para bandolim cordas e contínuo.
  2. W. A. MOZART – Ária “Deviene alla finestra”, da ópera Don Giovanni.
  3. L. V. BEETHOVEN – Andante com variações para bandolim e piano.
  4. G. PAISIELLO – Concerto para bandolim e orquestra.
  5. R. GNATTALI – Concerto para bandolim e cordas

Francisco Mignone em “Concertos UFRJ”

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Francisco Mignone (1897-1986)

A obra de Francisco Mignone (1897-1986), um dos maiores músicos brasileiros do século passado, foi o tema da última edição de Concertos UFRJ.


 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

A obra de Francisco Mignone (1897-1986), um dos maiores músicos brasileiros do século passado, foi o tema da edição de Concertos UFRJ veiculada em oito de novembro. Apresentado toda segunda-feira, às 22h, por André Cardoso, diretor da Escola de Música (EM) e regente da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), o programa é resultado de um convênio da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1).

 

Francisco Mignone, descendente de italianos, nasceu em São Paulo (SP) em 1897. Seu pai, flautista, foi seu primeiro professor. Cursou composição e piano no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, onde, após quatro anos de estudos, se formou. Participa então de pequenas orquestras e de conjuntos de choro e chega a escrever, sob pseudônimo de Chico Bororó, música popular.

 

Graças a uma bolsa de aperfeiçoamento, viaja em 1920 para a Milão, onde estuda com Vicenzo Ferroni. Os nove anos passados na Europa, com frequentes visitas ao Brasil, lhe dão embasamento teórico e novas perspectivas musicais: “E no final de todos esses ensinamentos eu me tornei o meu próprio professor”, dirá mais tarde. Desta época é a ópera O Contratador de Diamantes (1921), cuja Congada, peça de bailado do segundo ato, ficou célebre. Igualmente desta fase são a Festa Dionisíaca (1923), um poema sinfônico, e Momus, poema humorístico.

 

Ao regressar ao Brasil, torna-se professor do conservatório em que havia estudado, sendo friamente recebido por Mário de Andrade, seu colega quando jovem neste estabelecimento, devido as suas fortes influências europeias. A reaproximação resultará, porém, numa amizade duradoura entre os dois e na aceitação por parte do compositor dos postulados nacionalistas propostos pelo escritor e pelo movimento modernista de 22, o que fez com que Mignone passasse a buscar inspiração nas raízes musicais e folclóricas brasileiras, a ponto de se tornar o compositor nacionalista mais importante da geração pós Villa-Lobos. Como afirmou Mário de Andrade, “Na música italiana Mignone será mais um numa escola rica e numerosa que ele não aumenta. Aqui ele será um valor imprescindível”. Deste período são a primeira e segunda Fantasia Brasileira (para piano e orquestra), as Festas de Igrejas (poema sinfônico) e a série das 12 Valsas de Esquina (cada uma composta sobre um dos 12 tons menores).

 

Em 1933, o compositor se muda para o Rio de Janeiro para exercer o cargo de titular de regência no Instituto Nacional de Música, atual Escola de Música da UFRJ (EM). Em 1939, por concurso, Mignone é efetivado nessa mesma cadeira, a qual haveria de ocupar até a aposentadoria em 1967. Nesta época compõe, entre outras obras marcantes, o bailado Maracatu do Chico Rei em colaboração com Mário de Andrade. Entre seus alunos figuram, entre outros, Eleazar de Carvalho, Henrique Morelenbaun e Mário Tavares. “Possibilitei a muitos jovens que se transformassem em mestres da arte de difundir a música, a nossa grande música”, dirá sobre sua experiência docente.

 

Sua obra denuncia várias influências: inicialmente a da música italiana, mais tarde a de temas brasileiros. Outra fonte em que Mignone bebe é a africana, que se manifesta pela utilização de ritmos característicos. Outra grande influência é a da música popular, na qual foi buscar inspiração nas valsas, serestas e choros. Cabe mencionar ainda que sua obra é frequentemente atravessada por um inegável bom humor, o que se reflete nos títulos e nos textos que se propõe a musicar.

 
Mignone abandonará a fase nacionalista no início nos anos 1960, quando passa a produzir peças atonais. Com exceção de suas músicas sacras e composições para violão, manteve este novo estilo até a década de 1970, quando retomou a tradição tonal.

 

O compositor recebeu inúmeros prêmios ao longo da carreira e ocupou a cadeira 33 da Academia Brasileira de Música (ABM), tendo sido presidente da instituição.

 

Faleceu em 1986, aos 88 anos, no Rio de Janeiro.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Novembro

 

 

Programa 14 – Dia 1 de novembro – Todos os sopros


Programa dedicado a explorar uma formação musical que é muito antiga na história da música mas cujo repertório sempre ficou um tanto distante das salas de concertos. Trata-se dos grupos de instrumentos de sopro, que são conhecidos popularmente por bandas mas que na verdade possuem uma literatura musical que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

  1. Giovani GABRIELLI – “Canzon primi toni à 10” – Musica Fiata Köln com a direção de Roland Wilson.
  2. W. A. MOZART – Terceiro movimento da Serenata no 10 para 13 instrumentos de sopro K361 “Gran Partita” – Academia de Saint Martin in the Fields com a regência de Neville Marriner.
  3. Felix MENDELSSOHN – Abertura op. 24 – Orquestra Sinfônica de Londres e regência de Cláudio Abbado.
  4. A. DVORAK – Serenata para sopros op. 44 – Orquestra Filarmônica de Londres e regência de Christopher Hogwood.
  5. Gustav HOLST – Primeira Suíte para Banda Militar – Orquestra de Sopros de Tokyo e a regência de Frederick Fennel.
  6. Heitor VILLA-LOBOS – Fantasia em três movimentos em forma de choros – Orquestra de Sopros da UFRJ e a regência de Marcelo Jardim.

 

Programa 15 – Dia 08 de novembro – Grandes mestres da Escola de Música I: Francisco MIGNONE.


Série que dedicará um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. Para abrir a série foi escolhido o maestro Francisco Mignone (1897-1986) que foi, sem dúvida, um dos maiores músicos brasileiros do século XX.

 

1. “Congada” da ópera O Contratador de Diamantes com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

2. Primeira Fantasia Brasileira para piano e orquestra com o pianista Bernardo Segal como solista da Orquestra Sinfônica da NBC e a regência de Arturo Toscanini. Gravação realizada ao vivo em Nova York em 14 de novembro de 1943 .

3. Valsas de Esquina nos. 1 e 2 com o pianista Arthur Moreira Lima.

4. Modinha para violoncelo e piano com o violoncelista Ricardo Santoro e a pianista Mirian Grosman.

5. “Festança sem Boi” terceiro movimento do Trio no. 1 para flauta violoncelo e piano com o Trio Mignone (Afonso Oliveira, flauta; Ricardo Santoro, violoncelo; Mirian Grosman, piano).

6. “Patapiada” Valsa no. 9 para fagote solo com o fagotista Frank Morelli.

7. “Cateretê” para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.

8. Concertino para fagote e orquestra com o fagotista Frank Morelli acompanhado pela Orquestra de Câmara Orpheus.

9. “Batuque” da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 16 – Dia 15 de novembro – República Musical

 

Entre as datas cívicas do calendário brasileiro o dia 15 de novembro marca a Proclamação da República, um golpe militar que pos fim ao regime imperial com a deposição de D. Pedro II. Muitos foram os artistas que abraçaram a causa republicana. Entre os músicos destaca-se a geração de compositores nascidos na segunda metade do século XIX em especial aqueles que viriam a formar a partir de 1890 os quadros docentes do Instituto Nacional de Música, que substituiu o antigo Conservatório Imperial e que é hoje a Escola de Música da UFRJ.

 

  1. Leopoldo MIGUEZ – Poema-Sinfônico “Ave Libertas” com a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense e a regência de Ligia Amadio.
  2. Alexandre LEVY – “Samba”, último movimento da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e a regência de Erick Vasconcelos.
  3. Alberto NEPOMUCENO – “Galhofeira”, último movimento das Quatro Peças Líricas op. 13 com o pianista Miguel Proença.
  4. Alberto NEPOMUCENO – Scherzo para orquestra com a Sinfonia Cultura e a regência de Lutero Rodrigues.
  5. Henrique OSWALD – Andante com Variações para piano e orquestra com o pianista Eduardo Monteiro, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.
  6. Francisco BRAGA – Episódio Sinfônico com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

 

Programa 17 – Dia 22 de novembro – Dia dos Músicos

 

Desde o século XV Santa Cecília é considerada a padroeira dos músicos e o dia de sua festa, 22 de novembro, é conhecido também como o dia da música e dos músicos. No programa de hoje será apresentada integralmente a Ode para o dia de Santa Cecília de Haendel como uma homenagem a todos os músicos do Rio de Janeiro.

 

1. G. F. HAENDEL – Ode para o dia de Santa Cecília com o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

 

Programa 18 – Dia 29 de novembro – O bandolim na música de concerto

 

Conhecido no Brasil como instrumeno típico do choro o bandolim possui um grande repertório na música de concerto. Compositores como Vivaldi, Mozart e Beethoven escreveram obras para bandolim. Aproveitando a recente criação do bacharelado em bandolim vamos conhecer obras originais com acompanhamento de piano e concertos com orquestra de diferentes compositores, além de mostrar a diversidade de instrumentos. O convidado será o bandolinista Paulo Sá, professor da Escola de Música.

 

  1. A. VIVALDI – Concerto em Dó M para bandolim cordas e contínuo.
  2. W. A. MOZART – Ária “Deviene alla finestra”, da ópera Don Giovanni.
  3. L. V. BEETHOVEN – Andante com variações para bandolim e piano.
  4. G. PAISIELLO – Concerto para bandolim e orquestra.
  5. R. GNATTALI – Concerto para bandolim e cordas

Todos os sopros em “Concertos UFRJ”

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Banda de Música (1956), Portinari.
Um passeio pelo repertório dedicado aos instrumentos de sopro é a proposta da décima-quarta edição de Concertos UFRJ, veiculada em 1º de novembro.


 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

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{magnify}images/stories/noticias/bandaportinari685.jpg|Banda de Música</em> (1956), Portinari.{/magnify}Conhecidos popularmente por bandas os conjuntos de instrumentos de sopro possuem um repertório musical muito rico.

Um passeio pelo repertório dedicado aos instrumentos de sopro é a proposta da décima-quarta edição de Concertos UFRJ, veiculada em 1º de novembro. Apresentado toda segunda-feira, às 22h, por André Cardoso, diretor da Escola de Música (EM) e regente da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), o programa é resultado de um convênio da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1).

 

A origem dos instrumentos musicais perde-se no tempo. Não há praticamente grupo populacional que não tenha feito uso de deles, já que a música parece ser uma linguagem inerente ao próprio homem. Frequentemente, os povos tribais e antigos atribuíam aos deuses a sua invenção.

 

Assim, de acordo com a mitologia grega, a flauta, talvez o mais emblemático dos instrumentos de sopro, teria sido uma invenção de Pã, confundido às vezes com Fauno dos latinos. Deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores, Pã a fez em homenagem a ninfa Syrinx, por quem se apaixonara, mas que havia rejeitado seu amor.

 

O certo é que os instrumentos de sopro são dos mais antigos. A distinção corrente, que os classifica em madeiras e metais, é, porém, recente e se estabeleceu definitivamente ao longo do séc. XIX, como parte do processo geral de padronização de timbres que resultará na definição da orquestra moderna.

 

Seja como for, constituem uma formação, conhecida popularmente como banda, de enorme apelo de público. E, apesar de um pouco distante das salas de concerto, suscitou uma literatura que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

Para evidenciar isso, a edição de Concertos UFRJ pinçou seis obras que cobrem um trajeto que nos traz da renascença à modernidade. Quase cinco séculos de uma fértil e instigante produção musical. O mais antigo repertório que os grupos de sopros executam ainda hoje com regularidade é o da chamada escola veneziana, que se desenvolve na Itália nos séc. XVI e XVII. Os metais caracterizam a sua musicalidade que prioriza a composição para espaços amplos e para igrejas majestosas. A edição de Concertos UFRJ destacou a Canzon primi toni à 10 de Giovani Gabrielli (1555/7-1612) que, na transição entre o renascimento e o barroco, levou essa tradição ao apogeu em termos de sofisticação musical e riqueza melódica. Em contraste, as madeiras, associadas às trompas, se adequam mais confortavelmente aos salões restritos da aristocracia, como mostra a Serenata no 10 (K361), conhecida como “Gran Partita”, composta por Mozart para um concerto privado e destinada a treze instrumentos de sopro. Diversidade que evidencia a enorme riqueza de timbres que esse naipe de instrumentos oferece aos compositores.

 

Do período romântico, o programa apresenta a Abertura, op. 24, de Mendelssohn (1756-1791), obra em que a formação de sopros, já perfeitamente estabelecida, se integra à percussão e aos contrabaixos. Também para um conjunto mais amplo, que comporta dois naipes de cordas, Dvorak (1841-1904) compôs sua Serenata para sopros, op. 44.

 

Uma tendência para a ampliação das experiências sonoras que ganha força no séc. XX. Concertos UFRJ destacam como exemplo dessa produção mais recente a obra de Gustav Hoslt (1874-1974), que escreveu entre 1909 e 1911 duas Suítes para Banda Militar que, apesar do nome, são agora executadas em salas de concerto mais que por conjuntos tradicionais, e a Fantasia em três movimentos em forma de choros de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), de 1958. Obras que denotam a preocupação dos compositores modernos em ampliar o repertório voltado para esses instrumentos, como um esforço por integrá-los em novas e inusitadas combinações.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Novembro

 

 

Programa 14 – Dia 1 de novembro – Todos os sopros


Programa dedicado a explorar uma formação musical que é muito antiga na história da música mas cujo repertório sempre ficou um tanto distante das salas de concertos. Trata-se dos grupos de instrumentos de sopro, que são conhecidos popularmente por bandas mas que na verdade possuem uma literatura musical que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

  1. Giovani GABRIELLI – “Canzon primi toni à 10” – Musica Fiata Köln com a direção de Roland Wilson.
  2. W. A. MOZART – Terceiro movimento da Serenata no 10 para 13 instrumentos de sopro K361 “Gran Partita” – Academia de Saint Martin in the Fields com a regência de Neville Marriner.
  3. Felix MENDELSSOHN – Abertura op. 24 – Orquestra Sinfônica de Londres e regência de Cláudio Abbado.
  4. A. DVORAK – Serenata para sopros op. 44 – Orquestra Filarmônica de Londres e regência de Christopher Hogwood.
  5. Gustav HOLST – Primeira Suíte para Banda Militar – Orquestra de Sopros de Tokyo e a regência de Frederick Fennel.
  6. Heitor VILLA-LOBOS – Fantasia em três movimentos em forma de choros – Orquestra de Sopros da UFRJ e a regência de Marcelo Jardim.

 

Programa 15 – Dia 08 de novembro – Grandes mestres da Escola de Música I: Francisco MIGNONE.


Série que dedicará um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. Para abrir a série foi escolhido o maestro Francisco Mignone (1897-1986) que foi, sem dúvida, um dos maiores músicos brasileiros do século XX.

 

1. “Congada” da ópera O Contratador de Diamantes com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

2. Primeira Fantasia Brasileira para piano e orquestra com o pianista Bernardo Segal como solista da Orquestra Sinfônica da NBC e a regência de Arturo Toscanini. Gravação realizada ao vivo em Nova York em 14 de novembro de 1943 .

3. Valsas de Esquina nos. 1 e 2 com o pianista Arthur Moreira Lima.

4. Modinha para violoncelo e piano com o violoncelista Ricardo Santoro e a pianista Mirian Grosman.

5. “Festança sem Boi” terceiro movimento do Trio no. 1 para flauta violoncelo e piano com o Trio Mignone (Afonso Oliveira, flauta; Ricardo Santoro, violoncelo; Mirian Grosman, piano).

6. “Patapiada” Valsa no. 9 para fagote solo com o fagotista Frank Morelli.

7. “Cateretê” para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.

8. Concertino para fagote e orquestra com o fagotista Frank Morelli acompanhado pela Orquestra de Câmara Orpheus.

9. “Batuque” da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 16 – Dia 15 de novembro – República Musical

 

Entre as datas cívicas do calendário brasileiro o dia 15 de novembro marca a Proclamação da República, um golpe militar que pos fim ao regime imperial com a deposição de D. Pedro II. Muitos foram os artistas que abraçaram a causa republicana. Entre os músicos destaca-se a geração de compositores nascidos na segunda metade do século XIX em especial aqueles que viriam a formar a partir de 1890 os quadros docentes do Instituto Nacional de Música, que substituiu o antigo Conservatório Imperial e que é hoje a Escola de Música da UFRJ.

 

  1. Leopoldo MIGUEZ – Poema-Sinfônico “Ave Libertas” com a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense e a regência de Ligia Amadio.
  2. Alexandre LEVY – “Samba”, último movimento da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e a regência de Erick Vasconcelos.
  3. Alberto NEPOMUCENO – “Galhofeira”, último movimento das Quatro Peças Líricas op. 13 com o pianista Miguel Proença.
  4. Alberto NEPOMUCENO – Scherzo para orquestra com a Sinfonia Cultura e a regência de Lutero Rodrigues.
  5. Henrique OSWALD – Andante com Variações para piano e orquestra com o pianista Eduardo Monteiro, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.
  6. Francisco BRAGA – Episódio Sinfônico com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

 

Programa 17 – Dia 22 de novembro – Dia dos Músicos

 

Desde o século XV Santa Cecília é considerada a padroeira dos músicos e o dia de sua festa, 22 de novembro, é conhecido também como o dia da música e dos músicos. No programa de hoje será apresentada integralmente a Ode para o dia de Santa Cecília de Haendel como uma homenagem a todos os músicos do Rio de Janeiro.

 

1. G. F. HAENDEL – Ode para o dia de Santa Cecília com o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

 

Programa 18 – Dia 29 de novembro – O bandolim na música de concerto

 

Conhecido no Brasil como instrumeno típico do choro o bandolim possui um grande repertório na música de concerto. Compositores como Vivaldi, Mozart e Beethoven escreveram obras para bandolim. Aproveitando a recente criação do bacharelado em bandolim vamos conhecer obras originais com acompanhamento de piano e concertos com orquestra de diferentes compositores, além de mostrar a diversidade de instrumentos. O convidado será o bandolinista Paulo Sá, professor da Escola de Música.

 

  1. A. VIVALDI – Concerto em Dó M para bandolim cordas e contínuo.
  2. W. A. MOZART – Ária “Deviene alla finestra”, da ópera Don Giovanni.
  3. L. V. BEETHOVEN – Andante com variações para bandolim e piano.
  4. G. PAISIELLO – Concerto para bandolim e orquestra.
  5. R. GNATTALI – Concerto para bandolim e cordas

Ernani Aguiar em “Concertos UFRJ”

Foto: Divulgação
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Ernani Aguiar

A décima-terceira edição de Concertos UFRJ, a última de outubro, recebeu um convidado muito especial, o compositor, regente e docente da Escola de Música (EM), Ernani Aguiar.


 

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Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

A décima-terceira edição de Concertos UFRJ, a última de outubro, recebeu um convidado muito especial, o compositor, regente e docente da Escola de Música (EM), Ernani Aguiar. Uma das personalidades mais criativas do cenário musical brasileiro atual, Aguiar, que completa 60 anos em plena atividade, falou um pouco de sua trajetória, do modo de escritura de algumas de suas peças e do processo subjacente a sua criação. Recentemente (ver ) várias partituras de sua produção coral a capela foram publicadas como resultado de uma parceria da EM com a Academia Brasileira de Musical (ABM).

 

O compositor está trabalhando agora em duas obras, uma abertura para a Orquestra Petrobras Sinfônica, que estreia em dezembro, e o primeiro concertino brasileiro para cavaquinho e orquestra de cordas. No programa ele destaca ainda que se sente particularmente à vontade escrevendo para instrumentos de cordas e para vozes. Aliás, suas peças corais expressam, não raro, uma profunda, sincera e sentida religiosidade.

 

Apresentado toda segunda-feira, às 22h, por André Cardoso, diretor da EM e regente que divide com Ernani Aguiar a direção da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), o programa é resultado de um convênio da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1).

 

Ernani Aguiar nasceu em 1950, em Petrópolis, Rio de Janeiro, e fez seus estudos musicais sob a orientação de Paulina d’Ambrósio e Santino Parpinelli (violino e viola), César Guerra-Peixe (composição), Carlos Alberto Pinto Fonseca (regência) e Jean-Jacques Pagnot (música de câmara). Foi bolsista do Mozarteum Argentino, tendo estudado com Sérgio Lorenzi. No Conservatório Cherubini, em Florença (Itália), estudou com Roberto Micchelucci (violino), Annibale Gianuario (regência), Franco Rossi (música de câmara) e Mário Fabbri (história da música).

 

Fez cursos de aperfeiçoamento em regência com Franco Ferra, Adone Zecchi, Giuseppe Montanari e Sergiu Celibidache. Foi provavelmente o primeiro estrangeiro, nos últimos três séculos, a reger o grande coro da Catedral de Florença, e recebeu o título de Maestro de Capela em Santa Maria de Peretola, na mesma cidade. Foi professor de regência do Instituto Villa-Lobos da UNIRIO, coordenador do Projeto Orquestras da Funarte (1982-1985) e em 1990, recebeu o título de Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro.

 

Como regente, dedica-se especialmente ao repertório brasileiro e ao repertório contemporâneo internacional. Como pesquisador, tem sua atenção voltada para a música brasileira do período colonial, tendo realizado edição crítica de grande quantidade dessas obras. Como compositor, tem tido sucesso expressivo, e sua música está frequentemente presente em programas de concertos, no Brasil e no exterior, existindo boa quantidade de edições fonográficas de obras suas.

 

Ernani Aguiar ocupa a cadeira 4 da ABM, que tem como patrono  J. J. E. Lobo de Mesquita e como fundadora Oneyda Alvarenga.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Novembro

 

 

Programa 14 – Dia 1 de novembro – Todos os sopros


Programa dedicado a explorar uma formação musical que é muito antiga na história da música mas cujo repertório sempre ficou um tanto distante das salas de concertos. Trata-se dos grupos de instrumentos de sopro, que são conhecidos popularmente por bandas mas que na verdade possuem uma literatura musical que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

  1. Giovani GABRIELLI – “Canzon primi toni à 10” – Musica Fiata Köln com a direção de Roland Wilson.
  2. W. A. MOZART – Terceiro movimento da Serenata no 10 para 13 instrumentos de sopro K361 “Gran Partita” – Academia de Saint Martin in the Fields com a regência de Neville Marriner.
  3. Felix MENDELSSOHN – Abertura op. 24 – Orquestra Sinfônica de Londres e regência de Cláudio Abbado.
  4. A. DVORAK – Serenata para sopros op. 44 – Orquestra Filarmônica de Londres e regência de Christopher Hogwood.
  5. Gustav HOLST – Primeira Suíte para Banda Militar – Orquestra de Sopros de Tokyo e a regência de Frederick Fennel.
  6. Heitor VILLA-LOBOS – Fantasia em três movimentos em forma de choros – Orquestra de Sopros da UFRJ e a regência de Marcelo Jardim.

 

Programa 15 – Dia 08 de novembro – Grandes mestres da Escola de Música I: Francisco MIGNONE.


Série que dedicará um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. Para abrir a série foi escolhido o maestro Francisco Mignone (1897-1986) que foi, sem dúvida, um dos maiores músicos brasileiros do século XX.

 

1. “Congada” da ópera O Contratador de Diamantes com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

2. Primeira Fantasia Brasileira para piano e orquestra com o pianista Bernardo Segal como solista da Orquestra Sinfônica da NBC e a regência de Arturo Toscanini. Gravação realizada ao vivo em Nova York em 14 de novembro de 1943 .

3. Valsas de Esquina nos. 1 e 2 com o pianista Arthur Moreira Lima.

4. Modinha para violoncelo e piano com o violoncelista Ricardo Santoro e a pianista Mirian Grosman.

5. “Festança sem Boi” terceiro movimento do Trio no. 1 para flauta violoncelo e piano com o Trio Mignone (Afonso Oliveira, flauta; Ricardo Santoro, violoncelo; Mirian Grosman, piano).

6. “Patapiada” Valsa no. 9 para fagote solo com o fagotista Frank Morelli.

7. “Cateretê” para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.

8. Concertino para fagote e orquestra com o fagotista Frank Morelli acompanhado pela Orquestra de Câmara Orpheus.

9. “Batuque” da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 16 – Dia 15 de novembro – República Musical

 

Entre as datas cívicas do calendário brasileiro o dia 15 de novembro marca a Proclamação da República, um golpe militar que pos fim ao regime imperial com a deposição de D. Pedro II. Muitos foram os artistas que abraçaram a causa republicana. Entre os músicos destaca-se a geração de compositores nascidos na segunda metade do século XIX em especial aqueles que viriam a formar a partir de 1890 os quadros docentes do Instituto Nacional de Música, que substituiu o antigo Conservatório Imperial e que é hoje a Escola de Música da UFRJ.

 

  1. Leopoldo MIGUEZ – Poema-Sinfônico “Ave Libertas” com a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense e a regência de Ligia Amadio.
  2. Alexandre LEVY – “Samba”, último movimento da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e a regência de Erick Vasconcelos.
  3. Alberto NEPOMUCENO – “Galhofeira”, último movimento das Quatro Peças Líricas op. 13 com o pianista Miguel Proença.
  4. Alberto NEPOMUCENO – Scherzo para orquestra com a Sinfonia Cultura e a regência de Lutero Rodrigues.
  5. Henrique OSWALD – Andante com Variações para piano e orquestra com o pianista Eduardo Monteiro, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.
  6. Francisco BRAGA – Episódio Sinfônico com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

 

Programa 17 – Dia 22 de novembro – Dia dos Músicos

 

Desde o século XV Santa Cecília é considerada a padroeira dos músicos e o dia de sua festa, 22 de novembro, é conhecido também como o dia da música e dos músicos. No programa de hoje será apresentada integralmente a Ode para o dia de Santa Cecília de Haendel como uma homenagem a todos os músicos do Rio de Janeiro.

 

1. G. F. HAENDEL – Ode para o dia de Santa Cecília com o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

 

Programa 18 – Dia 29 de novembro – O bandolim na música de concerto

 

Conhecido no Brasil como instrumeno típico do choro o bandolim possui um grande repertório na música de concerto. Compositores como Vivaldi, Mozart e Beethoven escreveram obras para bandolim. Aproveitando a recente criação do bacharelado em bandolim vamos conhecer obras originais com acompanhamento de piano e concertos com orquestra de diferentes compositores, além de mostrar a diversidade de instrumentos. O convidado será o bandolinista Paulo Sá, professor da Escola de Música.

 

  1. A. VIVALDI – Concerto em Dó M para bandolim cordas e contínuo.
  2. W. A. MOZART – Ária “Deviene alla finestra”, da ópera Don Giovanni.
  3. L. V. BEETHOVEN – Andante com variações para bandolim e piano.
  4. G. PAISIELLO – Concerto para bandolim e orquestra.
  5. R. GNATTALI – Concerto para bandolim e cordas

Robert Schumann em “Concertos UFRJ”

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Robert Schumann (1810 – 1856)
Pegando carona nas comemorações do bicentenário de nascimento de Robert Schumann (1810 – 1856), a décima-segunda edição de Concertos UFRJ foi dedicada à obra do compositor, uma das expressões mais originais do romantismo alemão.


 

 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
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  {magnify}images/stories/noticias/estatuaschumann800.jpg|Estátua de Schumann em Zwickau{/magnify}Estátua de Schumann em Zwickau, a cidade natal do compositor.

Pegando carona nas comemorações do bicentenário de nascimento de Robert Schumann (1810 – 1856), a décima-segunda edição de Concertos UFRJ foi dedicada à obra do compositor, uma das expressões mais originais do romantismo alemão. Personalidade criativa, inovadora e arrebatada, mas padecendo de um imenso desconforto com o mundo – estigma que assinalará grande parte dos escritores, artistas e intelectuais de sua geração.

 

Robert Schumann nasceu em 1810 na cidade de Zwickau, Saxônia, Alemanha, no seio de uma família ilustrada – seu pai era livreiro e editor. Desde cedo manifestou ambições musicais e literárias e o ambiente artístico que desfrutou na infância foi fundamental para suas futuras atividades como compositor, editor e crítico musical. A literatura sempre foi para Schumann uma fonte de estímulo, especialmente autores como Shakespeare, Goethe, Hoffman, Schiller e Heine. Sua inspiração literária não se manifestou, porém, na forma da música de programa, como em Berlioz, mas na busca de uma integração perfeita entre texto poético e música – o que se observa nos seus ciclos de canções e faz dele legítimo herdeiro de Schubert.

 

O compositor dedicou ao piano parte importante de sua produção mais criativa.  Ela é resultado tanto de sua fértil inventividade melódica como dos sólidos conhecimentos da técnica do instrumento adquiridos com Friedrich Wieck, um severo professor que havia transformado sua filha, Clara, por quem Schumann acabará se apaixonando perdidamente, em grande virtuose do piano.

 

Apesar de um atribulado romance, das oscilações frequentes de humor de Schumann e da ferrenha oposição do pai de Clara, casaram-se em 1840 após uma desgastante batalha judicial. Os primeiros anos de matrimônio são os mais criativos e prolíficos de sua atividade como compositor e os mais felizes de sua vida.

 

Aos poucos, entretanto, as sombras da doença mental que acabará por consumi-lo descem. Nomeado regente de orquestra em Düsseldorf em 1850, a instabilidade o impede de desempenhar plenamente suas funções, culminando, quatro anos depois, com uma séria crise emocional, na qual o compositor se atira ao Reno, com intensão de pôr fim à vida. Resgatado, foi internado no asilo de Endenich, próximo da cidade.

 

Schumann falece em 29 de julho de 1856 sem se recuperar e com apenas 46 anos de idade.

 

Apresentado por André Cardoso, regente e diretor da Escola de Música da UFRJ (EM), toda segunda-feira, às 22h, Concertos UFRJ é resultado de uma parceria da Escola de Música (EM) com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1). O programa pode ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Outubro

 

 

– Dia 4 de outubro – Violão na UFRJ: 30 anos

 

Traremos o violão novamente como personagem principal de nosso programa em razão do aniversário de 30 anos do curso da UFRJ, que foi fundado em 1980 pelo professor Turíbio Santos. Para comemorar a data a Escola de Música organizou um grande evento que ocupará durante toda a semana as salas de concertos da Escola com inúmeros convidados brasileiros e estrangeiros e que são considerados alguns dos maiores violonistas da atualidade.

 

• Fábio Zanon – Allegro da Sonata em Lá menor BWV 1003 de Bach.
• Fábio Zanon – Choros no. 1 de Villa-Lobos.
• Carlos Perez – Gueya de Julio Sagreras.
• Carlos Perez – Estilos Criollos nos. 1 e 2 de Julio Sagreras.
• Pablo Marquez – Duas canções tradicionais argentinas: El Mimao e Zamba.
• Gerard Abiton – Fiesta da Sonatina Meridional de Manuel Ponce.
• Gerard Abiton – Zapateado das Três peças Espanholas de Joaquim Rodrigo.
• Turíbio Santos – Concerto de Aranjuez de Joaquim Rodrigo com a Orquestra da Ópera de Montecarlo e a regência de Cláudio Scimone.

 

– Dia 11 de outubro – Choro em concerto.

 

Será abordado o choro, mas não o tradicional, aquele que é reconhecido como uma das mais representativas manifestações musicais da cultura carioca. Serão apresentadas obras nas quais diferentes compositores brasileiros utilizaram os procedimentos característicos do choro em suas composições de câmara e sinfônicas.

 

• Heitor Villa-Lobos – Choros no. 3 “Pica-Pau” com o Coro da OSESP, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a regência de John Neschling.
• Francisco Mignone – Valsa-Choro no. 5 para piano com Francisco Mignone ao piano.
• Camargo Guarnieri – Choro para piano e orquestra com o pianista Caio Pagano como solista da Orquestra Sinfônica Nacional Tcheca e a regência de Paul Freenan.
• Radamés Gnattali – Último movimento (choro) da Brasiliana no. 13 para violão solo com o violonista Vitor Gaberlotto.
• Heitor Villa-Lobos – Choros no. 5 “Alma Brasileira” com a pianista Cristina Ortiz.
• Edino Krieger – Choro para flauta e cordas com o flautista Luis Fernando Sieciechowicz e da Orquestra de Câmara Villa-Lobos.
• Cláudio Santoro – Choro para saxofone e orquestra com Vinícius Macedo (saxofone), acompanhado pela Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Helder Trefzger em gravação realizada em concerto no Festival Villa-Lobos em 23 de novembro de 2009 na Sala Cecília Meireles.

 

Programa 12 – Dia 18 de outubro – Bicentenário de Robert Schumann

 

Uma homenagem ao bicentenário de nascimento do compositor Robert Schumann, que assim como Chopin é comemorado em todo o mundo em 2010 com execuções de suas obras mais importantes, e considerado o compositor que melhor representa o romantismo alemão.

 

• Canção Widmung (Dedicação) op. 25 no. 1 sobre texto do poeta Friedrich Rückert com o barítono Bryn Terfel e Malcolm Martineau ao piano.
• “Marcha dos Davidsbündler contra os Filisteus”, último número do “Carnaval” op. 9 de Robert Schumann com a pianista Guiomar Novaes.
• Träumerei das “Cenas Infantis” com o pianista Heitor Alimonda.
• Quatro canções de “Frauenliebe und leben” (O amor e a vida de uma mulher), com texto do poeta Adelbert Von Chamisso na interpretação do soprano Anne Sofie Von Otter, tendo ao piano Bengt Forsberg.
• Adágio e Allegro op. 70 para violoncelo e piano com o violoncelista David Finckel e a pianista Wu Han.
• Primeiro movimento da Sinfonia no. 3 “Renana” na versão do maestro Günter Wand e da Orquestra Sinfônica da Rádio do Norte Alemão.
• Primeiro movimento do Concerto para piano em lá menor op. 54 com o pianista Murray Perahia, a Orquestra Filarmônica de Berlim e a regência de Claudio Abbado.

 

Programa 13 – Dia 25 de outubro – Homenagem a Ernani Aguiar

 

Um dos mais importantes compositores brasileiros da atualidade, o maestro Ernani Aguiar completa 60 anos em plena atividade. Estudou composição com o maestro César Guerra-Peixe e violino com Paulina D’Ambrosio. Estudou também no Conservatório Cherubini, na cidade de Florença, na Itália. É atualmente professor de regência e prática de orquestra da Escola de Música da UFRJ e membro da Academia Brasileira de Música.

 

• Terceiro movimento da Sonatina para piano no. 1 com a pianista Ruth Serrão.
• “Tempo de frevo” das Meloritmias no. 4 para violino solo com a violinista Ludmila Vinecka.
• “Música a três” para duas clarinetas e fagote com o trio formado pelos clarinetistas José Botelho e José de Freitas e o fagotista Aloysio Fagerlande.
• Quatro Momentos no. 2 para cordas com a Orquestra de Câmara do Sesi Minas.
• “Instantes” no. 2 para cordas com a Orquestra de Câmara do Sesi Minas.
• Primeiro movimento do Concertino para flautim e cordas com a Orquestra de Câmara de Moscou, Raffaele Trevisani na flauta e a regência de Roberto Duarte.
• Salmo 150 para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.
• Cantata de Natal – Coros “Tolite portas” e “Laetentur caeli” com o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Marco Aurélio Lischt.
• Sinfonietta Prima com a Orquestra Petrobras Pró-Música e a regência de Armando Prazeres.


Choro em concerto

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Serenata (1959), Portinari
O choro é tema da décima-primeira edição de Concertos UFRJ, programa que vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, numa parceria da Escola de Música (EM) da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1).
 

 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
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O choro é tema da décima-primeira edição de Concertos UFRJ, programa que vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, numa parceria da Escola de Música (EM) da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1). Considerado a primeira manifestação musical urbana tipicamente brasileira, acabou influenciando compositores dedicados ao campo da música de concerto que fizeram uso de procedimentos característicos do gênero em composições sinfônicas e de câmara.

 

Os primeiros conjuntos de choro surgiram nas últimas décadas do séc. XIX no Rio de Janeiro, antiga capital do Brasil, nas biroscas do bairro Cidade Nova e nos quintais dos subúrbios cariocas. Era então visto como uma forma própria, digamos, “abrasileirada”, de executar ritmos estrangeiros populares àquela época, como o xote, a valsa e principalmente a polca; além, claro, dos batuques e lundus.

 

O nome pelo qual acabou conhecido deve-se ao caráter plangente da música que esses pequenos conjuntos faziam. Entretanto, apesar da denominação, o ritmo é em geral agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos instrumentistas.

 

Heitor Villa-Lobos (1887–1959) será o primeiro compositor brasileiro a chamar atenção para o gênero que, desde jovem, o atraia de uma forma muito especial. Fascínio que o levou a frequentar os círculos dos “chorões” escondido dos pais, que consideravam aquele ambiente marginal.  Entre 1920 e 1929, como consequência desse envolvimento, compôs uma série de quatorze peças que denominou “Choros”, na qual utilizou as mais diversas formações, desde o violão solo até a grande orquestra sinfônica.

 

Nasce aí uma nova forma musical, em que aquela expressão urbana se funde às modernas técnicas de composição e às diversas tradições de origem popular. “Os Choros – afirma – representam uma nova forma de composição musical na qual são sintetizadas as diferentes modalidades da música brasileira indígena e popular, tendo por elementos principais o ritmo e qualquer melodia típica de caráter popular que aparece, vez por outra, acidentalmente, sempre transformada segundo a personalidade do autor. Os processos harmônicos são, igualmente, uma estilização completa do original […]”.

 

Depois dessas experiências, não haverá praticamente nenhum compositor brasileiro dedicado à música de concerto, independente de concepções estéticas e de pressupostos musicais, que não se deixará seduzir pelo gênero a ponto de incorporá-lo em suas obras. A edição de Concertos UFRJ mostra um pouco dessa apropriação criativa. O programa destaca, além do próprio Villa-Lobos, Francisco Mignone (1987–1986), Camargo Guarnieri (1907–1993), Radamés Gnattali (1906–1988), Edino Krieger (1928) e Cláudio Santoro (1919–1989).

 

O programa Concertos UFRJ é apresentado por André Cardoso, regente e diretor da EM, e suas edições podem ser acompanhadas on line ou através do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Outubro

 

 

– Dia 4 de outubro – Violão na UFRJ: 30 anos

 

Traremos o violão novamente como personagem principal de nosso programa em razão do aniversário de 30 anos do curso da UFRJ, que foi fundado em 1980 pelo professor Turíbio Santos. Para comemorar a data a Escola de Música organizou um grande evento que ocupará durante toda a semana as salas de concertos da Escola com inúmeros convidados brasileiros e estrangeiros e que são considerados alguns dos maiores violonistas da atualidade.

 

• Fábio Zanon – Allegro da Sonata em Lá menor BWV 1003 de Bach.
• Fábio Zanon – Choros no. 1 de Villa-Lobos.
• Carlos Perez – Gueya de Julio Sagreras.
• Carlos Perez – Estilos Criollos nos. 1 e 2 de Julio Sagreras.
• Pablo Marquez – Duas canções tradicionais argentinas: El Mimao e Zamba.
• Gerard Abiton – Fiesta da Sonatina Meridional de Manuel Ponce.
• Gerard Abiton – Zapateado das Três peças Espanholas de Joaquim Rodrigo.
• Turíbio Santos – Concerto de Aranjuez de Joaquim Rodrigo com a Orquestra da Ópera de Montecarlo e a regência de Cláudio Scimone.

 

Programa 11 – Dia 11 de outubro – Choro em concerto.

 

Será abordado o choro, mas não o tradicional, aquele que é reconhecido como uma das mais representativas manifestações musicais da cultura carioca. Serão apresentadas obras nas quais diferentes compositores brasileiros utilizaram os procedimentos característicos do choro em suas composições de câmara e sinfônicas.

 

• Heitor Villa-Lobos – Choros no. 3 “Pica-Pau” com o Coro da OSESP, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a regência de John Neschling.
• Francisco Mignone – Valsa-Choro no. 5 para piano com Francisco Mignone ao piano.
• Camargo Guarnieri – Choro para piano e orquestra com o pianista Caio Pagano como solista da Orquestra Sinfônica Nacional Tcheca e a regência de Paul Freenan.
• Radamés Gnattali – Último movimento (choro) da Brasiliana no. 13 para violão solo com o violonista Vitor Gaberlotto.
• Heitor Villa-Lobos – Choros no. 5 “Alma Brasileira” com a pianista Cristina Ortiz.
• Edino Krieger – Choro para flauta e cordas com o flautista Luis Fernando Sieciechowicz e da Orquestra de Câmara Villa-Lobos.
• Cláudio Santoro – Choro para saxofone e orquestra com Vinícius Macedo (saxofone), acompanhado pela Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Helder Trefzger em gravação realizada em concerto no Festival Villa-Lobos em 23 de novembro de 2009 na Sala Cecília Meireles.

 

Programa 12 – Dia 18 de outubro – Bicentenário de Robert Schumann

 

Uma homenagem ao bicentenário de nascimento do compositor Robert Schumann, que assim como Chopin é comemorado em todo o mundo em 2010 com execuções de suas obras mais importantes, e considerado o compositor que melhor representa o romantismo alemão.

 

• Canção Widmung (Dedicação) op. 25 no. 1 sobre texto do poeta Friedrich Rückert com o barítono Bryn Terfel e Malcolm Martineau ao piano.
• “Marcha dos Davidsbündler contra os Filisteus”, último número do “Carnaval” op. 9 de Robert Schumann com a pianista Guiomar Novaes.
• Träumerei das “Cenas Infantis” com o pianista Heitor Alimonda.
• Quatro canções de “Frauenliebe und leben” (O amor e a vida de uma mulher), com texto do poeta Adelbert Von Chamisso na interpretação do soprano Anne Sofie Von Otter, tendo ao piano Bengt Forsberg.
• Adágio e Allegro op. 70 para violoncelo e piano com o violoncelista David Finckel e a pianista Wu Han.
• Primeiro movimento da Sinfonia no. 3 “Renana” na versão do maestro Günter Wand e da Orquestra Sinfônica da Rádio do Norte Alemão.
• Primeiro movimento do Concerto para piano em lá menor op. 54 com o pianista Murray Perahia, a Orquestra Filarmônica de Berlim e a regência de Claudio Abbado.

 

Programa 13 – Dia 25 de outubro – Homenagem a Ernani Aguiar

 

Um dos mais importantes compositores brasileiros da atualidade, o maestro Ernani Aguiar completa 60 anos em plena atividade. Estudou composição com o maestro César Guerra-Peixe e violino com Paulina D’Ambrosio. Estudou também no Conservatório Cherubini, na cidade de Florença, na Itália. É atualmente professor de regência e prática de orquestra da Escola de Música da UFRJ e membro da Academia Brasileira de Música.

 

• Terceiro movimento da Sonatina para piano no. 1 com a pianista Ruth Serrão.
• “Tempo de frevo” das Meloritmias no. 4 para violino solo com a violinista Ludmila Vinecka.
• “Música a três” para duas clarinetas e fagote com o trio formado pelos clarinetistas José Botelho e José de Freitas e o fagotista Aloysio Fagerlande.
• Quatro Momentos no. 2 para cordas com a Orquestra de Câmara do Sesi Minas.
• “Instantes” no. 2 para cordas com a Orquestra de Câmara do Sesi Minas.
• Primeiro movimento do Concertino para flautim e cordas com a Orquestra de Câmara de Moscou, Raffaele Trevisani na flauta e a regência de Roberto Duarte.
• Salmo 150 para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.
• Cantata de Natal – Coros “Tolite portas” e “Laetentur caeli” com o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Marco Aurélio Lischt.
• Sinfonietta Prima com a Orquestra Petrobras Pró-Música e a regência de Armando Prazeres.

Violão em “Concertos UFRJ”

Ilustração: Mário Luiz
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O Violão está de volta em Concertos UFRJ, programa que vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, numa parceria da Escola de Música (EM) da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1).

O Violão está de volta em Concertos UFRJ, programa que vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, numa parceria da Escola de Música (EM) da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1). E, por um bom motivo. É que de quatro a nove de outubro ocorre na EM o festival “Violão, 30 anos na UFRJ”, um grande evento que comemora as três décadas da implantação do curso, um dos primeiros em nível universitário e fundamental para a aceitação do instrumento nos meios acadêmicos brasileiros. 

 

 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
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Com a apresentação de André Cardoso, docente e diretor da EM, o programa apresenta um pouco das atrações nacionais e internacionais que oferecerão concertos e masters-classes ao longo da semana do evento: o brasileiro, , que inaugurou em 1980 o bacharelado de violão da UFRJ e desde então, paralelamente a carreia de concertista e de outras inúmeras atividades, vem se dedicando à formação de gerações de novos violonistas. 

Até chegar a ser hoje o bacharelado de música mais demandado na UFRJ, o violão teve que enfrentar enormes desafios, pois como sublinha (ver ) Márcia Taborda, docente da EM, “a tentativa de levar o violão às salas de concerto esbarrou na visão de mundo de que o espaço para a grande tradição não comportaria a presença de um instrumento dito de malandros”. 

Seja como for ele tem uma longa história para contar. A primeira hipótese é que deriva da “khetara grega”, que com o domínio do império romano passou a se chamar “citara romana”, ou “fidícula”, tendo sido introduzido na península ibérica, por volta do primeiro século D.C. Outra versão acredita que o violão descenda do antigo “alaúde árabe”, que foi levado a Portugal e a Espanha durante a ocupação árabe. 

A viola de cinco cordas dupla e precursora do violão era bastante popular em Portugal. Quando se toma conhecimento da guitarra espanhola, bastante semelhante a aquela, mas maior, se passa a designar o instrumento pelo aumentativo: violão. Assim, forjou-se em português curiosamente um substantivo, cuja raiz diverge da designação usada nas demais línguas – Guitar (inglês), Guitare (francês), Gitarre (alemão), Chitarra (italiano) e Guitarra (espanhol). 

No Brasil, a viola portuguesa chegou trazida pelos jesuítas e como instrumento de catequese. Com o tempo, ficou confinada aos ambientes rurais e se tornou a nossa viola-caipira, enquanto o violão, depois do estabelecimento de sua forma no final do séc. XIX, passou a ser adotado, sobretudo, nos meios urbanos. A enorme aceitação que alcançou, fez dele o nosso instrumento preferido para o acompanhamento de voz, como no caso das modinhas, das serestas e de toda nossa rica e diversificada música popular. Na música instrumental, juntamente com a flauta e o cavaquinho, formou a base do conjunto de choro. Como resultado, aqui ganhou sotaque próprio e um jeito brasileiro de ser tocado. 

Entretanto, apesar de suas origens milenares, o violão só se constituiu como instrumento de concerto no século XX, através de desbravadores, como Segovia, Barrios, Llobet, Bream e outros, que moldaram sua técnica e seu repertório. 

No Brasil sua aceitação acadêmica foi bastante tardia. Em 1973, há menos de quarenta anos, portanto, ainda era desprezado nesses meios como “instrumento de seresta”, apesar do enorme sucesso que obtinha nas salas de concerto do mundo. 

Um preconceito, felizmente, que pertence ao passado. 

As edições de Concertos UFRJ  podem ser acompanhadas on line ou através do podcast (áudio sob demanda) daRoquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

 

Programação de Outubro

 Programa 10 – Dia 4 de outubro – Violão na UFRJ: 30 anos 

Traremos o violão novamente como personagem principal de nosso programa em razão do aniversário de 30 anos do curso da UFRJ, que foi fundado em 1980 pelo professor Turíbio Santos. Para comemorar a data a Escola de Música organizou um grande evento que ocupará durante toda a semana as salas de concertos da Escola com inúmeros convidados brasileiros e estrangeiros e que são considerados alguns dos maiores violonistas da atualidade. 

• Fábio Zanon – Allegro da Sonata em Lá menor BWV 1003 de Bach.
• Fábio Zanon – Choros no. 1 de Villa-Lobos.
• Carlos Perez – Gueya de Julio Sagreras.
• Carlos Perez – Estilos Criollos nos. 1 e 2 de Julio Sagreras.
• Pablo Marquez – Duas canções tradicionais argentinas: El Mimao e Zamba.
• Gerard Abiton – Fiesta da Sonatina Meridional de Manuel Ponce.
• Gerard Abiton – Zapateado das Três peças Espanholas de Joaquim Rodrigo.
• Turíbio Santos – Concerto de Aranjuez de Joaquim Rodrigo com a Orquestra da Ópera de Montecarlo e a regência de Cláudio Scimone. 

Programa 11 – Dia 11 de outubro – Choro em concerto. 

Será abordado o choro, mas não o tradicional, aquele que é reconhecido como uma das mais representativas manifestações musicais da cultura carioca. Serão apresentadas obras nas quais diferentes compositores brasileiros utilizaram os procedimentos característicos do choro em suas composições de câmara e sinfônicas. 

• Heitor Villa-Lobos – Choros no. 3 “Pica-Pau” com o Coro da OSESP, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a regência de John Neschling.
• Francisco Mignone – Valsa-Choro no. 5 para piano com Francisco Mignone ao piano.
• Camargo Guarnieri – Choro para piano e orquestra com o pianista Caio Pagano como solista da Orquestra Sinfônica Nacional Tcheca e a regência de Paul Freenan.
• Radamés Gnattali – Último movimento (choro) da Brasiliana no. 13 para violão solo com o violonista Vitor Gaberlotto.
• Heitor Villa-Lobos – Choros no. 5 “Alma Brasileira” com a pianista Cristina Ortiz.
• Edino Krieger – Choro para flauta e cordas com o flautista Luis Fernando Sieciechowicz e da Orquestra de Câmara Villa-Lobos.
• Cláudio Santoro – Choro para saxofone e orquestra com Vinícius Macedo (saxofone), acompanhado pela Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Helder Trefzger em gravação realizada em concerto no Festival Villa-Lobos em 23 de novembro de 2009 na Sala Cecília Meireles. 

Programa 12 – Dia 18 de outubro – Bicentenário de Robert Schumann 

Uma homenagem ao bicentenário de nascimento do compositor Robert Schumann, que assim como Chopin é comemorado em todo o mundo em 2010 com execuções de suas obras mais importantes, e considerado o compositor que melhor representa o romantismo alemão. 

• Canção Widmung (Dedicação) op. 25 no. 1 sobre texto do poeta Friedrich Rückert com o barítono Bryn Terfel e Malcolm Martineau ao piano.
• “Marcha dos Davidsbündler contra os Filisteus”, último número do “Carnaval” op. 9 de Robert Schumann com a pianista Guiomar Novaes.
• Träumerei das “Cenas Infantis” com o pianista Heitor Alimonda.
• Quatro canções de “Frauenliebe und leben” (O amor e a vida de uma mulher), com texto do poeta Adelbert Von Chamisso na interpretação do soprano Anne Sofie Von Otter, tendo ao piano Bengt Forsberg.
• Adágio e Allegro op. 70 para violoncelo e piano com o violoncelista David Finckel e a pianista Wu Han.
• Primeiro movimento da Sinfonia no. 3 “Renana” na versão do maestro Günter Wand e da Orquestra Sinfônica da Rádio do Norte Alemão.
• Primeiro movimento do Concerto para piano em lá menor op. 54 com o pianista Murray Perahia, a Orquestra Filarmônica de Berlim e a regência de Claudio Abbado. 

Programa 13 – Dia 25 de outubro – Homenagem a Ernani Aguiar 

Um dos mais importantes compositores brasileiros da atualidade, o maestro Ernani Aguiar completa 60 anos em plena atividade. Estudou composição com o maestro César Guerra-Peixe e violino com Paulina D’Ambrosio. Estudou também no Conservatório Cherubini, na cidade de Florença, na Itália. É atualmente professor de regência e prática de orquestra da Escola de Música da UFRJ e membro da Academia Brasileira de Música. 

• Terceiro movimento da Sonatina para piano no. 1 com a pianista Ruth Serrão.
• “Tempo de frevo” das Meloritmias no. 4 para violino solo com a violinista Ludmila Vinecka.
• “Música a três” para duas clarinetas e fagote com o trio formado pelos clarinetistas José Botelho e José de Freitas e o fagotista Aloysio Fagerlande.
• Quatro Momentos no. 2 para cordas com a Orquestra de Câmara do Sesi Minas.
• “Instantes” no. 2 para cordas com a Orquestra de Câmara do Sesi Minas.
• Primeiro movimento do Concertino para flautim e cordas com a Orquestra de Câmara de Moscou, Raffaele Trevisani na flauta e a regência de Roberto Duarte.
• Salmo 150 para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.
• Cantata de Natal – Coros “Tolite portas” e “Laetentur caeli” com o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Marco Aurélio Lischt.
• Sinfonietta Prima com a Orquestra Petrobras Pró-Música e a regência de Armando Prazeres.

Orquestras Brasileiras em “Concertos UFRJ”

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A nona edição de Concertos UFRJ, programa que vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na Roquette Pinto (FM 94,1), discutiu as orquestras brasileiras.
 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .
   

As orquestras modernas são o resultado de uma longa trajetória que remonta ao séc. XVI, quando a música instrumental começou a ser valorizada como expressão estética autônoma. Os primeiros conjuntos a receberem esse nome datam do começo do século seguinte. Surgidas no início do barroco, na Itália, representam um esforço – ainda que tateante – dos grandes mestres da época para institucionalizar uma formação musical com um repertório bem definido de timbres. 

Acompanhando o deslocamento progressivo das práticas musicais das igrejas e dos salões aristocráticos para as salas de concerto, aquelas experiências iniciais vão dando lugar a grupos com maior fôlego e com maior envergadura, até que, no classicismo, a orquestra acaba por tomar a forma que a conhecemos hoje. Isso não significou, porém, o fim de sua evolução. Ao longo do séc. XIX e do seguinte, continuará a incorporar novos instrumentos, o que resultou, em especial, no aumento do naipe de sopros e da percussão. Adquire, então, maior densidade e complexidade sonoras, passando a oferecer à criatividade dos compositores e músicos uma variedade surpreendente e inesgotável de combinações instrumentais. De quebra, os maestros – inexistentes ou incipientes naquelas formações iniciais – ganham status cada vez mais relevante à medida que a quantidade de músicos e a sofisticação das partituras aumentam. 

Seja como for, o número, a qualidade e, sobretudo, a estabilidade das orquestras constituem bons indicadores do desenvolvimento musical de um país.  Pelo menos no que diz respeito à música de concerto, pois as dificuldades crescentes em sustentá-las tornam a sua viabilização continuada dependente da existência de um sistema bem estabelecido de espetáculos, teatros apropriados, público aficionado e toda uma infraestrutura adequada. Além, claro, de compositores, músicos, cantores, maestros etc. 

Neste campo, infelizmente, temos ainda uma longa estrada a percorrer. Censo realizado pela Academia Brasileira de Música (ABM) em 2001, por solicitação do Ministério da Cultura, identificou 128 grupos orquestrais em funcionamento no país.  Um número modesto se comparado até mesmo ao de países latino-americanos com população menor. Mais grave ainda, parte importante deles não consegue estruturar temporadas anuais significativas. 

A nona edição de Concertos UFRJ, programa que vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na Roquette Pinto (FM 94,1), discutiu as orquestras brasileiras. A intenção foi fornecer um panorama, ainda que inicial, de sua diversidade.  Ao todo, desfilaram uma dúzia de orquestras espalhadas pela região sul, sudeste e nordeste do país. Uma constatação não pode deixar de ser feita. Apesar das dificuldades e das trajetórias institucionais variadas, há um esforço comum, – altamente meritório, diga-se de passagem -, em divulgar a produção nacional. 

Apresentado por André Cardoso, regente e docente da Escola de Música, o programa Concertos UFRJ é resultado de uma parceria da Escola com a rádio Roquette Pinto. As edições podem ser acompanhadas on line ou através do podcast(áudio sob demanda) da emissora. Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

 

Programação de Outubro

 Programa 10 – Dia 4 de outubro – Violão na UFRJ: 30 anos 

Traremos o violão novamente como personagem principal de nosso programa em razão do aniversário de 30 anos do curso da UFRJ, que foi fundado em 1980 pelo professor Turíbio Santos. Para comemorar a data a Escola de Música organizou um grande evento que ocupará durante toda a semana as salas de concertos da Escola com inúmeros convidados brasileiros e estrangeiros e que são considerados alguns dos maiores violonistas da atualidade. 

• Fábio Zanon – Allegro da Sonata em Lá menor BWV 1003 de Bach.
• Fábio Zanon – Choros no. 1 de Villa-Lobos.
• Carlos Perez – Gueya de Julio Sagreras.
• Carlos Perez – Estilos Criollos nos. 1 e 2 de Julio Sagreras.
• Pablo Marquez – Duas canções tradicionais argentinas: El Mimao e Zamba.
• Gerard Abiton – Fiesta da Sonatina Meridional de Manuel Ponce.
• Gerard Abiton – Zapateado das Três peças Espanholas de Joaquim Rodrigo.
• Turíbio Santos – Concerto de Aranjuez de Joaquim Rodrigo com a Orquestra da Ópera de Montecarlo e a regência de Cláudio Scimone. 

Programa 11 – Dia 11 de outubro – Choro em concerto. 

Será abordado o choro, mas não o tradicional, aquele que é reconhecido como uma das mais representativas manifestações musicais da cultura carioca. Serão apresentadas obras nas quais diferentes compositores brasileiros utilizaram os procedimentos característicos do choro em suas composições de câmara e sinfônicas. 

• Heitor Villa-Lobos – Choros no. 3 “Pica-Pau” com o Coro da OSESP, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a regência de John Neschling.
• Francisco Mignone – Valsa-Choro no. 5 para piano com Francisco Mignone ao piano.
• Camargo Guarnieri – Choro para piano e orquestra com o pianista Caio Pagano como solista da Orquestra Sinfônica Nacional Tcheca e a regência de Paul Freenan.
• Radamés Gnattali – Último movimento (choro) da Brasiliana no. 13 para violão solo com o violonista Vitor Gaberlotto.
• Heitor Villa-Lobos – Choros no. 5 “Alma Brasileira” com a pianista Cristina Ortiz.
• Edino Krieger – Choro para flauta e cordas com o flautista Luis Fernando Sieciechowicz e da Orquestra de Câmara Villa-Lobos.
• Cláudio Santoro – Choro para saxofone e orquestra com Vinícius Macedo (saxofone), acompanhado pela Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Helder Trefzger em gravação realizada em concerto no Festival Villa-Lobos em 23 de novembro de 2009 na Sala Cecília Meireles. 

Programa 12 – Dia 18 de outubro – Bicentenário de Robert Schumann 

Uma homenagem ao bicentenário de nascimento do compositor Robert Schumann, que assim como Chopin é comemorado em todo o mundo em 2010 com execuções de suas obras mais importantes, e considerado o compositor que melhor representa o romantismo alemão. 

• Canção Widmung (Dedicação) op. 25 no. 1 sobre texto do poeta Friedrich Rückert com o barítono Bryn Terfel e Malcolm Martineau ao piano.
• “Marcha dos Davidsbündler contra os Filisteus”, último número do “Carnaval” op. 9 de Robert Schumann com a pianista Guiomar Novaes.
• Träumerei das “Cenas Infantis” com o pianista Heitor Alimonda.
• Quatro canções de “Frauenliebe und leben” (O amor e a vida de uma mulher), com texto do poeta Adelbert Von Chamisso na interpretação do soprano Anne Sofie Von Otter, tendo ao piano Bengt Forsberg.
• Adágio e Allegro op. 70 para violoncelo e piano com o violoncelista David Finckel e a pianista Wu Han.
• Primeiro movimento da Sinfonia no. 3 “Renana” na versão do maestro Günter Wand e da Orquestra Sinfônica da Rádio do Norte Alemão.
• Primeiro movimento do Concerto para piano em lá menor op. 54 com o pianista Murray Perahia, a Orquestra Filarmônica de Berlim e a regência de Claudio Abbado. 

Programa 13 – Dia 25 de outubro – Homenagem a Ernani Aguiar 

Um dos mais importantes compositores brasileiros da atualidade, o maestro Ernani Aguiar completa 60 anos em plena atividade. Estudou composição com o maestro César Guerra-Peixe e violino com Paulina D’Ambrosio. Estudou também no Conservatório Cherubini, na cidade de Florença, na Itália. É atualmente professor de regência e prática de orquestra da Escola de Música da UFRJ e membro da Academia Brasileira de Música.

• Terceiro movimento da Sonatina para piano no. 1 com a pianista Ruth Serrão.
• “Tempo de frevo” das Meloritmias no. 4 para violino solo com a violinista Ludmila Vinecka.
• “Música a três” para duas clarinetas e fagote com o trio formado pelos clarinetistas José Botelho e José de Freitas e o fagotista Aloysio Fagerlande.
• Quatro Momentos no. 2 para cordas com a Orquestra de Câmara do Sesi Minas.
• “Instantes” no. 2 para cordas com a Orquestra de Câmara do Sesi Minas.
• Primeiro movimento do Concertino para flautim e cordas com a Orquestra de Câmara de Moscou, Raffaele Trevisani na flauta e a regência de Roberto Duarte.
• Salmo 150 para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.
• Cantata de Natal – Coros “Tolite portas” e “Laetentur caeli” com o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Marco Aurélio Lischt.
• Sinfonietta Prima com a Orquestra Petrobras Pró-Música e a regência de Armando Prazeres.

Representações da Primavera em “Concertos UFRJ”

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Detalhe de A Primavera, de Botticelli (1445-1510).
A forma como compositores representam a primavera foi tema da oitava edição de Concertos UFRJ, programa vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na Roquette Pinto (FM 94,1).

A natureza sempre povoou a imaginação de poetas, escritores e artistas. Como não poderia deixar de ser, a de compositores e músicos também.  Diversos deles, em épocas distintas e com base em técnicas, formações e pressupostos estéticos diferentes, nela se inspiraram. Mas foi sem dúvida a primavera, a estação do ano que mais chamou atenção e a que suscitou maior número de partituras. 

 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet.
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .
   

A forma como compositores representam a primavera foi tema da oitava edição de Concertos UFRJ, programa que vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na Roquette Pinto (FM 94,1). Apresentado por André Cardoso, regente e professor da Escola de Música (EM), é resultado de uma parceria da Escola com a rádio. 

O famoso primeiro movimento das Quatro Estações do compositor Antonio Vivaldi (1678 – 1741), no qual o violino solo sugere um pastor alegremente despreocupado nos campos floridos, abre o programa. Não deixa de ser curioso lembrar que essa peça, das mais emblemáticas figurações musicais da primavera, somente no século passado voltou a frequentar as salas de concerto com assiduidade, pois a produção do músico italiano amargou longo período de esquecimento. 

Se com Vivaldi estamos diante de uma construção tipicamente barroca, com Haydn (1792-1809), o próximo autor abordado em Concertos UFRJ, temos a concepção de um dos mais importantes nomes do período clássico. A primeira parte do seu oratório As Estações (em alemão Die Jahreszeiten) é dedicado à primavera. Baseado em libreto de Gottfried van Swieten, a partir do poema The Seasons, do poeta escocês James Thomson, tem como tema a descrição idílica das lides do campo ao longo do ano. 

O programa segue com Robert Schumann (1810-1856), um dos mais característicos compositores românticos e do qual estamos comemorando este ano o bicentenário de nascimento. Não por acaso, ele assinalou com o subtítulo “Em plena Primavera”, o quarto movimento de sua primeira sinfonia, escrita em um período particularmente feliz da vida. 

Representações de uma mesma representação, as duas obras seguintes abordadas em Concertos UFRJ mostram como compositores podem elaborar musicalmente de forma bem diversa as impressões provocadas por um mesmo quadro – no caso, La Primavera, do pintor Sandro Botticelli (Clique {source}
<a href=”https://musica.dev.coordcom.ufrj.br/wp-content/uploads/images/stories/noticias/primaverabotticelli1000.jpg” rel=”shadowbox” title=”Imagem: Reprodução de <em>A Primavera</em> de Sandro Botticelli (1445-1510)” />aqui</a>{/source} para ver uma reprodução dele). A obra inspirou Debussy (1862-1918) a escrever uma Suíte Sinfônica denominda “Primavera” e Respighi  (1879–1936) a dedicar-lhe o primeiro movimento do seu Trittico Botticelliano, em que comenta telas do mestre renascentista. Mas, ao contrário da explosão de cores da obra de Debussy, Respighi utiliza uma orquestração mais modesta e bem mais contida. Divergências tão marcantes mostram como as representações não se confundem com os objetos representados. São sempre construções e, assim, fortemente atravessadas por toda sorte de pressupostos e elaborações. Desta forma, cada representação carrega, implícita ou explicitamente, uma interpretação do representado. 

A conhecidíssima valsa Vozes da Primavera, de Johann Strauss Jr, encerra alegremente o programa. 

As edições de  “Concertos UFRJ” podem ser acompanhado on line ou através do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto. Contatos por meio do correio eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Setembro

  – Dia 6 de setembro – O Padre Mestre

 Se hoje muitos reconhecem o “Aleijadinho” e Mestre Valentim como os mais geniais representantes do barroco brasileiro com certeza ignoram os nomes dos músicos que foram os compositores contemporâneos aos dois mestres escultores. Dentre os compositores brasileiros do período destaca-se o nome do Padre José Maurício Nunes Garcia, que deve ser colocado ao lado do “Aleijadinho” e de Mestre Valentim como um dos mais brilhantes artistas do período colonial e cuja obra é uma das mais importantes do patrimônio cultural brasileiro. 

• Gradual de Nossa Senhora “Virgo Dei Genitrix” com o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Marco Aurélio Lischt.
• Gradual para a Festa dos Reis “Omnes de Saba Venient” com o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Marco Aurélio Lischt.
• “Glória” da Missa de Nossa Senhora da Conceição com a Orquestra Sinfônica Brasileira, o Coro Sinfônico do Rio de Janeiro, o soprano Rozana Lamoza, o tenor Fernando Portari e o barítono Homero Velho e a regência de Roberto Minczuk.
• “Domine Deus” da Missa de Nossa Senhora da Conceição com Rosana Lamoza, Lívia Dias, Adriana Clis, Fernando Portari, Rafael Tomaz e Homero Velho, a Orquestra Sinfônica Brasileira e a regência de Roberto Minczuk.
• “Cum Sancto Spiritu” da Missa de Nossa Senhora da Conceição com Rosana Lamoza, Adriana Clis, Fernando Portari e Homero Velho, o Coro Sinfônico do Rio de Janeiro, a Orquestra Sinfônica Brasileira e a regência de Roberto Minczuk.
• Fantasia no. 6 do Método de Pianoforte com o cravista Antônio Carlos Magalhães.
• Salmo 116 “Laudate Dominum” com o Ensemble Turicum e a direção de Luis Alves da Silva.
• Te Deum para as Matinas de São Pedro com o soprano Veruschka Mainhard, a mezzo soprano Carolina Faria, o tenor Geilson Santos e o baixo Maurício Luz, o Coro Sinfônico e a Orquestra Sinfônica da UFRJ e regência de Ernani Aguiar. 

– Dia 13 de setembro – Ciclo Bach – Programa produzido pelo professor Paulo Peloso. 

Bach é um dos pilares da música de concerto universal e em 2010 é homenageado pelos 260 anos de sua morte. O programa apresenta uma visão eclética da obra de Bach, inclusive com algumas reinterpretações modernas, na semana do Ciclo Bach promovido pela Escola de Música em parceria com a Sala Cecília Meireles em concertos na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro. 

• Concerto em ré menor para dois violinos BWV 1043 (1º movimento) com a Academia de Música Antiga, Andrew Manze (regente e 1º violino) e Rachel Podger (2º violino).
• Toccata em re menor BWV 565 para órgão com o organista Helmut Walcha ao órgão da Igreja de São Lourenço, Alkmaar, Holanda.
• Coral “Por ti clamo, Senhor Jesus Cristo” do Pequeno Livro de Órgão BWV 639 com a organista Gertrud Mersiovsky ao órgão da Abadia Beneditina de Ottobeuren, Alemanha.
• Prelúdio da Suíte Inglesa em sol menor BWV 808 com o pianista Sviatoslav Richter.
• Coral “Jesus Alegria dos Homens” da Cantata BWV 147 com o pianista Dinu Lipatti.
• Ária das Variações Goldberg BWV 988 com o pianista Glenn Gould.
• Badinerie da Suite Orquestral no 2 BWV 1067 com o grupo vocal The Swingle Singers.
• Sonata em mi bemol maior para flauta e cravo BWV 1031 (segundo movimento) com o flautista Aurèle Nicolet, tendo ao cravo Karl Richter.
• Prelúdio em mi bemol maior para alaúde BWV998 com Jakob Lindberg.
• Prelúdio em ré menor para alaúde BWV999 com Juliam Bream.
• Prelúdio da Suíte para Violoncelo em Sol Maior BWV 1007 com o violoncelista Maurice Gendron.
• Coro inicial do Magnificat BWV 243 com o Coro e a Orquestra Bach de Munique, sob a regência de Karl Richter.
• Coro da Paixão Segundo São Mateus BWV 244 com o Coro do King’s College de Cambridge e regencia de Stephen Cleobury.
• Contrapunctus 1 da Arte da Fuga BWV 1080 com Marcelo Fagerlande e Ana Cecília Tavares ao cravo.
• Concerto em dó menor BWV 1060 para violino, oboé e cordas (1º movimento) com o Collegium Aureum, Franzjosef Maier no violino, Helmut Hucke no oboé, Bob Van Asperen no cravo, sob a regência de Gustav Leonhardt. 

– Dia 20 de setembro – Representações da Primavera 

O mês de setembro nos traz uma nova estação do ano. Para alguns aquela mais diretamente ligada à natureza. Diversos compositores em diferentes épocas procuraram representar em música as belezas e a força da natureza e seus elementos. Uma das estações do ano que mais inspirou os compositores foi a Primavera e hoje, faltando poucos dias para seu início, traremos a você obras nela inspiradas. 

• Antonio VIVALDI – Primavera de As Quatro Estações.
• Joseph HAYDN – Introdução e coro de “A Primavera”, primeira parte do oratório “As Estações” com John Elliot Gardiner à frente do Coro Monteverdi e dos Solistas Barrocos Ingleses.
• Robert SCHUMANN – Quarto movimento da Sinfonia no 1 em Sib op. 38 “Primavera” com a Orquestra Sinfônica de Roterdam e regência de Eliahu Imbal.
• Alexander GLAZOUNOV – Primavera – Cena do Ballet “As Estações” op. 52 com a Orquestra Sinfônica da Rádio da Bratislava e regência de Ondrej Lenárd.
• Claude DEBUSSY – Suíte Sinfônica “Primavera” com a Orquestra de Cleveland e regência de Pierre Boulez.
• Ottorino RESPIGHI – Primavera dos Três quadros de Botticelli com a Academia de Saint Martin in the Fields e regência de Neville Marriner.
• Johann STRAUSS JR. – Valsa “Vozes da Primavera” com a Orquestra da Ópera Popular de Viena e regência de Peter Falk. 

Programa 9 – Dia 27 de setembro – Panorama das Orquestras Brasileiras 

Sendo uma das mais representativas manifestações musicais da cultura ocidental, a orquestra sinfônica espalhou-se pelos quatro cantos do planeta como guardiã do grande repertório sinfônico de todos os tempos e como dínamo da vida musical contemporânea. Neste programa vamos conhecer um pouco do trabalho das principais orquestras brasileiras de diversas regiões. 

• José de ARAÚJO VIANNA – Prelúdio da ópera “Carmela” com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e a regência de Ion Bressan.
• Francisco BRAGA – Poema-sinfônico “Cauchemar” com a Orquestra Sinfônica do Paraná e a regência de Roberto Duarte.
• Ronaldo MIRANDA – Segundo movimento da Sinfonia 2000 com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília e regência de Silvio Barbato.
• SIVUCA – “Aquariana” com a Orquestra Sinfônica de Recife e regência de Osman Gioia.
• Camargo GUARNIERI – Dança Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e regência de Henrique Morelenbaum.
• Francisco MIGNONE – “Nossa Senhora Aparecida”, quarto movimento do poema-sinfônico “Festa das Igrejas” com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e a regência de Davi Machado.
• Fructuoso VIANA – Dança de Negros com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e regência de Benito Juarez.
• Cláudio SANTORO – Frevo com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e regência de John Neschling.
• Joseph RHEINBERGER – Abertura “Der arme Heinrich” com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Albert Fromelt.
• Heitor VILLA-LOBOS – Elegia com a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e regência de Silvio Barbato.
• Alberto NEPOMUCENO – Batuque da Série Brasileira com a Orquestra Sinfônica Brasileira e regência de Isaac Karabtchevsky.
• Igor STRAVINSKY – Movimento final do ballet “O Pássaro de fogo” com a Orquestra Petrobrás Sinfônica e regência de Isaac Karabtchevsky.

Bach em “Concertos UFRJ”

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Retrato de J. S. Bach quando jovem.
Aproveitando o interesse despertado pelo Ciclo Bach 2010, “Concertos UFRJ” revisitou a obra deste grande expoente do barroco na música – um dos compositores mais importantes da tradição ocidental.
 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .
   

Aproveitando o interesse despertado pelo Ciclo Bach 2010, “Concertos UFRJ” revisitou a obra deste grande expoente do barroco na música – um dos compositores mais importantes da tradição ocidental. E dos mais prolíficos também. O Bach Werke Verzeichnis (Catálogo de Obras de Bach, usualmente abreviado para BWV), publicado por Wolfgang Schmieder em 1950, lhe atribui mais de mil peças conhecidas. É, mesmo assim, um levantamento parcial, pois muita coisa está, infelizmente, desaparecida ou perdida para sempre. 

Apresentado por André Cardoso, regente e professor da Escola de Música (EM), “Concertos UFRJ” vai ao ar toda segunda-feira às 22h e é resultado de uma parceria da Escola com a Rádio Roquete Pinto (FM 94,1). O sétimo programa da série contou com a produção de Paulo Peloso, docente da mesma instituição. 

Johann Sebastian Bach nasceu em 1685, em Eisenach, uma pequena cidade da Turíngia, região central da Alemanha, no seio de uma ilustre família de músicos luteranos e, ao contrário de outros compositores da sua época, não conheceu outros países da Europa, embora a sua música incorpore ritmos e melodias de diversas outras fontes nacionais. Teve sete filhos no seu primeiro matrimónio e treze no segundo, sendo que destes, quatro, alcançaram destaque nos meios musicais. Faleceu em Leipzig, em 1750, após viver 65 anos. 

As melodias de Bach combinam o mais inventivo da produção italiana, francesa e alemã do seu tempo com os recursos engenhosos do contraponto.  Aliás, a técnica contrapontista de Bach está entre as mais cuidadosas e precisas: os prelúdios e fugas de O Cravo Bem Temperado e A Arte da Fuga são considerados ainda hoje o ápice do estilo e culminância do pensamento polifônico. Entretendo, suas obras oferecem mais emoção do que o rigor e a sofisticação formal inicialmente sugerem. 

Também desperta grande interesse as seis peças que escreveu sob influência de Antonio Vivaldi, os famosos concertos de Brandenburgo, considerados por muitos críticos a sua mais perfeita obra instrumental. Nesses concertos grossos (concerti grossi), dos últimos que foram escritos no século XVIII,.Bach erigiu um monumento ao gênero. Experimenta neles todas as combinações possíveis de orquestração e de polifonia instrumental e, embora sendo música absoluta, sem apelo, portanto, a sentimentos extramusicais, sugerem extensa gama de emoções: alegria, melancolia, meditação, ternura e, sobretudo, brilho virtuosístico aliado à intensa energia mental. 

As obras sacras são um capítulo a parte na imensa produção de Bach. Tomado por uma profunda e sincera religiosidade, a ponto de alguns críticos o chamarem de o Quinto Evangelista, escreveu cantatas, paixões, oratórios e motetos que são modelos insuperáveis do gênero. 

Entretanto o interesse que nos desperta hoje sua obra contrasta com o reconhecimento discreto que alcançou em vida. Aclamado como um virtuose do órgão, suas composições foram, porém, consideradas antiquadas e pouco criativas. Após a morte, caíram no esquecimento do público, apesar de músicos como Haydn, Mozart e Beethoven terem se encantado com as poucas a que puderam ter acesso. 

Deve-se a Mendelssohn (1809 – 1847) a retomada do prestígio de Bach. Ele estudou minuciosamente por cinco anos a partitura da Paixão Segundo São Mateus, até conseguir apresentá-la em Berlim, em 1829. Recebida com grande entusiasmo, a partir daí, as partituras do mestre voltaram a ser executadas com assiduidade. 

O programa “Concertos UFRJ” pode ser acompanhado on line ou através do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto. Contato por meio do correio eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Setembro

  – Dia 6 de setembro – O Padre Mestre 

Se hoje muitos reconhecem o “Aleijadinho” e Mestre Valentim como os mais geniais representantes do barroco brasileiro com certeza ignoram os nomes dos músicos que foram os compositores contemporâneos aos dois mestres escultores. Dentre os compositores brasileiros do período destaca-se o nome do Padre José Maurício Nunes Garcia, que deve ser colocado ao lado do “Aleijadinho” e de Mestre Valentim como um dos mais brilhantes artistas do período colonial e cuja obra é uma das mais importantes do patrimônio cultural brasileiro. 

• Gradual de Nossa Senhora “Virgo Dei Genitrix” com o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Marco Aurélio Lischt.
• Gradual para a Festa dos Reis “Omnes de Saba Venient” com o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Marco Aurélio Lischt.
• “Glória” da Missa de Nossa Senhora da Conceição com a Orquestra Sinfônica Brasileira, o Coro Sinfônico do Rio de Janeiro, o soprano Rozana Lamoza, o tenor Fernando Portari e o barítono Homero Velho e a regência de Roberto Minczuk.
• “Domine Deus” da Missa de Nossa Senhora da Conceição com Rosana Lamoza, Lívia Dias, Adriana Clis, Fernando Portari, Rafael Tomaz e Homero Velho, a Orquestra Sinfônica Brasileira e a regência de Roberto Minczuk.
• “Cum Sancto Spiritu” da Missa de Nossa Senhora da Conceição com Rosana Lamoza, Adriana Clis, Fernando Portari e Homero Velho, o Coro Sinfônico do Rio de Janeiro, a Orquestra Sinfônica Brasileira e a regência de Roberto Minczuk.
• Fantasia no. 6 do Método de Pianoforte com o cravista Antônio Carlos Magalhães.
• Salmo 116 “Laudate Dominum” com o Ensemble Turicum e a direção de Luis Alves da Silva.
• Te Deum para as Matinas de São Pedro com o soprano Veruschka Mainhard, a mezzo soprano Carolina Faria, o tenor Geilson Santos e o baixo Maurício Luz, o Coro Sinfônico e a Orquestra Sinfônica da UFRJ e regência de Ernani Aguiar. 

– Dia 13 de setembro – Ciclo Bach – Programa produzido pelo professor Paulo Peloso. 

Bach é um dos pilares da música de concerto universal e em 2010 é homenageado pelos 260 anos de sua morte. O programa apresenta uma visão eclética da obra de Bach, inclusive com algumas reinterpretações modernas, na semana do Ciclo Bach promovido pela Escola de Música em parceria com a Sala Cecília Meireles em concertos na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro. 

• Concerto em ré menor para dois violinos BWV 1043 (1º movimento) com a Academia de Música Antiga, Andrew Manze (regente e 1º violino) e Rachel Podger (2º violino).
• Toccata em re menor BWV 565 para órgão com o organista Helmut Walcha ao órgão da Igreja de São Lourenço, Alkmaar, Holanda.
• Coral “Por ti clamo, Senhor Jesus Cristo” do Pequeno Livro de Órgão BWV 639 com a organista Gertrud Mersiovsky ao órgão da Abadia Beneditina de Ottobeuren, Alemanha.
• Prelúdio da Suíte Inglesa em sol menor BWV 808 com o pianista Sviatoslav Richter.
• Coral “Jesus Alegria dos Homens” da Cantata BWV 147 com o pianista Dinu Lipatti.
• Ária das Variações Goldberg BWV 988 com o pianista Glenn Gould.
• Badinerie da Suite Orquestral no 2 BWV 1067 com o grupo vocal The Swingle Singers.
• Sonata em mi bemol maior para flauta e cravo BWV 1031 (segundo movimento) com o flautista Aurèle Nicolet, tendo ao cravo Karl Richter.
• Prelúdio em mi bemol maior para alaúde BWV998 com Jakob Lindberg.
• Prelúdio em ré menor para alaúde BWV999 com Juliam Bream.
• Prelúdio da Suíte para Violoncelo em Sol Maior BWV 1007 com o violoncelista Maurice Gendron.
• Coro inicial do Magnificat BWV 243 com o Coro e a Orquestra Bach de Munique, sob a regência de Karl Richter.
• Coro da Paixão Segundo São Mateus BWV 244 com o Coro do King’s College de Cambridge e regencia de Stephen Cleobury.
• Contrapunctus 1 da Arte da Fuga BWV 1080 com Marcelo Fagerlande e Ana Cecília Tavares ao cravo.
• Concerto em dó menor BWV 1060 para violino, oboé e cordas (1º movimento) com o Collegium Aureum, Franzjosef Maier no violino, Helmut Hucke no oboé, Bob Van Asperen no cravo, sob a regência de Gustav Leonhardt. 

Programa 8 – Dia 20 de setembro – Representações da Primavera 

O mês de setembro nos traz uma nova estação do ano. Para alguns aquela mais diretamente ligada à natureza. Diversos compositores em diferentes épocas procuraram representar em música as belezas e a força da natureza e seus elementos. Uma das estações do ano que mais inspirou os compositores foi a Primavera e hoje, faltando poucos dias para seu início, traremos a você obras nela inspiradas. 

• Antonio VIVALDI – Primavera de As Quatro Estações.
• Joseph HAYDN – Introdução e coro de “A Primavera”, primeira parte do oratório “As Estações” com John Elliot Gardiner à frente do Coro Monteverdi e dos Solistas Barrocos Ingleses.
• Robert SCHUMANN – Quarto movimento da Sinfonia no 1 em Sib op. 38 “Primavera” com a Orquestra Sinfônica de Roterdam e regência de Eliahu Imbal.
• Alexander GLAZOUNOV – Primavera – Cena do Ballet “As Estações” op. 52 com a Orquestra Sinfônica da Rádio da Bratislava e regência de Ondrej Lenárd.
• Claude DEBUSSY – Suíte Sinfônica “Primavera” com a Orquestra de Cleveland e regência de Pierre Boulez.
• Ottorino RESPIGHI – Primavera dos Três quadros de Botticelli com a Academia de Saint Martin in the Fields e regência de Neville Marriner.
• Darius MILHAUD – Pequena Sinfonia no 1 “A primavera” op. 43 com a Orquestra da Rádio de Luxemburgo e regência do compositor.
• Johann STRAUSS JR. – Valsa “Vozes da Primavera” com a Orquestra da Ópera Popular de Viena e regência de Peter Falk. 

Programa 9 – Dia 27 de setembro – Panorama das Orquestras Brasileiras 

Sendo uma das mais representativas manifestações musicais da cultura ocidental, a orquestra sinfônica espalhou-se pelos quatro cantos do planeta como guardiã do grande repertório sinfônico de todos os tempos e como dínamo da vida musical contemporânea. Neste programa vamos conhecer um pouco do trabalho das principais orquestras brasileiras de diversas regiões. 

• José de ARAÚJO VIANNA – Prelúdio da ópera “Carmela” com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e a regência de Ion Bressan.
• Francisco BRAGA – Poema-sinfônico “Cauchemar” com a Orquestra Sinfônica do Paraná e a regência de Roberto Duarte.
• Ronaldo MIRANDA – Segundo movimento da Sinfonia 2000 com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília e regência de Silvio Barbato.
• SIVUCA – “Aquariana” com a Orquestra Sinfônica de Recife e regência de Osman Gioia.
• Camargo GUARNIERI – Dança Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e regência de Henrique Morelenbaum.
• Francisco MIGNONE – “Nossa Senhora Aparecida”, quarto movimento do poema-sinfônico “Festa das Igrejas” com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e a regência de Davi Machado.
• Fructuoso VIANA – Dança de Negros com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e regência de Benito Juarez.
• Cláudio SANTORO – Frevo com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e regência de John Neschling.
• Joseph RHEINBERGER – Abertura “Der arme Heinrich” com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Albert Fromelt.
• Heitor VILLA-LOBOS – Elegia com a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e regência de Silvio Barbato.
• Alberto NEPOMUCENO – Batuque da Série Brasileira com a Orquestra Sinfônica Brasileira e regência de Isaac Karabtchevsky.
• Igor STRAVINSKY – Movimento final do ballet “O Pássaro de fogo” com a Orquestra Petrobrás Sinfônica e regência de Isaac Karabtchevsky.