Retrospectiva 2010

retrospectiva2010

Na última edição de 2010, o programa Concertos UFRJ (Roquette Pinto, 94,1 FM) mostrou uma retrospectiva da temporada artística da Escola de Música (EM), com gravações exclusivas feitas ao vivo com os alunos e grandes solistas que se apresentaram ao longo do ano no Salão Leopoldo Miguez. 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

Na última edição de 2010, o programa Concertos UFRJ (Roquette Pinto, 94,1 FM) mostrou uma retrospectiva da temporada artística da Escola de Música (EM), com gravações exclusivas feitas ao vivo com os alunos, muitos dos quais já com significativa bagagem e premiações, e com grandes solistas que se apresentaram ao longo do ano no Salão Leopoldo Miguez. Um convite para viver (ou rever) um pouco da emoção que esses espetáculos proporcionaram.

 

Foram mais de 250 deles, entre concertos, recitais, concursos e apresentações diversas. Um dos destaques do ano foi o Primeiro Concurso Nacional de Canto Lírico – promovido com objetivo de incentivar e revelar novos talentos. As finais foram realizadas entre 21 e 23 maio e atraiu mais de 80 candidatos. Concertos UFRJ recordaram um pouco aquelas maravilhosas jornadas veiculando gravação ao vivo do soprano Maira Lautert, aluna da EM e terceira colocada, encarnando na final do concurso a Leonora de Il Trovatore, de Verdi, na famosa ária “Tacea la notte placida”, do primeiro ato da ópera.

 

Outro acontecimento importante, o festival Violão: 30 anos na UFRJ, reuniu grandes nomes nacionais e internacionais do instrumento no mês de outubro. A retrospectiva relembrou os concertos dos convidados especiais Fábio Zanon, Brasil, Gerard Abiton, França, Carlos Perez, México, Gilson Antunes, Brasil, e Pablo Marquez, Argentina, que executaram, respectivamente, obras de Marco Pereira, Sérgio Assad, Antonio Lauro, Elodie Bouny e Gustavo Leguizamón. O festival comemorou três décadas de implantação do curso de violão na UFRJ – criado em 1980, e um dos primeiros em nível universitário no Brasil.

 

Em outubro ainda, a Escola promoveu a vigésima-quinta edição do Panorama da Música Brasileira Atual, mostra bianual da produção contemporânea criada em 1978 e promovida pela Escola há mais de trinta anos. Para 2010 foi organizado um concurso de composição para o Quinteto Experimental de Sopros da UFRJ, que teve como um dos vencedores Rafael Bezerra, aluno da EM, cuja “Fantasia” ganhou uma primeira audição no Panorama.

 

Por fim, foram apresentadas as performances premiadas de Laís Frey, primeira colocada no 16º Concurso Nacional de Piano Arnaldo Estrella, de Juiz de Fora, e Antônio Guimarães Neto, vencedor do XXIX Concurso Latino Americano Rosa Mística, em Curitiba.

 

Conduzido por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música, o programa radiofônico Concertos UFRJ é resultado de uma parceria da UFRJ com a Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM. As edições podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da emissora. Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Janeiro

 

 

Programa 23 – Dia 3 de janeiro – Cenas de ballet

 

Em seu primeiro programa de 2011 Concertos UFRJ abordará a música para ballet apresentando uma seleção de trechos de alguns dos grandes clássicos da dança.

 

  1. Adolphe ADAM (1803-1856) – Grande Pas de Deux de Gisele e Albrecht e final do segundo ato do ballet “Gisele” com solo de viola de Alec Taylor, a Orquestra Sinfônica de Londres e a regência de Michael Tilson Thomas.
  2. CHOPIN / GLAZUNOV – Integral do ballet “Les Sylphides” na versão de Roy Douglas com a Orquestra Filarmônica de Roterdam e a regência de David Zinman.
  3. Leo DELIBES (1831-1891) – Abertura e Valsa do primeiro ato e Pas de Deux e final do terceiro ato do ballet “Coppelia” com solo de viola de John Brearley, a Orquestra do Royal Opera House de Londres e a regência de Mark Elmer.

 

Programa 24 – Dia 10 de janeiro – Grandes mestres da Escola de Música III: César Guerra-Peixe.

 

Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O terceiro programa será dedicado a César Guerra-Peixe (1914-1993)  compositor petropolitano que juntou música de concerto e música popular numa obra de personalidade que o alçou à posição de um dos grandes nomes do nacionalismo musical brasileiro.

 

  1. Suíte para orquestra de cordas (1949) com a Orquestra Sinfônica Nacional e a regência de Guido Mansuino. Movimentos: Maracatú, Pregão, Modinha e Frevo.
  2. Ponteado (1955) com a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina e a regência de Norton Morozowicz.
  3. Cânticos Serranos no. 4 (1976) sobre textos do poeta Raul de Leoni (“Prudência” e “Vivendo”) na interpretação do barítono Inácio de Nonno e da pianista Laís Figueiró.
  4. Série Xavante para coro a capella (1972) com o Madrigal Renascentista e a direção de Afrânio Lacerda.
  5. Concertino para violino e orquestra de câmara (1972) com o violinista Ricardo Amado, a Orquestra Experimental da Universidade Federal de Ouro Preto e a regência de Silvio Viegas.
  6. Roda de Amigos (1979) com Curt Schroeter (flauta), Martin Schuring (oboé), José Botelho (clarineta) e Aloysio Fagerlande (fagote), a Orquestra do 16o. Festival de Música de Londrina e a regência de Norton Morozowicz.

 

Programa 25 – Dia 17 de janeiro – A quatro mãos

 

Programa dedicado ao repertório para piano a quatro mãos, formação camerística que ganhou impulso na segunda metade do século XVIII e que se firmou durante o século XIX a partir do desenvolvimento técnico e aumento na extensão do instrumento.

 

  1. Franz SCHUBERT (1797-1828) – Fantasia em Fá menor D. 940 com o Duo Kontarsky, formado pelos irmãos Alfons e Aloys Kontarsky.
  2. Gabriel FAURÉE (1845-1924) – Suite Dolly op. 56, em seis pequenos movimentos, com o Duo formado por Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini.
  3. Maurice RAVEL (1876-1946) – Suite “Ma Mère l’oye” (Mamãe Ganso)  em cinco movimentos (“Pavana da Bela Adormecida”; “O pequeno Polegar”; “A Imperatriz dos pagodes”; “Conversas entre a Bela e a Fera” e “Jardim Feérico”) com o Duo Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini.
  4. Ronaldo MIRANDA (1948) – “Tango” com o Duo Bretas/Kevorkian formado pelas pianistas Patrícia Bretas e Josiane Kevorkian.

 

Programa 26 – Dia 24 de janeiro – Música de Câmara

 

A música de câmara é um dos gêneros mais importantes na música de concerto e requer do músico que a pratica, além do amplo domínio de seu instrumento, uma interação completa com os demais integrantes do conjunto, seja um duo até as formações camerísticas mais numerosas. Apresentaremos em Concertos UFRJ todo mês obras de câmara para as mais variadas formações, desde as tradicionais como os duos e trios com piano, quarteto de cordas, quinteto de sopros, entre outros, até as formações menos usuais com as mais variadas combinações instrumentais.

 

  1. Joseph HAYDN (1732-1809) – Trio em sol maior “Cigano” para violino, violoncelo e piano H. XV no 25 com o Trio Beaux Arts.
  2. Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) – Sexteto Místico com Antônio Carlos Carrasqueira na flauta, Luis Carlos Justi no oboé, Dilson Florêncio no saxofone, Cristina Braga na harpa, Maria Teresa Madeira na celesta e Turíbio Santos no violão.
  3. José VIEIRA BRANDÃO (1911-2002) – Duo para oboé e violoncelo com James Ryon (oboé) e Regina Mushabac (violoncelo).
  4. Francis POULENC (1899-1963) – Sexteto para piano, flauta, oboé, clarineta, fagote e trompa com Pascal Roge (piano), Patrick Galois (flauta), Maurice Bourgue (oboé), Michael Portal (clarineta), Amaury Wallez (fagote) e André Cazalet (trompa).

 

Programa 27 – Dia 31 de janeiro – Ópera “Dido e Enéas”

 

A partir de janeiro apresentaremos na última segunda-feira de cada mês uma ópera. Serão apresentados óperas integrais ou eventualmente trechos selecionados com as árias e conjuntos mais importantes. Abriremos a série com a ópera barroca “Dido e Enéas” do compositor inglês Henry PURCELL (1659-1695). A versão será dos seguintes intérpretes: Ann Murray no papel de Dido, Anton Schartinger como Enéas, Rachel Yakar como Belinda, Trundeliese Schmidt como Feiticeira, Elisabeth von Magnus e Helrun Gardow como as Bruxas, Paul Esswood como Espírito, Josef Köstlinger como Marinheiro, o Coro Arnold Schoenberg dirigido por Erwin Ortner, o Concentus Musicus de Viena e a regência de Nikolaus Harnoncourt.

É Natal em “Concertos UFRJ”

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Para o Natal vários compositores em períodos diversos produziram peças de grande encanto e sentida emoção. Mostrar um pouco desse imenso repertório é a intenção da vigésima primeira edição de Concertos UFRJ veiculada no dia 20 de dezembro.

 

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Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

Para o Natal vários compositores em períodos diversos produziram peças de grande encanto e sentida emoção. Mostrar um pouco desse imenso repertório é a intenção da vigésima primeira edição de Concertos UFRJ veiculada no dia 20 de dezembro. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa radiofônico é resultado de uma parceria da UFRJ com a Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

 

Embora segundo a maioria dos estudiosos não corresponda à verdade histórica, a adoção do dia 25 de dezembro, que assinalava então um conjunto de festividades romanas, como o da celebração do nascimento de Jesus Cristo parece fazer parte do esforço da igreja emergente em cristianizar tradições pagãs. O certo é que, quando o Papa Julius I (337 -352) oficializou a data, ela já havia sido completamente ressignificada com símbolos da nova fé e, paralelamente ao processo de expansão e regulamentação da nova religião, ganhou enorme abrangência.

 

Umas das formas mais importantes do repertório natalino, as pastorais se originaram na Itália a partir da recriação artística de melodias encantadoras e de enorme apelo executadas por camponeses que, diante de presépios, encenavam a adoração ao menino Jesus. Esse tipo de composição foi particularmente profícua em obras e concertos barrocas, como o caso do concerto op. 3 no 12 (Pastorale per il Santissimo Natale), de Francesco Manfredini (1684-1762), importante compositor italiano do período e maestro di cappella, contemporâneo de Antonio Vivaldi, de quem aliás teria sofrido influência. Infelizmente apenas uma parte pequena de sua obra chegou aos nossos dias.

 

Outro gênero de música natalina muito difundida no barroco são os oratórios – gênero de composição cantada e de conteúdo narrativo, semelhante à ópera quanto à estrutura, pois envolve árias, coros, recitativos, etc., mas dela diferenciando-se por não estar destinado à encenação. Costumam retomar passagens bíblicas do nascimento de Cristo, como no famoso Oratório de Natal, de J. S. Bach (1685-1750). Esta obra escrita em 1734 é composta por seis cantadas, destinas a serem apresentadas em dias diferentes, de acordo com a liturgia luterana do período.

 

O texto-base é formado por trechos dos Evangelhos segundo São Lucas e São Mateus, complementado com versos de Christian Friedrich Henrici (Picander), e o carácter geral é de glorificação e exaltação do espírito pela chegada do Messias.

No período romântico o gênero foi menos explorado, embora tenham surgido algumas obras notáveis como o Vom Himmel hoch, da komm’ ich her de Mendelssohn (1809-1847), escrita a partir de tradicional canção de Natal alemã, atribuída a Lutero, e cuja melodia também foi usada por Bach em seu oratório de Natal.

 

Christmas Festival, composta por Leroy Anderson (1908-1975) sobre tradicionais canções de Natal, executa pela Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) encerra o programa.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Dezembro

 

 

Programa 19 – Dia 6 de dezembro – Família Bach

No mês de setembro apresentamos um programa exclusivamente dedicado a Johann Sebastian Bach, em razão dos 260 anos de sua morte, ocorrida em 1750. Como Bach é um compositor atemporal e que não necessita de efemérides para que possamos ouvi-lo, preparamos um outro programa. Só que desta vez não abordaremos com exclusividade Johann Sebastian mas também outros membros da família Bach, que se constituiu um verdadeiro clã de músicos de várias gerações.

 

  1. Johann BACH (1604-1673) – Moteto “Sei nun wieder zufrieden, meine Seele” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
  2. Heinrich BACH (1615-1692) – Cantata “Ich danke dir Gott” com o conjunto Musica Antiqua Köln e a direção de Reinhard Goebel.
  3. Johann Christoph BACH (1642-1703) – Moteto “Liebe, Herr Gott” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
  4. Johann Sebastian BACH (1685-1750) – Primeiro movimento do Concerto de Brandemburgo no. 1 com a Academia de Saint Martin-in-the-fields e a direção de Neville Marriner.
  5. Wilhelm Friedemann BACH (1710-1784) – Concerto para cravo em fá menor com o cravista Ottavio Dantone, o grupo Il Giardino Armonico e a direção de Giovanni Antonini.
  6. Carl Philipp Emanuel BACH (1714-1788) – Sinfonia no. 6 em Mi Maior Wq 182 com a Camerata de Berna e a direção de Thomas Füri..
  7. Johan Christian BACH (1735-1782) – Sinfonia em Si bemol op. 6 no. 4 com a The Hanoverd Band e a direção de Anthony Halstead .

 

Programa 20 – Dia 13 de dezembro – Grandes mestres da Escola de Música II: Lorenzo Fernandez.

Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O segundo programa será dedicado a Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948) um compositor carioca que, junto com Francisco Mignone, faz parte da primeira geração de compositores nacionalistas surgida após Villa-Lobos.

 

1. Trio Brasileiro op. 32 (primeiro movimento) com Fritz Jank ao piano, Gino Alfonsi no violino e Calixto Corazza no violoncelo.

2. Suite para Quinteto de sopros com o Quinteto de Sopros da Rádio MEC .

3. Segunda Suite Brasileira para piano com o pianista Miguel Proença.

4. “Velha modinha” com o violonista Fábio Zanon.

5. Sonata Breve com o pianista Miguel Proença.

6. Duas canções: “Toada para você” e “Meu coração” com a a soprano Lia Salgado e ao piano o maestro Alceu Bocchino.

7. Suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas sob a regência de Benito Juarez.

8. “Batuque”, terceiro movimento da suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Filarmônica de Nova York e a regência de Leonard Bernstein.

 

Programa 21 – Dia 20 de dezembro – Concerto de Natal

 

No calendário cristão uma das festas mais importantes é aquela que comemora o nascimento do Menino Jesus. E como onde há festa há música, a tradição ocidental nos deixou um repertório imenso de obras destinadas a celebrar o nascimento do Salvador. Os concertos de Natal tem suas origens em costume popular italiano de representar em música a adoração dos pastores ao Menino Jesus. No interior das igrejas o presépio fornecia o contexto para a execução de obras instrumentais que criavam o clima natalino. Concertos UFRJ apresenta então o seu Concerto de Natal.

 

  1. Francesco MANFREDINI – Concerto op 3 no. 12 (Pastorale per il Santissimo Natale) com o grupo I Musici.
  2. Johann Sebastian BACH – Oratório de Natal (primeira cantata) com os solistas Paul Esswood (contralto), Kurt Equiluz (tenor), Siegmund Nimsgern (baixo), o Coro dos Meninos Cantores de Viena, acompanhados pelo Concentus Musicus e a direção de Nikolaus Harnoncourt.
  3. Felix MENDELSSOHN – Cantata de Natal “Vom Himmel hoch” (Das alturas do céu) com Krisztina Laki (soprano), Berthold Possemeyer (barítono), o Coro de Câmara de Stuttgart, a Orquestra de Câmera de Württemberge e a direção de Frieder Bernius.
  4. Leroy ANDERSON – “Christmas Festival” com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.

 

Programa 22 – Dia 27 de dezembro – Retrospectiva 2010

 

O último programa do ano apresenta gravações exclusivas feitas com os alunos da Escola de Música da UFRJ e outras realizadas ao vivo em concertos da temporada de 2010. Será uma excelente oportunidade de ouvir a nova geração de músicos, muitos deles premiados em concurso, e ouvir novamente alguns dos grandes solistas que se apresentaram no Salão Leopoldo Miguez este ano.

 

  1. Giuseppe VERDI – Ária “Tacea la notte placida” da ópera Il Trovatore com a soprano Maira Lautert e a pianista Priscila Bomfim. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 23 de maio de 2010 durante a final do Concurso Nacional de Canto Lírico.
  2. Marco PEREIRA – “Bate Coxa” com o violonista Fábio Zanon. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 5 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  3. Sérgio ASSAD – “Aquarela” (Divertimento, Valseana, Prelúdio e Tocatina) com o violonista Gerard Abiton. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 6 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  4. Antonio LAURO – Três peças (Vals Venezolano, Romanza e Pasaje) com o violonista Carlos Perez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 7 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos..
  5. Elodie BOUNY – “Et si le temps passe” com o violonista Gilson Antunes. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 8 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  6. Gustavo LEGUIZAMÓN  – “Zamba del silbador” com o violonista Pablo Marquez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 9 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  7. Rafael BEZERRA – Fantasia para quinteto de sopros com o Quinteto Experimental de Sopros da Escola de Música da UFRJ composto por Milher Moraes (flauta), Juliana Bravin (oboé), Diogo Lozza (clarineta), Carlos Henrique Bertão (fagote) e Alessandro Jeremias (trompa).
  8. Franz LISZT – Estudo de Concerto “A dança dos Gnomos” com a pianista Laís Frey.
  9. Sergei RACHMANINOV – Etude Tableau em dó sustenido menor op. 33 no. 8 com o pianista Antônio Guimarães Neto.

Lorenzo Fernandez em “Concertos UFRJ”

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Lorenzo Fernandez (1897-1948)

Mostrar um pouco da obra de Lorenzo Fernandez (1897-1948) é o objetivo da vigésima edição de Concertos UFRJ que foi veiculada no dia 13 de dezembro. 

 

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Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

Mostrar um pouco da obra de Lorenzo Fernandez (1897-1948) é o objetivo da vigésima edição de Concertos UFRJ que foi veiculada no dia 13 de dezembro. Apresentado por André Cardoso, diretor da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ, o programa radiofônico é resultado de uma parceria da UFRJ com a Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

 

Oscar Lorenzo Fernandez, filho de pais espanhóis, nasceu no Rio de Janeiro em 1897 e com 20 anos, em 1917, ingressa no Instituto Nacional de Música, atual Escola de Música da UFRJ, onde estudou piano com João Otaviano e iniciou-se em teoria, harmonia, contraponto e fuga com os professores Francisco Braga, Henrique Oswald e Frederico Nascimento, considerado seu mentor artístico.

 

Em 1923, por ocasião de uma doença de Nascimento, assume como substituto a cadeira de Harmonia, Contraponto e Fuga e Composição, situação que se tornou definitiva após dois anos.

 

Vasco Mariz divide a produção de Fernandez em três períodos.  O primeiro, que vai de 1918 a 1922, há influência do impressionismo francês, o uso da bitonalidade e a ausência de temática brasileira. O segundo, de 1922 a 1938, considerado o ponto alto de sua obra, há uma forte presença nacionalista, com a utilização de temas folclóricos, que, sem cair no exotismo fácil, valorizam a presença das etnias branca, negra e índia na formação do Brasil, assim como a modernização do país. Por fim, de 1942 até a sua morte, Fernandez assume um tom mais universalista.

 

Há na produção de Fernandez, ainda segundo Mariz, certa tensão entre o uso racional de temas folclóricos locais e o apelo cosmopolita – o que a torna mais próxima da obra de Alberto Nepomuceno (1864-1920), o fundador do nacionalismo musical brasileiro, que seguiu linhas mais conservadoras na escritura musical, do que propriamente da de Villa-Lobos (1887-1959). Entretanto, isso não impediu que ela fosse apreciada por modernistas da geração heroica do movimento, como Mário Andrade, que assinalou que seu Trio Brasileiro (1924), peça para piano, violino e violoncelo, “revela um artista em plena posse e emprego de sua personalidade poderosa. Nele, Lorenzo Fernandez, inteiramente convertido nos tipos melódicos e rítmicos nacionais, criou uma obra de suma importância que não só marca a etapa definitiva de sua carreira como serve para marar uma data na evolução musical brasileira.”. Nenhuma obra sua, porém, alcançou tanto reconhecimento internacional como o Reisado do Pastoreio (1930), suíte orquestral em três partes que contém o famoso Batuque, que encantou Toscanini e Koussevitzky, e que vem sendo apresentado como peça sinfônica independente, tendo sido gravado por Leonard Bernstein à frente da Filarmônica de Nova York.

 

Compôs canções, suítes sinfônicas, balés, peças para piano, música de câmara, concertos e sinfonias e representou o país várias vezes no exterior, como regente de diversas orquestras e como conferencista. Fernandez também encabeçou importantes associações musicais como a Sociedade de Cultura Musical, a Academia Brasileira de Música e fundou com Villa Lobos, em 1948, o Conservatório Brasileiro de Música

 

O compositor faleceu em 27 de agosto de 1948, aos 50 anos, um dia após ter dirigido com a Orquestra  Sinfônica da Escola de Música o concerto comemorativo ao centenário da instituição.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Dezembro

 

 

Programa 19 – Dia 6 de dezembro – Família Bach

No mês de setembro apresentamos um programa exclusivamente dedicado a Johann Sebastian Bach, em razão dos 260 anos de sua morte, ocorrida em 1750. Como Bach é um compositor atemporal e que não necessita de efemérides para que possamos ouvi-lo, preparamos um outro programa. Só que desta vez não abordaremos com exclusividade Johann Sebastian mas também outros membros da família Bach, que se constituiu um verdadeiro clã de músicos de várias gerações.

 

  1. Johann BACH (1604-1673) – Moteto “Sei nun wieder zufrieden, meine Seele” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
  2. Heinrich BACH (1615-1692) – Cantata “Ich danke dir Gott” com o conjunto Musica Antiqua Köln e a direção de Reinhard Goebel.
  3. Johann Christoph BACH (1642-1703) – Moteto “Liebe, Herr Gott” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
  4. Johann Sebastian BACH (1685-1750) – Primeiro movimento do Concerto de Brandemburgo no. 1 com a Academia de Saint Martin-in-the-fields e a direção de Neville Marriner.
  5. Wilhelm Friedemann BACH (1710-1784) – Concerto para cravo em fá menor com o cravista Ottavio Dantone, o grupo Il Giardino Armonico e a direção de Giovanni Antonini.
  6. Carl Philipp Emanuel BACH (1714-1788) – Sinfonia no. 6 em Mi Maior Wq 182 com a Camerata de Berna e a direção de Thomas Füri..
  7. Johan Christian BACH (1735-1782) – Sinfonia em Si bemol op. 6 no. 4 com a The Hanoverd Band e a direção de Anthony Halstead .

 

Programa 20 – Dia 13 de dezembro – Grandes mestres da Escola de Música II: Lorenzo Fernandez.

Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O segundo programa será dedicado a Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948) um compositor carioca que, junto com Francisco Mignone, faz parte da primeira geração de compositores nacionalistas surgida após Villa-Lobos.

 

1. Trio Brasileiro op. 32 (primeiro movimento) com Fritz Jank ao piano, Gino Alfonsi no violino e Calixto Corazza no violoncelo.

2. Suite para Quinteto de sopros com o Quinteto de Sopros da Rádio MEC .

3. Segunda Suite Brasileira para piano com o pianista Miguel Proença.

4. “Velha modinha” com o violonista Fábio Zanon.

5. Sonata Breve com o pianista Miguel Proença.

6. Duas canções: “Toada para você” e “Meu coração” com a a soprano Lia Salgado e ao piano o maestro Alceu Bocchino.

7. Suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas sob a regência de Benito Juarez.

8. “Batuque”, terceiro movimento da suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Filarmônica de Nova York e a regência de Leonard Bernstein.

 

Programa 21 – Dia 20 de dezembro – Concerto de Natal

 

No calendário cristão uma das festas mais importantes é aquela que comemora o nascimento do Menino Jesus. E como onde há festa há música, a tradição ocidental nos deixou um repertório imenso de obras destinadas a celebrar o nascimento do Salvador. Os concertos de Natal tem suas origens em costume popular italiano de representar em música a adoração dos pastores ao Menino Jesus. No interior das igrejas o presépio fornecia o contexto para a execução de obras instrumentais que criavam o clima natalino. Concertos UFRJ apresenta então o seu Concerto de Natal.

 

  1. Francesco MANFREDINI – Concerto op 3 no. 12 (Pastorale per il Santissimo Natale) com o grupo I Musici.
  2. Johann Sebastian BACH – Oratório de Natal (primeira cantata) com os solistas Paul Esswood (contralto), Kurt Equiluz (tenor), Siegmund Nimsgern (baixo), o Coro dos Meninos Cantores de Viena, acompanhados pelo Concentus Musicus e a direção de Nikolaus Harnoncourt.
  3. Felix MENDELSSOHN – Cantata de Natal “Vom Himmel hoch” (Das alturas do céu) com Krisztina Laki (soprano), Berthold Possemeyer (barítono), o Coro de Câmara de Stuttgart, a Orquestra de Câmera de Württemberge e a direção de Frieder Bernius.
  4. Leroy ANDERSON – “Christmas Festival” com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.

 

Programa 22 – Dia 27 de dezembro – Retrospectiva 2010

 

O último programa do ano apresenta gravações exclusivas feitas com os alunos da Escola de Música da UFRJ e outras realizadas ao vivo em concertos da temporada de 2010. Será uma excelente oportunidade de ouvir a nova geração de músicos, muitos deles premiados em concurso, e ouvir novamente alguns dos grandes solistas que se apresentaram no Salão Leopoldo Miguez este ano.

 

  1. Giuseppe VERDI – Ária “Tacea la notte placida” da ópera Il Trovatore com a soprano Maira Lautert e a pianista Priscila Bomfim. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 23 de maio de 2010 durante a final do Concurso Nacional de Canto Lírico.
  2. Marco PEREIRA – “Bate Coxa” com o violonista Fábio Zanon. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 5 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  3. Sérgio ASSAD – “Aquarela” (Divertimento, Valseana, Prelúdio e Tocatina) com o violonista Gerard Abiton. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 6 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  4. Antonio LAURO – Três peças (Vals Venezolano, Romanza e Pasaje) com o violonista Carlos Perez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 7 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos..
  5. Elodie BOUNY – “Et si le temps passe” com o violonista Gilson Antunes. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 8 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  6. Gustavo LEGUIZAMÓN  – “Zamba del silbador” com o violonista Pablo Marquez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 9 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  7. Rafael BEZERRA – Fantasia para quinteto de sopros com o Quinteto Experimental de Sopros da Escola de Música da UFRJ composto por Milher Moraes (flauta), Juliana Bravin (oboé), Diogo Lozza (clarineta), Carlos Henrique Bertão (fagote) e Alessandro Jeremias (trompa).
  8. Franz LISZT – Estudo de Concerto “A dança dos Gnomos” com a pianista Laís Frey.
  9. Sergei RACHMANINOV – Etude Tableau em dó sustenido menor op. 33 no. 8 com o pianista Antônio Guimarães Neto.

Família Bach em “Concertos UFRJ”

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{besps_c}0|foto0.jpg||Johann Sebastian Bach|{/besps_c}
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O sobrenome Bach está hoje, quase invariavelmente, associado a Johann Sebastian (1685-1750), um dos pilares da tradição musical ocidental. No entanto, a família Bach ofereceu ao mundo outros compositores importantes que, embora não tenham alcançado o patamar do mestre de Leipizig, produziram obras significativas.
 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .
   
  Imagem: Famíla Bach, Toby Edward
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{magnify}images/stories/noticias/bachs_familiy600.jpg| Família Bach , Toby Edward.{/magnify}Representação do séc. XIX da famíla Bach.

O sobrenome Bach está hoje, quase invariavelmente, associado a Johann Sebastian (1685-1750), um dos pilares da tradição musical ocidental. No entanto, a família Bach ofereceu ao mundo outros compositores importantes que, embora não tenham alcançado o patamar do mestre de Leipizig, produziram obras significativas. Concertos UFRJ, que em setembro visitou a produção do seu mais ilustre representante, dedica agora sua décima-nona edição, veiculada em seis de dezembro, a esse clã notável – exemplo jamais superado de talentos musicais concentrados em uma única família.

 

Apresentado por André Cardoso, diretor da EM e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ, o programa radiofônico Concertos UFRJ é resultado de uma parceria da Escola de Música (EM) com a Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

 

A extraordinária dinastia musical da família Bach começou com o trisavô de Johann Sebastian, Veit Bach (c 1550 – 1619), e se extinguiu em meados do séc. XVII com seu neto Wilhelm Friedrich Ernst Bach (1759 – 1845). Durante esse período, mais de 70 dos seus membros, segundo o Dicionário Grove de Música, seguiram carreira musical.

 

Originário de uma região da atual Hungria, Veit Bach, moleiro e músico amador, migrou para a Turíngia, Alemanha Central, por volta de 1545, em decorrência da expulsão dos protestantes. Aí viverá a família Bach, até que os filhos de Johann Sebastian busquem horizontes mais amplos.

 

Das gerações anteriores a Johann Sebastian, o programa destaca os seus tios-avôs e compositores Johannes Hans Bach (1604-1673) e Heinrich Bach (1615-1692).  Heinrich teve vários filhos músicos, sendo o mais proeminente Johann Christoph Bach (1642-1703), organista e cravista da corte, em Eisenach, e primo em segundo grau de J. S. Bach, segundo o qual teria sido “talentoso tanto na invenção de belas ideias quanto na expressão e palavras” e composto em “um estilo galant, cantábile, com uma textura incomumente rica”.

 

Da extensa prole de J. S. Bach, quatro filhos se tornaram compositores. Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784), o primogênito, demonstrou desde cedo grande talento, embora não tenha conseguido desenvolver uma carreia estável, o que resultou numa vida errante de músico e educador, não raro marcada por adversidades financeiras. Seu estilo oscilou entre o velho e o novo, com características que, não raro, antecipam a tensão emocional do romantismo, ao lado de elementos barrocos “arcaicos”, intimamente relacionado à estética da escola de organistas do norte da Alemanha do final século XVII. Apesar dessa ambivalência estética deixou boa quantidade de peças de excelente qualidade e foi muito apreciado há seu tempo pela notável capacidade de improvisação.

 

Ao contrário do seu irmão mais velho, o disciplinado Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) viveu 28 anos como músico de Frederico II, o Grande, e, em 1768, sucedeu a Telemann como diretor musical da corte de Hamburgo. Em vida desfrutou de fama e prestígio. Menos influenciado pela música de seu pai do que seu irmão mais velho e fortemente marcado pelo espírito do movimento pré-romântico Sturm und Drang, produziu partituras cheias de mudanças bruscas de temperamento e notas dissonantes, tornando-se o principal representante do estilo Empfindsamkeit (“sentimentalidade”), que exerceu influência decisiva sobre compositores de gerações posteriores como Haydn e Mozart.

 

Johan Christian Bach (1735-1782) foi o mais novo dos filhos de Johann Sebastian, tendo estudado com o pai e, posteriormente com seu meio-irmão Carl Philipp Emanuel e com seu primo Johann Elias. Em 1754, foi à Itália, aperfeiçoar-se na arte do contraponto com o padre Giovanni Battista Martini e, de 1760 a 1762, trabalhou como organista na catedral de Milão.  Em 1762 transfere-se para Londres, onde alcançou enorme sucesso e ficou conhecido como “o Bach inglês”. Sua música é altamente melódica e estruturada de forma brilhante, destoando da do seu pai e da dos irmãos mais velhos. Ele compôs segundo a estética galant, que incorpora frases balanceadas, com destaque para a melodia e para o acompanhamento, sem muita ênfase na complexidade contrapontística. 

 

O último filho de Johann Sebastian a tornar-se compositor, Johann Christoph Friedrich Bach (1732-1985), estudou com o pai e com seu primo Johann Elias. Em 1750 foi nomeado, pelo Conde Wilhelm de Schaumburg-Lippe, cravista de Bückeburg e em 1759, spalla. Devido à predileção do nobre pela música italiana, se viu obrigado a adaptar-se, ainda assim retendo traços do estilo do pai. Lamentavelmente, uma parte significativa de sua produção foi perdida na Segunda Guerra Mundial.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Dezembro

 

 

Programa 19 – Dia 6 de dezembro – Família Bach

 

No mês de setembro apresentamos um programa exclusivamente dedicado a Johann Sebastian Bach, em razão dos 260 anos de sua morte, ocorrida em 1750. Como Bach é um compositor atemporal e que não necessita de efemérides para que possamos ouvi-lo, preparamos um outro programa. Só que desta vez não abordaremos com exclusividade Johann Sebastian mas também outros membros da família Bach, que se constituiu um verdadeiro clã de músicos de várias gerações.

 

  1. Johann BACH (1604-1673) – Moteto “Sei nun wieder zufrieden, meine Seele” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
  2. Heinrich BACH (1615-1692) – Cantata “Ich danke dir Gott” com o conjunto Musica Antiqua Köln e a direção de Reinhard Goebel.
  3. Johann Christoph BACH (1642-1703) – Moteto “Liebe, Herr Gott” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
  4. Johann Sebastian BACH (1685-1750) – Primeiro movimento do Concerto de Brandemburgo no. 1 com a Academia de Saint Martin-in-the-fields e a direção de Neville Marriner.
  5. Wilhelm Friedemann BACH (1710-1784) – Concerto para cravo em fá menor com o cravista Ottavio Dantone, o grupo Il Giardino Armonico e a direção de Giovanni Antonini.
  6. Carl Philipp Emanuel BACH (1714-1788) – Sinfonia no. 6 em Mi Maior Wq 182 com a Camerata de Berna e a direção de Thomas Füri..
  7. Johan Christian BACH (1735-1782) – Sinfonia em Si bemol op. 6 no. 4 com a The Hanoverd Band e a direção de Anthony Halstead .

 

Programa 20 – Dia 13 de dezembro – Grandes mestres da Escola de Música II: Lorenzo Fernandez.

 

Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O segundo programa será dedicado a Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948) um compositor carioca que, junto com Francisco Mignone, faz parte da primeira geração de compositores nacionalistas surgida após Villa-Lobos.

 

1. Trio Brasileiro op. 32 (primeiro movimento) com Fritz Jank ao piano, Gino Alfonsi no violino e Calixto Corazza no violoncelo.

2. Suite para Quinteto de sopros com o Quinteto de Sopros da Rádio MEC .

3. Segunda Suite Brasileira para piano com o pianista Miguel Proença.

4. “Velha modinha” com o violonista Fábio Zanon.

5. Sonata Breve com o pianista Miguel Proença.

6. Duas canções: “Toada para você” e “Meu coração” com a a soprano Lia Salgado e ao piano o maestro Alceu Bocchino.

7. Suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas sob a regência de Benito Juarez.

8. “Batuque”, terceiro movimento da suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Filarmônica de Nova York e a regência de Leonard Bernstein.

 

 

Programa 21 – Dia 20 de dezembro – Concerto de Natal

 

No calendário cristão uma das festas mais importantes é aquela que comemora o nascimento do Menino Jesus. E como onde há festa há música, a tradição ocidental nos deixou um repertório imenso de obras destinadas a celebrar o nascimento do Salvador. Os concertos de Natal tem suas origens em costume popular italiano de representar em música a adoração dos pastores ao Menino Jesus. No interior das igrejas o presépio fornecia o contexto para a execução de obras instrumentais que criavam o clima natalino. Concertos UFRJ apresenta então o seu Concerto de Natal.

 

  1. Francesco MANFREDINI – Concerto op 3 no. 12 (Pastorale per il Santissimo Natale) com o grupo I Musici.
  2. Johann Sebastian BACH – Oratório de Natal (primeira cantata) com os solistas Paul Esswood (contralto), Kurt Equiluz (tenor), Siegmund Nimsgern (baixo), o Coro dos Meninos Cantores de Viena, acompanhados pelo Concentus Musicus e a direção de Nikolaus Harnoncourt.
  3. Felix MENDELSSOHN – Cantata de Natal “Vom Himmel hoch” (Das alturas do céu) com Krisztina Laki (soprano), Berthold Possemeyer (barítono), o Coro de Câmara de Stuttgart, a Orquestra de Câmera de Württemberge e a direção de Frieder Bernius.
  4. Leroy ANDERSON – “Christmas Festival” com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.

 

Programa 22 – Dia 27 de dezembro – Retrospectiva 2010

 

O último programa do ano apresenta gravações exclusivas feitas com os alunos da Escola de Música da UFRJ e outras realizadas ao vivo em concertos da temporada de 2010. Será uma excelente oportunidade de ouvir a nova geração de músicos, muitos deles premiados em concurso, e ouvir novamente alguns dos grandes solistas que se apresentaram no Salão Leopoldo Miguez este ano.

 

  1. Giuseppe VERDI – Ária “Tacea la notte placida” da ópera Il Trovatore com a soprano Maira Lautert e a pianista Priscila Bomfim. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 23 de maio de 2010 durante a final do Concurso Nacional de Canto Lírico.
  2. Marco PEREIRA – “Bate Coxa” com o violonista Fábio Zanon. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 5 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  3. Sérgio ASSAD – “Aquarela” (Divertimento, Valseana, Prelúdio e Tocatina) com o violonista Gerard Abiton. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 6 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  4. Antonio LAURO – Três peças (Vals Venezolano, Romanza e Pasaje) com o violonista Carlos Perez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 7 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos..
  5. Elodie BOUNY – “Et si le temps passe” com o violonista Gilson Antunes. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 8 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  6. Gustavo LEGUIZAMÓN  – “Zamba del silbador” com o violonista Pablo Marquez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 9 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  7. Rafael BEZERRA – Fantasia para quinteto de sopros com o Quinteto Experimental de Sopros da Escola de Música da UFRJ composto por Milher Moraes (flauta), Juliana Bravin (oboé), Diogo Lozza (clarineta), Carlos Henrique Bertão (fagote) e Alessandro Jeremias (trompa).
  8. Franz LISZT – Estudo de Concerto “A dança dos Gnomos” com a pianista Laís Frey.
  9. Sergei RACHMANINOV – Etude Tableau em dó sustenido menor op. 33 no. 8 com o pianista Antônio Guimarães Neto.

Bandolim na música de concerto

Foto: Divulgação
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Paulo Sá, convidado especial de Concertos UFRJ

O bandolim e seu repertório de concerto que remonta ao período barroco, mas que é hoje, infelizmente, pouco conhecido, foi o tema de Concertos UFRJ de 29 de novembro.

O bandolim e seu repertório de concerto que remonta ao período barroco, mas que é hoje, infelizmente, pouco conhecido, foi o tema de Concertos UFRJ de 29 de novembro. Apresentado por André Cardoso, diretor da EM e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ, o programa radiofônico é resultado de uma parceria da Escola de Música (EM) com a Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia FM 94,1. Como convidado, a edição contou com a participação de Paulo Sá, bandolinista e docente do recente bacharelado no instrumento da EM.

 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

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A origem do bandolim remonta ao séc. XVI, no sul Itália, região de grande influência árabe, e onde, muitas vezes, sucedeu o alaúde. O bandolim apresenta diversas formas, já que cada cidade da península acabou desenvolvendo uma configuração própria, que se diferenciava das demais, pela forma, número e qualidade das cordas e afinação adotada.

 

A maioria dos autores situam as raízes históricas do bandolim no rabât árabe, bem como na mandora medieval e renascentista. Comumente se distingue dois grupos do instrumento, cada um deles com forma, afinação, técnica de execução e história musical distintas. O bandolim lombardo, milanês, barroco, para o qual Vivaldi (1678-1741) teria composto concertos, é similar a um pequeno alaúde com seis pares de cordas de tripa e, tal como ele, predominantemente tocado com os dedos, sendo que a técnica da execução com palheta somente foi incorporada na segunda metade do séc. XVII e inícios do séc. XVIII. O tipo napolitano, que deu origem ao bandolim contemporâneo, com quatro pares de cordas, designa mais propriamente um instrumento desenvolvido em meados do séc. XVIII.

 

O Bandolim ganhou lugar na música popular nos Estados Unidos, na América Latina e no Japão. No Brasil, o instrumento chegou através de Portugal, onde tem uma longa tradição, e se adequou particularmente bem aos grupos de choro e a outras formações.

 

Além de Vivaldi, já mencionado, alguns dos mais importantes compositores da história da música de concerto escreveram para o instrumento, o que é em geral pouco lembrado. Essa nobre linhagem inclui nomes do calibre de Haendel (1685-1759), Mozart (1756-1791), Paisiello (1740-1816), Beethoven (1770-1827), Verdi (1813-1901). No século séc. XX o bandolim foi inserido na formação orquestral por Mahler (1860-1911) em sua 7ª e 8ª Sinfonias e em A Canção da Terra, Schönberg (1874-1951), em sua Serenata Op.24 e Variações Orquestrais Op.31, Webern (1883-1945), em Cinco Peças Orquestrais, Henze (1926), em König Hirsch, e Stravinsky (1882-1971), em Agor.

 

Entre os grandes compositores brasileiros, merece destaque Radamés Gnattali (1906-1988) que escreveu para o instrumento. Cabe mencionar, entretanto, como lembra Paulo Sá, que o bandolim brasileiro, embora com a mesma afinação do bandolim napolitano, possui um formato diferente, que sugere muito a guitarra portuguesa e permite uma sonoridade mais brilhante.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Dia dos Músicos em “Concertos UFRJ”

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Santa Cecília  (1606), Guido Reni.
Uma homenagem aos instrumentistas, cantores, compositores e regentes que, com sua arte, preenchem nossas vidas de beleza e alegria é a proposta da décima-sétima edição de Concertos UFRJ, que foi ao ar em 22 de novembro – dia da música e dos músicos.


 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

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{magnify}images/stories/noticias/stcecilia800.jpg|Santa Cecilia </em> (1606), Guido Reni.{/magnify}Considerada padroeira dos músicos, Santa Cecília frequentemente é representada com instrumentos.

Uma homenagem aos instrumentistas, cantores, compositores e regentes que, com sua arte, preenchem nossas vidas de beleza e alegria é a proposta da décima-sétima edição de Concertos UFRJ, que foi ao ar em 22 de novembro – dia da música e dos músicos. O programa apresentou na ocasião a magnífica Ode para o dia de Santa Cecília, composta por Haendel. Nada mais apropriado.

 

O dia 22 de novembro é tradicionalmente atribuído à Santa Cecília, mártir da igreja cristã antiga e considerada padroeira dos músicos. As razões, entretanto, que levaram a essa associação são obscuras e segundo o Dicionário Grove de Música quase certamente baseadas na má interpretação de uma passagem nos lendários Atos de Santa Cecília que faz referência a instrumentos musicais. De qualquer forma, uma antiga tradição sustenta que ela era dotada de voz tão doce, que anjos desciam do céu para ouvi-la.

 

Venerada como padroeira da música e dos músicos, a partir dos séc. XV, Santa Cecília vem sendo representada como tal em gravuras, pinturas e toda sorte de imagens desde então. Cabe assinalar que a música sempre teve papel contraditório na interpretação da lenda de Cecília. Paulatinamente passou a ser pintada sem aureola e mostrada cada vez mais como artista, menos frequentemente sentada ao órgão e, quase sempre, executando instrumentos mundanos. Uma mudança que indica que a prática musical em si mesma estava se convertendo em signo da virtude e tendo como meta o virtuosismo.

 

Grandes compositores, como Scarlatti (1685-1757), Joseph Haydn (1732-1809), Charles Gounod (1818-1893), G. F. Haendel (1685-1759) e nosso José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) lhe dedicaram peças. A Ode para Santa Cecília, cantata composta por Haendel em 1739, sobre texto do em inglês do poeta John Dryden (1631-1700), é certamente uma das mais conhecidas e bonitas.

 

Georg Friedrich Haendel nasceu em Halle an der Saale na Alemanha e desde cedo mostrou notável talento musical. A primeira parte de sua carreira transcorreu em Hamburgo, como violinista e rejente. Em 1706 viajou para a Itália, onde conheceu a fama pela primeira vez, estreando várias obras com grande sucesso e entrando em contato com músicos importantes. Posteriormente se estabeleceu em Londres onde viveu até falecer. Ali compôs peças instrumentais, óperas e oratórios, e foi aclamado como gênio de seu tempo.

 

Na Inglaterra se desenvolveram a partir do séc. XVI os festivais cecilianos nos quais se popularizou um repertório importante de odes da corte em louvor à música, feitas por Pucell, Boyce e outros. É nessa fonte que Haendel irá beber ao escrever sua Ode.

 

Ao contrário do que possa sugerir o título, não se trata propriamente de reverência à santa, mas, antes, uma celebração à música, impregnada de certo sentimento pitagórico de harmonia mundi, na qual esta desempenha papel central como força criadora de tudo que existe. A gravação traz o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

 

Apresentado toda segunda-feira, às 22h, por André Cardoso, diretor da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), Concertos UFRJ é resultado de um convênio da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1). As edições do programa podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Novembro

 

 

Programa 14 – Dia 1 de novembro – Todos os sopros


Programa dedicado a explorar uma formação musical que é muito antiga na história da música mas cujo repertório sempre ficou um tanto distante das salas de concertos. Trata-se dos grupos de instrumentos de sopro, que são conhecidos popularmente por bandas mas que na verdade possuem uma literatura musical que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

  1. Giovani GABRIELLI – “Canzon primi toni à 10” – Musica Fiata Köln com a direção de Roland Wilson.
  2. W. A. MOZART – Terceiro movimento da Serenata no 10 para 13 instrumentos de sopro K361 “Gran Partita” – Academia de Saint Martin in the Fields com a regência de Neville Marriner.
  3. Felix MENDELSSOHN – Abertura op. 24 – Orquestra Sinfônica de Londres e regência de Cláudio Abbado.
  4. A. DVORAK – Serenata para sopros op. 44 – Orquestra Filarmônica de Londres e regência de Christopher Hogwood.
  5. Gustav HOLST – Primeira Suíte para Banda Militar – Orquestra de Sopros de Tokyo e a regência de Frederick Fennel.
  6. Heitor VILLA-LOBOS – Fantasia em três movimentos em forma de choros – Orquestra de Sopros da UFRJ e a regência de Marcelo Jardim.

 

Programa 15 – Dia 08 de novembro – Grandes mestres da Escola de Música I: Francisco MIGNONE.


Série que dedicará um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. Para abrir a série foi escolhido o maestro Francisco Mignone (1897-1986) que foi, sem dúvida, um dos maiores músicos brasileiros do século XX.

 

1. “Congada” da ópera O Contratador de Diamantes com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

2. Primeira Fantasia Brasileira para piano e orquestra com o pianista Bernardo Segal como solista da Orquestra Sinfônica da NBC e a regência de Arturo Toscanini. Gravação realizada ao vivo em Nova York em 14 de novembro de 1943 .

3. Valsas de Esquina nos. 1 e 2 com o pianista Arthur Moreira Lima.

4. Modinha para violoncelo e piano com o violoncelista Ricardo Santoro e a pianista Mirian Grosman.

5. “Festança sem Boi” terceiro movimento do Trio no. 1 para flauta violoncelo e piano com o Trio Mignone (Afonso Oliveira, flauta; Ricardo Santoro, violoncelo; Mirian Grosman, piano).

6. “Patapiada” Valsa no. 9 para fagote solo com o fagotista Frank Morelli.

7. “Cateretê” para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.

8. Concertino para fagote e orquestra com o fagotista Frank Morelli acompanhado pela Orquestra de Câmara Orpheus.

9. “Batuque” da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 16 – Dia 15 de novembro – República Musical

 

Entre as datas cívicas do calendário brasileiro o dia 15 de novembro marca a Proclamação da República, um golpe militar que pos fim ao regime imperial com a deposição de D. Pedro II. Muitos foram os artistas que abraçaram a causa republicana. Entre os músicos destaca-se a geração de compositores nascidos na segunda metade do século XIX em especial aqueles que viriam a formar a partir de 1890 os quadros docentes do Instituto Nacional de Música, que substituiu o antigo Conservatório Imperial e que é hoje a Escola de Música da UFRJ.

 

  1. Leopoldo MIGUEZ – Poema-Sinfônico “Ave Libertas” com a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense e a regência de Ligia Amadio.
  2. Alexandre LEVY – “Samba”, último movimento da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e a regência de Erick Vasconcelos.
  3. Alberto NEPOMUCENO – “Galhofeira”, último movimento das Quatro Peças Líricas op. 13 com o pianista Miguel Proença.
  4. Alberto NEPOMUCENO – Scherzo para orquestra com a Sinfonia Cultura e a regência de Lutero Rodrigues.
  5. Henrique OSWALD – Andante com Variações para piano e orquestra com o pianista Eduardo Monteiro, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.
  6. Francisco BRAGA – Episódio Sinfônico com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

 

Programa 17 – Dia 22 de novembro – Dia dos Músicos

 

Desde o século XV Santa Cecília é considerada a padroeira dos músicos e o dia de sua festa, 22 de novembro, é conhecido também como o dia da música e dos músicos. No programa de hoje será apresentada integralmente a Ode para o dia de Santa Cecília de Haendel como uma homenagem a todos os músicos do Rio de Janeiro.

 

1. G. F. HAENDEL – Ode para o dia de Santa Cecília com o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

 

Programa 18 – Dia 29 de novembro – O bandolim na música de concerto

 

Conhecido no Brasil como instrumeno típico do choro o bandolim possui um grande repertório na música de concerto. Compositores como Vivaldi, Mozart e Beethoven escreveram obras para bandolim. Aproveitando a recente criação do bacharelado em bandolim vamos conhecer obras originais com acompanhamento de piano e concertos com orquestra de diferentes compositores, além de mostrar a diversidade de instrumentos. O convidado será o bandolinista Paulo Sá, professor da Escola de Música.

 

  1. A. VIVALDI – Concerto em Dó M para bandolim cordas e contínuo.
  2. W. A. MOZART – Ária “Deviene alla finestra”, da ópera Don Giovanni.
  3. L. V. BEETHOVEN – Andante com variações para bandolim e piano.
  4. G. PAISIELLO – Concerto para bandolim e orquestra.
  5. R. GNATTALI – Concerto para bandolim e cordas

República Musical

Desenho: Bernardelli (1903)
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Leopoldo Miguez (1850-1902), mais importante compositor da geração republicana.

A décima-sexta edição de Concertos UFRJ, que foi ao ar em 15 de novembro, visitou a geração de compositores engajados na instauração da república no Brasil.

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

Embora as conexões entre a cultura e a história do país careçam de estudos mais aprofundados, já está amplamente estabelecido que determinados eventos políticos impactaram profundamente o percurso da música no Brasil, assim como o das artes e o da literatura. Em especial, os processos de ruptura e transformações parecem nesse caso particularmente ricos e plenos de significações. A décima-sexta edição de Concertos UFRJ, visitou um desses momentos: o da instauração, em 1889, da república e as consequências na cena musical do país.

 

O programa, que vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, pela rádio Roquette Pinto, na frequência 94,1 FM, focalizou a produção daquela geração de compositores que, nascidos em meados do século XIX, adotaram os pressupostos republicanos e se engajaram em certo projeto para construir uma identidade nacional nova, diversa e muitas vezes oposta àquela informada pelo antigo regime. Um republicanismo muito matizado, cabe mencionar, e que bebe em tradições romântico-conservadoras – o que significa dar relevo mais a determinadas identidades étnicas e linguísticas do que a conquista da democracia e a ampliação consciente da cidadania.

 

No plano da música de concerto esse processo de diferenciação simbólica envolveu a valorização das nossas raízes culturais e a instauração de uma sólida estrutura de ensino. A criação em 1890 do Instituto Nacional de Música (INM), atual Escola de Música da UFRJ, em substituição ao Conservatório Imperial de Música, pode ser entendido como parte desse esforço de criação de uma “república musical”, segundo a expressão cunhada por Avelino Romero Pereira.

 

O nome mais importante dessa geração foi sem dúvida Leopoldo Miguez (1850-1902), primeiro diretor do INM. Além dele,  a edição de Concertos UFRJ apresentou obras de Alberto Nepomuceno (1864-1920), Henrique Oswald (1852-1931), ambos igualmente diretores do instituto, Francisco Braga (1868-1945), docente do INM e Alexandre Levy (1864-1892). Uma geração que com frequência é tomada como “percussora” do nosso nacionalismo musical, mas que a crítica e a pesquisa musicológica têm revelado possuir uma trajetória mais rica e mais complexa.

 

Apresentadas por André Cardoso, diretor da Escola de Música e regente da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), as edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Novembro

 

 

Programa 14 – Dia 1 de novembro – Todos os sopros


Programa dedicado a explorar uma formação musical que é muito antiga na história da música mas cujo repertório sempre ficou um tanto distante das salas de concertos. Trata-se dos grupos de instrumentos de sopro, que são conhecidos popularmente por bandas mas que na verdade possuem uma literatura musical que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

  1. Giovani GABRIELLI – “Canzon primi toni à 10” – Musica Fiata Köln com a direção de Roland Wilson.
  2. W. A. MOZART – Terceiro movimento da Serenata no 10 para 13 instrumentos de sopro K361 “Gran Partita” – Academia de Saint Martin in the Fields com a regência de Neville Marriner.
  3. Felix MENDELSSOHN – Abertura op. 24 – Orquestra Sinfônica de Londres e regência de Cláudio Abbado.
  4. A. DVORAK – Serenata para sopros op. 44 – Orquestra Filarmônica de Londres e regência de Christopher Hogwood.
  5. Gustav HOLST – Primeira Suíte para Banda Militar – Orquestra de Sopros de Tokyo e a regência de Frederick Fennel.
  6. Heitor VILLA-LOBOS – Fantasia em três movimentos em forma de choros – Orquestra de Sopros da UFRJ e a regência de Marcelo Jardim.

 

Programa 15 – Dia 08 de novembro – Grandes mestres da Escola de Música I: Francisco MIGNONE.


Série que dedicará um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. Para abrir a série foi escolhido o maestro Francisco Mignone (1897-1986) que foi, sem dúvida, um dos maiores músicos brasileiros do século XX.

 

1. “Congada” da ópera O Contratador de Diamantes com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

2. Primeira Fantasia Brasileira para piano e orquestra com o pianista Bernardo Segal como solista da Orquestra Sinfônica da NBC e a regência de Arturo Toscanini. Gravação realizada ao vivo em Nova York em 14 de novembro de 1943 .

3. Valsas de Esquina nos. 1 e 2 com o pianista Arthur Moreira Lima.

4. Modinha para violoncelo e piano com o violoncelista Ricardo Santoro e a pianista Mirian Grosman.

5. “Festança sem Boi” terceiro movimento do Trio no. 1 para flauta violoncelo e piano com o Trio Mignone (Afonso Oliveira, flauta; Ricardo Santoro, violoncelo; Mirian Grosman, piano).

6. “Patapiada” Valsa no. 9 para fagote solo com o fagotista Frank Morelli.

7. “Cateretê” para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.

8. Concertino para fagote e orquestra com o fagotista Frank Morelli acompanhado pela Orquestra de Câmara Orpheus.

9. “Batuque” da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 16 – Dia 15 de novembro – República Musical

 

Entre as datas cívicas do calendário brasileiro o dia 15 de novembro marca a Proclamação da República, um golpe militar que pos fim ao regime imperial com a deposição de D. Pedro II. Muitos foram os artistas que abraçaram a causa republicana. Entre os músicos destaca-se a geração de compositores nascidos na segunda metade do século XIX em especial aqueles que viriam a formar a partir de 1890 os quadros docentes do Instituto Nacional de Música, que substituiu o antigo Conservatório Imperial e que é hoje a Escola de Música da UFRJ.

 

  1. Leopoldo MIGUEZ – Poema-Sinfônico “Ave Libertas” com a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense e a regência de Ligia Amadio.
  2. Alexandre LEVY – “Samba”, último movimento da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e a regência de Erick Vasconcelos.
  3. Alberto NEPOMUCENO – “Galhofeira”, último movimento das Quatro Peças Líricas op. 13 com o pianista Miguel Proença.
  4. Alberto NEPOMUCENO – Scherzo para orquestra com a Sinfonia Cultura e a regência de Lutero Rodrigues.
  5. Henrique OSWALD – Andante com Variações para piano e orquestra com o pianista Eduardo Monteiro, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.
  6. Francisco BRAGA – Episódio Sinfônico com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

 

Programa 17 – Dia 22 de novembro – Dia dos Músicos

 

Desde o século XV Santa Cecília é considerada a padroeira dos músicos e o dia de sua festa, 22 de novembro, é conhecido também como o dia da música e dos músicos. No programa de hoje será apresentada integralmente a Ode para o dia de Santa Cecília de Haendel como uma homenagem a todos os músicos do Rio de Janeiro.

 

1. G. F. HAENDEL – Ode para o dia de Santa Cecília com o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

 

Programa 18 – Dia 29 de novembro – O bandolim na música de concerto

 

Conhecido no Brasil como instrumeno típico do choro o bandolim possui um grande repertório na música de concerto. Compositores como Vivaldi, Mozart e Beethoven escreveram obras para bandolim. Aproveitando a recente criação do bacharelado em bandolim vamos conhecer obras originais com acompanhamento de piano e concertos com orquestra de diferentes compositores, além de mostrar a diversidade de instrumentos. O convidado será o bandolinista Paulo Sá, professor da Escola de Música.

 

  1. A. VIVALDI – Concerto em Dó M para bandolim cordas e contínuo.
  2. W. A. MOZART – Ária “Deviene alla finestra”, da ópera Don Giovanni.
  3. L. V. BEETHOVEN – Andante com variações para bandolim e piano.
  4. G. PAISIELLO – Concerto para bandolim e orquestra.
  5. R. GNATTALI – Concerto para bandolim e cordas

Francisco Mignone em “Concertos UFRJ”

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Francisco Mignone (1897-1986)

A obra de Francisco Mignone (1897-1986), um dos maiores músicos brasileiros do século passado, foi o tema da última edição de Concertos UFRJ.


 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

A obra de Francisco Mignone (1897-1986), um dos maiores músicos brasileiros do século passado, foi o tema da edição de Concertos UFRJ veiculada em oito de novembro. Apresentado toda segunda-feira, às 22h, por André Cardoso, diretor da Escola de Música (EM) e regente da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), o programa é resultado de um convênio da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1).

 

Francisco Mignone, descendente de italianos, nasceu em São Paulo (SP) em 1897. Seu pai, flautista, foi seu primeiro professor. Cursou composição e piano no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, onde, após quatro anos de estudos, se formou. Participa então de pequenas orquestras e de conjuntos de choro e chega a escrever, sob pseudônimo de Chico Bororó, música popular.

 

Graças a uma bolsa de aperfeiçoamento, viaja em 1920 para a Milão, onde estuda com Vicenzo Ferroni. Os nove anos passados na Europa, com frequentes visitas ao Brasil, lhe dão embasamento teórico e novas perspectivas musicais: “E no final de todos esses ensinamentos eu me tornei o meu próprio professor”, dirá mais tarde. Desta época é a ópera O Contratador de Diamantes (1921), cuja Congada, peça de bailado do segundo ato, ficou célebre. Igualmente desta fase são a Festa Dionisíaca (1923), um poema sinfônico, e Momus, poema humorístico.

 

Ao regressar ao Brasil, torna-se professor do conservatório em que havia estudado, sendo friamente recebido por Mário de Andrade, seu colega quando jovem neste estabelecimento, devido as suas fortes influências europeias. A reaproximação resultará, porém, numa amizade duradoura entre os dois e na aceitação por parte do compositor dos postulados nacionalistas propostos pelo escritor e pelo movimento modernista de 22, o que fez com que Mignone passasse a buscar inspiração nas raízes musicais e folclóricas brasileiras, a ponto de se tornar o compositor nacionalista mais importante da geração pós Villa-Lobos. Como afirmou Mário de Andrade, “Na música italiana Mignone será mais um numa escola rica e numerosa que ele não aumenta. Aqui ele será um valor imprescindível”. Deste período são a primeira e segunda Fantasia Brasileira (para piano e orquestra), as Festas de Igrejas (poema sinfônico) e a série das 12 Valsas de Esquina (cada uma composta sobre um dos 12 tons menores).

 

Em 1933, o compositor se muda para o Rio de Janeiro para exercer o cargo de titular de regência no Instituto Nacional de Música, atual Escola de Música da UFRJ (EM). Em 1939, por concurso, Mignone é efetivado nessa mesma cadeira, a qual haveria de ocupar até a aposentadoria em 1967. Nesta época compõe, entre outras obras marcantes, o bailado Maracatu do Chico Rei em colaboração com Mário de Andrade. Entre seus alunos figuram, entre outros, Eleazar de Carvalho, Henrique Morelenbaun e Mário Tavares. “Possibilitei a muitos jovens que se transformassem em mestres da arte de difundir a música, a nossa grande música”, dirá sobre sua experiência docente.

 

Sua obra denuncia várias influências: inicialmente a da música italiana, mais tarde a de temas brasileiros. Outra fonte em que Mignone bebe é a africana, que se manifesta pela utilização de ritmos característicos. Outra grande influência é a da música popular, na qual foi buscar inspiração nas valsas, serestas e choros. Cabe mencionar ainda que sua obra é frequentemente atravessada por um inegável bom humor, o que se reflete nos títulos e nos textos que se propõe a musicar.

 
Mignone abandonará a fase nacionalista no início nos anos 1960, quando passa a produzir peças atonais. Com exceção de suas músicas sacras e composições para violão, manteve este novo estilo até a década de 1970, quando retomou a tradição tonal.

 

O compositor recebeu inúmeros prêmios ao longo da carreira e ocupou a cadeira 33 da Academia Brasileira de Música (ABM), tendo sido presidente da instituição.

 

Faleceu em 1986, aos 88 anos, no Rio de Janeiro.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Novembro

 

 

Programa 14 – Dia 1 de novembro – Todos os sopros


Programa dedicado a explorar uma formação musical que é muito antiga na história da música mas cujo repertório sempre ficou um tanto distante das salas de concertos. Trata-se dos grupos de instrumentos de sopro, que são conhecidos popularmente por bandas mas que na verdade possuem uma literatura musical que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

  1. Giovani GABRIELLI – “Canzon primi toni à 10” – Musica Fiata Köln com a direção de Roland Wilson.
  2. W. A. MOZART – Terceiro movimento da Serenata no 10 para 13 instrumentos de sopro K361 “Gran Partita” – Academia de Saint Martin in the Fields com a regência de Neville Marriner.
  3. Felix MENDELSSOHN – Abertura op. 24 – Orquestra Sinfônica de Londres e regência de Cláudio Abbado.
  4. A. DVORAK – Serenata para sopros op. 44 – Orquestra Filarmônica de Londres e regência de Christopher Hogwood.
  5. Gustav HOLST – Primeira Suíte para Banda Militar – Orquestra de Sopros de Tokyo e a regência de Frederick Fennel.
  6. Heitor VILLA-LOBOS – Fantasia em três movimentos em forma de choros – Orquestra de Sopros da UFRJ e a regência de Marcelo Jardim.

 

Programa 15 – Dia 08 de novembro – Grandes mestres da Escola de Música I: Francisco MIGNONE.


Série que dedicará um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. Para abrir a série foi escolhido o maestro Francisco Mignone (1897-1986) que foi, sem dúvida, um dos maiores músicos brasileiros do século XX.

 

1. “Congada” da ópera O Contratador de Diamantes com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

2. Primeira Fantasia Brasileira para piano e orquestra com o pianista Bernardo Segal como solista da Orquestra Sinfônica da NBC e a regência de Arturo Toscanini. Gravação realizada ao vivo em Nova York em 14 de novembro de 1943 .

3. Valsas de Esquina nos. 1 e 2 com o pianista Arthur Moreira Lima.

4. Modinha para violoncelo e piano com o violoncelista Ricardo Santoro e a pianista Mirian Grosman.

5. “Festança sem Boi” terceiro movimento do Trio no. 1 para flauta violoncelo e piano com o Trio Mignone (Afonso Oliveira, flauta; Ricardo Santoro, violoncelo; Mirian Grosman, piano).

6. “Patapiada” Valsa no. 9 para fagote solo com o fagotista Frank Morelli.

7. “Cateretê” para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.

8. Concertino para fagote e orquestra com o fagotista Frank Morelli acompanhado pela Orquestra de Câmara Orpheus.

9. “Batuque” da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 16 – Dia 15 de novembro – República Musical

 

Entre as datas cívicas do calendário brasileiro o dia 15 de novembro marca a Proclamação da República, um golpe militar que pos fim ao regime imperial com a deposição de D. Pedro II. Muitos foram os artistas que abraçaram a causa republicana. Entre os músicos destaca-se a geração de compositores nascidos na segunda metade do século XIX em especial aqueles que viriam a formar a partir de 1890 os quadros docentes do Instituto Nacional de Música, que substituiu o antigo Conservatório Imperial e que é hoje a Escola de Música da UFRJ.

 

  1. Leopoldo MIGUEZ – Poema-Sinfônico “Ave Libertas” com a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense e a regência de Ligia Amadio.
  2. Alexandre LEVY – “Samba”, último movimento da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e a regência de Erick Vasconcelos.
  3. Alberto NEPOMUCENO – “Galhofeira”, último movimento das Quatro Peças Líricas op. 13 com o pianista Miguel Proença.
  4. Alberto NEPOMUCENO – Scherzo para orquestra com a Sinfonia Cultura e a regência de Lutero Rodrigues.
  5. Henrique OSWALD – Andante com Variações para piano e orquestra com o pianista Eduardo Monteiro, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.
  6. Francisco BRAGA – Episódio Sinfônico com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

 

Programa 17 – Dia 22 de novembro – Dia dos Músicos

 

Desde o século XV Santa Cecília é considerada a padroeira dos músicos e o dia de sua festa, 22 de novembro, é conhecido também como o dia da música e dos músicos. No programa de hoje será apresentada integralmente a Ode para o dia de Santa Cecília de Haendel como uma homenagem a todos os músicos do Rio de Janeiro.

 

1. G. F. HAENDEL – Ode para o dia de Santa Cecília com o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

 

Programa 18 – Dia 29 de novembro – O bandolim na música de concerto

 

Conhecido no Brasil como instrumeno típico do choro o bandolim possui um grande repertório na música de concerto. Compositores como Vivaldi, Mozart e Beethoven escreveram obras para bandolim. Aproveitando a recente criação do bacharelado em bandolim vamos conhecer obras originais com acompanhamento de piano e concertos com orquestra de diferentes compositores, além de mostrar a diversidade de instrumentos. O convidado será o bandolinista Paulo Sá, professor da Escola de Música.

 

  1. A. VIVALDI – Concerto em Dó M para bandolim cordas e contínuo.
  2. W. A. MOZART – Ária “Deviene alla finestra”, da ópera Don Giovanni.
  3. L. V. BEETHOVEN – Andante com variações para bandolim e piano.
  4. G. PAISIELLO – Concerto para bandolim e orquestra.
  5. R. GNATTALI – Concerto para bandolim e cordas

Todos os sopros em “Concertos UFRJ”

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Banda de Música (1956), Portinari.
Um passeio pelo repertório dedicado aos instrumentos de sopro é a proposta da décima-quarta edição de Concertos UFRJ, veiculada em 1º de novembro.


 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

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{magnify}images/stories/noticias/bandaportinari685.jpg|Banda de Música</em> (1956), Portinari.{/magnify}Conhecidos popularmente por bandas os conjuntos de instrumentos de sopro possuem um repertório musical muito rico.

Um passeio pelo repertório dedicado aos instrumentos de sopro é a proposta da décima-quarta edição de Concertos UFRJ, veiculada em 1º de novembro. Apresentado toda segunda-feira, às 22h, por André Cardoso, diretor da Escola de Música (EM) e regente da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), o programa é resultado de um convênio da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1).

 

A origem dos instrumentos musicais perde-se no tempo. Não há praticamente grupo populacional que não tenha feito uso de deles, já que a música parece ser uma linguagem inerente ao próprio homem. Frequentemente, os povos tribais e antigos atribuíam aos deuses a sua invenção.

 

Assim, de acordo com a mitologia grega, a flauta, talvez o mais emblemático dos instrumentos de sopro, teria sido uma invenção de Pã, confundido às vezes com Fauno dos latinos. Deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores, Pã a fez em homenagem a ninfa Syrinx, por quem se apaixonara, mas que havia rejeitado seu amor.

 

O certo é que os instrumentos de sopro são dos mais antigos. A distinção corrente, que os classifica em madeiras e metais, é, porém, recente e se estabeleceu definitivamente ao longo do séc. XIX, como parte do processo geral de padronização de timbres que resultará na definição da orquestra moderna.

 

Seja como for, constituem uma formação, conhecida popularmente como banda, de enorme apelo de público. E, apesar de um pouco distante das salas de concerto, suscitou uma literatura que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

Para evidenciar isso, a edição de Concertos UFRJ pinçou seis obras que cobrem um trajeto que nos traz da renascença à modernidade. Quase cinco séculos de uma fértil e instigante produção musical. O mais antigo repertório que os grupos de sopros executam ainda hoje com regularidade é o da chamada escola veneziana, que se desenvolve na Itália nos séc. XVI e XVII. Os metais caracterizam a sua musicalidade que prioriza a composição para espaços amplos e para igrejas majestosas. A edição de Concertos UFRJ destacou a Canzon primi toni à 10 de Giovani Gabrielli (1555/7-1612) que, na transição entre o renascimento e o barroco, levou essa tradição ao apogeu em termos de sofisticação musical e riqueza melódica. Em contraste, as madeiras, associadas às trompas, se adequam mais confortavelmente aos salões restritos da aristocracia, como mostra a Serenata no 10 (K361), conhecida como “Gran Partita”, composta por Mozart para um concerto privado e destinada a treze instrumentos de sopro. Diversidade que evidencia a enorme riqueza de timbres que esse naipe de instrumentos oferece aos compositores.

 

Do período romântico, o programa apresenta a Abertura, op. 24, de Mendelssohn (1756-1791), obra em que a formação de sopros, já perfeitamente estabelecida, se integra à percussão e aos contrabaixos. Também para um conjunto mais amplo, que comporta dois naipes de cordas, Dvorak (1841-1904) compôs sua Serenata para sopros, op. 44.

 

Uma tendência para a ampliação das experiências sonoras que ganha força no séc. XX. Concertos UFRJ destacam como exemplo dessa produção mais recente a obra de Gustav Hoslt (1874-1974), que escreveu entre 1909 e 1911 duas Suítes para Banda Militar que, apesar do nome, são agora executadas em salas de concerto mais que por conjuntos tradicionais, e a Fantasia em três movimentos em forma de choros de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), de 1958. Obras que denotam a preocupação dos compositores modernos em ampliar o repertório voltado para esses instrumentos, como um esforço por integrá-los em novas e inusitadas combinações.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Novembro

 

 

Programa 14 – Dia 1 de novembro – Todos os sopros


Programa dedicado a explorar uma formação musical que é muito antiga na história da música mas cujo repertório sempre ficou um tanto distante das salas de concertos. Trata-se dos grupos de instrumentos de sopro, que são conhecidos popularmente por bandas mas que na verdade possuem uma literatura musical que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

  1. Giovani GABRIELLI – “Canzon primi toni à 10” – Musica Fiata Köln com a direção de Roland Wilson.
  2. W. A. MOZART – Terceiro movimento da Serenata no 10 para 13 instrumentos de sopro K361 “Gran Partita” – Academia de Saint Martin in the Fields com a regência de Neville Marriner.
  3. Felix MENDELSSOHN – Abertura op. 24 – Orquestra Sinfônica de Londres e regência de Cláudio Abbado.
  4. A. DVORAK – Serenata para sopros op. 44 – Orquestra Filarmônica de Londres e regência de Christopher Hogwood.
  5. Gustav HOLST – Primeira Suíte para Banda Militar – Orquestra de Sopros de Tokyo e a regência de Frederick Fennel.
  6. Heitor VILLA-LOBOS – Fantasia em três movimentos em forma de choros – Orquestra de Sopros da UFRJ e a regência de Marcelo Jardim.

 

Programa 15 – Dia 08 de novembro – Grandes mestres da Escola de Música I: Francisco MIGNONE.


Série que dedicará um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. Para abrir a série foi escolhido o maestro Francisco Mignone (1897-1986) que foi, sem dúvida, um dos maiores músicos brasileiros do século XX.

 

1. “Congada” da ópera O Contratador de Diamantes com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

2. Primeira Fantasia Brasileira para piano e orquestra com o pianista Bernardo Segal como solista da Orquestra Sinfônica da NBC e a regência de Arturo Toscanini. Gravação realizada ao vivo em Nova York em 14 de novembro de 1943 .

3. Valsas de Esquina nos. 1 e 2 com o pianista Arthur Moreira Lima.

4. Modinha para violoncelo e piano com o violoncelista Ricardo Santoro e a pianista Mirian Grosman.

5. “Festança sem Boi” terceiro movimento do Trio no. 1 para flauta violoncelo e piano com o Trio Mignone (Afonso Oliveira, flauta; Ricardo Santoro, violoncelo; Mirian Grosman, piano).

6. “Patapiada” Valsa no. 9 para fagote solo com o fagotista Frank Morelli.

7. “Cateretê” para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.

8. Concertino para fagote e orquestra com o fagotista Frank Morelli acompanhado pela Orquestra de Câmara Orpheus.

9. “Batuque” da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 16 – Dia 15 de novembro – República Musical

 

Entre as datas cívicas do calendário brasileiro o dia 15 de novembro marca a Proclamação da República, um golpe militar que pos fim ao regime imperial com a deposição de D. Pedro II. Muitos foram os artistas que abraçaram a causa republicana. Entre os músicos destaca-se a geração de compositores nascidos na segunda metade do século XIX em especial aqueles que viriam a formar a partir de 1890 os quadros docentes do Instituto Nacional de Música, que substituiu o antigo Conservatório Imperial e que é hoje a Escola de Música da UFRJ.

 

  1. Leopoldo MIGUEZ – Poema-Sinfônico “Ave Libertas” com a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense e a regência de Ligia Amadio.
  2. Alexandre LEVY – “Samba”, último movimento da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e a regência de Erick Vasconcelos.
  3. Alberto NEPOMUCENO – “Galhofeira”, último movimento das Quatro Peças Líricas op. 13 com o pianista Miguel Proença.
  4. Alberto NEPOMUCENO – Scherzo para orquestra com a Sinfonia Cultura e a regência de Lutero Rodrigues.
  5. Henrique OSWALD – Andante com Variações para piano e orquestra com o pianista Eduardo Monteiro, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.
  6. Francisco BRAGA – Episódio Sinfônico com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

 

Programa 17 – Dia 22 de novembro – Dia dos Músicos

 

Desde o século XV Santa Cecília é considerada a padroeira dos músicos e o dia de sua festa, 22 de novembro, é conhecido também como o dia da música e dos músicos. No programa de hoje será apresentada integralmente a Ode para o dia de Santa Cecília de Haendel como uma homenagem a todos os músicos do Rio de Janeiro.

 

1. G. F. HAENDEL – Ode para o dia de Santa Cecília com o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

 

Programa 18 – Dia 29 de novembro – O bandolim na música de concerto

 

Conhecido no Brasil como instrumeno típico do choro o bandolim possui um grande repertório na música de concerto. Compositores como Vivaldi, Mozart e Beethoven escreveram obras para bandolim. Aproveitando a recente criação do bacharelado em bandolim vamos conhecer obras originais com acompanhamento de piano e concertos com orquestra de diferentes compositores, além de mostrar a diversidade de instrumentos. O convidado será o bandolinista Paulo Sá, professor da Escola de Música.

 

  1. A. VIVALDI – Concerto em Dó M para bandolim cordas e contínuo.
  2. W. A. MOZART – Ária “Deviene alla finestra”, da ópera Don Giovanni.
  3. L. V. BEETHOVEN – Andante com variações para bandolim e piano.
  4. G. PAISIELLO – Concerto para bandolim e orquestra.
  5. R. GNATTALI – Concerto para bandolim e cordas

Ernani Aguiar em “Concertos UFRJ”

Foto: Divulgação
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Ernani Aguiar

A décima-terceira edição de Concertos UFRJ, a última de outubro, recebeu um convidado muito especial, o compositor, regente e docente da Escola de Música (EM), Ernani Aguiar.


 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

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A décima-terceira edição de Concertos UFRJ, a última de outubro, recebeu um convidado muito especial, o compositor, regente e docente da Escola de Música (EM), Ernani Aguiar. Uma das personalidades mais criativas do cenário musical brasileiro atual, Aguiar, que completa 60 anos em plena atividade, falou um pouco de sua trajetória, do modo de escritura de algumas de suas peças e do processo subjacente a sua criação. Recentemente (ver ) várias partituras de sua produção coral a capela foram publicadas como resultado de uma parceria da EM com a Academia Brasileira de Musical (ABM).

 

O compositor está trabalhando agora em duas obras, uma abertura para a Orquestra Petrobras Sinfônica, que estreia em dezembro, e o primeiro concertino brasileiro para cavaquinho e orquestra de cordas. No programa ele destaca ainda que se sente particularmente à vontade escrevendo para instrumentos de cordas e para vozes. Aliás, suas peças corais expressam, não raro, uma profunda, sincera e sentida religiosidade.

 

Apresentado toda segunda-feira, às 22h, por André Cardoso, diretor da EM e regente que divide com Ernani Aguiar a direção da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), o programa é resultado de um convênio da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1).

 

Ernani Aguiar nasceu em 1950, em Petrópolis, Rio de Janeiro, e fez seus estudos musicais sob a orientação de Paulina d’Ambrósio e Santino Parpinelli (violino e viola), César Guerra-Peixe (composição), Carlos Alberto Pinto Fonseca (regência) e Jean-Jacques Pagnot (música de câmara). Foi bolsista do Mozarteum Argentino, tendo estudado com Sérgio Lorenzi. No Conservatório Cherubini, em Florença (Itália), estudou com Roberto Micchelucci (violino), Annibale Gianuario (regência), Franco Rossi (música de câmara) e Mário Fabbri (história da música).

 

Fez cursos de aperfeiçoamento em regência com Franco Ferra, Adone Zecchi, Giuseppe Montanari e Sergiu Celibidache. Foi provavelmente o primeiro estrangeiro, nos últimos três séculos, a reger o grande coro da Catedral de Florença, e recebeu o título de Maestro de Capela em Santa Maria de Peretola, na mesma cidade. Foi professor de regência do Instituto Villa-Lobos da UNIRIO, coordenador do Projeto Orquestras da Funarte (1982-1985) e em 1990, recebeu o título de Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro.

 

Como regente, dedica-se especialmente ao repertório brasileiro e ao repertório contemporâneo internacional. Como pesquisador, tem sua atenção voltada para a música brasileira do período colonial, tendo realizado edição crítica de grande quantidade dessas obras. Como compositor, tem tido sucesso expressivo, e sua música está frequentemente presente em programas de concertos, no Brasil e no exterior, existindo boa quantidade de edições fonográficas de obras suas.

 

Ernani Aguiar ocupa a cadeira 4 da ABM, que tem como patrono  J. J. E. Lobo de Mesquita e como fundadora Oneyda Alvarenga.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Programação de Novembro

 

 

Programa 14 – Dia 1 de novembro – Todos os sopros


Programa dedicado a explorar uma formação musical que é muito antiga na história da música mas cujo repertório sempre ficou um tanto distante das salas de concertos. Trata-se dos grupos de instrumentos de sopro, que são conhecidos popularmente por bandas mas que na verdade possuem uma literatura musical que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

  1. Giovani GABRIELLI – “Canzon primi toni à 10” – Musica Fiata Köln com a direção de Roland Wilson.
  2. W. A. MOZART – Terceiro movimento da Serenata no 10 para 13 instrumentos de sopro K361 “Gran Partita” – Academia de Saint Martin in the Fields com a regência de Neville Marriner.
  3. Felix MENDELSSOHN – Abertura op. 24 – Orquestra Sinfônica de Londres e regência de Cláudio Abbado.
  4. A. DVORAK – Serenata para sopros op. 44 – Orquestra Filarmônica de Londres e regência de Christopher Hogwood.
  5. Gustav HOLST – Primeira Suíte para Banda Militar – Orquestra de Sopros de Tokyo e a regência de Frederick Fennel.
  6. Heitor VILLA-LOBOS – Fantasia em três movimentos em forma de choros – Orquestra de Sopros da UFRJ e a regência de Marcelo Jardim.

 

Programa 15 – Dia 08 de novembro – Grandes mestres da Escola de Música I: Francisco MIGNONE.


Série que dedicará um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. Para abrir a série foi escolhido o maestro Francisco Mignone (1897-1986) que foi, sem dúvida, um dos maiores músicos brasileiros do século XX.

 

1. “Congada” da ópera O Contratador de Diamantes com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

2. Primeira Fantasia Brasileira para piano e orquestra com o pianista Bernardo Segal como solista da Orquestra Sinfônica da NBC e a regência de Arturo Toscanini. Gravação realizada ao vivo em Nova York em 14 de novembro de 1943 .

3. Valsas de Esquina nos. 1 e 2 com o pianista Arthur Moreira Lima.

4. Modinha para violoncelo e piano com o violoncelista Ricardo Santoro e a pianista Mirian Grosman.

5. “Festança sem Boi” terceiro movimento do Trio no. 1 para flauta violoncelo e piano com o Trio Mignone (Afonso Oliveira, flauta; Ricardo Santoro, violoncelo; Mirian Grosman, piano).

6. “Patapiada” Valsa no. 9 para fagote solo com o fagotista Frank Morelli.

7. “Cateretê” para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.

8. Concertino para fagote e orquestra com o fagotista Frank Morelli acompanhado pela Orquestra de Câmara Orpheus.

9. “Batuque” da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 16 – Dia 15 de novembro – República Musical

 

Entre as datas cívicas do calendário brasileiro o dia 15 de novembro marca a Proclamação da República, um golpe militar que pos fim ao regime imperial com a deposição de D. Pedro II. Muitos foram os artistas que abraçaram a causa republicana. Entre os músicos destaca-se a geração de compositores nascidos na segunda metade do século XIX em especial aqueles que viriam a formar a partir de 1890 os quadros docentes do Instituto Nacional de Música, que substituiu o antigo Conservatório Imperial e que é hoje a Escola de Música da UFRJ.

 

  1. Leopoldo MIGUEZ – Poema-Sinfônico “Ave Libertas” com a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense e a regência de Ligia Amadio.
  2. Alexandre LEVY – “Samba”, último movimento da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e a regência de Erick Vasconcelos.
  3. Alberto NEPOMUCENO – “Galhofeira”, último movimento das Quatro Peças Líricas op. 13 com o pianista Miguel Proença.
  4. Alberto NEPOMUCENO – Scherzo para orquestra com a Sinfonia Cultura e a regência de Lutero Rodrigues.
  5. Henrique OSWALD – Andante com Variações para piano e orquestra com o pianista Eduardo Monteiro, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.
  6. Francisco BRAGA – Episódio Sinfônico com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

 

Programa 17 – Dia 22 de novembro – Dia dos Músicos

 

Desde o século XV Santa Cecília é considerada a padroeira dos músicos e o dia de sua festa, 22 de novembro, é conhecido também como o dia da música e dos músicos. No programa de hoje será apresentada integralmente a Ode para o dia de Santa Cecília de Haendel como uma homenagem a todos os músicos do Rio de Janeiro.

 

1. G. F. HAENDEL – Ode para o dia de Santa Cecília com o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

 

Programa 18 – Dia 29 de novembro – O bandolim na música de concerto

 

Conhecido no Brasil como instrumeno típico do choro o bandolim possui um grande repertório na música de concerto. Compositores como Vivaldi, Mozart e Beethoven escreveram obras para bandolim. Aproveitando a recente criação do bacharelado em bandolim vamos conhecer obras originais com acompanhamento de piano e concertos com orquestra de diferentes compositores, além de mostrar a diversidade de instrumentos. O convidado será o bandolinista Paulo Sá, professor da Escola de Música.

 

  1. A. VIVALDI – Concerto em Dó M para bandolim cordas e contínuo.
  2. W. A. MOZART – Ária “Deviene alla finestra”, da ópera Don Giovanni.
  3. L. V. BEETHOVEN – Andante com variações para bandolim e piano.
  4. G. PAISIELLO – Concerto para bandolim e orquestra.
  5. R. GNATTALI – Concerto para bandolim e cordas