Produção Operística

Com uma longa tradição, os projetos operísticos são um destaque da produção artística da EM.

A relação da Escola de Música com o canto lírico perpassa toda a sua trajetória. Muitos dos seus alunos e docentes realizaram contribuições relevantes ao repertório nacional. No entanto, a instituição como produtora de espetáculos operísticos remonta a meados do século passado, quando, no decorrer das comemorações de seu centenário de fundação, promoveu, pela primeira vez, a encenação de uma ópera completa: Moema, de Delgado de Carvalho, com os alunos da classe de Declamação Lírica da professora Carmem Gomes, apresentada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1949.

Desde estão a montagem de óperas se firmou e passou a fazer parte das atividades acadêmicas da Escola. São mais de oitenta produções, segundo levantamento da do site, que registra os espetáculos desse gênero musical produzidos pela instituição ao longo dos anos.

Hoje duas iniciativas concentram a produção da Escola – o projeto Ópera na UFRJ, voltado para o repertório geral, e A Escola vai à Ópera, focado no público infanto-juvenil.

Ópera na UFRJ

   Foto: Rafael Reigoto
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   Cena de A Flauta mágica, produção de 2018.

O projeto ÓPERA NA UFRJ foi criado em 1994 e produziu, em sua primeira fase, espetáculos como A flauta mágica, de Mozart (1994); Maroquinhas Fru-Fru, de Ernst Mahle, sobre texto consagrado de Maria Clara Machado (1995); O elixir do amor, de Donizetti (1996); O Chalaça, de Francisco Mignone (1997); O franco atirador, de Carl Maria von Weber (1998); A volta do estrangeiro, de Felix Mendelssohn (2001 ); Don Pasquale, de Donizetti (2002); e As bodas de Fígaro, de Mozart (2003).

Retomado em 2009, foram apresentados quatro diferentes títulos: O telefone, de Giancarlo Menotti; Rita, de Donizetti; La serva padrona, de Pergolesi; e Un mari à la porte, de Offenbach.

Em 2011, o projeto inaugurou, com a ópera Don Quixote nas bodas de Comacho, do compositor barroco alemão George Phillip Telemann, um novo formato com a realização de itinerância por teatros municipais do Estado do Rio de Janeiro. Ao todo o projeto, que envolve outras unidades da UFRJ, como as Escolas de Belas Artes (cenários e figurinos) e Comunicação, (direção teatral) montou mais de 20 produções.

A escolha dos títulos a serem encenados obedece a critérios didáticos e ao mesmo tempo funcionais. Didáticos porque procuramos proporcionar aos alunos a abordagem de diferentes estilos e linguagens. Funcionais porque são escolhidos títulos que sejam adequados às vozes dos alunos e ao tamanho e recursos técnicos do palco do Salão Leopoldo Miguez, ao mesmo tempo que sejam uma garantia de sucesso junto ao público.

O projeto tem como objetivos proporcionar aos alunos das unidades envolvidas na produção, treinamento e aperfeiçoamento no gênero operístico e formar mão de obra qualificada e especializada em espetáculos líricos.

Os alunos atuam em todas as etapas de produção do espetáculo e são coordenados por professores e profissionais convidados que se encontram entre os mais requisitados e atuantes.

Com a produção de um espetáculo de ópera, uma das mais complexas manifestações artísticas da cultura ocidental, a UFRJ marca seu compromisso com a diversidade cultural, enriquecendo o cenário artístico do Rio de Janeiro e chamando a atenção para o importante papel da Universidade na qualificação profissional dos artistas brasileiros.

A Escola vai à ópera

   Foto: Ana Liao
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   Cena de Os irmãos repentistas e os pandeiros encantados, produção de 2012.

Pensando no público infantil, não acostumado a ouvir ópera, e aproveitando sua grande experiência à frente do Coral Infantil da UFRJ, a professora Maria José Chevitarese escreveu o projeto A ESCOLA VAI À ÓPERA para concorrer, em 2007, ao edital do Programa de Apoio à Cultura e Extensão Universitária (PROEXT­/Cul­tura).

A possibilidade de introduzir as crianças no mundo desse fantástico gênero musical com espetáculos em língua portuguesa, temáticas e linguagem próprias para esta idade, encantou desde o início estudantes e docentes não só da Escola de Música, como também das Belas Artes e Direção Teatral/ECO.

A obra inaugural foi Maroquinhas Fru-Fru, de Ernest Mahle, com texto de Maria Clara Machado, levada ao palco do Salão Leopoldo Miguez em 2008, com récitas exclusivas para alunos das escolas públicas municipais e outras abertas ao público em geral, sempre com lotação esgotada.

O projeto vem se renovando e contabiliza cerca dez montagens, muitas delas estreias nacionais e mundiais, atingindo um público da ordem de de doze mil crianças e adolescentes. Ele conta também com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, que faz a divulgação nas escolas e fornece o transporte, e, desde 2012, com o patrocínio da Pró-reitoria deExtensão da UFRJ através do Programa Institucionalde Fomento Pró-Cultura e Esportes.

Contatos: aescolavaiaopera@gmail.com

Concertos UFRJ

No ar desde 2010, inicialmente na Radio Roquette Pinto FM, o programa radiofônico CONCERTOS UFRJ , passou a ser veiculado, a partir de 4 de setembro de 2017, toda quarta-feira, às 22h, pela MEC 99.3 FM, emissora que dedica sua grade à música de concerto, levando ao ar grandes compositores brasileiros e internacionais de todos os tempos, além de jazz, choro e música instrumental.

Desde 2016 a curadoria do CONCERTOS UFRJ está a cargo do Programa de Pós-Graduação Profissional em Música da UFRJ (PROMUS). Aloysio Fagerlande, coordenador do PROMUS, produz e apresenta o programa.

Por sua natureza, perfil e objetivos, a pós-graduação profissional é bastante diferente da acadêmica e a divulgação pela internet, pelas redes sociais ou pela radiodifusão tradicional dos produtos gerados pelo curso, é fundamental. A parceria com a MEC FM proporciona mais um espaço para a veiculação da produção artística do PROMUS, tanto a criada por docentes, como a de autoria do corpo discente. Com isso, é possivel atingir um público maior do que aquele que frequenta as salas e espaços destinados à música ao vivo, assim como aquele que acessa uma revista eletrônica.

CONCERTOS UFRJ é, assim, uma forma de ampliar a interação do PROMUS com a sociedade na qual está inserido.

Todos os programas são disponibilizados no podcast do site do PROMUS.

A Escola vai à ópera

Pensando no público infantil, não acostumado a ouvir ópera, e aproveitando sua grande experiência à frente do Coral Infantil da UFRJ, a professora Maria José Chevitarese escreveu o projeto A ESCOLA VAI À ÓPERA para concorrer, em 2007, ao edital do Programa de Apoio à Cultura: Extensão Universitária (PROEXT/Cultura).

A possibilidade de introduzir as crianças no mundo desse fantástico gênero musical com espetáculos em língua portuguesa, temáticas e linguagem próprias para esta idade, encantou desde o início estudantes e docentes não só da Escola de Música, como também das Belas Artes e Direção Teatral/ECO.

A obra inaugural foi Maroquinhas Fru-Fru, de Ernest Mahle, com texto de Maria Clara Machado, levada ao palco do Salão Leopoldo Miguez em 2008, com récitas exclusivas para alunos das escolas públicas municipais e outras abertas ao público em geral, sempre com lotação esgotada.

O projeto vem se renovando e contabiliza cerca dez montagens, muitas delas estreias nacionais e mundiais, atingindo um público da ordem de de doze mil crianças e adolescentes. Ele conta também com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, que faz a divulgação nas escolas e fornece o transporte, e, desde 2012, com o patrocínio da Pró-reitoria deExtensão da UFRJ através do Programa Institucionalde Fomento Pró-Cultura e Esportes.

Ópera na UFRJ

O projeto ÓPERA NA UFRJ foi criado em 1994 e produziu, em sua primeira fase, espetáculos como A flauta mágica, de Mozart (1994); Maroquinhas Fru-Fru, de Ernst Mahle, sobre texto consagrado de Maria Clara Machado (1995); O elixir do amor, de Donizetti (1996); O Chalaça, de Francisco Mignone (1997); O franco atirador, de Carl Maria von Weber (1998); A volta do estrangeiro, de Felix Mendelssohn (2001 ); Don Pasquale, de Donizetti (2002); e As bodas de Fígaro, de Mozart (2003).

Retomado em 2009, foram apresentados quatro diferentes títulos: O telefone, de Giancarlo Menotti; Rita, de Donizetti; La serva padrona, de Pergolesi; e Un mari à la porte, de Offenbach.

   Foto: Rafael Reigoto
  2018flautamagica.jpg
   Cena de A Flauta mágica, produção de 2018.

O projeto ÓPERA NA UFRJ foi criado em 1994 e produziu, em sua primeira fase, espetáculos como A flauta mágica, de Mozart (1994); Maroquinhas Fru-Fru, de Ernst Mahle, sobre texto consagrado de Maria Clara Machado (1995); O elixir do amor, de Donizetti (1996); O Chalaça, de Francisco Mignone (1997); O franco atirador, de Carl Maria von Weber (1998); A volta do estrangeiro, de Felix Mendelssohn (2001 ); Don Pasquale, de Donizetti (2002); e As bodas de Fígaro, de Mozart (2003).

Retomado em 2009, foram apresentados quatro diferentes títulos: O telefone, de Giancarlo Menotti; Rita, de Donizetti; La serva padrona, de Pergolesi; e Un mari à la porte, de Offenbach.

Em 2011, o projeto inaugurou, com a ópera Don Quixote nas bodas de Comacho, do compositor barroco alemão George Phillip Telemann, um novo formato com a realização de itinerância por teatros municipais do Estado do Rio de Janeiro. Ao todo o projeto, que envolve outras unidades da UFRJ, como as Escolas de Belas Artes (cenários e figurinos) e Comunicação, (direção teatral) montou mais de 20 produções.

A escolha dos títulos a serem encenados obedece a critérios didáticos e ao mesmo tempo funcionais. Didáticos porque procuramos proporcionar aos alunos a abordagem de diferentes estilos e linguagens. Funcionais porque são escolhidos títulos que sejam adequados às vozes dos alunos e ao tamanho e recursos técnicos do palco do Salão Leopoldo Miguez, ao mesmo tempo que sejam uma garantia de sucesso junto ao público.

O projeto ÓPERA NA UFRJ desde sua origem é uma iniciativa que se realiza em absoluta integração com disciplinas dos cursos de Graduação das Escolas de Música, Belas Artes, Direção Teatral e, eventualmente, o Curso de Dança. A produção complexa de uma ópera envolve etapas em que, sob a coordenação e orientação de docentes de canto, regência, cenografia, indumentária, direção teatral e dança, os discentes envolvidos aliam conhecimento e prática desenvolvendo suas habilidades artísticas com autonomia.

Dessa forma, o projeto cumpre sua função de formação artístico-cultural de seus estudantes em espetáculos líricos e a UFRJ, como instituição pública, cumpre seu compromisso de retornar à sociedade sua produção artística, proporcionando, não apenas ao público da capital mas também de diferentes municípios fluminenses, um evento operístico gratuito de alta qualidade, o que certamente contribui para formar novas plateias para o gênero operístico.

Com a produção de um espetáculo de ópera, uma das mais complexas manifestações artísticas da cultura ocidental, a UFRJ marca seu compromisso com a diversidade cultural, enriquecendo o cenário artístico do Rio de Janeiro e chamando a atenção para o importante papel da Universidade na qualificação profissional dos artistas brasileiros.

Hall de entrada e Foyer

foyerAlém das salas de concertos a Escola de Música realiza eventos em espaços alternativos como o Hall de entrada e o Foyer do Salão Leopoldo Miguez.

Durante a Semana de Aniversário o hall de entrada recebe por uma semana concertos no horário de 12:30. A série atrai o público que passa em frente ao prédio, na Rua do Passeio, que entra e assiste a concertos de programação variada, com especial participação dos alunos. O horário alternativo permite que muitos possam ouvir um pouco de música no intervalo do almoço, antes de voltar ao trabalho.

O Foyer é utilizado especialmente para exposições, lançamentos de livros e CDs, coquetéis e recepções. Em 2009 foram realizadas as exposições “Villa-lobos e seus contemporãneos” e “Raphael Baptista: o tempo de um mestre”.

Setor Artístico e Cultural

O Setor Artístico e Cultural da Escola de Música é responsável pela administração das salas de concertos, manutenção dos instrumentos musicais e demais equipamentos, pela programação artística, pela produção dos eventos oficiais da Escola de Música, incluindo a produção de programas, cartazes e outros impressos e a divulgação. A intensa atividade artística desenvolvida por docentes, discentes e técnicos proporciona ao público carioca uma temporada variada que inclui concertos sinfõnicos e de câmara, vocais e instrumentais abrangendo os diversos períodos da história da música com ênfase no repertório dos compositores brasileiros, sempre presentes nos programas. A temporada se desenvolve nas três salas de concertos ou em espaços alternativos como o foyer do Salão Leopoldo Miguez ou o hall de entrada da Escola de Música, sempre com entrada franca.

 

A equipe atual do setor é a seguinte:

Diretor Artístico: Prof. Eduardo Biato

Equipe técnica:


André Garcez

Francisca Marques dos Santos

Mário Luiz Martins Peixoto

Paula Buscácio

Rafael Reigoto

Rosimaldo Martins

Temporada anual

A Escola de Música é responsável por boa parte da oferta de concertos na cidade do Rio de janeiro. Sua diversificada produção abrange desde a música antiga até a contemporânea, com especial ênfase na música brasileira. Sua temporada artística é consequência direta das atividades acadêmicas desenvolvidas por seus professores, alunos e técnicos e é apresentada ao público em suas três salas de concertos, sempre com entrada franca.

 

Os destaques da temporada 2010 são os eventos em torno do tema “Ópera”. O primeiro deles será a montagem de ‘Il segreto di Susanna” de Wolf-Ferrari, que sobe à cena em abril em versão com acompanhamento de piano. No mês de maio ocorre o Concurso Nacional de Canto / Ópera 2010 que, com mais de 80 candidatos inscritos de todo o Brasil, revelará os novos talentos do canto lírico. Julho será o mês da estréia de “Die Opernprobe” de Lortzing, pela primeira vez encenada no Brasil. O mês de agosto nos reserva uma semana inteira dedicada a ópera na “Semana de Aniversário”. Nas partes da manhã e tarde será realizado o Simpósio Internacional de Musicologia, com o tema “A atualidade da ópera” e a participação de alguns dos maiores especialistas abordando o tema em coferências e mesas de debates, seguidos sempre de um concerto. A ópera “Il Rè” de Giordano sobe à cena em setembro e encerando o ano a estréia de “A hora e a vez de Augusto Matraga” de João Gulherme Ripper a partir de famoso conto de Guimarães Rosa.

 

São destaques ainda na temporada de 2010 as séries tradicionais como “Talentos UFRJ”, todas as quartas-feiras às 18:30h, e o Panorama da Música Brasileira Atual, no mês de outubro. Veja os eventos programados até agora.

 

Órgão Tamburini

O instrumento foi construído pela Fabbrica D’Organi Comm. Giovani Tamburini da cidade de Crema (Itália), fundada pelo organeiro Giovanni Tamburini (1857-1942) em 1893. Foi encomendado pela diretora da Escola Nacional de Música, Joanídia Sodré, para substituir o antigo órgão Sauer de fabricação alemã, comprado por Leopoldo Miguez para o Instituto Nacional de Música. A disposição dos registros foi projetada pelo grande organista italiano Fernando Germani (1906-1998). O instrumento da Escola de Música possui 4.620 tubos, quatro manuais, pedaleira e 52 registros reais e foi inaugurado em 13 de agosto de 1954. (O esquema de sua {source}
<a href=”https://musica.dev.coordcom.ufrj.br/wp-content/uploads/images/stories/institucional/RegistracaoTamburini.png” rel=”shadowbox” title=”Registração do Órgão Tamburini da EM/UFRJ”>registração</a>
{/source}pode ser baixado aqui).

Desde 1954 inúmeros recitais foram realizados por grandes organistas internacionais, como Fernando Germani, Karl Richter (1926-1981) e Pierre Cocherreau (1924-1984), e nacionais, como Antônio Silva (1908-1960), Gertrud Mersiovsky, Dorotéa Kerr e José Luis Aquino, entre outros.

Dois discos foram gravados no instrumento: “Franz Liszt” com a organista Gertrud Mersiovsky, em 1988, e o álbum duplo intitulado “O órgão da Escola de Música” na série “Futuros Mestres em Música” do programa de pós-graduação, reunindo os organistas Marco Aurélio Lischt, Alexandre Rachid, Ary Aguiar e José Luis Aquino. O instrumento serviu também para o desenvolvimento de várias dissertações de mestrado versando sobre o repertório internacional, especialmente sobre obras de César Franck (José Luis Aquino, 1990), Max Reger (Ary Aguiar, 1992 e Marco Aurélio Lischt, 1995), Olivier Messiaen (Alexandre Rachid, 1992), Arnold Schoenberg (Eduardo Biato, 1995), Mozart (Regina Lacerda, 1995), Charles Marie Widor (Benedito José Rosa, 1996), Francisco Arauxo (Bailinda Heckert, 1997) e Jeanne Demessieux (Domitila Ballesteros, 2002).

  

 

  

Em dezembro de 2008 foi realizado o “Concerto para a Reforma do Órgão Tamburi” com a participação dos organistas Alexandre Rachid, Eduardo Biato, Benedito José Rosa e Domitila Ballesteros, marcando o início da reforma do instrumento patrocinada pela Petrobras. Durante dois anos o instrumento não poderá ser ouvido, pois será completamente desmontado e restaurado, ganhando um moderno sistema digital.

Órgão Sauer

Em 1892 o compositor Leopoldo Miguez (1850-1902) decidiu comprar para o Instituto Nacional de Música um grande órgão de tubos da fábrica alemã de Wilhelm Sauer (1831-1916). O instrumento foi adquirido com o prêmio de 20 contos de réis que ganhou em um concurso de composição para a escolha de um novo hino nacional nos primeiros anos da República e foi instalado no recém-construído salão de concertos da antiga sede do INM, localizada na então denominada Rua da Lampadosa, atual Rua Luiz de Camões, na Praça Tiradentes.

Com a mudança da sede do Instituto para o prédio da Rua do Passeio o grande órgão Sauer de concerto foi desmontado e reinstalado no salão de concertos da nova sede.

Em 1954 foi substituído pelo atual Órgão Tamburini. Não é conhecido hoje o seu paradeiro.

Em 1896 Miguez adquiriu da mesma casa alemã um outro instrumento, um modelo menor para estudo com tração mecânica, 345 tubos, dois manuais, pedaleira e sete registros, com número de opus 665. É o instrumento que se encontra hoje na Sala Henrique Oswald.

Foto: Renan Salotto
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O modelo de estudo foi instalado no prédio de aulas para servir ao curso de órgão. Por várias décadas o instrumento não mereceu atenção e no final do século XX encontrava-se em péssimo estado de conservação e praticamente sem uso.

Por ocasião do centenário de morte do compositor Joseph Rheinberger (1839-1901), durante a gestão do professor João Guilherme Ripper, foi elaborado um projeto para a restauração do instrumento. O maestro Albert Frommelt, regente da Orquestra Sinfônica do Liechtenstein, país natal de Rheinberger, foi convidado para dirigir um concerto com a Orquestra Sinfônica da UFRJ apenas com obras do compositor. A Fundação Feger, do principado do Liechtenstein, doou os recursos para a realização do concerto e para a reforma do órgão Sauer. Em 2002 o instrumento foi completamente desmontado, restaurado e remontado na Sala Henrique Oswald, viabilizando sua utilização em concertos.

Hoje o instrumento continua sendo utilizado para estudo e aulas mas serve também para uma série anual de concertos coordenada pela professor Eduardo Biato.

Sala Henrique Oswald

Fica no último andar do prédio da Rua do Passeio e foi o local onde primeiramente se instalou a biblioteca da Escola de Música. Seu nome é uma homenagem ao grande pianista, compositor e professor que foi diretor do Instituto Nacional de Música entre 1903 e 1906. Possui capacidade para aproximadamente 120 espectadores. Sobre o palco estão dois pianos Steinway e ao fundo o . As cadeiras são móveis possibilitando a formatação da platéia para concertos no palco como para concertos de órgão. A sala é usada também para ensaios de coro, orquestra e música de câmara.