Por que a aplicação do THE?

De tempos em tempos, a questão da extinção do Teste de Habilidade Específica – THE – emerge a partir de opiniões diversas. Entre elas existem as que são expressas por aqueles desprovidos do conhecimento da legislação que regula as Etapas da Educação Básica nas escolas do Brasil.

  Nadeja Costa
  2020ronalagradececar
     
  aspas

Não há no Brasil formação de base consistente para que o THE seja abolido. Esta é uma realidade da política educacional que se sobrepõe às vontades e opiniões.

Ronal Silveira, Diretor da Escola de Música da UFRJ

Outras opiniões são divulgadas por aqueles que desconhecem o funcionamento de uma escola de formação superior em música, ao mesmo tempo que  algumas opiniões são enunciadas por parte daqueles que, sob o pretexto da democratização do acesso às universidades para estudantes de classes sócio-econômicas menos favorecidas, questionam a validade do THE.

E, em outras situações, existem ainda os que não questionam a importância do THE, mas questionam o modelo remoto escolhido pela Escola de Música da UFRJ para sua aplicação.

Nesse contexto, com o amparo de a Escola de Música ser a detentora do conhecimento de causa no que diz respeito ao Teste de Habilidade Específica e a partir dessa competência acumulada se posicionar a favor do THE, no que segue estão registrados alguns esclarecimentos que invalidam a propagação das opiniões mencionadas. Esclarecimentos que sustentam a defesa da manutenção do teste, discutida, votada e aprovada na instância máxima de deliberação desta Unidade de Ensino da UFRJ, ou seja, na sua Congregação.

Isso dito, o primeiro esclarecimento que não pode ser apagado na lembrança de todos é o de que a Educação Básica, em suas etapas de escolarização que abrangem a Educação Infantil, o Ensino Fundamental I e II e o Ensino Médio, não possui o ensino musical como um de seus pilares formativos.

E quando acontece do ensino da música ser ministrado na escola regular pública, ele é lecionado de maneira descontínua  aliado ao fato de não ter o objetivo de atuar no processo de formação técnica de instrumentistas.

Frente a essa realidade da política nacional da educação, igualmente, não pode ser olvidado na lembrança de todos que, diferente dos demais cursos que têm no processo da seleção do ingresso na Universidade os requisitos mínimos do Ensino Médio, plenamente avaliados pelo ENEM – português, matemática, física, biologia etc. -, as condições mínimas e necessárias para um candidato ingressar nos cursos de música não são avaliados por esse Exame Nacional do Ensino Médio – percepção musical, solfejo, leitura rítmica, prova de instrumento ou canto e etc.-.

Assim sendo, na sequência deste esclarecimento, outros se tornam obrigatórios. E o primeiro da série é: a missão da Escola de Música da UFRJ não é prover a formação musical/instrumental básica em seus cursos de graduação.  É sim, de sua responsabilidade entregar à sociedade profissionais com formação técnica consistente, crítica e embasada em conhecimento e vivência musical.

Para tanto, é exigido um nível mínimo de conhecimento aos que nela ingressam, para que possam se desenvolver em seus cursos de graduação ou licenciatura, ou seja, em seus cursos de formação superior em música. Isso porque, dependendo do curso, não se forma um músico profissional em quatro, cinco ou seis anos, se o aluno nela não ingressar sem que tenha adquirido antes uma formação musical básica.

E é na esteira desta realidade que a Escola de Música da UFRJ está convicta de que a maneira mais inclusiva que uma universidade tem de quebrar as barreiras das desigualdades sociais é a de, entre outras ações, oferecer condições reais de uma formação de qualidade sem que se perca de vista o contato com cada realidade profissional, suas especificidades e demandas.

Somada a essa convicção, está demonstrado que o Teste de Habilidade Específica nunca impediu a inclusão e o acesso de alunos oriundos de classes pouco privilegiadas em seus Cursos de Bacharelado e Licenciatura em Música, já que a maior parte de seus alunos é oriunda de projetos sociais ou ONGS.

Razão porque, na qualidade de uma escola pública do Ensino Superior em Música, objetivando minimizar a ausência de uma formação musical/instrumental básica nas diferentes etapas da Educação Básica, a Escola de Música  tem atuado intensamente e diretamente em projetos sociais que se dedicam ao ensino da música, oferecendo qualificação gratuita e bolsas de estudo.Também concede bolsas e estágios para alunos da graduação e alunos que estão em fase de formação  com intenção de ingressar no curso superior de música.

Acordos de Cooperação já se encontram em andamento com projetos de base, como por exemplo, o firmado com o Instituto Brasileiro de Música e Educação e com a Agência do Bem , envolvendo centenas de alunos não pertencentes à classes sócio-econômicas de elevado poder aquisitivo.

Através dos projetos SINOS- Sistema Nacional de Orquestras Sociais- e do Projeto Bandas, uma parceria FUNARTE/UFRJ e acordos estabelecidos com o governo do Estado do Rio, parcerias com Prefeituras, Secretarias de Cultura e de Ação Social, a Escola de Música tem levado, em formato presencial e EaD,  professores  e monitores  a municípios diversos em todo país que atuam no desenvolvimento e qualificação de jovens instrumentistas que fazem parte de orquestras sociais e de bandas de música.

A Escola de Música tem ainda sediado no AVA/UFRJ- Ambiente Virtual Acadêmico- 60 Cursos de Extensão em, atualmente, mais de  90 ofertas. E tem dado voz ao que se pesquisa não só na Escola de Música, mas também ao que se produz extra-muro de sua Universidade, abrindo canal direto a pessoas que trazem seus saberes populares e cursos de importância inequívoca como o de Artes Integradas + Educação+ Acessibilidade.

Um último registro que se faz necessário: é importante contestar a sugestão, às vezes dada, de que as provas da Escola de Música deveriam ser síncronas. Tal opinião impossibilitaria a realização das provas por muitos candidatos que, fatalmente, teriam problemas de equipamentos e/ou com a internet, o que impediria o princípio da isonomia, da igualdade de condições de acesso ao THE, uma vez que não há no Brasil a possibilidade de garantir que centenas de candidatos possam realizar o teste presencialmente.

OSUFRJ e Oficina de Prática de Orquestra

No programa de 21 de novembro de 2023 a Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) apoia a Oficina de Prática de Orquestra, uma disciplina voltada aos alunos do curso de Licenciatura que desejam experimentar a música de conjunto pela prática orquestral.

PORTAL DE EVENTOS OSUFRJ 21 NOV INSTA Card 1 copiarO programa, a ser dirigido pelos alunos do curso de Regência Orquestral, dá também a oportunidade para os alunos do Bacharelado, inclusive para atuarem como solistas. É o caso de Gabriel Veloso, com o “Concerto para viola em Sol maior”, de Telemann, e de João Vítor Trugilho e Júlia Limoeiro de Lima, com o “Concerto para dois violoncelos em Sol menor”, de Vivaldi.

O programa se completa com duas suítes, “Uma viagem musical de trenó”, de Leopold Mozart, pai de Wolfgang Amadeus Mozart, que descreve musicalmente a saída para um baile em um trenó, na qual a jovem dama treme de frio ao longo da viagem, dança um minueto e retorna para casa novamente no trenó. Já a “Suíte Encontro”, de Ricardo Tacuchian, nas palavras do compositor, “sugere uma reunião entre amigos que não se viam há muito tempo. Após a alegria da chegada, são rememorados fatos do passado e são feitas algumas reflexões sobre a vida de cada um. Finalmente os amigos se despedem, até um próximo reencontro”. A Oficina de Prática de Orquestra é dia 21 de novembro de 2023, às 19h, no Salão Leiopoldo Miguéz (Rua do Passeio, 98 – Lapa) e a entrada é gratuita.

Detalhes do evento:

Dia(s): 21 nov 2023
Horário: 19h00 – 20h15

Local: Salão Leopoldo Miguez (Escola de Música/UFRJ)
Rua do Passeio, 98 – Lapa, Rio de Janeiro , RJ, 20021-290
Valor: Gratuito

Concurso Jovens Instrumentistas/2024

Encontram-se abertas as inscrições do Concurso Para Jovens Instrumentistas/2024, da Escola de Música da UFRJ. Elas serão feitas através de formulário eletrônico próprio, do dia 16 de novembro ao dia 13 de dezembro.

Aberta aos alunos dos cursos de Bacharelado em Instrumentos, da Escola de Música da UFRJ, com vista à atuação como solistas na Orquestra Sinfônica e na Orquestra de Sopros da UFRJ.

Somente será aceita a inscrição do aluno que anexar ao formulário o arquivo PDF com a autorizaçãoo de seu professor de instrumento, com o consentimento de sua participação no concurso.

A prova será realizada no dia 18 de dezembro, com início às 14h na Sala Francisco Manoel da Silva.

Maiores informações constam no regulamento do concurso.

 

Orquestra Sinfônica da UFRJ, regência Rafael Rocha.

Uma das principais finalidades da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) é apoiar a formação musical dos discentes de graduação e pós-graduação inscritos nos cursos de instrumento, canto, composição e regência da Escola de Música da UFRJ.

 

Com seus 99 anos recém comemorados, a OSUFRJ se apresentará dia 25 de outubro de 2023, quarta-feira, no Salão Leopoldo Miguez, para o recital de formatura em Regência Orquestral de Rafael Rocha.

O programa contará com obras de Niccolò Jommelli, ‘Sinfonia em Ré’ (1756); W. A. Mozart, recitativo e ária ‘E Susanna non vien! Dove sono’, da ópera “As Bodas de Fígaro” (1786); Marcos Lucas, ‘Pequena Suíte para cordas’ (2020); e Harald Genzmer, ‘Divertimento di danza’ (1967). O concerto começará às 19h, a entrada é franca, e o Salão Leopoldo Miguez fica na rua do Passeio 98, Lapa.

Detalhes do evento:

Dia(s): 25 out 2023
Horário: 19h00 – 20h00

Local: Salão Leopoldo Miguez (Escola de Música/UFRJ)
Rua do Passeio, 98 – Lapa, Rio de Janeiro , RJ, 20021-290

V Concurso de Composição Minerva

O Concurso de Composição Minerva, edição 2023, visa incentivar a produção de obras para os Coros da Escola de Música da UFRJ. Em sua quinta edição, o Concurso terá como homenageado o compositor Edino Krieger (foto).

   Reprodução
 

As inscrições serão realizadas online do dia 23 de outubro ao dia 22 de dezembro de 2023. O aluno concorrente deverá enviar para o e-mail concursominerva@musica.ufrj.br, no ato da inscrição, os seguintes itens:

I. Formulário disponível no anexo deste Edital devidamente preenchido e digitalizado;
II. Arquivo em formato PDF (tamanho A4) da partitura editorada da obra concorrente;
III. Cópia do CRID atualizado, comprovando a matrícula ativa do aluno no período 2023.2, em cumprimento ao disposto no parágrafo 1º do presente artigo.[

As obras concorrentes deverão atender às seguintes exigências:

I. Deverão ser inéditas;
II. Deverão ter duração entre 3 (cinco) e 6 (seis) minutos;
III. Deverão ser compostas para coro misto a cappella (SATB).
IV. Não serão aceitos divisi nos naipes;
V. Não serão aceitas obras que incluam trechos solistas;
VI. Não serão aceitas obras que incluam recursos cênicos;
VII. Não serão aceitas obras que incluam instrumentos;
VIII. Não serão aceitas obras que incluam recursos eletroacústicos;
IX. Serão aceitas obras que incluam técnicas estendidas.

Leia íntegra do edital AQUI.

 

Mais um curso da Escola de Música a receber do MEC a nota máxima: o

Depois de, nos dias 28,29 e 30 de agosto, ter sido realizada pelos avaliadores MEC/INEP- Ministério da Educação/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira- a apreciação dos muitos e mais variados critérios, utilizados para a Renovação de Reconhecimento de Curso, foi conferida a nota máxima ao Bacharelado em Música- Regência Coral da Escola de Música da UFRJ.

Das análises exaradas positivamente no Relatório MEC de Código 160887, onde consta o julgamento e o conceito 5 concedido ao Curso de Regência Coral, que foi instituído no ano de 2015 através de Portaria MEC/SERES- Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior- número 357 de 23 de abril, serão aqui destacadas aquelas que nele  estão configuradas como um divisor de águas. Ou seja, as que lá se encontram relacionadas ao trabalho desenvolvido pelo corpo docente do Departamento de Música de Conjunto e que foram apontadas como decisivas para a nota alcançada.

   Nadeja Costa
 
  Professora Valéria Matos (centro) com os alunos Anderson Vieira, Denise Fernandes, Robson Galois

Desse trabalho dos docentes e seus resultados é, no relatório, dado vulto ao apoio pedagógico dispensado ao corpo discente; à importância dos Projetos de Extensão em Canto Coral para a formação acadêmica dos alunos e ao efeito afirmativo do III Encontro um Novo Olhar de Arte/ Educação + Acessibilidade uma atividade do Programa Arte de Toda Gente. .

Vigente a partir do primeiro momento em que os alunos ingressam no curso até seus respectivos Recitais de Formatura ao final da graduação, para dizer do Apoio Pedagógico que os alunos recebem e que no relatório foi descrito através das  análises de muitos critérios, é necessário, mesmo que de forma resumida, expor o trabalho realizado  pela professora Valéria Matos, responsável pela principal  disciplina do Bacharelado,  Regência Coral, e também  responsável por Introdução a Regência e Canto Coral.

 Para além do estudo de fundamentos teóricos e práticos da regência coral; dos aspectos técnicos da interpretação musical, que são abordados em todos os semestres nos estudos e na prática do repertório coral brasileiro e estrangeiro, desde a Renascença à Contemporaneidade, Valéria Matos, em seu exercício ininterrupto de principal docente do Bacharelado em Regência Coral, impulsiona os alunos a partir de vários campos de saberes, para que alcancem a desenvoltura não apenas como regentes, mas também como intérpretes.

   Nadeja Costa
 
  Da esq. para dir.: :Juliana Melleiro Rheinboldt e Maria José Chevitarese

No adendo à essa formação de intérpretes dos discentes é assinalado no Relatório MEC o valor dos Recitais de Regência Coral de I a VI, que são realizados a partir do conhecimento adquirido nas classes de Canto Coral. Nessas classes que possuem por docentes a já citada professora Valéria Matos, as professoras Maria José Chevitarese, Juliana Melleiro e o professor Silvio Viegas, os alunos do Bacharelado em Regência Coral desenvolvem a prática da regência e a preparação de repertório, e, o resultado é apresentado em performances abertas ao público no Salão Leopoldo Miguéz.

Ainda voltando o olhar para o trabalho desenvolvido por Valéria Matos, cabe consignar que os discentes do Bacharelado em Regência Coral são ainda incentivados por ela, durante todo percurso do ensino e da aprendizagem à produção constante de pesquisas, para que possam estar preparados para atuarem tanto em performances, como também no campo da docência.

Esse estímulo contínuo às atividades de pesquisa durante toda a graduação em todos os campos do conhecimento musical é fator motivador, para que um expressivo número dos discentes do Bacharelado em Regência Coral se direcione para a pós-graduação stricto sensu em outras Instituições de Ensino Superior brasileiras e internacionais, o que faz com que os egressos desse curso estejam envolvidos com a geração, desenvolvimento e disseminação de conhecimento, impactando de forma bastante positiva seus diferentes campos de atuação.

Outro fator do Apoio Pedagógico destacado no Relatório MEC, apontado como um recurso que em muito contribui para uma sólida formação artística, humanística e científica dos discentes, foi a de ter sido criada a Divisão de Integração Pedagógica, já que, instituída com o objetivo de lançar um novo olhar às dificuldades acadêmicas que muitos alunos trazem do Ensino Médio, essa divisão passou a oferecer disciplinas de organização de estudos e também de reforço naquelas que apresentavam alto índice de reprovação.

A esses positivos fatores, foi acrescentado o registro da diligência com que o corpo docente do Departamento de Música de Conjunto tem adotado nos processos seletivos, com vista à ampliação do número de vagas nessa política pública que há algum tempo adquiriu em nosso país o status de urgência: as cotas para estudantes negros.

De suas análises relacionadas aos Projetos de Extensão intitulados Conjunto Sacra Vox e Coral Brasil Ensemble- UFRJ, os avaliadores MEC/INEP não deixaram de observar que, paralelo ao fato de estarem incluídos na categoria de GARINS, ou seja, na classe dos Grupos Artísticos de Representação Institucional da UFRJ, estes conjuntos estão também inseridos na qualidade de disciplinas de Canto Coral, e por assim ser e por executarem repertórios que exigem altas performances, eles terminam por se materializarem enquanto espaços de atuação, onde os alunos do bacharelado em Regência Coral vivenciam dinâmicas de ensaio e prática do canto coral com nível de exigência  que se igualam às mesmas situações dos coros profissionais de alto desempenho.

Também no Relatório MEC foi notabilizado pelos avaliadores, o trabalho desenvolvido no Coral Infantil da UFRJ, outro grupo artístico institucional da universidade. Criado há trinta e quatro anos atrás e coordenado pela professora Maria José Chevitarese, nele o ensino do Canto Coral foi transmitido a crianças e adolescentes com idades de 7 a 16 anos até o ano de 2022, quando, então, Juliana Melleiro, atual chefe do Departamento de Música de Conjunto foi aprovada no concurso realizado no ano de 2021.

Naquela oportunidade, o Coral Infantil da UFRJ, que tem em seu currículo expressivo número de atuações em óperas e concertos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, foi dividido e passou a ser constituído apenas por crianças de 5 a 11 anos, e o Coral Infantojuvenil da UFRJ, coordenado por Juliana passou a ser composto por crianças e jovens de 7 a 11 anos.

No elenco de critérios que terminaram por legitimar o conceito 5 recebido pelo Bacharelado em Música- Regência Coral constou a referência ao também expressivo número de participantes no III Encontro Um Novo Olhar de Arte/Educação+Acessibilidade realizado em 2022, no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ,  uma das muitas e significativas ações do Projeto Um Novo Olhar, que faz parte do Programa Arte de Toda Gente, resultado da parceria FUNARTE/UFRJ com curadoria da Escola de Música e que tem como Coordenador Geral , o professor Marcelo Jardim.

    

A importância do ensino da Música de Câmara na formação dos discentes

Ana Paula Da Matta (foto), Doutora em Música na linha de Documentação e História da Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, com estágio de doutorando na Université de Paris IV- Sorbonne; Pós-Doutora, Mestre e Bacharel em Piano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Performer Diploma em Piano pela Indiana University, na classe de Menahem Pressler e Especialização na Hochschulefür Musik Köln, com o pianista Pavel Gililov, pianista camerista com longa experiência e docente da disciplina Música de Câmara na Escola de Música da UFRJ, destacou na entrevista o que segue.

   Nadeja Costa
 

Além do privilégio de ter sido orientada por Menahem Pressler, que atravessou metade do século XX acumulando muitos prêmios internacionais como pianista do Trio Beaux-arts, considerado por mais de quarenta anos um dos mais importantes grupos camerístico do mundo, tornou público que aprendeu também com ele parte significativa do trabalho da prática camerista.

Desse conjunto de realizações acadêmicas, artísticas e profissionais, Paula Da Matta, que junto a Ivan Nuremberg e Rubens Schuenck se encarregam do ensino da disciplina Música de Câmara I a IV, teceu sobre o tema as considerações expostas no que segue.

Frente ao fato da música de câmara ser uma prática extremamente democrática, já que entre os princípios que a orientam consta a exigência dos músicos saberem tocar em conjunto, uma prática dificílima que, por sua vez, exige que os membros do grupo se escutem, se respeitem e se entendam nas questões estéticas e técnicas relacionadas à abordagem do repertório que querem apresentar ou, falando metaforicamente, que saibam fazer suas vozes cantarem harmoniosamente com os outros instrumentistas, para Paula Da Matta o substantivo que define a música de câmara é o diálogo.

Para ilustrar esta afirmativa, a docente trouxe à lembrança que nenhum grupo importante de música de câmara como, por exemplo, o Quinteto Villa-Lobos, poderia ostentar uma existência tão longeva se não tivesse por bússola a certeza de que a música de câmara é um diálogo e não um monólogo. Não poderia exibir com legítimo orgulho seis décadas de atuação ininterruptas se os ensaios não fossem contínuos, se os membros do quinteto não fizessem um investimento de tempo na organização e no estudo dos repertórios que têm apresentado.

No que tange ao ensino da música de conjunto na Escola de Música, informou que o modelo de repertório utilizado é o canônico. Isso porque, para além de fazer parte da ementa da disciplina Música de Câmara que é ministrada em quatro semestres, esse repertório favorece o aprendizado do aluno, uma vez que são nele abordadas as dificuldades estéticas apresentadas nas peças musicais, estejam essas dificuldades relacionadas às suas construções de andamento e as das graduações dos níveis de intensidade dos sons durante as execuções das mesmas, ou estejam relacionadas à outras questões.

Mas, ao contrário do que se possa pensar, Paula Da Matta explicou que esse olhar muito de perto sobre o repertório canônico termina por favorecer uma prática musical muito profunda que faz com que o aluno esteja mais capacitado para, no futuro, exercer a profissão de instrumentista.  Seja essa capacitação utilizada para tocar qualquer tipo de música popular, jazz ou para fazer formações completamente diferentes como, por exemplo, uma instrumentação típica do choro. Como exemplo dessa afirmativa lembrou que, na Escola de Música, Jorge Armando, um professor já aposentado, gostava muito de fazer o repertório popular, lançando mão dos princípios da prática camerista.

Fez saber ainda que essa prática, favorece igualmente a atuação do aluno em uma orquestra sinfônica, mesmo que por natureza seus naipes sejam muito grandes e mesmo que a concepção estética da obra provenha da interpretação que o regente dela faz, uma vez que, quando for nela tocar já detém o conhecimento do repertório que ela executa. E mais: ele aprendeu a emitir sua voz instrumental de forma harmônica idêntica àquela com a qual a orquestra constrói uma peça musical.

Quanto à importância da prática camerística no futuro dos egressos, Paula Da Matta observou que o mercado dos dias atuais não é o mercado do século XIX, no qual a figura do solista tinha destaque e existia um número significativo de salas de concertos. O mundo do trabalho do músico profissional é hoje em grande parte formado por grupos e, consequentemente, pouco afeito a instrumentistas que não saibam tocar em conjunto e restritos a um único tipo de repertório.

A respeito de seu trabalho docente, Paula Da Matta informou que às vezes possui turmas constituídas por formações muito heterogêneas, mas que não é raro acontecer de, em um semestre, ter uma turma com quatro trompetes, ou ter nela formações tão inusitadas que não se consegue fazer com que encaixem em um repertório. Nesses casos, disse ser habitual solicitar que os docentes do maravilhoso Departamento de Composição da Escola de Música da UFRJ componham para tais turmas, assim como é natural o trabalho do ensino da música de câmara ser realizado em alguns casos com transcrições.

E não escondeu sua alegria ao dizer que a comprovação da importância da prática camerista na formação dos alunos é evidenciada, quando após os quatro períodos cursados os escuta dizerem que: “as aulas mudaram suas vidas no sentido de trazer um novo olhar em relação ao que é fazer música, o que é abordar um repertório, desenvolver uma concepção, ouvir, dialogar com as vozes e entender como elas se entrelaçam”.

Sinfônica da UFRJ em audição dos alunos de Regência Orquestral

Em demonstração pública dos respectivos graus de aproveitamento e adiantamento dos alunos de Regência Orquestral, a Orquestra Sinfônica da UFRJ se apresentará no dia 20 de setembro, às 19h, no Salão Leopoldo Miguéz, na audição dos seguintes discentes: Carlos Mendes, Alberto Richeli, Felipe Galdino, Aderbal Soares, Glauco Cruz, Gláucia Rangel e Rodrigo Aranha.

2023 OSUFRJ 20 SET SLMIsso porque, fazer com que alunos do Curso de Regência Orquestral dividam, em alguns concertos,  a condução da Orquestra Sinfônica da UFRJ em suas temporadas é, ao longo deste curso, prática pedagógica comum até que, ao seu final, estejam aptos a fazer um concerto completo como Recital de Formatura.

Assim, prestes a completar 99 anos, sob a supervisão do professor André Cardoso,  nesse concerto a OSUFRJ será comandada pelos citados  alunos, tendo no programa as obras de Carl Friedrich Abel (1723-1787) e Franz Joseph Haydn (1732-1809).

De Abel, compositor e gambista virtuoso, nascido há trezentos anos atrás no ducado de Köthen, a “Sinfonia em Mib maior,” terá os alunos Glauco Cruz, Glaucia Rangel e Rodrigo Aranha como regentes. 

E na execução da obra “Sinfonia nº 64 em Lá maior de Haydn, compositor que ao lado de Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwing Van Beethoven personificaram o que se convencionou chamar de classicismo vienense, a Orquestra Sinfônica da UFRJ será conduzida pelos alunos Carlos Mendes, Alberto Richeli, Felipe Galdino e Aderbal Soares. 

O Salão Leopoldo Miguéz fica na Rua do Passeio, 98 –Lapa- A entrada é franqueada ao público.

 

Programa

Carl Friedrich Abel – Sinfonia em Mib maior (atribuída a Mozart)

I-Allegro molto

Regência: Glauco Cruz

II-Andante

Regência: Gláucia Rangel

III- Presto

Regência: Rodrigo Aranha

Franz Joseph Haydn – Sinfonia nº 64 em Lá maior (1773)

I -Allegro con spirito

Regência: Carlos Mendes

II- Largo

 

Orquestra Sinfônica Juvenil Chiquinha Gonzaga se apresentará na

A Orquestra Sinfônica Juvenil Chiquinha Gonzaga será uma das atrações do terceiro dia da Semana de Aniversário da Escola de Música da UFRJ de 2023. Na quarta-feira, 16/08, o grupo formado por meninas da rede pública de ensino do Rio de Janeiro se apresentará no Salão Leopoldo Miguez. A orquestra que teve origem no Instituto Brasileiro de Música e Educação (IBME) é uma iniciativa pensada pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com as secretarias municipais de Cultura e de Turismo. Seu nome é uma homenagem à primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Mesmo sendo alvo de muito preconceito, a pianista, compositora e maestrina atuou com coragem e excelência, acabando por se tornar uma grande referência na música brasileira. A regente da Orquestra é a pianista Priscila Bomfim, que, por sua vez, foi a primeira mulher a reger as óperas da temporada do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde atua desde 2002. A apresentação está agendada para as 19h.

Orquestra Sinfônica Juvenil Chiquinha Gonzaga 

 Priscila Bomfim, regente

Antônio Carlos GomesAbertura da Ópera “O Guarany” (Arr. Vinícius Louzada)

Peter I. TchaikovskyTema do balé “O Lago dos Cisnes”

Sivuca / Glória GadelhaFeira de Mangaio (Arr. Vinícius Louzada)

Milton NascimentoMaria, Maria (Arr. Mateus Araújo)

Chiquinha GonzagaForrobodó (Arr. Vinícius Louzada)

Chiquinha GonzagaÓ Abre-Alas (Arr. Anderson Alves)

                 

Festival Brasil-Alemanha retorna ao Rio de Janeiro com sua 14ª

O Festival Internacional Brasil-Alemanha ocorrerá de 28 de agosto a 15 de setembro com distintas agendas para cada curso.É resultado direto de uma parceria de sucesso entre três instituições: a Escola Superior de Música de Karlsruhe (Hochschulefür Musik de Karlsruhe), a Escola de Música da UFRJ e o Instituto Villa-Lobos da UNIRIO. O financiamento para a vinda dos professores da Alemanha se dá sob os auspícios do Deutscher Akademischer Austausch Dienst (DAAD) — Órgão de Intercâmbio Acadêmico do Governo alemão. As inscrições para o Festival são gratuitas e estão abertas até o início de cada curso, através do formulário disponibilizado nas páginas da EM/UFRJ, UNIRIO, PROMUS (@musicaufrj).

A oferta de vagas é direcionada para os seguintes cursos: de oboé/música de câmara, com Thomas Indemühle; fagote/música de câmara, com David Thomas, violoncelo, com Bernhard Lörcher; piano, com Roberto Domingos; Piano – Música Contemporânea e repertório tradicional, com Markus Stange; Instrução vocal, com Holger Speck; Criação Musical para Música de Filmes, com Damon Lee; trompa e música de câmara com Will Sanders; e a prática de banda sinfônica, com Will Sanders.

 
   
  Formulário online

Com a coordenação geral da Escola de Música da UFRJ, da UNIRIO e da Escola Superior de Música de Karlsruhe, conta com a organização pelos professor Ronal Silveira e Marcelo Jardim (EM/UFRJ) e Marcelo Carneiro e Ingrid Barancoski (UNIRIO) e Michael Uhde (ESM-Karlsruhe), além de inúmeros outros professores nas coordenações de áreas. O festival proporciona aperfeiçoamento musical para alunos e profissionais do Brasil e da América-Latina, com professores da Alemanha, e conta ainda com o imprescindível apoio dos professores da UNIRIO Hugo Pilger, Ingrid Barancoski, Carol McDavit, Josimar Carneiro, e da EM/UFRJ Philip Doyle, Aloysio Fagerlande, Tiago Carneiro, Gabriel Dellatorre, Thiago Neves e Leandra Vital (Promus).

Para os inscritos que efetivamente participarem de 80% das atividades do curso escolhido, haverá certificado. Não será dada declaração de participação diferente do certificado, e o festival não se responsabiliza pelo transporte, hospedagem ou alimentação dos alunos. Os interessados devem preencher o  formulário online. Para os interessados no curso de criação digital para música de filmes, a inscrição deverá ser feita diretamente através do e-mail josimar.carneiro@unirio.br, do Prof. JosimarCarneiro, da UNIRIO.

Outras informações poderão ser encaminhadas para o e-mail festivais@musica.ufrj.br. Ao todo estão previstos 9 cursos, conforme programação seguinte:

Oficina/curso: Oboé/música de câmara Professor convidado:ThomasIndermühle
Período: 6 a 13 de setembro Horários: 9h-12h / 14h-18h
Local: Escola de Música da UFRJ – Prédio II (Sala Francisco Manoel) Rua do Passeio, 98, Lapa, Rio de Janeiro
Vagas: 12  Prof. coordenador:

                      

Oficina/curso: Fagote/música de câmara Professor convidado:David Tomas-Realp
Período: 11 a 14 de setembro Horários: 9h-12h / 14h-18h
Local: Escola de Música da UFRJ – Prédio II (Sala 20) Largo da Lapa, 51, Lapa, Rio de Janeiro
Vagas: 12 Prof. coordenador: Aloysio Fagerlande
afagerlande@musica.ufrj.br

                      

Oficina/curso: Trompa/música de câmara Professor convidado:Will Sanders
Período: Período: 29 de agosto à 11 de setembro Horários: 10h-12h30 – Trompa
16h-17h30 – Música de Câmara
Local: Escola de Música da UFRJ – Prédio I
(Sala Francisco Manoel)
Rua do Passeio, 98, Lapa, Rio de Janeiro
Vagas: 24 Prof. coordenador: Tiago Carneiro
carneiro.tiago@ymail.com

                      

Oficina/curso: Banda Sinfônica Professor convidado:Will Sanders
Solistas: Pedro Bittencourt (sax), Ana Letícia Barros (vibrafone), Rodrigo Favaro (contrabaixo).
           
Período: 28 de agosto a 06 de setembro
           
Cronograma:
Ensaios: 28 e 31 de agosto (Sala Francisco Manoel)
4 e 5 de setembro (Salão Leopoldo Miguez)
Concerto: 6 de setembro

Horários:
18h-21h (ensaios)
19h (concerto)

Vagas: 66 Prof. coordenador: Marcelo Jardim
marcelojardim@musica.ufrj.br
       
Gabriel Dellatorre
gabriel.dellatorre@musica.ufrj.br
Local: Escola de Música da UFRJ – Prédio I
(Salão Leopoldo Miguez)
Rua do Passeio, 98, Lapa, Rio de Janeiro

                      

Oficina/curso: Piano – Música Contemporânea e repertório tradicional Professor convidado:Markus Stange

Período: 28 de agosto a 01 de setembro

Cronograma:
28 de agosto (seg) – Sala I206
29 de agosto (ter) – Sala Villa-Lobos
30 de agosto (qua) – Sala I206
31 de agosto (qui) – Sala Villa-Lobos
1 de setembro (sex) – Sala Villa-Lobos
2 de setembro (sab) – Sala Guerra-Peixe
2 de setembro (sab) – Sala Villa-Lobos

15h – 17h (master class)
12h – 15h (concerto e master class)
09h – 12h / 14h – 17h (máster class)
12h -15h (master class)
09h – 12h (master class)
09h -12h (máster class)
14h – 17h (máster class)

Vagas: 16

Profª. coordenador:
Ingrid Barancoski ingrid.barancoski@unirio.br

Local: UNIRIO  Av. Pasteur, 436 – Urca, Rio de Janeiro

                      

Oficina/curso: Piano Professor convidado:Roberto Domingos
Período: 4 a 6 de setembro (Sala da Congregação) 9h- 12h / 14h- 17h
Local: EM/UFRJ (4 a 6 de setembro) End.: Rua do Passeio, 98, Lapa, Rio
7 de setembro (qui) – Sala Villa-Lobos
8 de setembro (sex) – Sala Villa-Lobos
9 de setembro (sab) – Sala Guerra-Peixe
9 de setembro (sab) -Sala Villa-Lobos
9h- 12h / 14h- 17h
9h- 12h / 14h- 17h
9h- 12h / 14h- 17h
Local: UNIRIO (7 a 9 de setembro) Av. Pasteur, 436 – Urca, Rio de Janeiro
Vagas: 16

Prof. Coordenador das atividades na UFRJ: Ronal Silveira
ronal.silveira@musica.ufrj.br

Prof. Coordenador das atividades na UNIRIO: Ingrid Barancoski
ingrid.barancoski@unirio.br

                      

Oficina/curso: Instrução Vocal Professor convidado:HolgerSpeck
Período: 28, 29, 30, 31 de agosto e 1 de setembro Horários:14h-17h
Local: IVL UNIRIO (Sala de Canto) Av. Pasteur, 436 – Urca, Rio de Janeiro
Vagas: 25 Prof. coordenador: Carol McDavit
mary.mcdavit@unirio.br.

                      

Oficina/curso: Criação Digital para Música de Filmes Professor convidado:Damon Lee
Período: 4 a 8 de setembro Horários:9h-12h

4 a 6 de setembro
Local: Instituto Casa do Choro

9h-12h
End.:Rua da Carioca, 38 – Centro, Rio de Janeiro

7 a 8 de setembro
Local: IVL UNIRIO

9h-12h
Av. Pasteur, 436 – Urca, Rio de Janeiro

Vagas: 15

Prof. coordenador: Josimar Carneiro
josimar.carneiro@unirio.br

                      

Oficina/curso: Violoncelo Professor convidado:BernhardLörcher
Período: 4 a 9 de setembro Horários: 13h-17h
Local: IVL UNIRIO (Sala de Violoncelo) Av. Pasteur, 436 – Urca, Rio de Janeiro
Vagas: 16

Prof. coordenador: Hugo Pilger
hugopilger@gmail.com

A depender do número de inscritos, e a critério de cada professor, poderá haver uma seleção dos alunos participantes e ouvintes, o que ocorrerá no primeiro dia do curso. Os alunos que se apresentarem após a realização da seleção ficarão automaticamente na categoria de ouvintes.

 

A programação de concertos será anunciada ao longo da semana, e aqui o que está confirmado:

06 de setembro, quarta
Salão Leopoldo Miguez | Escola de Música da UFRJ
19h Banda Sinfônica do Festival Brasil-Alemanha/Orquestra de Sopros da UFRJ
Thomas Indemühle, oboé
Pedro Bittencourt, saxofone
Ana Letícia Barros, vibrafone
Rodrigo Fávaro, contraixo
Will Sanders, regência

Programa:
Franco Cesarini  (Dynamic Ouverture), Philip Spark (Bacchanalia), Amilcare Ponchielli(Capriccio, para oboé e banda), John Williams (Escapades, para sax, vibrafone, contrabaixo e banda)

                      

PROFESSORES

Thomas Indermühle, oboé

Natural de Berna, na Suiça. Estudou com Heinz Holliger, na Academia Estadual de Música de Freiburg, e com Maurice Bourgue, em Paris. Foi principal oboísta na Orquestra de Câmara Holanda, em Amsterdam e na Filarmônica de Rotterdam. Em 1974, foi ganhador do primeiro prêmio no concurso internacional, em Praga, e venceu, em 1976, o Concurso de Música ARD Internacional, em Munique. Tem se apresentado como solista em quase todos os países europeus, EUA, Canadá, Japão, Coréia e Austrália. Tem atuado constantemente com o “Ensemble Couperin”, bem como regente. Desde 1984 atua como professor no Conservatório de Zurique, e desde 1989 atua como professor de oboé na Universidade de Música de Karlsruhe.

https://www.hfm-karlsruhe.de/hochschule/personen/prof-thomas-indermuehle

David Tomas-Realp, Fagote

David Tomàs-Realp é um dos fagotistas e educadores mais celebrados internacionalmente da sua geração. Ex-alunos de sua turma foram contratados por orquestras e centros de educação musical internacionalmente. Desde 2012, David Tomàs-Realp leciona na Universidade de Música de Karlsruhe.Em 2002 e 2009 foi jurado do Concurso Internacional de Música ARD em Munique. Foi fagotista titular da Orquestra Sinfónica da Rádio de Madrid, da Orquestra Sinfónica de Castela e Leão, da Filarmónica de Câmara Alemã de Bremen e da Orquestra de Cadaqués.Como solista, David TomàsRealpactuou com os maestros Robert King e Sir Neville Marriner, e deu recitais em importantes palcos internacionais. Ele também foi convidado pela Orquestra de Câmara da Europa, pela Orquestra de Câmara Escocesa, pela NDR Radio Philharmonic Orchestra Hanover e em festivais mundiais como o Schubertiade em Schwarzenberg, Áustria, bem como em Oaxaca (México), Rio de Janeiro, São Paulo. Porto, Helsínquia, Cracóvia e Córdoba (Argentina). Ele também é requisitado como regente convidado de conjuntos de câmara e sinfônicos.

https://www.hfm-karlsruhe.de/en/university/persons/prof-david-tomas-realp

Bernhard Lörcher, violoncelo

Natural de Freiburg, desde muito jovem atuou em orquestras juvenis por toda a Europa. Estudou em Karlsruhe com o Prof. Martin Ostertag e completou sua formação em música de câmara em Viena, com o Quarteto Alban Berg e o Trio Haydn de Viena. Participou de vários grupos camerísticos e em diversos festivais de música, com concertos em toda a Europa. Em 1994, foi vencedor do primeiro prêmio no concurso Mendelssohn, em Berlim. Desde 1999, atua como violoncelista da Filarmônica de Stuttgart, e desde 2001 como violoncelista principal, na mesma orquestra. Veio ao Brasil pela primeira em 2006, e desde então tem atuado no país como professor, palestrante e solista em vários festivais e cursos.

https://www.hfm-karlsruhe.de/hochschule/personen/bernhard-loercher

Roberto Domingos, piano

Brasileiro, completou seus estudos de piano com Henriqueta Duarte, na Faculdade de Música e Artes do Paraná. Com bolsas de estudo recebidas do DAAD e o CNPq, Domingos fez pós-graduação na Universidade de Música de Karlsruhe com FanySolter e Dinorah Varsi. Estudou no  Conservatório Tchaikovsky, em Moscou, com Rudolf Kehrer. Tornou-se pianista associado na Escola de Música de Karlsruhe, em 1993, e desde 1999 ativamente na Academia. Além de seu trabalho empenhado na universidade, participa regularmente de seminários e master classes, tanto em Alemanha quanto no exterior, e tem sido um membro do júri em vários concursos de piano. Em 2007 foi nomeado professor de piano na Universidade de Música de Karlsruhe por suas realizações e seu trabalho meritório.

https://www.hfm-karlsruhe.de/en/university/persons/prof-roberto-neumann-domingos

MarkusSange, piano

MarkusSange estudou piano com Jürgen Uhde, Roland Keller, FrantišekRauch, Valentina Kamenikowa, DittaPasztory-Bartók e AloysKontarsky. Atuou em inúmeros concertos na Europa, EUA, Canadá, México, Brasil, Gana, Coréia do Sul e Japão como solista, com música de câmara, sendo solista ou acompanhador. Atuou ativamente com música contemporânea, tendo feito numerosas estreias mundiais, em colaboração com KarlheinzStockhausen, Gyorgy Ligeti, George Crumb, Peter Eötvös e muitos outros compositores da vanguarda musical. Se apresentou em festivais internacionais como solista, pianista de grupo e especialista em música contemporânea, como Eurocentric Toronto, SchwetzingerFestspiele, Bienal de Munique, MusicaStrassbourg. Fez concertos com as principais orquestras e grupos da Europa: a Filarmônica de Berlim, Orquestra Sinfónica da Rádio da SWR Stuttgart e a HessischenRundfunks, em diversas produções de rádio, CD, DVD, na Alemanha e no exterior. Markus Stange é professor de piano e música de câmara na Musikhochschule Karlsruhe

https://www.hfm-karlsruhe.de/en/university/persons/prof-markus-stange

HolgerSpeck, canto

Fundador e diretor artístico do Ensemble Vocal Rastatt e Les Favoritos. Desenvolveu uma sólida reputação internacional, destacando-se pelo carisma e conhecimento musical. Participa regularmente de importantes festivais, se apresentando em salas de concerto como a Festspielhaus Baden-Baden, Filarmônica de Mulhouse, Handel Festival Karlsruhe, Festival Europeu de Música de Stuttgart, Schwetzingen Festival, Festival Europeu de Música da Igreja SchwabischGmund, e RheinVokal Festival. Foi ganhador de prêmios em concursos nacionais e internacionais, com o Vocal Ensemble Rastatt. Suas numerosas gravações receberam aclamação internacional. Atualmente é professor na Universidade de Música de Karlsruhe.

https://www.hfm-karlsruhe.de/en/university/persons/prof-holger-speck

Will Sanders, trompa

Natural de Venlo, na Holanda. Estudou trompa em Maastricht com H.Crüts e E. Penzel. Participou da Orquestra de Jovem  na União Europeia. Atuou na Orquestra Nacional de Ópera de Mannheim, na Orquestra Sinfônica de Baden/Baden, e na Orquestra Sinfônica da Rádio de Baviera. De 1992 a 1997 foi solista do Festival de Bayreuth. Colaborou com as principais orquestras alemãs dirigidas pelos mais conceituados maestros, tendo sido músico convidado da Orquestra Filarmônica de Viena. Atuou sob a direção de grandes nomes da regência como Claudio Abbado, Lorin Maazel, Georg Solti, Marins Janssons, James Levine e Daniel Baremboin, entre outros. Em 1999 começou a ministrar as disciplinas de trompa e música de câmara como professor catedrático da Escola Superior de Músicade  Karlsruhe. Atualmente é professor de trompa na Escola Superior de Música de Karlsruhe.

https://www.hfm-karlsruhe.de/en/university/persons/prof-will-sanders

Damon Lee, Criação Digital para Música de Filmes

Damon Lee, compositor de obras instrumentais, eletroacústicas e audiovisuais, estudou composição e música cinematográfica com Christopher Rouse na Eastman Schoolof Music, com Steven Stucky e Roberto Sierra na Cornell University e com John Corigliano no Aspen Music Festival. Ele recebeu uma bolsa de chanceler alemã da Fundação Alexander von Humboldt, que inicialmente lhe permitiu trabalhar com Thomas Troge, SandeepBhagwati e Wolfgang Rihm por um ano. Desde então, ele vem experimentando composições audiovisuais e colaborativas e desenvolvendo maneiras de integrar o filme à performance de música ao vivo. Ele recebeu muitos prêmios e prêmios por suas atividades artísticas e acadêmicas, e muitos de seus trabalhos foram apresentados por importantes grupos e instituições em todo o mundo. Seus trabalhos de sound design, que foram criados em colaboração com a artista visual Lida Abdul, foram exibidos várias vezes, inclusive na documenta (13) em Kassel. Além de sua carreira em tecnologia da música, Damon trabalhou como chef, como afinador assistente de órgão e como saxofonista de jazz. Hoje ele é professor de música para cinema, teatro, jogos e outras mídias na Universidade de Música de Karlsruhe.

https://www.hfm-karlsruhe.de/en/university/persons/prof-damon-lee-phd

                      

Grupos Artísticos

BANDA SINFÔNICA DO FESTIVAL BRASIL-ALEMANHA

ORQUESTRA DE SOPROS DA UFRJ

Durante a semana do Festival, a Orquestra de Sopros da UFRJ recebe outros integrantes provenientes de outras partes do Brasil, e que se inscreveram e foram selecionados para o curso de Prática de Orquestra de Sopros/Banda Sinfônica. A Orquestra de Sopros da UFRJ é formada por alunos de graduação em instrumentos de sopro e de percussão da Escola de Música da UFRJ, inscritos na disciplina de Prática de Orquestra, e também com suporte para o bacharelado em Regência de Banda, oferecido pela EM/UFRJ desde 2011.  Tem por objetivo proporcionar o desenvolvimento da prática de conjunto a partir dos conceitos orquestrais, bem como difundir a literatura brasileira e internacional para a formação de banda sinfônica, orquestra de sopros e sopros orquestrais. Tem como diretor musical o maestro Marcelo Jardim, professor de regência de banda e prática de orquestra, da EM/UFRJ.

https://musica.ufrj.br/index.php/orquestra-de-sopros

CONJUNTO DE TROMPAS E CAMERATA DE SOPROS DO XIV FESTIVAL BRASIL-ALEMANHA

Durante a semana do Festival, alunos provenientes da região e de outras partes do Brasil, que se inscreveram e foram selecionados para os cursos oferecidos, tomam parte dos concertos e recitais. O conjunto de sopros e a câmara de sopros são formados por alunos de graduação em instrumentos de sopro e de percussão da Escola de Música da UFRJ, da UNIRIO e de outras orquestras e bandas do Brasil.  Tem por objetivo proporcionar o desenvolvimento dos instrumentistas a partir dos conceitos orquestrais, bem como difundir a literatura brasileira e internacional para as formações camerísticas. Conta com a regência de Will Sanders.

                      

]