“Dido e Enéas” em Concertos UFRJ

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Purcell  inaugura a ópera nacional inglesa

Uma das mais importantes obras do período barroco, Dido e Enéas, ópera em três atos de Henry Purcell, foi apresentada na íntegra na edição especial de Concertos UFRJ, veiculada em 31 de janeiro.

Uma das mais importantes obras do período barroco, Dido e Enéas, ópera em três atos de Henry Purcell, foi apresentada na íntegra na edição especial de Concertos UFRJ, veiculada em 31 de janeiro. Resultado de um convênio da UFRJ com a emissora, a série Concertos UFRJ vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, pela rádio Roquette Pinto, na sintonia 94,1 FM. A condução do programa é de André Cardoso, docente da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ).

 

 

 

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Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .
   
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  {magnify}images/stories/noticias/didoeeneas1000.jpg|Banquete de Dido e Eneas{/magnify}Banquete de Dido e Eneas em manuscrito do século V.

Dido e Enéas é considerada a primeira ópera nacional inglesa, tendo sido a única escrita por Purcell (1659-1695), um dos maiores compositores britânicos de todos os tempos e mestre do barroco. Ainda que tenha vivido pouco, nos deixou um número expressivo de odes para coro e orquestra, cantatas, canções, hinos, serviços, sonatas de câmara e obras para teclado, além de mais de quarenta peças para música de cena. Henry Purcell alcançou em vida relativo prestígio. Foi nomeado, em 1679, organista da abadia de Westminster e da Chapel Royal, em 1682, além de ocupar cargos importantes em várias instituições musicais londrinas.

 

A ópera foi escrita, em 1689, para o internato feminino Josias Priest, de Chelsea, Londres, a partir de um libretto de Nahum Tate (1652-1715), poeta e dramaturgo inglês. O enredo segue a história de amor entre a lendária rainha de Cartago, Dido, e o refugiado troiano Enéas, narrada no livro IV da Eneida de Virgílio. Quando o mítico herói e sua tropa naufragam em Cartago, ele e a rainha se enamoram. Mas, por inveja, as bruxas conspiram contra os amantes e convencem Enéas a partir, pois seu destino, traçado pelos deuses, é o de fundar uma nova Tróia, a cidade de Roma. Enéas, mesmo blasfemando contra a inclemência dos deuses, aceita seguir viagem e comunica a Dido que partirá naquela manhã. A rainha, esmagada pela dor, imola-se, apesar de Enéas, comovido e mudando o desígnio, afirmar preferir enfrentar a cólera dos deuses a abandoná-la.

 

A partitura é uma obra-prima de concisão e uma modelo para toda ópera de bolso: a orquestra inclui cordas e contínuo, há uns poucos papéis principais e a duração dos seus três atos não ultrapassa uma hora. Nela, Purcell incorporou tanto os desenvolvimentos da escola inglesa do século XVII, como influências musicais continentais. Combina, por exemplo, danças e coros, elementos próprios da tradição francesa, com árias que seguem em geral os modelos das óperas barrocas italianas. Os recitativos, por seu turno, a cavaleiro das tradições francesas e italianas, nada têm de artificial – são livres, melódicos e plasticamente moldados ao texto.

 

A abertura é francesa: um adágio solene inicial dá lugar a uma seção mais animada que introduz a cena. Já os coros homofónicos construídos com base em ritmos de dança, recordam os de Lully, assim como o minueto do coro Fear não danger to ensue (“Não temas os perigos que possam vir”). No entanto, cabe salientar a melodia tipicamente inglesa de Pursue thy conquest, Love (“Persegue tua conquista, Amor”) e a do coro Come away, fellow sailors (“Vinde, camaradas de marinheiros”), no início do terceiro ato. Esta alegre e singela canção marinheira carrega evidente matiz popular.

 

Algumas árias da ópera foram construídas sobre um baixo ostinato. A última delas, e a mais importante, é o famoso lamento de Dido: When I am laid in earth (“Quando eu descer à terra”), uma das mais tocantes de todo repertório lírico. Nela, além do ostinato, os intervalos descendentes e as harmonias com retardos intensificam o infortúnio da rainha.

 

O coro final, With drooping wings (“Com asas caídas”) parece inspirado no de Vénus and Adonis, de Blow – de quem Purcell foi, aliás, discípulo. Possui forte caráter elegíaco, sugerido pelo uso de escalas menores descendentes e pelas impressionantes pausas após a expressão “never part” (“nunca parta”).

 

Na versão transmitida, Ann Murray encarna o papel de Dido, Anton Schartinger o de Enéas, Rachel Yakar é Belinda, Trundeliese Schmidt, a Feiticeira, Elisabeth von Magnus e Helrun Gardow são as Bruxas, Paul Esswood, o Espírito e Josef Köstlinger, o Marinheiro. Participa também da montagem o Coro Arnold Schoenberg, dirigido por Erwin Ortner, e Nikolaus Harnoncourt rege o Concentus Musicus de Viena.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Sinopse de Dido e Enéas

 

Personagens

 

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Dido, rainha de Cartago, Soprano.

Belinda, irmã de Dido, Soprano.

Segunda Mulher, Soprano.

Feiticeira, Mezzo-soprano.

Primeira e Segunda Bruxa, Soprano.

Espírito, Mezzo-soprano.

Enéas, príncipe troiano, Tenor.

Um Marinheiro, Soprano ou Tenor.

 

Cortesãos, Marinheiros, Bruxas, Coro, Ballet.

Fúrias, Cupidos, Ballet

     

 

A ação desenrola em Cartago, em época mitológica.

 

Ato I

 

Tudo decorre no Palácio Dido. A rainha conversa com Belinda, sua irmã, sobre o amor que sente por Enéas. Ela o ama e, apesar de acreditar que o casamento com ele traria paz ao reino, suspeita que possa enfraquecê-la como soberana. Belinda retruca que, com as núpcias, Cartago estará segura e Tróia revivera, pois Enéas também a ama. O coro comenta a cena. Enéas entra. No primeiro momento é recebido com frieza, mas Dido acaba cedendo ao amor e o aceita.

 

Ato II

 

Cena 1. A ação desenvolve-se numa gruta. Uma feiticeira trama a destruição de Cartago e de sua rainha e, para isso, convoca o conluio das bruxas. Ela planeja se disfarçar como Mercúrio, mensageiro dos deuses, e lembrar Enéas a ordem de Júpiter de regressar a Itália. O coro se junta às bruxas com comentários e gritos terríveis que evocam uma tempestade. Na dança das Fúrias que encerra a cena as bruxas desaparecem em um trovão.

 

Cena 2. Depois da tormenta, Enéas e seus homens descansam em uma clareira. As bruxas se lançam sobre eles, que se dispersam, deixando-o sozinho. O Espírito da Feiticeira, sob a máscara de Mercúrio, ordena que obedeça aos desígnios de Júpiter e, imediatamente, retome a viagem. Enéas resiste, pergunta como Dido poderá suportar destino tão atroz: amada em um dia, abandonada em outro. Finalmente, se rende.

 

Ato III

 

Cena 1. A ação produz-se no porto de Cartago onde estão sendo feitos os preparativos para levantar âncoras. Ouve-se um coro de marinheiros. A feiticeira trama ainda mais desgraças: Dido deverá morrer, Cartago arder em chamas e os intrépidos troianos naufragarem. A dança das bruxas encerra a cena.

 

Cena 2. No Palácio, a rainha lamenta o destino. Enéas surge para explicar-lhe os motivos da sua partida, mas Dido recusa-os. Enéas comovido muda de opinião e decide permanecer em Cartago, mesmo contra a vontade dos deuses. A rainha o rejeita ainda uma vez mais, por ter pensado em deixá-la e o expulsa. Após a sua saída canta o famoso lamento de Dido. Por fim, se mata. Cupidos surgem entre as nuvens e vigiam seu túmulo, enquanto o coro encerra a ópera.

 

A partitura pode ser encontrada aqui e o libretto original em nos respectivos links.

    Programação de Fevereiro

     

    Programa 28 – Dia 7 de fevereiro – A música da América Latina 1

     

     

    Programa dedicado à música da América Latina abordando inicialmente o período colonial, com exemplos da produção musical das colônias espanholas em países como Argentina, Perú, Guatemala e México nos séculos XVII e XVIII.

     

    1. ANÔNIMO (Peru, séc. XVII) – “Hanacpachap cussicuinin” (A felicidade do céu) hino processional em língua quechua com o conjunto Agrupacion Musica e a direção de Enzo Gieco.
    2. Thomas de TORREJON Y VELASCO (Espanha, 1644 – Lima [Peru], 1728)– Vilancico “Quatro plumages ayrosos” com a Cantoria da Basílica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Buenos Aires e a direção de Jesús Gabriel Segade.
    3. José OREJON Y APARÍCIO (Peru, séc. XVII e XVIII) – Vilancico “A la Concepción de Nuestra Señora” com a Cantoria da Basílica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Buenos Aires e a direção de Jesús Gabriel Segade.
    4. Domenico ZIPOLLI (Roma [Itália], 1688 – Córdoba [Argentina], 1726) – Courante para cravo com Antonio Carlos de Magalhães.
    5. Tomas PASCUAL (San Juan [Guatemala], 1595-1630) – Vilancico “Hoy es dia de placer” com o conjunto Agrupacion Musica e a direção de Enzo Gieco.
    6. Rafael Antonio CASTELLANOS (Santiago [Guatemala] ?-1791) – Vilancico “Ausente del alma” com o grupo Chatam Baroque.
    7. Ignácio JERUSALEM (Lecce [Itália], 1707 – Nova Espanha [México], 1769) – “Dixit Dominus” com o conjunto Chanticler, a Chanticler Sinfonia e a direção de Joseph Jennings.
    8. Manuel de ZUMAYA (México, 1678-1755) – “Solfa de Pedro” (1715) com o conjnto Chanticler, a Chanticler Sinfonia e a direção de Joseph Jennings.
    9. Manuel de ZUMAYA (México, 1678-1755) – “Celebren Publiquem” com o conjnto Chanticler, a Chanticler Sinfonia e a direção de Joseph Jennings.

     

    Programa 29 – Dia 14 de fevereiro – Grandes mestres da Escola de Música IV: José Siqueira.

     

     

    Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O quarto programa, produzido por Caetano Araújo, aluno do Programa de Pós-Graduação em Música da UFRJ, será dedicado a José Siqueira (1907-1985) compositor paraibano cujas características sertanejas de sua obra trouxeram o nordeste para o centro da musica sinfônica brasileira.

     

    1. Segunda Cantiga para piano com Attilio Mastrogiovanni.
    2. Três Estudos para clarineta e piano com o clarinetista Paulo Passos e a pianista Sara Cohen.
    3. Duas canções: “Vadeia cabocolinho” com a soprano Lia Salgado e Alceo Bocchino ao piano, e “Madrigal” com a soprano Maria Lúcia Godoy e o pianista Murilo Santos.
    4. Primeiro movimento do Concerto para violino e orquestra com o violinista Oscar Borgerth, a Orquestra Sinfônica Nacional e a regência de José Siqueira.
    5. “Toada” para cordas com o Brasil Quarteto da Rádio Roquette Pinto (João Daltro de Almeida e José Alves da Silva nos violinos, Nelson de Macedo na viola e Watson Clis no violoncelo).
    6. “Canto do Tabajara” com a Orquestra Filarmônica Norte/Nordeste e a regência de Aylton Escobar.
    7. Recitativo, ária e fuga para violoncelo e orquestra de cordas com o violoncelista Fábio Presgrave como solista da Camerata Fukuda e a regência de Celso Antunes.

     

     

    Programa 30 – Dia 21 de fevereiro – Especial Carlos Perez (violão)

     

    Recital do violonista chileno Carlos Perez no festival “Violão: 30 anos na UFRJ”, gravado ao vivo no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ no dia 6 de outubro de 2010.

     

    1. J. S. BACH – Suíte BWV 1010 (Prelúdio, Alemande, Courante, Sarabande, Bouree 1 e 2 e Giga).
    2. Julio SAGRERAS – “La elegante” (gavota) e “El Chana” (tango).
    3. Antonio LAURO – Três peças: Valsa Venezuelana, Romanza e Pasaje Aragueno.
    4. ANÔNIMO – Quatro canções populares chilenas (arr: Carlos Perez): Tonada, Parabien, Entonacion e Cueca.
    5. Augustin BARRIOS – “Caazapa”.
    6. Antonio LAURO – “Seis por derecho”
    7. Abel FLEURY – “La flor de llanto”

     

    Programa 31 – Dia 28 de fevereiro – Ópera “Rita” de Gaetano Donizetti

     

     

    Legítimo exemplar do chamado bel-canto italiano a ópera cômica em um ato “Rita” de Gaetano Donizetti (1797-1848) foi escrita em 1841 mas estreada postumamente, em 1860 em Paris. A história gira em torno de uma espécie de triangulo amoroso inusitado entre Rita e seus dois maridos Gasparo e Beppe. A gravação ao vivo é com a soprano Adelina Scarabelli no papel de Rita, o tenor Pietro Ballo como Beppe e o barítono Alessandro Corbelli como Gasparo. A Orquestra de Câmara Siciliana é regida pelo maestro Federico Amendola.

    Concertos UFRJ: Música de Câmara

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    O repertório de câmara, um dos gêneros mais importantes da música de concerto, foi o tema da edição de Concertos UFRJ, veiculada no dia 24 de janeiro. No programa, obras de Haydn, Villa-Lobos, Vera Brandão e Poulec.

     

    podcast

    Ouça aqui o programa: 

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    Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

    Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

    O repertório de câmara, um dos gêneros mais importantes da música de concerto, foi o tema da edição de Concertos UFRJ, veiculada no dia 24 de janeiro. No programa, obras de Haydn, Villa-Lobos, Vera Brandão e Poulec. Resultado de um convênio da UFRJ com a Roquette Pinto, a série Concertos UFRJ vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 FM, sob o comando de André Cardoso, docente da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ).

     

    A expressão música de câmara denota usualmente peças escritas para pequenos conjuntos instrumentais e destinadas à execução em salas de concerto menores e para platéias reduzidas. O gênero ganhou impulso significativo com o classicismo. Entre quartetos de cordas, sonatas e obras para vários tipos de conjuntos com ou sem piano, a diversidade da criação no final do século XVIII é impressionante. O público consumidor deste tipo de música incluía tanto a aristocracia como a burguesia culta, sendo as cortes e os salões em voga os espaços privilegiados para sua audição.

     

    Com o tempo se acumulou um sofisticado e vasto repertório e se desenvolveu uma série de formações instrumentais e tímbricas características. Nessa trajetória, cabe lugar de destaque o austríaco Joseph Haydn (1732-1809), mestre do classicismo vienense e compositor intensamente profícuo. Haydn tem sido apontado como o responsável pela consolidação de formações, hoje tradicionais, como trio com piano, para a qual escreveu 45 peças, e quarteto de cordas, a qual dedicou nada menos do que 68 partituras – uma produção não só volumosa, mas de elevado nível de sofisticação e requintada expressão artística. O programa apresenta o Trio em sol maior para violino, violoncelo e piano H. XV no. 25, dos mais conhecidos do compositor, cujo subtítulo “Cigano”, deriva do último movimento, um Rondo all’Ongarese, inspirado na música popular húngara que Haydn conheceu quando a serviço do príncipe Eszterházy, seu patrono.

     

    Bem distante das preocupações clássicas, o Sexteto Místico de Heitor Villa-Lobos (1887-1959) adota uma formação inusitada: flauta, oboé, saxofone, harpa, celesta e violão. Composta em 1917, nele transparece a influência do impressionismo francês e é evidente a busca por horizontes mais amplos do que os oferecidos pelo romantismo, que se expressa de forma contundente na adoção da harpa, do violão e da celesta como instrumentos harmônicos em detrimento do piano.

     

    A terceira obra apresentada por Concertos UFRJ foi o Duo para oboé e violoncelo de José Vieira Brandão (1911-2002). Formado no Instituto Nacional de Música, atual Escola de Música da UFRJ, a trajetória de Brandão está intimamente vinculada ao nacionalismo de Villa-Lobos, do qual foi assistente no Conservatório Nacional de Canto Orfeônico e primeiro intérprete de várias de suas obras.

     

    O programa se encerra com o Sexteto para piano, flauta, oboé, clarineta, fagote e trompa de Francis Poulenc (1899-1963), compositor francês que integrou o chamado Grupo dos Seis (Les Six). Inspirados em Erik Satie e Jean Cocteau e na contramão das experiências das vanguardas e dos modernismos, esses autores propunham o regresso à melodia, ao contraponto e ao sistema total, além de valorizarem a precisão, a simplicidade e a concisão.

     

    As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

     

    Programação de Janeiro

     

     

    Programa 23 – Dia 3 de janeiro – Cenas de ballet

     

    Em seu primeiro programa de 2011 Concertos UFRJ abordará a música para ballet apresentando uma seleção de trechos de alguns dos grandes clássicos da dança.

     

    1. Adolphe ADAM (1803-1856) – Grande Pas de Deux de Gisele e Albrecht e final do segundo ato do ballet “Gisele” com solo de viola de Alec Taylor, a Orquestra Sinfônica de Londres e a regência de Michael Tilson Thomas.
    2. CHOPIN / GLAZUNOV – Integral do ballet “Les Sylphides” na versão de Roy Douglas com a Orquestra Filarmônica de Roterdam e a regência de David Zinman.
    3. Leo DELIBES (1831-1891) – Abertura e Valsa do primeiro ato e Pas de Deux e final do terceiro ato do ballet “Coppelia” com solo de viola de John Brearley, a Orquestra do Royal Opera House de Londres e a regência de Mark Elmer.

     

    Programa 24 – Dia 10 de janeiro – Grandes mestres da Escola de Música III: César Guerra-Peixe.

     

    Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O terceiro programa será dedicado a César Guerra-Peixe (1914-1993)  compositor petropolitano que juntou música de concerto e música popular numa obra de personalidade que o alçou à posição de um dos grandes nomes do nacionalismo musical brasileiro.

     

    1. Suíte para orquestra de cordas (1949) com a Orquestra Sinfônica Nacional e a regência de Guido Mansuino. Movimentos: Maracatú, Pregão, Modinha e Frevo.
    2. Ponteado (1955) com a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina e a regência de Norton Morozowicz.
    3. Cânticos Serranos no. 4 (1976) sobre textos do poeta Raul de Leoni (“Prudência” e “Vivendo”) na interpretação do barítono Inácio de Nonno e da pianista Laís Figueiró.
    4. Série Xavante para coro a capella (1972) com o Madrigal Renascentista e a direção de Afrânio Lacerda.
    5. Concertino para violino e orquestra de câmara (1972) com o violinista Ricardo Amado, a Orquestra Experimental da Universidade Federal de Ouro Preto e a regência de Silvio Viegas.
    6. Roda de Amigos (1979) com Curt Schroeter (flauta), Martin Schuring (oboé), José Botelho (clarineta) e Aloysio Fagerlande (fagote), a Orquestra do 16o. Festival de Música de Londrina e a regência de Norton Morozowicz.

      Programa 25 – Dia 17 de janeiro – A quatro mãos

       

      Programa dedicado ao repertório para piano a quatro mãos, formação camerística que ganhou impulso na segunda metade do século XVIII e que se firmou durante o século XIX a partir do desenvolvimento técnico e aumento na extensão do instrumento.

       

      1. Franz SCHUBERT (1797-1828) – Fantasia em Fá menor D. 940 com o Duo Kontarsky, formado pelos irmãos Alfons e Aloys Kontarsky.
      2. Gabriel FAURÉE (1845-1924) – Suite Dolly op. 56, em seis pequenos movimentos, com o Duo formado por Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini.
      3. Maurice RAVEL (1876-1946) – Suite “Ma Mère l’oye” (Mamãe Ganso)  em cinco movimentos (“Pavana da Bela Adormecida”; “O pequeno Polegar”; “A Imperatriz dos pagodes”; “Conversas entre a Bela e a Fera” e “Jardim Feérico”) com o Duo Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini.
      4. Francisco MIGNONE (1897-1986) – “Lundu, para piano a quatro mãos” com o Duo Bretas-Kevorkian formado pelas pianistas Patrícia Bretas e Josiane Kevorkian.

       

      Programa 26 – Dia 24 de janeiro – Música de Câmara

       

      A música de câmara é um dos gêneros mais importantes na música de concerto e requer do músico que a pratica, além do amplo domínio de seu instrumento, uma interação completa com os demais integrantes do conjunto, seja um duo até as formações camerísticas mais numerosas. Apresentaremos em Concertos UFRJ todo mês obras de câmara para as mais variadas formações, desde as tradicionais como os duos e trios com piano, quarteto de cordas, quinteto de sopros, entre outros, até as formações menos usuais com as mais variadas combinações instrumentais.

       

      1. Joseph HAYDN (1732-1809) – Trio em sol maior “Cigano” para violino, violoncelo e piano H. XV no 25 com o Trio Beaux Arts.
      2. Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) – Sexteto Místico com Antônio Carlos Carrasqueira na flauta, Luis Carlos Justi no oboé, Dilson Florêncio no saxofone, Cristina Braga na harpa, Maria Teresa Madeira na celesta e Turíbio Santos no violão.
      3. José VIEIRA BRANDÃO (1911-2002) – Duo para oboé e violoncelo com James Ryon (oboé) e Regina Mushabac (violoncelo).
      4. Francis POULENC (1899-1963) – Sexteto para piano, flauta, oboé, clarineta, fagote e trompa com Pascal Roge (piano), Patrick Galois (flauta), Maurice Bourgue (oboé), Michael Portal (clarineta), Amaury Wallez (fagote) e André Cazalet (trompa).

       

      Programa 27 – Dia 31 de janeiro – Ópera “Dido e Enéas”

       

      A partir de janeiro apresentaremos na última segunda-feira de cada mês uma ópera. Serão apresentados óperas integrais ou eventualmente trechos selecionados com as árias e conjuntos mais importantes. Abriremos a série com a ópera barroca “Dido e Enéas” do compositor inglês Henry PURCELL (1659-1695). A versão será dos seguintes intérpretes: Ann Murray no papel de Dido, Anton Schartinger como Enéas, Rachel Yakar como Belinda, Trundeliese Schmidt como Feiticeira, Elisabeth von Magnus e Helrun Gardow como as Bruxas, Paul Esswood como Espírito, Josef Köstlinger como Marinheiro, o Coro Arnold Schoenberg dirigido por Erwin Ortner, o Concentus Musicus de Viena e a regência de Nikolaus Harnoncourt.

      Concertos UFRJ: A quatro mãos

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      Um passeio através do rico repertório para piano a quatro mãos é o convite da vigésima-quinta edição de Concertos UFRJ, que foi ao ar no dia 17 de janeiro.

       

      podcast

      Ouça aqui o programa: 

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      Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

      Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

      Um passeio através do rico repertório para piano a quatro mãos é o convite da vigésima-quinta edição de Concertos UFRJ, que foi ao ar no dia 17 de janeiro. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa é resultado de uma parceria da UFRJ com a Roquette Pinto e é veiculado toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

       

      Os primeiros pianofortes, ou apenas pianos, forma abreviada como são mais conhecidos, foram fabricados em 1698 por Bartolomeo Cristofori, encarregado de instrumentos da corte dos Médici em Florença que o chamou de gravecembalo col piano e forte (“cravo com suave e forte”). A característica de soar suave ou forte, conforme a pressão dos dedos sobre o teclado, o que conduz a uma vasta gama expressiva, assim como a possibilidade de produzir dez ou mais notas de uma vez, permite o instrumento executar praticamente qualquer tipo de música da tradição ocidental. Introspectivo ou expressivo, alegre ou triste, refinado ou burlesco não parece existir estado d’alma ou sentimento que não possa representar.

       

      As primeiras obras para teclado e dois executantes datam do início do séc. XVII e foram escritas por músicos ingleses, mas os frágeis instrumentos da época não permitiram maiores desenvolvimentos. No período clássico, quando o piano suplantou o cravo na preferência dos compositores, esse repertório ganha impulso, paralelamente ao desenvolvimento técnico do instrumento e ao aumento de sua extensão. São, porém, os músicos românticos, que fizeram do piano o meio privilegiado de expressão, que darão a esse tipo de peça um desenvolvimento extraordinário e farão dele uma das modalidades mais significativas da música de câmara.

       

      Certo é que formação oferece enormes desafios técnicos e expressivos. A edição de Concertos UFRJ destaca conjuntos de pianistas que dedicaram a carreira a enfrentá-los. O primeiro deles, o duo composto pelos irmãos alemães Alfons (1931) e Aloys Kontarsky (1932-2010), foi um dos mais aclamados do século passado e nos deixou inúmeras gravações magistrais. O duo Kontarsky executa a Fantasia em Fá menor D.940 de Franz Schubert (1797-1828), peça das mais emblemáticas do piano a quatro mãos.

       

      Já Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini apresentam duas obras francesas da virada do séc. XIX para o XX – um momento pródigo para a produção destinada ao piano. E, ambas, tomam o universo infantil por referência: a Suite Dolly op. 56, em seis pequenos movimentos, de Gabriel Faurée (1845-1924), e a Suite “Ma Mère l’oye” (Mamãe Ganso), em cinco movimentos, de Maurice Ravel (1876-1946).

       

      Encerrando programa, uma mostra da produção brasileira: O lundu, para piano a quatro mãos, de Francisco Mignone (1897- 1986) na interpretação das pianistas Patrícia Bretas e Josiane Kevorkian.

       

      As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

       

      Programação de Janeiro

       

       

      Programa 23 – Dia 3 de janeiro – Cenas de ballet

       

      Em seu primeiro programa de 2011 Concertos UFRJ abordará a música para ballet apresentando uma seleção de trechos de alguns dos grandes clássicos da dança.

       

      1. Adolphe ADAM (1803-1856) – Grande Pas de Deux de Gisele e Albrecht e final do segundo ato do ballet “Gisele” com solo de viola de Alec Taylor, a Orquestra Sinfônica de Londres e a regência de Michael Tilson Thomas.
      2. CHOPIN / GLAZUNOV – Integral do ballet “Les Sylphides” na versão de Roy Douglas com a Orquestra Filarmônica de Roterdam e a regência de David Zinman.
      3. Leo DELIBES (1831-1891) – Abertura e Valsa do primeiro ato e Pas de Deux e final do terceiro ato do ballet “Coppelia” com solo de viola de John Brearley, a Orquestra do Royal Opera House de Londres e a regência de Mark Elmer.

       

      Programa 24 – Dia 10 de janeiro – Grandes mestres da Escola de Música III: César Guerra-Peixe.

       

      Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O terceiro programa será dedicado a César Guerra-Peixe (1914-1993)  compositor petropolitano que juntou música de concerto e música popular numa obra de personalidade que o alçou à posição de um dos grandes nomes do nacionalismo musical brasileiro.

       

      1. Suíte para orquestra de cordas (1949) com a Orquestra Sinfônica Nacional e a regência de Guido Mansuino. Movimentos: Maracatú, Pregão, Modinha e Frevo.
      2. Ponteado (1955) com a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina e a regência de Norton Morozowicz.
      3. Cânticos Serranos no. 4 (1976) sobre textos do poeta Raul de Leoni (“Prudência” e “Vivendo”) na interpretação do barítono Inácio de Nonno e da pianista Laís Figueiró.
      4. Série Xavante para coro a capella (1972) com o Madrigal Renascentista e a direção de Afrânio Lacerda.
      5. Concertino para violino e orquestra de câmara (1972) com o violinista Ricardo Amado, a Orquestra Experimental da Universidade Federal de Ouro Preto e a regência de Silvio Viegas.
      6. Roda de Amigos (1979) com Curt Schroeter (flauta), Martin Schuring (oboé), José Botelho (clarineta) e Aloysio Fagerlande (fagote), a Orquestra do 16o. Festival de Música de Londrina e a regência de Norton Morozowicz.

        Programa 25 – Dia 17 de janeiro – A quatro mãos

         

        Programa dedicado ao repertório para piano a quatro mãos, formação camerística que ganhou impulso na segunda metade do século XVIII e que se firmou durante o século XIX a partir do desenvolvimento técnico e aumento na extensão do instrumento.

         

        1. Franz SCHUBERT (1797-1828) – Fantasia em Fá menor D. 940 com o Duo Kontarsky, formado pelos irmãos Alfons e Aloys Kontarsky.
        2. Gabriel FAURÉE (1845-1924) – Suite Dolly op. 56, em seis pequenos movimentos, com o Duo formado por Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini.
        3. Maurice RAVEL (1876-1946) – Suite “Ma Mère l’oye” (Mamãe Ganso)  em cinco movimentos (“Pavana da Bela Adormecida”; “O pequeno Polegar”; “A Imperatriz dos pagodes”; “Conversas entre a Bela e a Fera” e “Jardim Feérico”) com o Duo Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini.
        4. Francisco MIGNONE (1897-1986) – “Lundu, para piano a quatro mãos” com o Duo Bretas-Kevorkian formado pelas pianistas Patrícia Bretas e Josiane Kevorkian.

         

        Programa 26 – Dia 24 de janeiro – Música de Câmara

         

        A música de câmara é um dos gêneros mais importantes na música de concerto e requer do músico que a pratica, além do amplo domínio de seu instrumento, uma interação completa com os demais integrantes do conjunto, seja um duo até as formações camerísticas mais numerosas. Apresentaremos em Concertos UFRJ todo mês obras de câmara para as mais variadas formações, desde as tradicionais como os duos e trios com piano, quarteto de cordas, quinteto de sopros, entre outros, até as formações menos usuais com as mais variadas combinações instrumentais.

         

        1. Joseph HAYDN (1732-1809) – Trio em sol maior “Cigano” para violino, violoncelo e piano H. XV no 25 com o Trio Beaux Arts.
        2. Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) – Sexteto Místico com Antônio Carlos Carrasqueira na flauta, Luis Carlos Justi no oboé, Dilson Florêncio no saxofone, Cristina Braga na harpa, Maria Teresa Madeira na celesta e Turíbio Santos no violão.
        3. José VIEIRA BRANDÃO (1911-2002) – Duo para oboé e violoncelo com James Ryon (oboé) e Regina Mushabac (violoncelo).
        4. Francis POULENC (1899-1963) – Sexteto para piano, flauta, oboé, clarineta, fagote e trompa com Pascal Roge (piano), Patrick Galois (flauta), Maurice Bourgue (oboé), Michael Portal (clarineta), Amaury Wallez (fagote) e André Cazalet (trompa).

         

        Programa 27 – Dia 31 de janeiro – Ópera “Dido e Enéas”

         

        A partir de janeiro apresentaremos na última segunda-feira de cada mês uma ópera. Serão apresentados óperas integrais ou eventualmente trechos selecionados com as árias e conjuntos mais importantes. Abriremos a série com a ópera barroca “Dido e Enéas” do compositor inglês Henry PURCELL (1659-1695). A versão será dos seguintes intérpretes: Ann Murray no papel de Dido, Anton Schartinger como Enéas, Rachel Yakar como Belinda, Trundeliese Schmidt como Feiticeira, Elisabeth von Magnus e Helrun Gardow como as Bruxas, Paul Esswood como Espírito, Josef Köstlinger como Marinheiro, o Coro Arnold Schoenberg dirigido por Erwin Ortner, o Concentus Musicus de Viena e a regência de Nikolaus Harnoncourt.

        Concertos UFRJ: Cenas de Ballet

        balletsapatilha190

        Um passeio pela música de ballet é a proposta da vigésima-terceira edição de Concertos UFRJ, que foi veiculada em três de janeiro e abre a temporada 2011 do programa radiofônico.

         

        podcast

        Ouça aqui o programa: 

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        Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

        Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

        Um passeio pela música de ballet é a proposta da vigésima-terceira edição de Concertos UFRJ, que foi veiculada em três de janeiro e abre a temporada 2011 do programa radiofônico. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música, a iniciativa é resultado de uma parceria da UFRJ com a Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

         

        O ballet surge na Itália no final do século XV, durante o Renascimento, como divertimento da nobreza: uma forma de espetáculo em que música, pantomimas e danças se misturavam. Mas foi ao migrar para a França, em um processo que levou décadas, que ganhou vocabulário próprio e alcançou a padronização dos passos que, no essencial, perdura até hoje.

         

        Concertos UFRJ propõem uma seleção de trechos de três obras que são, inegavelmente, grandes clássicos da dança de todos os tempos. A primeira delas é Giselle, ballet em dois atos que representa o arquétipo do romantismo francês e que foi ao palco pela primeira vez em 1841. Com música de Adolphe Charles Adam (1803-1856), libreto do poeta Théophile Gautier (1811-1872), escrito a partir de argumento de Jules-Henri Vernoy de Saint-Georges (1799-1875), a peça conta a lenda da camponesa Giselle que se mata, ao se descobrir enganada pelo príncipe Albrecht, por quem se apaixonara. O segundo ato passa diante da tumba da camponesa, local guardado pelas willis, fantasmas das noivas que faleceram antes do casamento e que enfeitiçam os que se aproximam obrigando-os a dançar à exaustão. É o que acontece com o nobre arrependido. Giselle, porém, luta para sustentá-lo até que a aurora quebre o encanto. Aos primeiros raios de sol, desaparece para sempre, ao mesmo tempo em que a vida do amado é preservada.

         

        O papel de Giselle é um dos mais cobiçados e difíceis, já que exige tanto perfeição técnica como graça e lirismo. Um tour de force para toda bailarina desde que a famosa Carlotta Grisi (1819-1899) o encarnou pela primeira vez. No entanto, a obra saiu do repertório até que foi remontada em 1910 por Serguei Diaguilev (1872-1929), fundador dos Ballets Russes – importante companhia que encantou plateias na Europa e na América, projetou diversos dançarinos e coreógrafos e, em larga medida, redefiniu a dança na virada do século XIX para o XX. Desde então, Giselle vem merecendo sucessivas montagens.

         

        Aos Ballets Russes devemos também a segunda obra – Les sylphides – abordada no programa. Montado pela primeira vez em 1909, em Paris, para a companhia de Diaguilev, o ballet se baseia em peças do compositor polonês Frédéric Chopin (1810-1849), que foram orquestradas por Alexander Glazunov (1865-1936) e coreografadas por Mikhail Fokine (1880-1942). A estreia contou com figurinos, cenários e iluminação de Alexandre Benoi (1870-1960).

         

        Os interpretes principais foram, na ocasião, nada menos que Anna Pavlova (1881-1931), Tamara Karsavina (1885-1978) e Vaslav Nijinski (1889-1950). Um marco na história da dança, o primeiro ballet abstrato e, no qual, Fokine introduziu técnicas inovadoras. Em Les Sylphides não há propriamente uma narrativa, mas a ação se desenvolve em uma floresta onde um jovem sonhador dança cercado pelas sílfides, criaturas fabulosas que se materializam no ar.

         

        Ao contrário de Giselle e Les sylphides, criações intensamente dramáticas, Coppélia (ou Fille aux yeux d’émail) é um ballet cômico em dois atos e três quadros de Arthur Saint-Léon (1821-1870), sobre libreto de Charles Nuitter (1828-1899), música de Léo Delibes (1836-1891), e inspirado em um conto de Hoffmann (1876-1822).  Foi encenado pela primeira vez na Ópera de Paris, em 1870, tendo Giuseppina Bozzacchi no papel principal.

         

        A ação transcorre em uma aldeia da Cracóvia, na Polónia, e todos se preparam para o casamento Franz com Swanilda, a jovem mais bonita do lugar. Ali vive também o Doutor Coppelius, um misterioso fabricante de brinquedos. O noivo se encanta por uma jovem que, toda tarde, aparece lendo sentada à varanda superior da casa de Coppelius, o que provoca ciúmes de Swanilda e leva a uma deliciosa série de confusões. Os enganos se desfazem, porém, e se descobre que a jovem é, na verdade, a boneca Coppélia, criada com perfeição pelo fabricante de brinquedos. A peça termina alegremente com a celebração do casamento de Swanilda e Franz.

         

        As edições de Concertos UFRJ são resultado de uma parceria da UFRJ com a Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM. As edições podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da emissora. Contatos através do endereço eletrônico:  concertosufrj@musica.ufrj.br.

         

        Programação de Janeiro

         

         

        Programa 23 – Dia 3 de janeiro – Cenas de ballet

         

        Em seu primeiro programa de 2011 Concertos UFRJ abordará a música para ballet apresentando uma seleção de trechos de alguns dos grandes clássicos da dança.

         

        1. Adolphe ADAM (1803-1856) – Grande Pas de Deux de Gisele e Albrecht e final do segundo ato do ballet “Gisele” com solo de viola de Alec Taylor, a Orquestra Sinfônica de Londres e a regência de Michael Tilson Thomas.
        2. CHOPIN / GLAZUNOV – Integral do ballet “Les Sylphides” na versão de Roy Douglas com a Orquestra Filarmônica de Roterdam e a regência de David Zinman.
        3. Leo DELIBES (1831-1891) – Abertura e Valsa do primeiro ato e Pas de Deux e final do terceiro ato do ballet “Coppelia” com solo de viola de John Brearley, a Orquestra do Royal Opera House de Londres e a regência de Mark Elmer.

         

        Programa 24 – Dia 10 de janeiro – Grandes mestres da Escola de Música III: César Guerra-Peixe.

         

        Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O terceiro programa será dedicado a César Guerra-Peixe (1914-1993)  compositor petropolitano que juntou música de concerto e música popular numa obra de personalidade que o alçou à posição de um dos grandes nomes do nacionalismo musical brasileiro.

         

        1. Suíte para orquestra de cordas (1949) com a Orquestra Sinfônica Nacional e a regência de Guido Mansuino. Movimentos: Maracatú, Pregão, Modinha e Frevo.
        2. Ponteado (1955) com a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina e a regência de Norton Morozowicz.
        3. Cânticos Serranos no. 4 (1976) sobre textos do poeta Raul de Leoni (“Prudência” e “Vivendo”) na interpretação do barítono Inácio de Nonno e da pianista Laís Figueiró.
        4. Série Xavante para coro a capella (1972) com o Madrigal Renascentista e a direção de Afrânio Lacerda.
        5. Concertino para violino e orquestra de câmara (1972) com o violinista Ricardo Amado, a Orquestra Experimental da Universidade Federal de Ouro Preto e a regência de Silvio Viegas.
        6. Roda de Amigos (1979) com Curt Schroeter (flauta), Martin Schuring (oboé), José Botelho (clarineta) e Aloysio Fagerlande (fagote), a Orquestra do 16o. Festival de Música de Londrina e a regência de Norton Morozowicz.

         

        Programa 25 – Dia 17 de janeiro – A quatro mãos

         

        Programa dedicado ao repertório para piano a quatro mãos, formação camerística que ganhou impulso na segunda metade do século XVIII e que se firmou durante o século XIX a partir do desenvolvimento técnico e aumento na extensão do instrumento.

         

        1. Franz SCHUBERT (1797-1828) – Fantasia em Fá menor D. 940 com o Duo Kontarsky, formado pelos irmãos Alfons e Aloys Kontarsky.
        2. Gabriel FAURÉE (1845-1924) – Suite Dolly op. 56, em seis pequenos movimentos, com o Duo formado por Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini.
        3. Maurice RAVEL (1876-1946) – Suite “Ma Mère l’oye” (Mamãe Ganso)  em cinco movimentos (“Pavana da Bela Adormecida”; “O pequeno Polegar”; “A Imperatriz dos pagodes”; “Conversas entre a Bela e a Fera” e “Jardim Feérico”) com o Duo Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini.
        4. Ronaldo MIRANDA (1948) – “Tango” com o Duo Bretas/Kevorkian formado pelas pianistas Patrícia Bretas e Josiane Kevorkian.

         

        Programa 26 – Dia 24 de janeiro – Música de Câmara

         

        A música de câmara é um dos gêneros mais importantes na música de concerto e requer do músico que a pratica, além do amplo domínio de seu instrumento, uma interação completa com os demais integrantes do conjunto, seja um duo até as formações camerísticas mais numerosas. Apresentaremos em Concertos UFRJ todo mês obras de câmara para as mais variadas formações, desde as tradicionais como os duos e trios com piano, quarteto de cordas, quinteto de sopros, entre outros, até as formações menos usuais com as mais variadas combinações instrumentais.

         

        1. Joseph HAYDN (1732-1809) – Trio em sol maior “Cigano” para violino, violoncelo e piano H. XV no 25 com o Trio Beaux Arts.
        2. Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) – Sexteto Místico com Antônio Carlos Carrasqueira na flauta, Luis Carlos Justi no oboé, Dilson Florêncio no saxofone, Cristina Braga na harpa, Maria Teresa Madeira na celesta e Turíbio Santos no violão.
        3. José VIEIRA BRANDÃO (1911-2002) – Duo para oboé e violoncelo com James Ryon (oboé) e Regina Mushabac (violoncelo).
        4. Francis POULENC (1899-1963) – Sexteto para piano, flauta, oboé, clarineta, fagote e trompa com Pascal Roge (piano), Patrick Galois (flauta), Maurice Bourgue (oboé), Michael Portal (clarineta), Amaury Wallez (fagote) e André Cazalet (trompa).

         

        Programa 27 – Dia 31 de janeiro – Ópera “Dido e Enéas”

         

        A partir de janeiro apresentaremos na última segunda-feira de cada mês uma ópera. Serão apresentados óperas integrais ou eventualmente trechos selecionados com as árias e conjuntos mais importantes. Abriremos a série com a ópera barroca “Dido e Enéas” do compositor inglês Henry PURCELL (1659-1695). A versão será dos seguintes intérpretes: Ann Murray no papel de Dido, Anton Schartinger como Enéas, Rachel Yakar como Belinda, Trundeliese Schmidt como Feiticeira, Elisabeth von Magnus e Helrun Gardow como as Bruxas, Paul Esswood como Espírito, Josef Köstlinger como Marinheiro, o Coro Arnold Schoenberg dirigido por Erwin Ortner, o Concentus Musicus de Viena e a regência de Nikolaus Harnoncourt.

        Retrospectiva 2010

        retrospectiva2010

        Na última edição de 2010, o programa Concertos UFRJ (Roquette Pinto, 94,1 FM) mostrou uma retrospectiva da temporada artística da Escola de Música (EM), com gravações exclusivas feitas ao vivo com os alunos e grandes solistas que se apresentaram ao longo do ano no Salão Leopoldo Miguez. 

         

        podcast

        Ouça aqui o programa: 

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        Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

        Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

        Na última edição de 2010, o programa Concertos UFRJ (Roquette Pinto, 94,1 FM) mostrou uma retrospectiva da temporada artística da Escola de Música (EM), com gravações exclusivas feitas ao vivo com os alunos, muitos dos quais já com significativa bagagem e premiações, e com grandes solistas que se apresentaram ao longo do ano no Salão Leopoldo Miguez. Um convite para viver (ou rever) um pouco da emoção que esses espetáculos proporcionaram.

         

        Foram mais de 250 deles, entre concertos, recitais, concursos e apresentações diversas. Um dos destaques do ano foi o Primeiro Concurso Nacional de Canto Lírico – promovido com objetivo de incentivar e revelar novos talentos. As finais foram realizadas entre 21 e 23 maio e atraiu mais de 80 candidatos. Concertos UFRJ recordaram um pouco aquelas maravilhosas jornadas veiculando gravação ao vivo do soprano Maira Lautert, aluna da EM e terceira colocada, encarnando na final do concurso a Leonora de Il Trovatore, de Verdi, na famosa ária “Tacea la notte placida”, do primeiro ato da ópera.

         

        Outro acontecimento importante, o festival Violão: 30 anos na UFRJ, reuniu grandes nomes nacionais e internacionais do instrumento no mês de outubro. A retrospectiva relembrou os concertos dos convidados especiais Fábio Zanon, Brasil, Gerard Abiton, França, Carlos Perez, México, Gilson Antunes, Brasil, e Pablo Marquez, Argentina, que executaram, respectivamente, obras de Marco Pereira, Sérgio Assad, Antonio Lauro, Elodie Bouny e Gustavo Leguizamón. O festival comemorou três décadas de implantação do curso de violão na UFRJ – criado em 1980, e um dos primeiros em nível universitário no Brasil.

         

        Em outubro ainda, a Escola promoveu a vigésima-quinta edição do Panorama da Música Brasileira Atual, mostra bianual da produção contemporânea criada em 1978 e promovida pela Escola há mais de trinta anos. Para 2010 foi organizado um concurso de composição para o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ, que teve como um dos vencedores Rafael Bezerra, aluno da EM, cuja “Fantasia” ganhou uma primeira audição no Panorama.

         

        Por fim, foram apresentadas as performances premiadas de Laís Frey, primeira colocada no 16º Concurso Nacional de Piano Arnaldo Estrella, de Juiz de Fora, e Antônio Guimarães Neto, vencedor do XXIX Concurso Latino Americano Rosa Mística, em Curitiba.

         

        Conduzido por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música, o programa radiofônico Concertos UFRJ é resultado de uma parceria da UFRJ com a Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM. As edições podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da emissora. Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

         

        Programação de Janeiro

         

         

        Programa 23 – Dia 3 de janeiro – Cenas de ballet

         

        Em seu primeiro programa de 2011 Concertos UFRJ abordará a música para ballet apresentando uma seleção de trechos de alguns dos grandes clássicos da dança.

         

        1. Adolphe ADAM (1803-1856) – Grande Pas de Deux de Gisele e Albrecht e final do segundo ato do ballet “Gisele” com solo de viola de Alec Taylor, a Orquestra Sinfônica de Londres e a regência de Michael Tilson Thomas.
        2. CHOPIN / GLAZUNOV – Integral do ballet “Les Sylphides” na versão de Roy Douglas com a Orquestra Filarmônica de Roterdam e a regência de David Zinman.
        3. Leo DELIBES (1831-1891) – Abertura e Valsa do primeiro ato e Pas de Deux e final do terceiro ato do ballet “Coppelia” com solo de viola de John Brearley, a Orquestra do Royal Opera House de Londres e a regência de Mark Elmer.

         

        Programa 24 – Dia 10 de janeiro – Grandes mestres da Escola de Música III: César Guerra-Peixe.

         

        Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O terceiro programa será dedicado a César Guerra-Peixe (1914-1993)  compositor petropolitano que juntou música de concerto e música popular numa obra de personalidade que o alçou à posição de um dos grandes nomes do nacionalismo musical brasileiro.

         

        1. Suíte para orquestra de cordas (1949) com a Orquestra Sinfônica Nacional e a regência de Guido Mansuino. Movimentos: Maracatú, Pregão, Modinha e Frevo.
        2. Ponteado (1955) com a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina e a regência de Norton Morozowicz.
        3. Cânticos Serranos no. 4 (1976) sobre textos do poeta Raul de Leoni (“Prudência” e “Vivendo”) na interpretação do barítono Inácio de Nonno e da pianista Laís Figueiró.
        4. Série Xavante para coro a capella (1972) com o Madrigal Renascentista e a direção de Afrânio Lacerda.
        5. Concertino para violino e orquestra de câmara (1972) com o violinista Ricardo Amado, a Orquestra Experimental da Universidade Federal de Ouro Preto e a regência de Silvio Viegas.
        6. Roda de Amigos (1979) com Curt Schroeter (flauta), Martin Schuring (oboé), José Botelho (clarineta) e Aloysio Fagerlande (fagote), a Orquestra do 16o. Festival de Música de Londrina e a regência de Norton Morozowicz.

         

        Programa 25 – Dia 17 de janeiro – A quatro mãos

         

        Programa dedicado ao repertório para piano a quatro mãos, formação camerística que ganhou impulso na segunda metade do século XVIII e que se firmou durante o século XIX a partir do desenvolvimento técnico e aumento na extensão do instrumento.

         

        1. Franz SCHUBERT (1797-1828) – Fantasia em Fá menor D. 940 com o Duo Kontarsky, formado pelos irmãos Alfons e Aloys Kontarsky.
        2. Gabriel FAURÉE (1845-1924) – Suite Dolly op. 56, em seis pequenos movimentos, com o Duo formado por Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini.
        3. Maurice RAVEL (1876-1946) – Suite “Ma Mère l’oye” (Mamãe Ganso)  em cinco movimentos (“Pavana da Bela Adormecida”; “O pequeno Polegar”; “A Imperatriz dos pagodes”; “Conversas entre a Bela e a Fera” e “Jardim Feérico”) com o Duo Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini.
        4. Ronaldo MIRANDA (1948) – “Tango” com o Duo Bretas/Kevorkian formado pelas pianistas Patrícia Bretas e Josiane Kevorkian.

         

        Programa 26 – Dia 24 de janeiro – Música de Câmara

         

        A música de câmara é um dos gêneros mais importantes na música de concerto e requer do músico que a pratica, além do amplo domínio de seu instrumento, uma interação completa com os demais integrantes do conjunto, seja um duo até as formações camerísticas mais numerosas. Apresentaremos em Concertos UFRJ todo mês obras de câmara para as mais variadas formações, desde as tradicionais como os duos e trios com piano, quarteto de cordas, quinteto de sopros, entre outros, até as formações menos usuais com as mais variadas combinações instrumentais.

         

        1. Joseph HAYDN (1732-1809) – Trio em sol maior “Cigano” para violino, violoncelo e piano H. XV no 25 com o Trio Beaux Arts.
        2. Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) – Sexteto Místico com Antônio Carlos Carrasqueira na flauta, Luis Carlos Justi no oboé, Dilson Florêncio no saxofone, Cristina Braga na harpa, Maria Teresa Madeira na celesta e Turíbio Santos no violão.
        3. José VIEIRA BRANDÃO (1911-2002) – Duo para oboé e violoncelo com James Ryon (oboé) e Regina Mushabac (violoncelo).
        4. Francis POULENC (1899-1963) – Sexteto para piano, flauta, oboé, clarineta, fagote e trompa com Pascal Roge (piano), Patrick Galois (flauta), Maurice Bourgue (oboé), Michael Portal (clarineta), Amaury Wallez (fagote) e André Cazalet (trompa).

         

        Programa 27 – Dia 31 de janeiro – Ópera “Dido e Enéas”

         

        A partir de janeiro apresentaremos na última segunda-feira de cada mês uma ópera. Serão apresentados óperas integrais ou eventualmente trechos selecionados com as árias e conjuntos mais importantes. Abriremos a série com a ópera barroca “Dido e Enéas” do compositor inglês Henry PURCELL (1659-1695). A versão será dos seguintes intérpretes: Ann Murray no papel de Dido, Anton Schartinger como Enéas, Rachel Yakar como Belinda, Trundeliese Schmidt como Feiticeira, Elisabeth von Magnus e Helrun Gardow como as Bruxas, Paul Esswood como Espírito, Josef Köstlinger como Marinheiro, o Coro Arnold Schoenberg dirigido por Erwin Ortner, o Concentus Musicus de Viena e a regência de Nikolaus Harnoncourt.

        É Natal em “Concertos UFRJ”

        natal190

        Para o Natal vários compositores em períodos diversos produziram peças de grande encanto e sentida emoção. Mostrar um pouco desse imenso repertório é a intenção da vigésima primeira edição de Concertos UFRJ veiculada no dia 20 de dezembro.

         

        podcast

        Ouça aqui o programa: 

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        Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

        Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

        Para o Natal vários compositores em períodos diversos produziram peças de grande encanto e sentida emoção. Mostrar um pouco desse imenso repertório é a intenção da vigésima primeira edição de Concertos UFRJ veiculada no dia 20 de dezembro. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa radiofônico é resultado de uma parceria da UFRJ com a Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

         

        Embora segundo a maioria dos estudiosos não corresponda à verdade histórica, a adoção do dia 25 de dezembro, que assinalava então um conjunto de festividades romanas, como o da celebração do nascimento de Jesus Cristo parece fazer parte do esforço da igreja emergente em cristianizar tradições pagãs. O certo é que, quando o Papa Julius I (337 -352) oficializou a data, ela já havia sido completamente ressignificada com símbolos da nova fé e, paralelamente ao processo de expansão e regulamentação da nova religião, ganhou enorme abrangência.

         

        Umas das formas mais importantes do repertório natalino, as pastorais se originaram na Itália a partir da recriação artística de melodias encantadoras e de enorme apelo executadas por camponeses que, diante de presépios, encenavam a adoração ao menino Jesus. Esse tipo de composição foi particularmente profícua em obras e concertos barrocas, como o caso do concerto op. 3 no 12 (Pastorale per il Santissimo Natale), de Francesco Manfredini (1684-1762), importante compositor italiano do período e maestro di cappella, contemporâneo de Antonio Vivaldi, de quem aliás teria sofrido influência. Infelizmente apenas uma parte pequena de sua obra chegou aos nossos dias.

         

        Outro gênero de música natalina muito difundida no barroco são os oratórios – gênero de composição cantada e de conteúdo narrativo, semelhante à ópera quanto à estrutura, pois envolve árias, coros, recitativos, etc., mas dela diferenciando-se por não estar destinado à encenação. Costumam retomar passagens bíblicas do nascimento de Cristo, como no famoso Oratório de Natal, de J. S. Bach (1685-1750). Esta obra escrita em 1734 é composta por seis cantadas, destinas a serem apresentadas em dias diferentes, de acordo com a liturgia luterana do período.

         

        O texto-base é formado por trechos dos Evangelhos segundo São Lucas e São Mateus, complementado com versos de Christian Friedrich Henrici (Picander), e o carácter geral é de glorificação e exaltação do espírito pela chegada do Messias.

        No período romântico o gênero foi menos explorado, embora tenham surgido algumas obras notáveis como o Vom Himmel hoch, da komm’ ich her de Mendelssohn (1809-1847), escrita a partir de tradicional canção de Natal alemã, atribuída a Lutero, e cuja melodia também foi usada por Bach em seu oratório de Natal.

         

        Christmas Festival, composta por Leroy Anderson (1908-1975) sobre tradicionais canções de Natal, executa pela Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) encerra o programa.

         

        As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

         

        Programação de Dezembro

         

         

        Programa 19 – Dia 6 de dezembro – Família Bach

        No mês de setembro apresentamos um programa exclusivamente dedicado a Johann Sebastian Bach, em razão dos 260 anos de sua morte, ocorrida em 1750. Como Bach é um compositor atemporal e que não necessita de efemérides para que possamos ouvi-lo, preparamos um outro programa. Só que desta vez não abordaremos com exclusividade Johann Sebastian mas também outros membros da família Bach, que se constituiu um verdadeiro clã de músicos de várias gerações.

         

        1. Johann BACH (1604-1673) – Moteto “Sei nun wieder zufrieden, meine Seele” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
        2. Heinrich BACH (1615-1692) – Cantata “Ich danke dir Gott” com o conjunto Musica Antiqua Köln e a direção de Reinhard Goebel.
        3. Johann Christoph BACH (1642-1703) – Moteto “Liebe, Herr Gott” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
        4. Johann Sebastian BACH (1685-1750) – Primeiro movimento do Concerto de Brandemburgo no. 1 com a Academia de Saint Martin-in-the-fields e a direção de Neville Marriner.
        5. Wilhelm Friedemann BACH (1710-1784) – Concerto para cravo em fá menor com o cravista Ottavio Dantone, o grupo Il Giardino Armonico e a direção de Giovanni Antonini.
        6. Carl Philipp Emanuel BACH (1714-1788) – Sinfonia no. 6 em Mi Maior Wq 182 com a Camerata de Berna e a direção de Thomas Füri..
        7. Johan Christian BACH (1735-1782) – Sinfonia em Si bemol op. 6 no. 4 com a The Hanoverd Band e a direção de Anthony Halstead .

         

        Programa 20 – Dia 13 de dezembro – Grandes mestres da Escola de Música II: Lorenzo Fernandez.

        Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O segundo programa será dedicado a Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948) um compositor carioca que, junto com Francisco Mignone, faz parte da primeira geração de compositores nacionalistas surgida após Villa-Lobos.

         

        1. Trio Brasileiro op. 32 (primeiro movimento) com Fritz Jank ao piano, Gino Alfonsi no violino e Calixto Corazza no violoncelo.

        2. Suite para Quinteto de sopros com o Quinteto de Sopros da Rádio MEC .

        3. Segunda Suite Brasileira para piano com o pianista Miguel Proença.

        4. “Velha modinha” com o violonista Fábio Zanon.

        5. Sonata Breve com o pianista Miguel Proença.

        6. Duas canções: “Toada para você” e “Meu coração” com a a soprano Lia Salgado e ao piano o maestro Alceu Bocchino.

        7. Suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas sob a regência de Benito Juarez.

        8. “Batuque”, terceiro movimento da suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Filarmônica de Nova York e a regência de Leonard Bernstein.

         

        Programa 21 – Dia 20 de dezembro – Concerto de Natal

         

        No calendário cristão uma das festas mais importantes é aquela que comemora o nascimento do Menino Jesus. E como onde há festa há música, a tradição ocidental nos deixou um repertório imenso de obras destinadas a celebrar o nascimento do Salvador. Os concertos de Natal tem suas origens em costume popular italiano de representar em música a adoração dos pastores ao Menino Jesus. No interior das igrejas o presépio fornecia o contexto para a execução de obras instrumentais que criavam o clima natalino. Concertos UFRJ apresenta então o seu Concerto de Natal.

         

        1. Francesco MANFREDINI – Concerto op 3 no. 12 (Pastorale per il Santissimo Natale) com o grupo I Musici.
        2. Johann Sebastian BACH – Oratório de Natal (primeira cantata) com os solistas Paul Esswood (contralto), Kurt Equiluz (tenor), Siegmund Nimsgern (baixo), o Coro dos Meninos Cantores de Viena, acompanhados pelo Concentus Musicus e a direção de Nikolaus Harnoncourt.
        3. Felix MENDELSSOHN – Cantata de Natal “Vom Himmel hoch” (Das alturas do céu) com Krisztina Laki (soprano), Berthold Possemeyer (barítono), o Coro de Câmara de Stuttgart, a Orquestra de Câmera de Württemberge e a direção de Frieder Bernius.
        4. Leroy ANDERSON – “Christmas Festival” com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.

         

        Programa 22 – Dia 27 de dezembro – Retrospectiva 2010

         

        O último programa do ano apresenta gravações exclusivas feitas com os alunos da Escola de Música da UFRJ e outras realizadas ao vivo em concertos da temporada de 2010. Será uma excelente oportunidade de ouvir a nova geração de músicos, muitos deles premiados em concurso, e ouvir novamente alguns dos grandes solistas que se apresentaram no Salão Leopoldo Miguez este ano.

         

        1. Giuseppe VERDI – Ária “Tacea la notte placida” da ópera Il Trovatore com a soprano Maira Lautert e a pianista Priscila Bomfim. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 23 de maio de 2010 durante a final do Concurso Nacional de Canto Lírico.
        2. Marco PEREIRA – “Bate Coxa” com o violonista Fábio Zanon. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 5 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
        3. Sérgio ASSAD – “Aquarela” (Divertimento, Valseana, Prelúdio e Tocatina) com o violonista Gerard Abiton. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 6 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
        4. Antonio LAURO – Três peças (Vals Venezolano, Romanza e Pasaje) com o violonista Carlos Perez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 7 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos..
        5. Elodie BOUNY – “Et si le temps passe” com o violonista Gilson Antunes. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 8 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
        6. Gustavo LEGUIZAMÓN  – “Zamba del silbador” com o violonista Pablo Marquez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 9 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
        7. Rafael BEZERRA – Fantasia para quinteto de sopros com o Quinteto Experimental de Sopros da Escola de Música da UFRJ composto por Milher Moraes (flauta), Juliana Bravin (oboé), Diogo Lozza (clarineta), Carlos Henrique Bertão (fagote) e Alessandro Jeremias (trompa).
        8. Franz LISZT – Estudo de Concerto “A dança dos Gnomos” com a pianista Laís Frey.
        9. Sergei RACHMANINOV – Etude Tableau em dó sustenido menor op. 33 no. 8 com o pianista Antônio Guimarães Neto.

        Lorenzo Fernandez em “Concertos UFRJ”

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        Lorenzo Fernandez (1897-1948)

        Mostrar um pouco da obra de Lorenzo Fernandez (1897-1948) é o objetivo da vigésima edição de Concertos UFRJ que foi veiculada no dia 13 de dezembro. 

         

        podcast

        Ouça aqui o programa: 

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        Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

        Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

        Mostrar um pouco da obra de Lorenzo Fernandez (1897-1948) é o objetivo da vigésima edição de Concertos UFRJ que foi veiculada no dia 13 de dezembro. Apresentado por André Cardoso, diretor da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ, o programa radiofônico é resultado de uma parceria da UFRJ com a Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

         

        Oscar Lorenzo Fernandez, filho de pais espanhóis, nasceu no Rio de Janeiro em 1897 e com 20 anos, em 1917, ingressa no Instituto Nacional de Música, atual Escola de Música da UFRJ, onde estudou piano com João Otaviano e iniciou-se em teoria, harmonia, contraponto e fuga com os professores Francisco Braga, Henrique Oswald e Frederico Nascimento, considerado seu mentor artístico.

         

        Em 1923, por ocasião de uma doença de Nascimento, assume como substituto a cadeira de Harmonia, Contraponto e Fuga e Composição, situação que se tornou definitiva após dois anos.

         

        Vasco Mariz divide a produção de Fernandez em três períodos.  O primeiro, que vai de 1918 a 1922, há influência do impressionismo francês, o uso da bitonalidade e a ausência de temática brasileira. O segundo, de 1922 a 1938, considerado o ponto alto de sua obra, há uma forte presença nacionalista, com a utilização de temas folclóricos, que, sem cair no exotismo fácil, valorizam a presença das etnias branca, negra e índia na formação do Brasil, assim como a modernização do país. Por fim, de 1942 até a sua morte, Fernandez assume um tom mais universalista.

         

        Há na produção de Fernandez, ainda segundo Mariz, certa tensão entre o uso racional de temas folclóricos locais e o apelo cosmopolita – o que a torna mais próxima da obra de Alberto Nepomuceno (1864-1920), o fundador do nacionalismo musical brasileiro, que seguiu linhas mais conservadoras na escritura musical, do que propriamente da de Villa-Lobos (1887-1959). Entretanto, isso não impediu que ela fosse apreciada por modernistas da geração heroica do movimento, como Mário Andrade, que assinalou que seu Trio Brasileiro (1924), peça para piano, violino e violoncelo, “revela um artista em plena posse e emprego de sua personalidade poderosa. Nele, Lorenzo Fernandez, inteiramente convertido nos tipos melódicos e rítmicos nacionais, criou uma obra de suma importância que não só marca a etapa definitiva de sua carreira como serve para marar uma data na evolução musical brasileira.”. Nenhuma obra sua, porém, alcançou tanto reconhecimento internacional como o Reisado do Pastoreio (1930), suíte orquestral em três partes que contém o famoso Batuque, que encantou Toscanini e Koussevitzky, e que vem sendo apresentado como peça sinfônica independente, tendo sido gravado por Leonard Bernstein à frente da Filarmônica de Nova York.

         

        Compôs canções, suítes sinfônicas, balés, peças para piano, música de câmara, concertos e sinfonias e representou o país várias vezes no exterior, como regente de diversas orquestras e como conferencista. Fernandez também encabeçou importantes associações musicais como a Sociedade de Cultura Musical, a Academia Brasileira de Música e fundou com Villa Lobos, em 1948, o Conservatório Brasileiro de Música

         

        O compositor faleceu em 27 de agosto de 1948, aos 50 anos, um dia após ter dirigido com a Orquestra  Sinfônica da Escola de Música o concerto comemorativo ao centenário da instituição.

         

        As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

         

        Programação de Dezembro

         

         

        Programa 19 – Dia 6 de dezembro – Família Bach

        No mês de setembro apresentamos um programa exclusivamente dedicado a Johann Sebastian Bach, em razão dos 260 anos de sua morte, ocorrida em 1750. Como Bach é um compositor atemporal e que não necessita de efemérides para que possamos ouvi-lo, preparamos um outro programa. Só que desta vez não abordaremos com exclusividade Johann Sebastian mas também outros membros da família Bach, que se constituiu um verdadeiro clã de músicos de várias gerações.

         

        1. Johann BACH (1604-1673) – Moteto “Sei nun wieder zufrieden, meine Seele” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
        2. Heinrich BACH (1615-1692) – Cantata “Ich danke dir Gott” com o conjunto Musica Antiqua Köln e a direção de Reinhard Goebel.
        3. Johann Christoph BACH (1642-1703) – Moteto “Liebe, Herr Gott” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
        4. Johann Sebastian BACH (1685-1750) – Primeiro movimento do Concerto de Brandemburgo no. 1 com a Academia de Saint Martin-in-the-fields e a direção de Neville Marriner.
        5. Wilhelm Friedemann BACH (1710-1784) – Concerto para cravo em fá menor com o cravista Ottavio Dantone, o grupo Il Giardino Armonico e a direção de Giovanni Antonini.
        6. Carl Philipp Emanuel BACH (1714-1788) – Sinfonia no. 6 em Mi Maior Wq 182 com a Camerata de Berna e a direção de Thomas Füri..
        7. Johan Christian BACH (1735-1782) – Sinfonia em Si bemol op. 6 no. 4 com a The Hanoverd Band e a direção de Anthony Halstead .

         

        Programa 20 – Dia 13 de dezembro – Grandes mestres da Escola de Música II: Lorenzo Fernandez.

        Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O segundo programa será dedicado a Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948) um compositor carioca que, junto com Francisco Mignone, faz parte da primeira geração de compositores nacionalistas surgida após Villa-Lobos.

         

        1. Trio Brasileiro op. 32 (primeiro movimento) com Fritz Jank ao piano, Gino Alfonsi no violino e Calixto Corazza no violoncelo.

        2. Suite para Quinteto de sopros com o Quinteto de Sopros da Rádio MEC .

        3. Segunda Suite Brasileira para piano com o pianista Miguel Proença.

        4. “Velha modinha” com o violonista Fábio Zanon.

        5. Sonata Breve com o pianista Miguel Proença.

        6. Duas canções: “Toada para você” e “Meu coração” com a a soprano Lia Salgado e ao piano o maestro Alceu Bocchino.

        7. Suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas sob a regência de Benito Juarez.

        8. “Batuque”, terceiro movimento da suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Filarmônica de Nova York e a regência de Leonard Bernstein.

         

        Programa 21 – Dia 20 de dezembro – Concerto de Natal

         

        No calendário cristão uma das festas mais importantes é aquela que comemora o nascimento do Menino Jesus. E como onde há festa há música, a tradição ocidental nos deixou um repertório imenso de obras destinadas a celebrar o nascimento do Salvador. Os concertos de Natal tem suas origens em costume popular italiano de representar em música a adoração dos pastores ao Menino Jesus. No interior das igrejas o presépio fornecia o contexto para a execução de obras instrumentais que criavam o clima natalino. Concertos UFRJ apresenta então o seu Concerto de Natal.

         

        1. Francesco MANFREDINI – Concerto op 3 no. 12 (Pastorale per il Santissimo Natale) com o grupo I Musici.
        2. Johann Sebastian BACH – Oratório de Natal (primeira cantata) com os solistas Paul Esswood (contralto), Kurt Equiluz (tenor), Siegmund Nimsgern (baixo), o Coro dos Meninos Cantores de Viena, acompanhados pelo Concentus Musicus e a direção de Nikolaus Harnoncourt.
        3. Felix MENDELSSOHN – Cantata de Natal “Vom Himmel hoch” (Das alturas do céu) com Krisztina Laki (soprano), Berthold Possemeyer (barítono), o Coro de Câmara de Stuttgart, a Orquestra de Câmera de Württemberge e a direção de Frieder Bernius.
        4. Leroy ANDERSON – “Christmas Festival” com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.

         

        Programa 22 – Dia 27 de dezembro – Retrospectiva 2010

         

        O último programa do ano apresenta gravações exclusivas feitas com os alunos da Escola de Música da UFRJ e outras realizadas ao vivo em concertos da temporada de 2010. Será uma excelente oportunidade de ouvir a nova geração de músicos, muitos deles premiados em concurso, e ouvir novamente alguns dos grandes solistas que se apresentaram no Salão Leopoldo Miguez este ano.

         

        1. Giuseppe VERDI – Ária “Tacea la notte placida” da ópera Il Trovatore com a soprano Maira Lautert e a pianista Priscila Bomfim. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 23 de maio de 2010 durante a final do Concurso Nacional de Canto Lírico.
        2. Marco PEREIRA – “Bate Coxa” com o violonista Fábio Zanon. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 5 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
        3. Sérgio ASSAD – “Aquarela” (Divertimento, Valseana, Prelúdio e Tocatina) com o violonista Gerard Abiton. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 6 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
        4. Antonio LAURO – Três peças (Vals Venezolano, Romanza e Pasaje) com o violonista Carlos Perez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 7 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos..
        5. Elodie BOUNY – “Et si le temps passe” com o violonista Gilson Antunes. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 8 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
        6. Gustavo LEGUIZAMÓN  – “Zamba del silbador” com o violonista Pablo Marquez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 9 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
        7. Rafael BEZERRA – Fantasia para quinteto de sopros com o Quinteto Experimental de Sopros da Escola de Música da UFRJ composto por Milher Moraes (flauta), Juliana Bravin (oboé), Diogo Lozza (clarineta), Carlos Henrique Bertão (fagote) e Alessandro Jeremias (trompa).
        8. Franz LISZT – Estudo de Concerto “A dança dos Gnomos” com a pianista Laís Frey.
        9. Sergei RACHMANINOV – Etude Tableau em dó sustenido menor op. 33 no. 8 com o pianista Antônio Guimarães Neto.

        Família Bach em “Concertos UFRJ”

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        O sobrenome Bach está hoje, quase invariavelmente, associado a Johann Sebastian (1685-1750), um dos pilares da tradição musical ocidental. No entanto, a família Bach ofereceu ao mundo outros compositores importantes que, embora não tenham alcançado o patamar do mestre de Leipizig, produziram obras significativas.
         

         

        podcast

        Ouça aqui o programa: 

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        Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
        Programas anteriores podem ser encontrados na seção .
           
          Imagem: Famíla Bach, Toby Edward
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        {magnify}images/stories/noticias/bachs_familiy600.jpg| Família Bach , Toby Edward.{/magnify}Representação do séc. XIX da famíla Bach.

        O sobrenome Bach está hoje, quase invariavelmente, associado a Johann Sebastian (1685-1750), um dos pilares da tradição musical ocidental. No entanto, a família Bach ofereceu ao mundo outros compositores importantes que, embora não tenham alcançado o patamar do mestre de Leipizig, produziram obras significativas. Concertos UFRJ, que em setembro visitou a produção do seu mais ilustre representante, dedica agora sua décima-nona edição, veiculada em seis de dezembro, a esse clã notável – exemplo jamais superado de talentos musicais concentrados em uma única família.

         

        Apresentado por André Cardoso, diretor da EM e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ, o programa radiofônico Concertos UFRJ é resultado de uma parceria da Escola de Música (EM) com a Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

         

        A extraordinária dinastia musical da família Bach começou com o trisavô de Johann Sebastian, Veit Bach (c 1550 – 1619), e se extinguiu em meados do séc. XVII com seu neto Wilhelm Friedrich Ernst Bach (1759 – 1845). Durante esse período, mais de 70 dos seus membros, segundo o Dicionário Grove de Música, seguiram carreira musical.

         

        Originário de uma região da atual Hungria, Veit Bach, moleiro e músico amador, migrou para a Turíngia, Alemanha Central, por volta de 1545, em decorrência da expulsão dos protestantes. Aí viverá a família Bach, até que os filhos de Johann Sebastian busquem horizontes mais amplos.

         

        Das gerações anteriores a Johann Sebastian, o programa destaca os seus tios-avôs e compositores Johannes Hans Bach (1604-1673) e Heinrich Bach (1615-1692).  Heinrich teve vários filhos músicos, sendo o mais proeminente Johann Christoph Bach (1642-1703), organista e cravista da corte, em Eisenach, e primo em segundo grau de J. S. Bach, segundo o qual teria sido “talentoso tanto na invenção de belas ideias quanto na expressão e palavras” e composto em “um estilo galant, cantábile, com uma textura incomumente rica”.

         

        Da extensa prole de J. S. Bach, quatro filhos se tornaram compositores. Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784), o primogênito, demonstrou desde cedo grande talento, embora não tenha conseguido desenvolver uma carreia estável, o que resultou numa vida errante de músico e educador, não raro marcada por adversidades financeiras. Seu estilo oscilou entre o velho e o novo, com características que, não raro, antecipam a tensão emocional do romantismo, ao lado de elementos barrocos “arcaicos”, intimamente relacionado à estética da escola de organistas do norte da Alemanha do final século XVII. Apesar dessa ambivalência estética deixou boa quantidade de peças de excelente qualidade e foi muito apreciado há seu tempo pela notável capacidade de improvisação.

         

        Ao contrário do seu irmão mais velho, o disciplinado Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) viveu 28 anos como músico de Frederico II, o Grande, e, em 1768, sucedeu a Telemann como diretor musical da corte de Hamburgo. Em vida desfrutou de fama e prestígio. Menos influenciado pela música de seu pai do que seu irmão mais velho e fortemente marcado pelo espírito do movimento pré-romântico Sturm und Drang, produziu partituras cheias de mudanças bruscas de temperamento e notas dissonantes, tornando-se o principal representante do estilo Empfindsamkeit (“sentimentalidade”), que exerceu influência decisiva sobre compositores de gerações posteriores como Haydn e Mozart.

         

        Johan Christian Bach (1735-1782) foi o mais novo dos filhos de Johann Sebastian, tendo estudado com o pai e, posteriormente com seu meio-irmão Carl Philipp Emanuel e com seu primo Johann Elias. Em 1754, foi à Itália, aperfeiçoar-se na arte do contraponto com o padre Giovanni Battista Martini e, de 1760 a 1762, trabalhou como organista na catedral de Milão.  Em 1762 transfere-se para Londres, onde alcançou enorme sucesso e ficou conhecido como “o Bach inglês”. Sua música é altamente melódica e estruturada de forma brilhante, destoando da do seu pai e da dos irmãos mais velhos. Ele compôs segundo a estética galant, que incorpora frases balanceadas, com destaque para a melodia e para o acompanhamento, sem muita ênfase na complexidade contrapontística. 

         

        O último filho de Johann Sebastian a tornar-se compositor, Johann Christoph Friedrich Bach (1732-1985), estudou com o pai e com seu primo Johann Elias. Em 1750 foi nomeado, pelo Conde Wilhelm de Schaumburg-Lippe, cravista de Bückeburg e em 1759, spalla. Devido à predileção do nobre pela música italiana, se viu obrigado a adaptar-se, ainda assim retendo traços do estilo do pai. Lamentavelmente, uma parte significativa de sua produção foi perdida na Segunda Guerra Mundial.

         

        As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

         

        Programação de Dezembro

         

         

        Programa 19 – Dia 6 de dezembro – Família Bach

         

        No mês de setembro apresentamos um programa exclusivamente dedicado a Johann Sebastian Bach, em razão dos 260 anos de sua morte, ocorrida em 1750. Como Bach é um compositor atemporal e que não necessita de efemérides para que possamos ouvi-lo, preparamos um outro programa. Só que desta vez não abordaremos com exclusividade Johann Sebastian mas também outros membros da família Bach, que se constituiu um verdadeiro clã de músicos de várias gerações.

         

        1. Johann BACH (1604-1673) – Moteto “Sei nun wieder zufrieden, meine Seele” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
        2. Heinrich BACH (1615-1692) – Cantata “Ich danke dir Gott” com o conjunto Musica Antiqua Köln e a direção de Reinhard Goebel.
        3. Johann Christoph BACH (1642-1703) – Moteto “Liebe, Herr Gott” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
        4. Johann Sebastian BACH (1685-1750) – Primeiro movimento do Concerto de Brandemburgo no. 1 com a Academia de Saint Martin-in-the-fields e a direção de Neville Marriner.
        5. Wilhelm Friedemann BACH (1710-1784) – Concerto para cravo em fá menor com o cravista Ottavio Dantone, o grupo Il Giardino Armonico e a direção de Giovanni Antonini.
        6. Carl Philipp Emanuel BACH (1714-1788) – Sinfonia no. 6 em Mi Maior Wq 182 com a Camerata de Berna e a direção de Thomas Füri..
        7. Johan Christian BACH (1735-1782) – Sinfonia em Si bemol op. 6 no. 4 com a The Hanoverd Band e a direção de Anthony Halstead .

         

        Programa 20 – Dia 13 de dezembro – Grandes mestres da Escola de Música II: Lorenzo Fernandez.

         

        Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O segundo programa será dedicado a Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948) um compositor carioca que, junto com Francisco Mignone, faz parte da primeira geração de compositores nacionalistas surgida após Villa-Lobos.

         

        1. Trio Brasileiro op. 32 (primeiro movimento) com Fritz Jank ao piano, Gino Alfonsi no violino e Calixto Corazza no violoncelo.

        2. Suite para Quinteto de sopros com o Quinteto de Sopros da Rádio MEC .

        3. Segunda Suite Brasileira para piano com o pianista Miguel Proença.

        4. “Velha modinha” com o violonista Fábio Zanon.

        5. Sonata Breve com o pianista Miguel Proença.

        6. Duas canções: “Toada para você” e “Meu coração” com a a soprano Lia Salgado e ao piano o maestro Alceu Bocchino.

        7. Suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas sob a regência de Benito Juarez.

        8. “Batuque”, terceiro movimento da suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Filarmônica de Nova York e a regência de Leonard Bernstein.

         

         

        Programa 21 – Dia 20 de dezembro – Concerto de Natal

         

        No calendário cristão uma das festas mais importantes é aquela que comemora o nascimento do Menino Jesus. E como onde há festa há música, a tradição ocidental nos deixou um repertório imenso de obras destinadas a celebrar o nascimento do Salvador. Os concertos de Natal tem suas origens em costume popular italiano de representar em música a adoração dos pastores ao Menino Jesus. No interior das igrejas o presépio fornecia o contexto para a execução de obras instrumentais que criavam o clima natalino. Concertos UFRJ apresenta então o seu Concerto de Natal.

         

        1. Francesco MANFREDINI – Concerto op 3 no. 12 (Pastorale per il Santissimo Natale) com o grupo I Musici.
        2. Johann Sebastian BACH – Oratório de Natal (primeira cantata) com os solistas Paul Esswood (contralto), Kurt Equiluz (tenor), Siegmund Nimsgern (baixo), o Coro dos Meninos Cantores de Viena, acompanhados pelo Concentus Musicus e a direção de Nikolaus Harnoncourt.
        3. Felix MENDELSSOHN – Cantata de Natal “Vom Himmel hoch” (Das alturas do céu) com Krisztina Laki (soprano), Berthold Possemeyer (barítono), o Coro de Câmara de Stuttgart, a Orquestra de Câmera de Württemberge e a direção de Frieder Bernius.
        4. Leroy ANDERSON – “Christmas Festival” com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.

         

        Programa 22 – Dia 27 de dezembro – Retrospectiva 2010

         

        O último programa do ano apresenta gravações exclusivas feitas com os alunos da Escola de Música da UFRJ e outras realizadas ao vivo em concertos da temporada de 2010. Será uma excelente oportunidade de ouvir a nova geração de músicos, muitos deles premiados em concurso, e ouvir novamente alguns dos grandes solistas que se apresentaram no Salão Leopoldo Miguez este ano.

         

        1. Giuseppe VERDI – Ária “Tacea la notte placida” da ópera Il Trovatore com a soprano Maira Lautert e a pianista Priscila Bomfim. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 23 de maio de 2010 durante a final do Concurso Nacional de Canto Lírico.
        2. Marco PEREIRA – “Bate Coxa” com o violonista Fábio Zanon. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 5 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
        3. Sérgio ASSAD – “Aquarela” (Divertimento, Valseana, Prelúdio e Tocatina) com o violonista Gerard Abiton. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 6 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
        4. Antonio LAURO – Três peças (Vals Venezolano, Romanza e Pasaje) com o violonista Carlos Perez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 7 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos..
        5. Elodie BOUNY – “Et si le temps passe” com o violonista Gilson Antunes. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 8 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
        6. Gustavo LEGUIZAMÓN  – “Zamba del silbador” com o violonista Pablo Marquez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 9 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
        7. Rafael BEZERRA – Fantasia para quinteto de sopros com o Quinteto Experimental de Sopros da Escola de Música da UFRJ composto por Milher Moraes (flauta), Juliana Bravin (oboé), Diogo Lozza (clarineta), Carlos Henrique Bertão (fagote) e Alessandro Jeremias (trompa).
        8. Franz LISZT – Estudo de Concerto “A dança dos Gnomos” com a pianista Laís Frey.
        9. Sergei RACHMANINOV – Etude Tableau em dó sustenido menor op. 33 no. 8 com o pianista Antônio Guimarães Neto.

        Bandolim na música de concerto

        Foto: Divulgação
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        Paulo Sá, convidado especial de Concertos UFRJ

        O bandolim e seu repertório de concerto que remonta ao período barroco, mas que é hoje, infelizmente, pouco conhecido, foi o tema de Concertos UFRJ de 29 de novembro.

        O bandolim e seu repertório de concerto que remonta ao período barroco, mas que é hoje, infelizmente, pouco conhecido, foi o tema de Concertos UFRJ de 29 de novembro. Apresentado por André Cardoso, diretor da EM e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ, o programa radiofônico é resultado de uma parceria da Escola de Música (EM) com a Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia FM 94,1. Como convidado, a edição contou com a participação de Paulo Sá, bandolinista e docente do recente bacharelado no instrumento da EM.

         

         

        podcast

        Ouça aqui o programa: 

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        Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

        Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

        A origem do bandolim remonta ao séc. XVI, no sul Itália, região de grande influência árabe, e onde, muitas vezes, sucedeu o alaúde. O bandolim apresenta diversas formas, já que cada cidade da península acabou desenvolvendo uma configuração própria, que se diferenciava das demais, pela forma, número e qualidade das cordas e afinação adotada.

         

        A maioria dos autores situam as raízes históricas do bandolim no rabât árabe, bem como na mandora medieval e renascentista. Comumente se distingue dois grupos do instrumento, cada um deles com forma, afinação, técnica de execução e história musical distintas. O bandolim lombardo, milanês, barroco, para o qual Vivaldi (1678-1741) teria composto concertos, é similar a um pequeno alaúde com seis pares de cordas de tripa e, tal como ele, predominantemente tocado com os dedos, sendo que a técnica da execução com palheta somente foi incorporada na segunda metade do séc. XVII e inícios do séc. XVIII. O tipo napolitano, que deu origem ao bandolim contemporâneo, com quatro pares de cordas, designa mais propriamente um instrumento desenvolvido em meados do séc. XVIII.

         

        O Bandolim ganhou lugar na música popular nos Estados Unidos, na América Latina e no Japão. No Brasil, o instrumento chegou através de Portugal, onde tem uma longa tradição, e se adequou particularmente bem aos grupos de choro e a outras formações.

         

        Além de Vivaldi, já mencionado, alguns dos mais importantes compositores da história da música de concerto escreveram para o instrumento, o que é em geral pouco lembrado. Essa nobre linhagem inclui nomes do calibre de Haendel (1685-1759), Mozart (1756-1791), Paisiello (1740-1816), Beethoven (1770-1827), Verdi (1813-1901). No século séc. XX o bandolim foi inserido na formação orquestral por Mahler (1860-1911) em sua 7ª e 8ª Sinfonias e em A Canção da Terra, Schönberg (1874-1951), em sua Serenata Op.24 e Variações Orquestrais Op.31, Webern (1883-1945), em Cinco Peças Orquestrais, Henze (1926), em König Hirsch, e Stravinsky (1882-1971), em Agor.

         

        Entre os grandes compositores brasileiros, merece destaque Radamés Gnattali (1906-1988) que escreveu para o instrumento. Cabe mencionar, entretanto, como lembra Paulo Sá, que o bandolim brasileiro, embora com a mesma afinação do bandolim napolitano, possui um formato diferente, que sugere muito a guitarra portuguesa e permite uma sonoridade mais brilhante.

         

        As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

         

        Dia dos Músicos em “Concertos UFRJ”

        stcecilia190
        Santa Cecília  (1606), Guido Reni.
        Uma homenagem aos instrumentistas, cantores, compositores e regentes que, com sua arte, preenchem nossas vidas de beleza e alegria é a proposta da décima-sétima edição de Concertos UFRJ, que foi ao ar em 22 de novembro – dia da música e dos músicos.


         

        podcast

        Ouça aqui o programa: 

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        Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

        Programas anteriores podem ser encontrados na seção .
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        {magnify}images/stories/noticias/stcecilia800.jpg|Santa Cecilia </em> (1606), Guido Reni.{/magnify}Considerada padroeira dos músicos, Santa Cecília frequentemente é representada com instrumentos.

        Uma homenagem aos instrumentistas, cantores, compositores e regentes que, com sua arte, preenchem nossas vidas de beleza e alegria é a proposta da décima-sétima edição de Concertos UFRJ, que foi ao ar em 22 de novembro – dia da música e dos músicos. O programa apresentou na ocasião a magnífica Ode para o dia de Santa Cecília, composta por Haendel. Nada mais apropriado.

         

        O dia 22 de novembro é tradicionalmente atribuído à Santa Cecília, mártir da igreja cristã antiga e considerada padroeira dos músicos. As razões, entretanto, que levaram a essa associação são obscuras e segundo o Dicionário Grove de Música quase certamente baseadas na má interpretação de uma passagem nos lendários Atos de Santa Cecília que faz referência a instrumentos musicais. De qualquer forma, uma antiga tradição sustenta que ela era dotada de voz tão doce, que anjos desciam do céu para ouvi-la.

         

        Venerada como padroeira da música e dos músicos, a partir dos séc. XV, Santa Cecília vem sendo representada como tal em gravuras, pinturas e toda sorte de imagens desde então. Cabe assinalar que a música sempre teve papel contraditório na interpretação da lenda de Cecília. Paulatinamente passou a ser pintada sem aureola e mostrada cada vez mais como artista, menos frequentemente sentada ao órgão e, quase sempre, executando instrumentos mundanos. Uma mudança que indica que a prática musical em si mesma estava se convertendo em signo da virtude e tendo como meta o virtuosismo.

         

        Grandes compositores, como Scarlatti (1685-1757), Joseph Haydn (1732-1809), Charles Gounod (1818-1893), G. F. Haendel (1685-1759) e nosso José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) lhe dedicaram peças. A Ode para Santa Cecília, cantata composta por Haendel em 1739, sobre texto do em inglês do poeta John Dryden (1631-1700), é certamente uma das mais conhecidas e bonitas.

         

        Georg Friedrich Haendel nasceu em Halle an der Saale na Alemanha e desde cedo mostrou notável talento musical. A primeira parte de sua carreira transcorreu em Hamburgo, como violinista e rejente. Em 1706 viajou para a Itália, onde conheceu a fama pela primeira vez, estreando várias obras com grande sucesso e entrando em contato com músicos importantes. Posteriormente se estabeleceu em Londres onde viveu até falecer. Ali compôs peças instrumentais, óperas e oratórios, e foi aclamado como gênio de seu tempo.

         

        Na Inglaterra se desenvolveram a partir do séc. XVI os festivais cecilianos nos quais se popularizou um repertório importante de odes da corte em louvor à música, feitas por Pucell, Boyce e outros. É nessa fonte que Haendel irá beber ao escrever sua Ode.

         

        Ao contrário do que possa sugerir o título, não se trata propriamente de reverência à santa, mas, antes, uma celebração à música, impregnada de certo sentimento pitagórico de harmonia mundi, na qual esta desempenha papel central como força criadora de tudo que existe. A gravação traz o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

         

        Apresentado toda segunda-feira, às 22h, por André Cardoso, diretor da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), Concertos UFRJ é resultado de um convênio da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1). As edições do programa podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

         

        Programação de Novembro

         

         

        Programa 14 – Dia 1 de novembro – Todos os sopros


        Programa dedicado a explorar uma formação musical que é muito antiga na história da música mas cujo repertório sempre ficou um tanto distante das salas de concertos. Trata-se dos grupos de instrumentos de sopro, que são conhecidos popularmente por bandas mas que na verdade possuem uma literatura musical que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

         

        1. Giovani GABRIELLI – “Canzon primi toni à 10” – Musica Fiata Köln com a direção de Roland Wilson.
        2. W. A. MOZART – Terceiro movimento da Serenata no 10 para 13 instrumentos de sopro K361 “Gran Partita” – Academia de Saint Martin in the Fields com a regência de Neville Marriner.
        3. Felix MENDELSSOHN – Abertura op. 24 – Orquestra Sinfônica de Londres e regência de Cláudio Abbado.
        4. A. DVORAK – Serenata para sopros op. 44 – Orquestra Filarmônica de Londres e regência de Christopher Hogwood.
        5. Gustav HOLST – Primeira Suíte para Banda Militar – Orquestra de Sopros de Tokyo e a regência de Frederick Fennel.
        6. Heitor VILLA-LOBOS – Fantasia em três movimentos em forma de choros – Orquestra de Sopros da UFRJ e a regência de Marcelo Jardim.

         

        Programa 15 – Dia 08 de novembro – Grandes mestres da Escola de Música I: Francisco MIGNONE.


        Série que dedicará um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. Para abrir a série foi escolhido o maestro Francisco Mignone (1897-1986) que foi, sem dúvida, um dos maiores músicos brasileiros do século XX.

         

        1. “Congada” da ópera O Contratador de Diamantes com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

        2. Primeira Fantasia Brasileira para piano e orquestra com o pianista Bernardo Segal como solista da Orquestra Sinfônica da NBC e a regência de Arturo Toscanini. Gravação realizada ao vivo em Nova York em 14 de novembro de 1943 .

        3. Valsas de Esquina nos. 1 e 2 com o pianista Arthur Moreira Lima.

        4. Modinha para violoncelo e piano com o violoncelista Ricardo Santoro e a pianista Mirian Grosman.

        5. “Festança sem Boi” terceiro movimento do Trio no. 1 para flauta violoncelo e piano com o Trio Mignone (Afonso Oliveira, flauta; Ricardo Santoro, violoncelo; Mirian Grosman, piano).

        6. “Patapiada” Valsa no. 9 para fagote solo com o fagotista Frank Morelli.

        7. “Cateretê” para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.

        8. Concertino para fagote e orquestra com o fagotista Frank Morelli acompanhado pela Orquestra de Câmara Orpheus.

        9. “Batuque” da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

         

        Programa 16 – Dia 15 de novembro – República Musical

         

        Entre as datas cívicas do calendário brasileiro o dia 15 de novembro marca a Proclamação da República, um golpe militar que pos fim ao regime imperial com a deposição de D. Pedro II. Muitos foram os artistas que abraçaram a causa republicana. Entre os músicos destaca-se a geração de compositores nascidos na segunda metade do século XIX em especial aqueles que viriam a formar a partir de 1890 os quadros docentes do Instituto Nacional de Música, que substituiu o antigo Conservatório Imperial e que é hoje a Escola de Música da UFRJ.

         

        1. Leopoldo MIGUEZ – Poema-Sinfônico “Ave Libertas” com a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense e a regência de Ligia Amadio.
        2. Alexandre LEVY – “Samba”, último movimento da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e a regência de Erick Vasconcelos.
        3. Alberto NEPOMUCENO – “Galhofeira”, último movimento das Quatro Peças Líricas op. 13 com o pianista Miguel Proença.
        4. Alberto NEPOMUCENO – Scherzo para orquestra com a Sinfonia Cultura e a regência de Lutero Rodrigues.
        5. Henrique OSWALD – Andante com Variações para piano e orquestra com o pianista Eduardo Monteiro, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.
        6. Francisco BRAGA – Episódio Sinfônico com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

         

        Programa 17 – Dia 22 de novembro – Dia dos Músicos

         

        Desde o século XV Santa Cecília é considerada a padroeira dos músicos e o dia de sua festa, 22 de novembro, é conhecido também como o dia da música e dos músicos. No programa de hoje será apresentada integralmente a Ode para o dia de Santa Cecília de Haendel como uma homenagem a todos os músicos do Rio de Janeiro.

         

        1. G. F. HAENDEL – Ode para o dia de Santa Cecília com o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

         

        Programa 18 – Dia 29 de novembro – O bandolim na música de concerto

         

        Conhecido no Brasil como instrumeno típico do choro o bandolim possui um grande repertório na música de concerto. Compositores como Vivaldi, Mozart e Beethoven escreveram obras para bandolim. Aproveitando a recente criação do bacharelado em bandolim vamos conhecer obras originais com acompanhamento de piano e concertos com orquestra de diferentes compositores, além de mostrar a diversidade de instrumentos. O convidado será o bandolinista Paulo Sá, professor da Escola de Música.

         

        1. A. VIVALDI – Concerto em Dó M para bandolim cordas e contínuo.
        2. W. A. MOZART – Ária “Deviene alla finestra”, da ópera Don Giovanni.
        3. L. V. BEETHOVEN – Andante com variações para bandolim e piano.
        4. G. PAISIELLO – Concerto para bandolim e orquestra.
        5. R. GNATTALI – Concerto para bandolim e cordas