Franz Liszt, em Concertos UFRJ

 Reprodução
Franz Liszt
Retrato de Liszt (1856), por Wilhelm von Kaulbach.

Um passeio pela obra de Franz Liszt, compositor romântico que ampliou enormemente os limites da técnica do piano e de quem, este ano, se comemora o bicentenário de nascimento, é o convite do programa “Concertos UFRJ” que foi ao ar no dia 6 de junho.

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Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

{hyphenation}Um passeio pela obra de Franz Liszt, compositor romântico que ampliou enormemente os limites da técnica do piano e de quem, este ano, se comemora o bicentenário de nascimento, é o convite do programa “Concertos UFRJ” que foi ao ar no dia 6 de junho. Produção e apresentação de André Cardoso, docente da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), a série é resultado de uma parceria da EM com a rádio Roquette Pinto e é veiculada toda segunda-feira, às 22h, pela emissora, na sintonia 94,1 FM.

 

Franz Liszt nasceu em 22 de outubro de 1811 no vilarejo de Raiding (em húngaro: Doborján) no Reino da Hungria, então sob dominação do Império Habsburgo, e hoje parte da Áustria. Foi batizado em latim com o nome “Franciscus”, mas seus amigos mais próximos sempre o chamaram de “Franz”, a versão alemã de seu nome. Suas primeiras composições datam de 1830, quando tinha pouco menos de 20 anos, e ao contrário de outro gênio romântico, Chopin, não se dedicou exclusivamente ao piano. Sua obra é bastante diversificada, incluído música de câmera, canções, peças sacras, além de obras orquestrais. Apesar disso, é inegável que, nela, sua produção pianística ocupe uma inegável papel de destaque.

 

Liszt foi um dos grandes virtuoses do século XIX e contribuiu para consolidar a prática do recital solo. Concertos que eram exibições de alta técnica pianística e muita de suas obras refletem esse ambiente. É o caso de seus famosos estudos, que começaram a ser compostos ainda na juventude, por volta de 1826, enquanto os últimos datam de 1852.

 

A orquestra foi outro meio importante de expressão do compositor, que também era regente, em geral de suas próprias peças. Embora se atribua a César Frank a criação do poema sinfônico, o gênero ganhou nas mãos de Liszt uma dimensão nova que ajudou a consolidar a música programática — obras escritas para ilustrar um roteiro extra-musical, uma peça de teatro, um poema, uma pintura. Ao todo, escreveu, entre 1848 e 1882, treze poemas sinfônicos que irão influenciar compositores como Bed?ich Smetana, Antonín Dvo?ák e Richard Strauss. Até mesmo suas duas importantes sinfonias, significativamente denominadas Dante e Fausto, foram criadas como poemas sinfônicos e a partir de inspirações literárias.

 

No programa, a pianista Patrícia Bretas interpreta “São Francisco de Paula caminhando sobre as ondas”, uma das Deux Légendes (1863) de Liszt, e o estudo no 11, “Harmonies du Soir”, da série Études d’exécution transcendante. Paula da Mata, Sonho de Amor (Rêve D’amour), no 3, e Rapsódia húngara, no 13. A Orquestra Sinfônica de Detroit, sob regência de Paul Pary, executa a versão orquestrada da valsa Mefisto. Já a Fantasia sobre temas populares húngaros, para piano e orquestra, ganha versão do pianista Jean-Yves Thibaudet e da Orquestra Sinfônica de Montreal sob a direção de Charles Dutoit.

 

Liszt faleceu em Bayreuth, em 31 de julho de 1886.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

Gianni Schicchi, de Puccini

 Reprodução
GiacomoPuccini190
Puccini sugere destino mais ameno para falsário da Divina Comédia.

Esta semana Concertos UFRJ pre­sentou a in­te­gral de “Gianni Schicchi” – ópera cô­mica de Gia­como Puc­cini sobre libreto de Giovacchino Forzano.

A última edição de maio de Concertos UFRJ apresentou a integral de “Gianni Schicchi” – ópera cômica de Giacomo Puccini. Parceria da EM com a rádio Roquette Pinto, a série Concertos UFRJ é veiculada toda segunda-feira, às 22h, pela emissora, na sintonia 94,1 FM, e conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ).

 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

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«Quel folletto è Gianni Schicchi,
e va rabbioso altrui così conciando».
(….)

Ed elli a me: «Quell’è l’anima antica
di Mirra scellerata, che divenne
al padre fuor del dritto amore amica.

Questa a peccar con esso così venne,
falsificando sé in altrui forma,
come l’altro che là sen va, sostenne,

per guadagnar la donna de la torma,
falsificare in sé Buoso Donati,
testando e dando al testamento norma».

 

La Divina Commedia – Inferno – Canto XXX
Dante Alighieri

Gianni Schicchi é uma ópera em um ato, com duração de pouco mais que meia hora,  escrita por Puccini a partir de libreto de Giovacchino Forzano e baseada numa pasagem do Canto XXX do Inferno da Divina Comédia de Dante Alighieri. É, na verdade, a única ópera cômica do compositor que a escreveu como parte de um Triptico,  um conjunto de três óperas em um ato concebidas para serem apresentadas em seqüência. Schicchi é precedida pela tragédia Il Tabarro (O Capote) e pelo drama Suor Angelica. A não ser pelo tema da morte – abordado de maneira muito diferente em cada uma delas –, não não parece haver ponto mais forte de união entre as obras. Gianni Schicchi estreiou no Metropolitan Opera House de Nova Yorque, assim como as demais do triptico, em 14 de dezembro de 1919.

 

Dante Alighieri, o autor da Divina Comédia, colocou os seus inimigos políticos e pessoais no Inferno. Entre os maiores desafetos do poeta estava Gianni Schicchi, cidadão de Florença, que teria falsificado o testamento de Buoso Donati (Dante era casado com Gemma Donati, um membro dessa família), deixando a maior parte dos bens de Buoso, que morreu a 1o de setembro de 1299, dia em que se passa a ação da ópera, para a família Schicchi. Lançado pelo poeta na última vala do Oitavo Círculo do Inferno, local confinado aos falsificadores, seiscentos anos depois, Puccini foi buscá-lo. Sua irônica proposta: provar que, afinal de contas, Gianni Schicchi não merecia o destino que Dante lhe havia reservado.

 

Há duas versões para os acontecimentos que acabaram por conduzir Schicchi ao Inferno. A primeira delas é que, tendo morrido Buoso Donati, um rico patrício florentino, seu primo Simone, muito preocupado porque o falecido havia deixado muito mais para a Igreja do que para os parentes, escondeu o acontecido e contratou o finório Schicchi para substituir o morto na cama e ditar novo testamento. Em reconhecimento, Simone Donati, que muitos dizem ter sido não primo, mas filho do falecido, teria dado ao impostor a melhor égua do estábulo que herdara. A segunda versão – adotada integralmente na ópera de Puccini – é que, uma vez tendo escondido o cadáver, Schicchi entrou no leito, fingiu-se de moribundo, mandou chamar o testamenteiro e legou a maior parte dos bens de Buoso Donati para si mesmo, incluindo a égua, que alguns afirmam que era, na verdade, uma mula. Simone nada pode reclamar, uma vez que era cúmplice do crime – gravíssimo – de falsificação.

 

Gianni Schicchi é prova da profunda capacidade criativa de Puccini. Apesar de ter forjado seu estilo, ao longo dos anos, nas óperas trágicas, o compositor não encontra dificuldades em transitar para a comédia. A obra rende tributo ao melhor tradição italiana, mas sua roupagem é nova. A música de Schicchi é a do século XX, com sua própria personalidade, denunciada na energia dos ritmos incisivos e dos tempos quase sempre rápidos.

 

Grande parte do mérito pertence a Forzano.  Muito culto, cônscio da herança teatral italiana, o libretista forjou seus personagens nos antigos arquétipos da Commedia dell’Arte. Um dos aspectos mais divertidos é o da exposição dos antagonismos de classes. Os Donati, membros da antiga nobreza florentina, tratam Schicchi com desprezo, por ele ser um burguês oriundo do campo – “la gente nuova” –   em processo de ascensão econômica e social.  Aliás, nascido no seio de uma das mais tradicionais famílias florentinas, essa foi provavelmente uma razão adicional para Dante odiar o falsário.

 

A gravação do programa traz nos papéis principais um elenco de grandes cantores. O barítono Fernando Corena, como Gianni Schicchi, a soprano Renata Tebaldi, no papel de Lauretta, o tenor Agostino Lazzari, como Rinuccio e Lucia Danieli, como Zita. O coro e a Orquestra do Maggio Musicale Fiorentino são dirigidos por Lamberto Gardelli.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Sinopse de Gianni Schicchi

 

Giacomo Puccini

Giovacchino Forzano, libreto

Personagens

CDGianniSchicchi

Gianni Schicchi , barítono
Lauretta, sua filha , soprano
Buoso Donati , morto, não canta
A velha Zita, prima de Buoso , contralto
Rinuccio, neto de Zita, noivo de Lauretta , tenor
Gherardo, sobrinho de Buoso , tenor
Nella, esposa de Gherardo , soprano
Gherardino, filho de Gherardo e de Nella , contralto
Betto di Segna , baixo
Simone , baixo
Marco , barítono
La Ciesca , mezzo-soprano
Mestre Spinelloccio, médico , baixo
Pinellino, sapateiro , baixo
Guccio, pintor de paredes , baixo

 

A ação se passa na casa do morto, em 1o de setembro de 1299.

 

Ato único

 

Florença, 1o de setembro de 1299. Buoso Donati acaba de morrer. Seus parentes, reunidos no quarto em torno do leito do defunto, choram lágrimas fingidas, cada um deles de olho na herança. O falecido é membro da alta burguesia, dono de moinhos e distribuidoras de farinha, fábricas de macarrão e panetone, padarias, etc., sendo as Indústrias Donati uma das empresas mais bem sucedidas de toda a Toscana. Em meio às preces fúnebres e aos prantos, cochicham nos ouvidos uns dos outros: “Ouviste o que dizem em Signa (onde estão situados os moinhos)? ” “Parece que ele deixou todos os bens para os frades do convento de Santa Reparata.” Este rumor causa alarme entre os membros da família. “Se o testamento já está no cartório,” diz o velho Simone, “nada resta a fazer. Mas pode ser que ainda esteja neste quarto.” Rebuliço, abrem gavetas, fuçam aqui, fuçam ali, até que Rinuccio, excitado, anuncia: “Achei! O testamento de Buoso Donati!” Fantasia que o tio pode tê-lo deixado rico, permitindo assim seu casamento com Lauretta, a filha de Gianni Schicchi. A leitura do testamento, porém, causa grande decepção entre os Donati. O falecido deixou quase tudo para os frades, e praticamente nada para eles, que começam a chorar – agora sim, lágrimas de verdade. Mas nem tudo está perdido, diz Rinuccio; há uma pessoa que pode nos ajudar. Quem? Gianni Schicchi. Mas ao ouvir tal nome, a velha Zita se enfurece – Nunca! Nunca vou permitir que meu neto se case com a filha desse cidadão, sem eira nem beira, sem dote nem nada, esse forasteiro que chega aqui em Florença e pensa que pode… Mas Rinuccio defende seu futuro sogro, dizendo que ele é um grande jurista, além de muito esperto, e que ele é um desses talentos que, vindos de outras partes, assim como Giotto, Arnolfo, ou os Medici, enriquecem a vida de Florença (Firenze è come un albero fiorito).

 

Chega Gianni Schicchi com sua filha Lauretta, e se põe a par da situação. Ele sabe que é detestado naquela casa, mas isto não quer dizer que tenham qualquer pejo em recorrer a ele, agora que estão em apuros. Lauretta, que está perdidamente apaixonada por Rinuccio, pede ao pai que faça algo pelos Donati. “Por essa gente?” diz ele. “Nada! Não faço absolutamente nada!” É então que Lauretta, canta sua célebre ária O mio babbino caro e consegue amolecer o coração do pai. Gianni expõe seu plano: já que ninguém fora daquela casa sabe que Buoso Donati morreu, que alguém vá à cidade avisar ao tabelião que a saúde do Sr. Donati piorou muito, e que este quer fazer seu testamento. Enquanto isto, o cadáver é escondido, e Gianni Schicchi, cuja semelhança física com o falecido é marcante, além de poder imitá-lo com perfeição com sua voz de falsetto, se põe no leito para a farsa. Assiste-se então a um espetáculo de ganância, sordidez e mesquinharia, quando cada um dos Donati tenta subornar Gianni Schicchi para poder ficar com a maior parte dos bens. Gianni adverte-os, porém, do risco que estão correndo: a pena para a falsificação de documentos na República de Florença é a amputação da mão e banimento perpétuo da cidade, tanto para o perpetrador do crime quanto para seus cúmplices. Addio Firenze, addio cielo divino, io ti saluto con questo moncherino… (Adeus, Florença, adeus céu divino, eu te saúdo com este toco de braço) canta ele, fazendo troça dos parentes.

 

Chega o notário, com as testemunhas do cartório. O farsante começa a ditar seu testamento. Alguns trocados para os frades, tudo bem. O dinheiro vivo que se encontra na casa, em partes iguais para os membros da família, tudo bem. Mas os Donati ficam estarrecidos quando ele deixa a mula, a casa, os moinhos e as empresas Donati para… “seu devoto amigo… Gianni Schicchi!” Após a retirada dos representantes da lei, há alvoroço na casa dos Donati – que agora é, legalmente, a casa de Gianni Schicchi. A casa é saqueada; roubam tudo que podem: as roupas de seda fina, as jóias, os objetos de arte, a prataria, até mesmo a mobília. Só os dois amantes, Rinuccio e Lauretta, alheios a tudo que se passa em torno deles, cantam seu pequeno dueto de amor.

 

Gianni Schicchi se levanta da cama, então, e pergunta ao auditório se o dinheiro de Buoso Donati poderia ter tido um fim melhor. “Se é opinião de Dante que eu deva ir parar no inferno, se vocês se divertiram, espero que tenham uma opinião melhor…”

Pro­gra­mação de Maio

 

Pro­grama 39 – Dia 02 de Maio – Es­pe­cial com o vio­lo­nista Jorge Ca­bal­lero (gra­vação ao vivo do con­certo rea­li­zado no Salão Leo­poldo Mi­guez em 12 de de­zembro de 2010)

 

Pro­grama 40 – Dia 9 de maio – Don Quixote na mú­sica (obras de Bois­mor­tier, Te­le­mann, Mas­senet e Ravel)


Pro­grama 41 – Dia 16 de maio – Grandes mes­tres da EM: obras do com­po­sitor Hen­rique Os­wald (1852-1931)

 

Pro­grama 42 – Dia 23 de maio – Mú­sica de câ­mara 2: obras de câ­mara para di­fe­rentes for­ma­ções

 

Pro­grama 43  – Dia 23 de maio – Ópera “Gianni Schicchi” de Puc­cini

Concertos UFRJ: Música de Câmara

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A música de câmara, um dos gêneros mais complexos e que exige enorme destreza dos instrumentistas foi novamente assunto de Concertos UFRJ na edição do dia 23 de maio.

 

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Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

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A música de câmara, um dos gêneros mais complexos e que exige enorme destreza dos instrumentistas foi novamente assunto de Concertos UFRJ na edição do dia 23 de maio.. Parceria da Escola de Música com a rádio Roquette Pinto, a série conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da EM, e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, pela emissora, na sintonia 94,1 FM.

 

Ao longo do tempo alguns agrupamentos camerísticos se consolidaram como padrão. E caso dos trios, quartetos e quintetos de cordas com ou sem piano, os quartetos e quintetos de sopros com ou sem piano. Há ainda os conjuntos mistos nos quais se acrescenta ou substitui um dos instrumentos de cordas por outro de sopro, como os quartetos com flauta, ou oboé ou quintetos com clarineta. O programa destaca como primeira obra um conjunto até certo ponto inusitado: o Trio em Mi bemol K 498 de Mozart no qual se juntam ao piano uma clarineta e uma viola. Em três movimentos (Andante, Minueto e Rondó Allegretto), está peça é também conhecida como “trio boliche”, pois, segundo uma anedota, que se supõe verídica, Mozart a teria composto entre uma partida ou outra deste jogo. A gravação apresentada reúne Stephen Kovacevich ao piano, Jack Brymer na clarineta e Patrick Ireland na viola.

 

Johannes Brahms, um dos maiores músicos do século XIX, é outro compositor que deixou uma maravilhosa produção no terreno da música de câmara. Seu belíssimo Quinteto (Allegro non troppo ma com brio, Grave e appasionato e Allegro enérgico) para cordas em fá maior op. 88 agrega ao tradicional quarteto de cordas uma segunda viola, o que dá ao conjunto uma sonoridade mais encorpada nos registros médios, bem característico da escrita do compositor. A gravação, a do Quarteto Amadeus com a participação de Cecil Aronowitz na segunda viola.

 

Por fim, a última peça do programa foi Fronteiras composta em 1999 pelo compositor carioca Ronaldo Miranda – ex-aluno e professor da Escola de Música da UFRJ. A interpretação, do Quinteto Villa-Lobos formado por Antonio Carrasqueira na flauta, Luiz Carlos Justi no oboé, Paulo Sérgio Santos na clarineta, Aloysio Fagerlande no fagote e Philip Doyle na trompa. 

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

Programação de Maio

 

Programa 39 – Dia 02 de Maio – Especial com o violonista Jorge Caballero (gravação ao vivo do concerto realizado no Salão Leopoldo Miguez em 12 de dezembro de 2010)

 

Programa 40 – Dia 9 de maio – Don Quixote na música (obras de Boismortier, Telemann, Massenet e Ravel)


Programa 41 – Dia 16 de maio – Grandes mestres da EM: obras do compositor Henrique Oswald (1852-1931) 

 

Programa 42 – Dia 23 de maio – Música de câmara 2: obras de câmara para diferentes formações

 

Programa 43  – Dia 23 de maio – Ópera “Gianni Schicchi” de Puccini 

 

Concertos UFRJ: a obra de Henrique Oswald

 Reprodução
Henrique_Oswald_1907
O compositor em fotografia dos últimos anos de vida.

A obra do pianista e compositor Henrique Oswald, um dos mais importantes artistas brasileiros de nosso romantismo musical foi o assunto da edição de Concertos UFRJ do dia 16 de maio.

 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

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A obra do pianista e compositor Henrique Oswald, um dos mais importantes artistas brasileiros de nosso romantismo musical foi o assunto da edição de Concertos UFRJ do dia 16 de maio. Parceria da Escola de Música com a rádio Roquette Pinto, a série conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da EM, e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, pela emissora, na sintonia 94,1 FM.

 

Oswald nasceu no Rio de Janeiro em 1852, filho de pai suíço e mãe italiana. Aos dois anos de idade foi para São Paulo onde o pai abriu um pequeno comércio de venda de pianos. O menino Henrique Oswald começou então a aprender o instrumento com sua própria mãe e, mais tarde, com o músico francês Gabriel Giraudon, fazendo suas primeiras apresentações aos 12 anos de idade. Em 1868, o jovem talentoso recebeu uma bolsa de D. Pedro II para aperfeiçoamento no exterior e se transferiu para Florença, Itália, cidade na qual moraria maior parte de sua vida.

 

Henrique Oswald viveu em uma época em que a estética do romantismo foi abalada em seus ideais, por um lado, pela gradual dissolução do sistema tonal e, por outro, pela transformação da sintaxe discursiva que, herança do classicismo, era baseada no confronto temático. Seu trabalho se filia ao romantismo tardio e à escola francesa de composição. Muitos comentaristas destacam sua ligação com a obra do compositor francês Gabriel Faurée pela inspiração melódica e requinte formal. Sendo o piano o instrumento de Henrique Oswald sua produção principal é, naturalmente, para o instrumento.

 

Durante sua estada na Europa travou contato com vários compositores, em especial Franz Liszt, Rebikoff e Gabriel Pierné. Em 1902 sua peça Il Neige venceu o concurso de composição do jornal Le Figaro de Paris em cujo júri se encontrava, entre outros, os compositores Gabriel Faurée e Saint-Saenz. Em várias de suas obras os títulos insinuam elementos extramusicais, não com a intenção de descrevê-los realisticamente, mas de sugeri-los, talvez, psicologicamente.

 

Após muitos anos vivendo na Europa, Henrique Oswald foi convidado pelo governo brasileiro para retornar ao Brasil e assumir a direção do Instituto Nacional de Música (INM), atual Escola de Música da UFRJ. Aqui chegou em 1903 e permaneceu até 1906 quando retornou à Europa. Somente em 1911 se estabeleceu definitivamente no Rio de Janeiro, trazendo sua família e sendo nomeado professor de piano do INM.

 

Além de obras para piano Henrique Oswald tem também uma destacada produção para diversas formações camerísticas e abordou, também, a música sacra, sobretudo no período imediatamente após seu filho Alfredo ter optado pela vida sacerdotal. No gênero sacro, nos deixou uma missa, uma missa de réquiem e vários motetos.

 

A música de Oswald utiliza elementos colhidos em diferentes estilos. O musicólogo Luiz Heitor Correa de Azevedo identificou três diferentes influências do compositor: a alemã, devido à “profundeza de pensamento” e amplo domínio das questões formais; a francesa pelo requinte, clareza e uma “cuidadosa escolha das harmonias”; e a italiana por sua facilidade melódica. Já o escritor Mário de Andrade, contrariamente, identificou em Oswald “uma sensibilidade melódica afastadíssima da volúpia italiana e da masculinidade alemã. Mas que tem manas pela Rússia e o pai em França”. Na verdade trata-se de um compositor cujo ecletismo e profundo conhecimento da técnica composicional o faziam transitar por diferentes estilos.

 

Além das obras para piano e música de câmara Henrique Oswald deixou obras orquestrais, em que se sobressaem um concerto para piano e outro para violino, e duas sinfonias. Deixou também três óperas, sendo duas delas inéditas, canções e peças para órgão.

 

Oswald faleceu aos 79 em 1931 como um consagrado compositor e disputadíssimo professor de piano. Mais informações, no site dedicado ao compositor.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

Programação de Maio

 

Programa 39 – Dia 02 de Maio – Especial com o violonista Jorge Caballero (gravação ao vivo do concerto realizado no Salão Leopoldo Miguez em 12 de dezembro de 2010)

 

Programa 40 – Dia 9 de maio – Don Quixote na música (obras de Boismortier, Telemann, Massenet e Ravel)


Programa 41 – Dia 16 de maio – Grandes mestres da EM: obras do compositor Henrique Oswald (1852-1931) 

 

Programa 42 – Dia 23 de maio – Música de câmara 2: obras de câmara para diferentes formações

 

Programa 43  – Dia 23 de maio – Ópera “Gianni Schicchi” de Puccini 

 

Concertos UFRJ: Don Quixote na música

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donquixote-cavaleiroandante190
{source}<div ><a href=”https://musica.dev.coordcom.ufrj.br/wp-content/uploads/images/stories/noticias/donquixote-cavaleiroandante800.jpg” rel=”shadowbox” title=”Cândido Portinari (1956)”/><img src=”plugins/content/magnify/magnify-clip.png” alt=”Clique para ampliar” title=”Clique para ampliar”/></a></div>{/source}Don Quixote cavaleiro andante, Portinari (1956). 

Genial criação do escritor espanhol Miguel de Cervantes, Don Quixote seduziu ao longo do tempo um infinidade de compositores, muitos dos quais acabaram representando em música as aventuras e desventuras do tragicômico “cavaleiro da triste figura”.

 

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donquixotecontraosmoinhos230
{magnify}images/stories/noticias/donquixotecontraosmoinhos800.jpg|Cândido Portinari (1956){/magnify}Dom Quixote Arremetendo contra o Moinho de Vento, Portinari (1956).

Genial criação do escritor espanhol Miguel de Cervantes, Don Quixote seduziu ao longo do tempo um infinidade de compositores, muitos dos quais acabaram representando em música as aventuras e desventuras do tragicômico “cavaleiro da triste figura”. Um passeio por essas experiências é a proposta do programa Concertos UFRJ que foi ao ar no dia nove de maio. Parceria da Escola de Música com a rádio Roquette Pinto, a série é veiculada toda segunda-feira, às 22h, pela emissora, na sintonia 94,1 FM, e conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da EM e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ).

 

São muitos os exemplos do interesse despertado pela obra do escritor espanhol, a começar pela música incidental composta pelo inglês Henry Purcell em 1695. Entre as óperas vale mencionar as versões de Francesco Bartolommeo (1719), Antonio Caldara (1733), Joseph Bodin de Boismortier (1743), Antonio Salieri (1770), Niccolò Piccinni (1773), Pietro Generali (1805), Felix Mendelssohn (1826) e Jules Massenet (1910). Don Quixote foi também tema de ballets, como o criado, em 1869, por Ludwig Minkus e Marius Petipa para o Teatro Bolshoi – hoje um clássico da dança. No terreno da música sinfônica há de se destacar as canções de Ravel (1932) e Jacques Ibert e os poemas-sinfônicos de Anton Rubinstein (1870), Viktor Ullman (1944) e, o mais conhecido e executado, o de Richard Strauss (1897) em que o violoncelo solista personifica o fidalgo e a viola faz o papel de Sancho Pança.

 

Desta vasta gama de obras, o programa destacou quatro. A primeira, a ópera-ballet Don Quichotte chez la Duchesse (Don Quixote visita a Duquesa) do compositor francês Joseph Bodin de Boismortier (1689 – 1755). Apesar de descrita como “ballet”, a sua estrutura é de ópera, com libreto de Charles Simon Favart e se baseia no conhecido do romance em que um casal de nobres se diverte montando uma farsa para enganar Don Quixote. A estreia ocorreu em 1743, na Academia Real de Musica de Paris.

 

Já compositor barroco alemão George Phillip Telemann abordou o tema em duas oportunidades: na ópera “Don Quixote nas bodas de Camacho” e numa Suite orquestral para cordas e contínuo. Nesta última, a música passagens célebres da obra de Cervantes,  como o despertar de Don Quixote, o ataque aos moinhos de vento, os suspiros do fidalgo ao recordar-se da amada Dulcinéa e o galope de seu cavalo Rocinante ao lado do burrico Gris, de seu escudeiro.

 

A vizinha Espanha sempre povoou o imaginário dos compositores franceses. Com uma personagem tão facetada e plena de significados como esta não poderia ser diferente. Dois exemplos ilustram bem este fascínio. O de Jules Massenet (1842 – 1912), que escreveu a ópera “Don Quixote”, em cinco atos, encenada pela primeira vez em 1910 pela Ópera de Montecarlo, e o de Maurice Ravel (1875-1937), que dedicou a ela um ciclo de três canções denominado Don Quixote a Dulcinéia, a partir de poemas de Paul Morand.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

Programação de Maio

 

Programa 39 – Dia 02 de Maio – Especial com o violonista Jorge Caballero (gravação ao vivo do concerto realizado no Salão Leopoldo Miguez em 12 de dezembro de 2010)

 

Programa 40 – Dia 9 de maio – Don Quixote na música (obras de Boismortier, Telemann, Massenet e Ravel)


Programa 41 – Dia 16 de maio – Grandes mestres da EM: obras do compositor Henrique Oswald (1852-1931) 

 

Programa 42 – Dia 23 de maio – Música de câmara 2: obras de câmara para diferentes formações

 

Programa 43  – Dia 23 de maio – Ópera “Gianni Schicchi” de Puccini 

 

Especial Jorge Caballero em Concertos UFRJ

 Foto: Divulgação
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O premiado violonista peruano é o destaque do programa 

Um especial com o renomado violonista peruano Jorge Caballero é o convite da primeira edição de maio de Concertos UFRJ que foi ao ar no dia 2.

 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

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Um especial com o renomado violonista peruano Jorge Caballero é o convite da primeira edição de maio de Concertos UFRJ que foi ao ar no dia 2. No programa, a gravação ao vivo de sua apresentação no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ (EM) em dezembro do ano passado, durante a segunda parte do festival Violão na UFRJ: 30 anos que comemorou três décadas de atividades do bacharelado do instrumento na universidade – um dos primeiros do país. Parceria da EM com a rádio Roquette Pinto, a série Concertos UFRJ é veiculada toda segunda-feira, às 22h, pela emissora, na sintonia 94,1 FM, e conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ).

 

Jorge Caballero nasceu em 1977 em Lima, Peru, e é considerado um dos mais destacados violonistas na geração atual. Vem de uma família musical: aprendeu a tocar violão com o pai e sua mãe era uma cantora conhecida no Peru.

 

Iniciou sua formação profissional no Conservatório Nacional, onde estudou com Oscar Zamora e logo ganhou concursos e premiações importantes.

 

Com 19 anos obteve o primeiro lugar no prestigioso concurso Walter Naumburg em Nova York. Foi o mais jovem vencedor da competição e o primeiro violonista a ganhá-la. Este triunfo o levou a uma turnê de concertos em USA, inclusive na Alice Tully Hall em New York e na Library of Congress em Washington DC, se apresentando também como solista com orquestra.

 

Foi também premiado no Concurso Internacional de Tóquio, o Luis Sigall, e ficou em primeiro lugar no América Latina Guitar Competition. Já tocou na Biblioteca do Congresso de Washington, no Metropolitan Museum of Art, no Palácio das Artes de São Francisco, entre outros espaços dos Estados Unidos e de outros países, e se apresentou como solista de Orquestras como a Filarmônica de Los Angeles, a Filarmônica de Nápoles e a Orquestra Sinfônica Presidencial de Ancara, na Turquia. É membro fundador do quinteto de cordas Axis.

 

O seu repertório é notável por sua extensão e alcanc e se extende da música renascentista à música contemporânea de Ginastera, Berio e Carter.

 

 

O registro fotográfico da apresentação de Cabalerro no Salão Leopoldo Miguez pode ser encontado nado site.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

Programação de Maio

 

Programa 39 – Dia 02 de Maio – Especial com o violonista Jorge Caballero (gravação ao vivo do concerto realizado no Salão Leopoldo Miguez em 12 de dezembro de 2010)

 

Programa 40 – Dia 9 de maio – Don Quixote na música (obras de Boismortier, Telemann, Massenet e Ravel)


Programa 41 – Dia 16 de maio – Grandes mestres da EM: obras do compositor Henrique Oswald (1852-1931) 

 

Programa 42 – Dia 23 de maio – Música de câmara 2: obras de câmara para diferentes formações

 

Programa 43  – Dia 23 de maio – Ópera “Gianni Schicchi” de Puccini 

 

Don Quixote de Telemann em “Concertos UFRJ”

 Gustave Doré
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{source}<div ><a href=”https://musica.dev.coordcom.ufrj.br/wp-content/uploads/images/stories/noticias/donquixotedore800.jpg” rel=”shadowbox” title=”Imagem: Gravura de Gustave Doré”/><img src=”plugins/content/magnify/magnify-clip.png” alt=”Clique para ampliar” title=”Clique para ampliar”/></a></div>{/source}Um marco na arte da ilustração, Doré foi um dos muitos artistas fascinados pela obra de Cervantes.

Esta semana Concertos UFRJ apresentou a integral do “Don Quixote nas Bodas de Camacho” do compositor barroco alemão Telemann.

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

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Estátuas de Don Quixote e Sancho Panza, na Plaza de España em Madrid

Esta semana Concertos UFRJ apresentou a integral do “Don Quixote nas Bodas de Camacho” do compositor barroco alemão Telemann. Uma prévia da temporada de ópera da Escola de Música (EM) que apresenta, a partir do dia 12 de maio, esta mesma obra em récitas na Escola de Música e em outros espaços. Parceria da EM com a rádio Roquette Pinto, a série Concertos UFRJ é veiculada toda segunda-feira, às 22h, pela emissora, na sintonia 94,1 FM, e conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ).

 

Don Quixote é um dos personagens mais queridos e famosos de toda a literatura mundial. Genial criação do escritor espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616),  o tragicômico “cavaleiro da triste figura” sempre seduziu os compositores e ao longo dos séculos suas aventuras foram traduzidas em música e transpostas para o palco na forma de suítes, poemas-sinfônicos, canções, óperas e ballets.

 

São muitos os exemplos. Um dos primeiros foi a música incidental composta pelo inglês Henry Purcell entre 1694 e 1695. Entre as óperas podemos citar as versões de Francesco Bartolommeo (1719), Antonio Caldara (1733), Joseph Bodin de Boismortier (1743), Antonio Salieri (1770), Niccolò Piccinni (1773), Pietro Generali (1805) e Jules Massenet (1910). Don Quixote foi também enredo para alguns ballets sendo aquele criado para o Teatro Bolshoi em 1869 pelo compositor Ludwig Minkus e o coreógrafo Marius Petipa um clássico da dança. No terreno da música sinfônica há de se destacar os poemas-sinfônicos de Anton Rubinstein (1870), Viktor Ullman (1944) e, o mais conhecido e executado entre todos, o de Richard Strauss (1897) onde o violoncelo solista personifica Don Quixote e a viola seu fiel escudeiro Sancho Panza.

 

Em seus muitos anos de vida e extensa produção o compositor barroco alemão George Philipp Telemann (1681-1763) abordou a música de cena tanto em grandes óperas quanto em comédias de curta duração, chamadas de intermezzos ou serenatas. Deixou ao todo 17 óperas sendo a última o Don Quichotte auf der Hochzeit des Comacho, escrita quando o compositor já havia ultrapassado os oitenta anos.

 

A origem da obra é um libreto intitulado Basilio und Quiteria preparado pelo jovem escritor Daniel Schiebeler (1741-71) baseado em episódio da obra de Miguel de Cervantes (1547-1616). Schiebeler o ofereceu a Telemann com a proposta de transformá-lo em uma ópera. Telemann aceitou com entusiasmo, mas propos algumas alterações no texto, começando pelo título.

 

O compositor concluiu a música no outono de 1761 e a serenata foi estreada na sala de concertos Dreybahn, em Hamburgo. O caráter cômico da obra é acentuado pelo antagonismo dos dois personagens principais. A figura mundana de Sancho Panza montado em seu burrico Gris se contrapõe ao altivo e delirante Don Quixote cavalgando seu alazão Rocinante. A participação do coro fornece o ambiente popular para uma celebração de casamento ao ar livre. Não faltam também momentos mais sentidos, como na bela ária de Grisóstomo.

 

A gravação traz Raimund Nolte (barítono) como Don Quixote, Michael Schopper (baixo) como Sancho Pansa, Silke Stapf (soprano) como Pedrillo, Mechtild Bach (soprano) como Grisóstomo, Heike Hallaschka (soprano) como Quiteria, Annette Kohler (mezzo) como Camacho e Karl-Heinz Brandt (tenor) como Basilio. O coro é da Academia de Música Antiga de Bremen e a orquestra é o conjunto La Stagione sob a direção de Michael Schneider.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Sinopse de Don Quixote nas Bodas de Camacho

 

George Philipp Telemann

Daniel Schiebeler, libreto

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Personagens

 

Don Quixote, fidaldo, cavaleiro, barítono.

Sancho Panza, escudeiro de Don Quixote, baixo.

Grisóstomo, jovem pastor, tenor ou soprano

Basílio, pretendente pobre da noiva, tenor

Quitéria, a bela noiva, soprano

Pedrillo, jovem pastor, tenor ou soprano

Comacho, o prometido rico de Quitéria, barítono

 

Coro:

Amigos de Basílio

Amigos de Comacho

 

A ação se passa em uma aldeia.

 

Ato único

 

Enquanto percorrem a estrada, Don Quixote discorre sobre os valores de um grande cavaleiro andante, que vai pelo mundo com suas armas e cavalo, em busca de aventuras, desfazendo agravos, reparando injustiças, enfrentando gigantes e superando perigos, em nome de sua amada Dulcineia. Sancho Panza lamenta os desvarios de seu amo, recordando as aventuras em que quase sempre saem com arranhões ou com os ossos moídos de pancadas.

 

Um grupo de pastores se aproxima alegremente e Quixote já vislumbra uma nova aventura. Dois jovens, Pedrillo e Grisóstomo, se apresentam e contam aos viajantes o casamento entre o rico Comacho e a bela Quitéria. Don Quixote retruca dizendo que nenhuma mulher pode ser mais bela do que sua Dulcineia e se dispõe a enfrentar aquele que discordar. Os pastores, então, perguntam quem são os dois viajantes e ouvem: o fidalgo cavaleiro Don Quixote de la Mancha, com seu cavalo Rocinante, e seu fiel escudeiro Sancho Panza, montado em seu burrico Gris. Grisóstomo, então, se lembra de que, enquanto todos estão em festa e alegres, há alguém que sofre com o casamento. Diz tratar-se de Basílio, um pastor pobre, mas prodigioso na dança e na luta, que ama Quitéria desde criança. Esta, por sua vez, casará com Comacho por sua riqueza.

 

Nesse momento, um grupo se aproxima trazendo os noivos e cantando uma alegre canção. A festa vai começar. Sancho inspeciona o banquete que será servido. Começa a celebração e a noiva chora. Grisóstomo lembra aos convidados que todas as noivas choram antes do casamento. Sancho diz que não se lembra de ter visto sua mulher chorar em seu casamento.

 

A chegada de Basílio interrompe a festa. Este, amparado por amigos e com um punhal cravado no peito, diz que está morrendo e que a morte o libertará para sempre da crueldade de Quitéria. Após dirigir palavras duras à noiva, faz um último pedido a ela: que se case com ele para, após declarar seu amor, poder morrer em paz. Comacho reage não aceitando a proposta, mas, pressionado por todos, acaba por ser convencido. Quitéria, emocionada, cumpre o último desejo de Basílio e se casa com ele. Entretanto, subitamente Basílio recobra a postura de um jovem são e diz que sua morte não passou de um fingimento. Furioso, Comacho conclama os amigos a empunhar as espadas e pede vingança. É o momento em que Don Quixote, ignorando o conselho de seu servo para não se intrometer, diz que os céus uniram Basílio e Quitéria e que assim deveriam permanecer.

 

Comacho, após certa resistência, acaba por ceder ao apelo de Don Quixote e se retira com seus amigos. Sancho Panza pode assim desfrutar do farto banquete e todos se unem em coro para celebrar o casamento de Quitéria e Basílio.

 

Programação de Abril

 

Programa 35 – Dia 04 de abril – Especial Gerard Abiton

 

Recital do violonista francês Gerard Abiton no festival “Violão: 30 anos na UFRJ”, gravado ao vivo no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ no dia 5 de outubro de 2010.

 

  1. D. SCARLATTI – Duas Sonatas (transcrição de Abiton)
  2. J. S. BACH – Suite BWV 998 (Prelúdio, Fuga e Allegro).
  3. ALBENIZ – “Espagne – Souvenir no. 2”
  4. S. ASSAD – “Aquarela” (Divertimento, Valseana e Prelúdio e tocatina).
  5. D. SCARLATTI – Duas Sonatas (transcrição de Abiton).

 

Programa 36 – Dia 11 de abril – Grandes mestres da Escola de Música VI: Murillo Santos.


Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O sexto programa terá como convidado especial o pianista e compositor Murillo Santos que falará de sua carreira e obras por ocasião de seus 80 anos.

 

  1. Canção de Amor, sobre texto de Alma Cunha de Miranda, com a soprano Ruth Staerk e Laís Figueiró ao piano.
  2. Duas Peças Populares para violino, violoncelo e piano em dois movimentos, Tempo de Valsa e Vivo, na interpretação do Trio Brasileiro, formado por Erich Leningher no violino, Watson Clis no violoncelo e Gilberto Tinetti ao piano.
  3. Música para Metais com o Quinteto Brasileiro de Metais.
  4. Valsa Elegante com o pianista Roberto Szidon..
  5. Suíte Infantil para piano a quatro mãos com as pianistas Patrícia Bretas e Josiane Kevorkian.
  6. Aleluia para coro a capela com o Coral Canto em Canto e a regência de Elza Lackschevitz.
  7. Missa Brevis para soprano, coro e orquestra com a soprano Carol McDavit, coro e Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 37 – Dia 18 de abril – Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ em Karlsruhe.


Concerto gravado ao vivo em 17 de dezembro de 2010 no Castelo de Gottesaue em Karlsruhe (Alemanha) contando com a participação de alunos da Universidade de Karlsruhe e da Uni-Rio e dedicado integralmente ao repertório de câmara de compositores brasileiros.

 

  1. H. VILLA-LOBOS – Choros no. 4 para três trompas e trombone com Daniel Lopez, Nicolai Oswald e Alessandro Jeremias nas trompas e por Everson Neves de Moraes no trombone.
  2. R. GNATTALI – Sonatina a 6 com Elya Levin na flauta, Davide Guarnieri no oboé, Daniel Lopez na trompa, Tim Ladewig no fagote e Lidja Pavlovic no piano e a participação de nosso aluno Diogo Lozza na clarineta.
  3. E. KRIEGER – Serenata a 5 com o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ formado por Milher Moraes na flauta, Juliana Bravin no oboé, Diogo Lozza na clarineta, Carlos Bertão no fagote e Alessandro Jeremias na trompa..
  4. L. GALLET – Sexteto para sopros e piano com o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ e a pianista Tatjana Prushinskaya, aluna da Universidade de Karlsruhe.
  5. M. TAVARES – Divertimento para 11 instrumentos de sopro com o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ e a pianista Tatjana Prushinskaya, aluna da Universidade de Karlsruhe. 

 

Programa 38 – Dia 25 de abril – Ópera “Don Quixote nas bodas de Camacho” de George Phillip Telemann

 

Um dos personagens mais queridos e famosos de toda a literatura mundial e genial criação do escritor espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616) o tragicômico “cavaleiro da triste figura” sempre seduziu os compositores e ao longo dos séculos suas aventuras foram traduzidas em música e transpostas para o palco na forma de suítes, poemas-sinfônicos, canções, óperas e ballets. Composta por Telemann em 1671 “Don Quixote nas Bodas de Camacho” será apresentada com Raimund Nolte (barítono) como Don Quixote, Michael Schopper (baixo) como Sancho Pansa, Silke Stapf (soprano) como Pedrillo, Mechtild Bach (soprano) como Grisóstomo, Heike Hallaschka (soprano) como Quiteria, Annette Kohler (mezzo) como Camacho e Karl-Heinz Brandt (tenor) como Basilio. O coro é da Academia de Música Antiga de Bremen e a orquestra é o conjunto La Stagione sob a direção de Michael Schneider.

Quinteto de sopros da UFRJ na Alemanha

Foto: Divulgação
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Formação atual do Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ

A edição desta semana de Concertos UFRJ, programa radiofônico produzido pela Escola de Música (M) em parceria com a Roquette Pinto (FM 94,1 FM), levou ao ar a gravação ao vivo da apresentação do Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ em Karlsruhe, Alemanha, em dezembro do ano passado.

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

A edição desta semana de Concertos UFRJ, programa radiofônico produzido pela Escola de Música (M) em parceria com a Roquette Pinto (FM 94,1 FM), levou ao ar a gravação ao vivo da apresentação do Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ em Karlsruhe, Alemanha, em dezembro do ano passado. Dedicado integralmente ao repertório brasileiro, o concerto contou também com a participação de alunos da universidade daquela cidade e da Uni-Rio.

 

Um dos mais recentes conjuntos da EM, o Quinteto Experimental de Sopros é integrado por alunos de graduação e foi criado em 2009 por iniciativa do professor de fagote Aloysio Fagerlande com o objetivo de possibilitar aos alunos da nova disciplina Pratica de Conjunto o desenvolvimento em uma das formações mais importantes da música de concerto. Através de apresentações em diferentes espaços o grupo pesquisa e difunde para o grande público o repertório para quinteto de sopros. A formação atual conta com Miller Moraes (flauta), Juliana Bravin (oboé), Diogo Lozza (clarineta), Alessandro Jeremias (trompa) e Carlos Bertão (fagote), mas como lembra Fagerlande, com Leandro Finotti (oboé), Tiago Teixeira (clarineta) e Samuel Rosa (fagote) já se preparando para integrá-la.

 

A viagem foi possibilitada por convênio firmado entre a Escola de Música e a Universidade Karlsruhe, que viabiliza também todo ano a realização do Festival Internacional de Música Brasil-Alemanha, através do apoio do DAAD, o organismo de intercâmbio acadêmico do governo alemão. O convite partiu do professor e pianista Michael Uhde, reitor daquela instituição, e faz parte de um projeto que prevê a pesquisa e a execução do repertório de camerístico brasileiro para diferentes formações através de concertos no Castelo de Gottesaue, sede da Escola Superior de Música da Universidade de Karlsruhe.

 

A série Concertos UFRJ é veiculada toda segunda-feira, às 22h, pela emissora, na sintonia 94,1 FM, e conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ). As edições  do programa  podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico:concertosufrj@musica.ufrj.br.

Programação de Abril

 

Programa 35 – Dia 04 de abril – Especial Gerard Abiton

 

Recital do violonista francês Gerard Abiton no festival “Violão: 30 anos na UFRJ”, gravado ao vivo no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ no dia 5 de outubro de 2010.

 

  1. D. SCARLATTI – Duas Sonatas (transcrição de Abiton)
  2. J. S. BACH – Suite BWV 998 (Prelúdio, Fuga e Allegro).
  3. ALBENIZ – “Espagne – Souvenir no. 2”
  4. S. ASSAD – “Aquarela” (Divertimento, Valseana e Prelúdio e tocatina).
  5. D. SCARLATTI – Duas Sonatas (transcrição de Abiton).

 

Programa 36 – Dia 11 de abril – Grandes mestres da Escola de Música VI: Murillo Santos.


Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O sexto programa terá como convidado especial o pianista e compositor Murillo Santos que falará de sua carreira e obras por ocasião de seus 80 anos.

 

  1. Canção de Amor, sobre texto de Alma Cunha de Miranda, com a soprano Ruth Staerk e Laís Figueiró ao piano.
  2. Duas Peças Populares para violino, violoncelo e piano em dois movimentos, Tempo de Valsa e Vivo, na interpretação do Trio Brasileiro, formado por Erich Leningher no violino, Watson Clis no violoncelo e Gilberto Tinetti ao piano.
  3. Música para Metais com o Quinteto Brasileiro de Metais.
  4. Valsa Elegante com o pianista Roberto Szidon..
  5. Suíte Infantil para piano a quatro mãos com as pianistas Patrícia Bretas e Josiane Kevorkian.
  6. Aleluia para coro a capela com o Coral Canto em Canto e a regência de Elza Lackschevitz.
  7. Missa Brevis para soprano, coro e orquestra com a soprano Carol McDavit, coro e Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 37 – Dia 18 de abril – Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ em Karlsruhe.


Concerto gravado ao vivo em 17 de dezembro de 2010 no Castelo de Gottesaue em Karlsruhe (Alemanha) contando com a participação de alunos da Universidade de Karlsruhe e da Uni-Rio e dedicado integralmente ao repertório de câmara de compositores brasileiros.

 

  1. H. VILLA-LOBOS – Choros no. 4 para três trompas e trombone com Daniel Lopez, Nicolai Oswald e Alessandro Jeremias nas trompas e por Everson Neves de Moraes no trombone.
  2. R. GNATTALI – Sonatina a 6 com Elya Levin na flauta, Davide Guarnieri no oboé, Daniel Lopez na trompa, Tim Ladewig no fagote e Lidja Pavlovic no piano e a participação de nosso aluno Diogo Lozza na clarineta.
  3. E. KRIEGER – Serenata a 5 com o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ formado por Milher Moraes na flauta, Juliana Bravin no oboé, Diogo Lozza na clarineta, Carlos Bertão no fagote e Alessandro Jeremias na trompa..
  4. L. GALLET – Sexteto para sopros e piano com o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ e a pianista Tatjana Prushinskaya, aluna da Universidade de Karlsruhe.
  5. M. TAVARES – Divertimento para 11 instrumentos de sopro com o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ e a pianista Tatjana Prushinskaya, aluna da Universidade de Karlsruhe.

 

Programa 38 – Dia 25 de abril – Ópera “Don Quixote nas bodas de Camacho” de George Phillip Telemann

 

Um dos personagens mais queridos e famosos de toda a literatura mundial e genial criação do escritor espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616) o tragicômico “cavaleiro da triste figura” sempre seduziu os compositores e ao longo dos séculos suas aventuras foram traduzidas em música e transpostas para o palco na forma de suítes, poemas-sinfônicos, canções, óperas e ballets. Composta por Telemann em 1671 “Don Quixote nas Bodas de Camacho” será apresentada com Raimund Nolte (barítono) como Don Quixote, Michael Schopper (baixo) como Sancho Pansa, Silke Stapf (soprano) como Pedrillo, Mechtild Bach (soprano) como Grisóstomo, Heike Hallaschka (soprano) como Quiteria, Annette Kohler (mezzo) como Camacho e Karl-Heinz Brandt (tenor) como Basilio. O coro é da Academia de Música Antiga de Bremen e a orquestra é o conjunto La Stagione sob a direção de Michael Schneider.

 

Murillo Santos em “Concertos UFRJ”

Murillo Santos, que acaba de completar 80 anos, é o homenageado da edição de Concertos UFRJ que foi ao ar no dia 11 de abril. Um dos grandes mestres da Escola de Música da UFRJ (EM), ele fala da sua vida, do ambiente cultural em que se formou, enquanto gravações importantes mostram um pouco de sua obra como pianista e compositor. Resultado de um convênio da UFRJ com a rádio Roquette Pinto, a série Concertos UFRJ é veiculada toda segunda-feira, às 22h, pela emissora, na sintonia 94,1 FM, e conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ).

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

Murillo Santos, que acaba de completar 80 anos, é o homenageado da edição de Concertos UFRJ que foi ao ar no dia 11 de abril. Um dos grandes mestres da Escola de Música da UFRJ (EM), ele fala da sua vida, do ambiente cultural em que se formou, enquanto gravações importantes mostram um pouco de sua obra como pianista e compositor. Resultado de um convênio da UFRJ com a rádio Roquette Pinto, a série Concertos UFRJ é veiculada toda segunda-feira, às 22h, pela emissora, na sintonia 94,1 FM, e conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ).

 

Murillo Tertuliano dos Santos nasceu no Rio de Janeiro em 30 de março de 1931 e teve formação musical inicial com Liddy Mignone, esposa do compositor Francisco Mignone. Posteriormente se tornou aluno de piano de Arnaldo Estrella na EM, onde estudou também com José Siqueira, Eleazar de Carvalho e Henrique Morelenbaum – grandes músicos e professores de sua geração. No início se notabilizou como exímio acompanhador e sempre foi muito requisitado por diversos artistas para recitais e gravações. Foi também músico da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro onde tocou em óperas, ballets e concertos sinfônicos.

 

A carreira como compositor começou mais tarde. Apenas em 1962, apresentou a primeira obra, a Canção de Amor, para canto e piano, sobre texto de Alma Cunha de Miranda. Apesar de um início relativamente tardio, foi premiado em diversos concursos. Recebeu o primeiro prêmio do Concurso Nacional de Composição da Cidade de Niterói em 1973 com as Quatro Peças Breves para violino, violoncelo e piano e no ano seguinte ficou em segundo lugar no Concurso do Instituto Goethe de Colonia com a obra intitulada In Memoriam para orquestra de câmara, que foi posteriormente apresentada em Paris na Tribuna Internacional de Compositores da UNESCO. Outro prêmio foi no Concurso Nacional Rio Arte de 1996 patrocinado pela Prefeitura do Rio de Janeiro no qual conquistou o segundo lugar com a Brasiliana para clarineta e orquestra de cordas.

 

Além dos concursos de composição nos quais foi premiado, Santos recebeu também encomendas como, por exemplo as suas Duas Peças Populares para violino, violoncelo e piano que escreveu para o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e a qual deu o subtítulo de Nazarethiana. Muitas de suas peças foram compostas também a partir de pedidos de intérpretes ou grupos musicais.

 

O fato de ser pianista fez com que dedicasse boa parte de sua produção ao instrumento. Essas obras adotam linguagens variadas: ao lado de Movimentos para piano solo de 1969, que é atonal, temos, por exemplo, a Valsa Elegante, escrita em 1980, que lembra música de salão e o Batuque vinculado à estética nacionalista.

 

Murillo Mendes se aposentou como professor da EM em 2001.

 

As edições de Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

Programação de Abril

 

Programa 35 – Dia 04 de abril – Especial Gerard Abiton

 

Recital do violonista francês Gerard Abiton no festival “Violão: 30 anos na UFRJ”, gravado ao vivo no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ no dia 5 de outubro de 2010.

 

  1. D. SCARLATTI – Duas Sonatas (transcrição de Abiton)
  2. J. S. BACH – Suite BWV 998 (Prelúdio, Fuga e Allegro).
  3. ALBENIZ – “Espagne – Souvenir no. 2”
  4. S. ASSAD – “Aquarela” (Divertimento, Valseana e Prelúdio e tocatina).
  5. D. SCARLATTI – Duas Sonatas (transcrição de Abiton).

 

Programa 36 – Dia 11 de abril – Grandes mestres da Escola de Música VI: Murillo Santos.


Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O sexto programa terá como convidado especial o pianista e compositor Murillo Santos que falará de sua carreira e obras por ocasião de seus 80 anos.

 

  1. Canção de Amor, sobre texto de Alma Cunha de Miranda, com a soprano Ruth Staerk e Laís Figueiró ao piano.
  2. Duas Peças Populares para violino, violoncelo e piano em dois movimentos, Tempo de Valsa e Vivo, na interpretação do Trio Brasileiro, formado por Erich Leningher no violino, Watson Clis no violoncelo e Gilberto Tinetti ao piano.
  3. Música para Metais com o Quinteto Brasileiro de Metais.
  4. Valsa Elegante com o pianista Roberto Szidon..
  5. Suíte Infantil para piano a quatro mãos com as pianistas Patrícia Bretas e Josiane Kevorkian.
  6. Aleluia para coro a capela com o Coral Canto em Canto e a regência de Elza Lackschevitz.
  7. Missa Brevis para soprano, coro e orquestra com a soprano Carol McDavit, coro e Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 37 – Dia 18 de abril – Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ em Karlsruhe.


Concerto gravado ao vivo em 17 de dezembro de 2010 no Castelo de Gottesaue em Karlsruhe (Alemanha) contando com a participação de alunos da Universidade de Karlsruhe e da Uni-Rio e dedicado integralmente ao repertório de câmara de compositores brasileiros.

 

  1. H. VILLA-LOBOS – Choros no. 4 para três trompas e trombone com Daniel Lopez, Nicolai Oswald e Alessandro Jeremias nas trompas e por Everson Neves de Moraes no trombone.
  2. R. GNATTALI – Sonatina a 6 com Elya Levin na flauta, Davide Guarnieri no oboé, Daniel Lopez na trompa, Tim Ladewig no fagote e Lidja Pavlovic no piano e a participação de nosso aluno Diogo Lozza na clarineta.
  3. E. KRIEGER – Serenata a 5 com o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ formado por Milher Moraes na flauta, Juliana Bravin no oboé, Diogo Lozza na clarineta, Carlos Bertão no fagote e Alessandro Jeremias na trompa..
  4. L. GALLET – Sexteto para sopros e piano com o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ e a pianista Tatjana Prushinskaya, aluna da Universidade de Karlsruhe.
  5. M. TAVARES – Divertimento para 11 instrumentos de sopro com o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ e a pianista Tatjana Prushinskaya, aluna da Universidade de Karlsruhe.

 

Programa 38 – Dia 25 de abril – Ópera “Don Quixote nas bodas de Camacho” de George Phillip Telemann

 

Um dos personagens mais queridos e famosos de toda a literatura mundial e genial criação do escritor espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616) o tragicômico “cavaleiro da triste figura” sempre seduziu os compositores e ao longo dos séculos suas aventuras foram traduzidas em música e transpostas para o palco na forma de suítes, poemas-sinfônicos, canções, óperas e ballets. Composta por Telemann em 1671 “Don Quixote nas Bodas de Camacho” será apresentada com Raimund Nolte (barítono) como Don Quixote, Michael Schopper (baixo) como Sancho Pansa, Silke Stapf (soprano) como Pedrillo, Mechtild Bach (soprano) como Grisóstomo, Heike Hallaschka (soprano) como Quiteria, Annette Kohler (mezzo) como Camacho e Karl-Heinz Brandt (tenor) como Basilio. O coro é da Academia de Música Antiga de Bremen e a orquestra é o conjunto La Stagione sob a direção de Michael Schneider.

Especial Gérard Abiton em “Concertos UFRJ”

Foto: Arquivo EM
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Gérard Abiton no festival Violão na UFRJ: 30 anos

Um especial com o violonista francês Gérard Abiton é o convite da edição de Concertos UFRJ que foi ao ar em quatro de abril. No programa, a gravação ao vivo de sua apresentação no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ (EM) em outubro do ano passado, durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

Um especial com o violonista francês Gérard Abiton é o convite da edição de Concertos UFRJ que foi ao ar em quatro de abril. No programa, a gravação ao vivo de sua apresentação no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ (EM) em outubro do ano passado, durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos que comemorou três décadas de atividades do bacharelado do instrumento na universidade – um dos primeiros do país.  Resultado de um convênio da UFRJ com a emissora, a série Concertos UFRJ é veiculada toda segunda-feira, às 22h, pela rádio Roquette Pinto, na sintonia 94,1 FM, e conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ).

 

Gérard Abiton iniciou os estudos com o violonista Christian Jean, e prosseguiu mais tarde como aluno de Alexandre Lagoya no Conservatório de Paris. Realizou também estudos especiais em cursos de verão com Andrés Segovia, John Williams e Abel Carlevaro. Abiton foi um dos vencedores do Concurso Internacional de Genebra em 1981 e começou sua carreira de concertista aos vinte anos de idade. Itália, Suiça, México, Cuba, Alemanha, Sérvia, Polônia, Noruega, Espanha, Holanda, Estados Unidos e França são alguns dos países onde se apresentou em recitais ou como solista à frente de orquestras como a Orquestra Sinfônica de Rhin, Orquestra Sinfônica Nacional do México, Sinfônica de Manchester e a Orquestra Sinfônica Nacional de Cuba.

 

Abiton tem diversas gravações, tais como a obra completa de Manuel Ponce, além de obras de Bach, Frank Martin, Turina, Torroba e Joaquim Rodrigo. Performances que receberam diversos prêmios e elogios da crítica especializada. No seu quarto CD, apresentará suas próprias transcrições de sonatas de Domenico Scarlatti.

 

Em entrevistas concedidas a revistas especializadas Abiton, o músico confessa sua predileção pelos autores espanhóis do final do século XIX e início do século XX. Ao mesmo tempo em que executa obras tradicionais para seu instrumento, sejam originais ou transcrições, Gérard Abiton dedica cada vez mais espaço ao repertório contemporâneo; prática muito comum, aliás, entre os grandes violonistas.

 

O registro fotográfico dos concertos e recitais do festival Violão na UFRJ: 30 anos pode ser visto na (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

Programação de Abril

 

Programa 35 – Dia 04 de abril – Especial Gerard Abiton

 

Recital do violonista francês Gerard Abiton no festival “Violão: 30 anos na UFRJ”, gravado ao vivo no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ no dia 5 de outubro de 2010.

 

  1. D. SCARLATTI – Duas Sonatas (transcrição de Abiton)
  2. J. S. BACH – Suite BWV 998 (Prelúdio, Fuga e Allegro).
  3. ALBENIZ – “Espagne – Souvenir no. 2”
  4. S. ASSAD – “Aquarela” (Divertimento, Valseana e Prelúdio e tocatina).
  5. D. SCARLATTI – Duas Sonatas (transcrição de Abiton).

 

Programa 36 – Dia 11 de abril – Grandes mestres da Escola de Música VI: Murillo Santos.


Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O sexto programa terá como convidado especial o pianista e compositor Murillo Santos que falará de sua carreira e obras por ocasião de seus 80 anos.

 

  1. Canção de Amor, sobre texto de Alma Cunha de Miranda, com a soprano Ruth Staerk e Laís Figueiró ao piano.
  2. Duas Peças Populares para violino, violoncelo e piano em dois movimentos, Tempo de Valsa e Vivo, na interpretação do Trio Brasileiro, formado por Erich Leningher no violino, Watson Clis no violoncelo e Gilberto Tinetti ao piano.
  3. Música para Metais com o Quinteto Brasileiro de Metais.
  4. Valsa Elegante com o pianista Roberto Szidon..
  5. Suíte Infantil para piano a quatro mãos com as pianistas Patrícia Bretas e Josiane Kevorkian.
  6. Aleluia para coro a capela com o Coral Canto em Canto e a regência de Elza Lackschevitz.
  7. Missa Brevis para soprano, coro e orquestra com a soprano Carol McDavit, coro e Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 37 – Dia 18 de abril – Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ em Karlsruhe.


Concerto gravado ao vivo em 17 de dezembro de 2010 no Castelo de Gottesaue em Karlsruhe (Alemanha) contando com a participação de alunos da Universidade de Karlsruhe e da Uni-Rio e dedicado integralmente ao repertório de câmara de compositores brasileiros.

 

  1. H. VILLA-LOBOS – Choros no. 4 para três trompas e trombone com Daniel Lopez, Nicolai Oswald e Alessandro Jeremias nas trompas e por Everson Neves de Moraes no trombone.
  2. R. GNATTALI – Sonatina a 6 com Elya Levin na flauta, Davide Guarnieri no oboé, Daniel Lopez na trompa, Tim Ladewig no fagote e Lidja Pavlovic no piano e a participação de nosso aluno Diogo Lozza na clarineta.
  3. E. KRIEGER – Serenata a 5 com o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ formado por Milher Moraes na flauta, Juliana Bravin no oboé, Diogo Lozza na clarineta, Carlos Bertão no fagote e Alessandro Jeremias na trompa..
  4. L. GALLET – Sexteto para sopros e piano com o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ e a pianista Tatjana Prushinskaya, aluna da Universidade de Karlsruhe.
  5. M. TAVARES – Divertimento para 11 instrumentos de sopro com o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ e a pianista Tatjana Prushinskaya, aluna da Universidade de Karlsruhe.

 

Programa 38 – Dia 25 de abril – Ópera “Don Quixote nas bodas de Camacho” de George Phillip Telemann

 

Um dos personagens mais queridos e famosos de toda a literatura mundial e genial criação do escritor espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616) o tragicômico “cavaleiro da triste figura” sempre seduziu os compositores e ao longo dos séculos suas aventuras foram traduzidas em música e transpostas para o palco na forma de suítes, poemas-sinfônicos, canções, óperas e ballets. Composta por Telemann em 1671 “Don Quixote nas Bodas de Camacho” será apresentada com Raimund Nolte (barítono) como Don Quixote, Michael Schopper (baixo) como Sancho Pansa, Silke Stapf (soprano) como Pedrillo, Mechtild Bach (soprano) como Grisóstomo, Heike Hallaschka (soprano) como Quiteria, Annette Kohler (mezzo) como Camacho e Karl-Heinz Brandt (tenor) como Basilio. O coro é da Academia de Música Antiga de Bremen e a orquestra é o conjunto La Stagione sob a direção de Michael Schneider.