Laboratório de Música e Tecnologia (LaMuT)

Ocupa duas salas de 30 metros quadrados cada (salas 2101 e 2112) do prédio III da Escola de Música, ambas com refrigeração, pontos de Internet a cabo, tomadas em padrão nacional, servidas de Internet Wi-Fi de alta velocidade, cadeiras, mesas, projetores dedicados, equipamentos de som e armários.

  Foto: Reprodução
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  Seminários: encontro com Lola Malique e Michelle Agnes (coordenação de Pedro Bittencourt)

Atende à linha Poéticas da criação musical (Área de Processos Criativos) do PPGM, compartilhando também atividades com a Graduação, principalmente com disciplinas do Departamento de Composição.

Criado em 1995, graças a um projeto dos professores Rodolfo Caesar e Marisa Rezende, ligado ao CNPq, que financiou a maior parte de seus equipamentos, tem por objetivos a pesquisa e o ensino ligados à produção da música eletroacústica, ao estudo dos processos tecnológicos em música e à análise e composição assistidas por computador.

O equipamento também possibilita a realização de difusão em concertos com até 16 canais e tem recursos de gravação e processamento de nível profissional.

O LaMuT tem apoiado a realização de concertos e palestras de pesquisadores e artistas internacionais, como o GRM, International Contemporary Ensemble, Anne-Marie Berger e Mauricio Meza, entre muitos outros, além de Projetos de extensão (como o Projeto Compositores) e as atividades de Grupos de Pesquisa do Programa.

LaMuT
Pauxy Gentil-Nunes, coordenador acadêmico
Carlos Almada, coordenador administrativo 

Clique aqui para acessar a página do laboratório.

Órgão

A habilitação em órgão foi criada em 1892, durante a gestão de Leopoldo Miguez, após a compra de dois órgãos da marca Sauer, um de concerto e outro de estudo. O primeiro professor foi Alberto Nepomuceno, que foi sucedido por, entre outros, Antônio Silva, Mário Gazanego e Gertrud Mersiovsky. O curso tem duração de quatro anos com um total de 2400 horas. O aluno de órgão da Escola de Música tem à sua disposição três instrumentos: o Sauer de estudo, em pleno funcionamento na Sala Henrique Oswald, o órgão Tamburini de 1954, atualmente em reforma, e o órgão digital Rogers, adquirido em 2008.
                             
                 
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Instrumentos de Orquestra

Durante a última reforma curricular, concluída em 2008, a grade curricular dos instrumentos de orquestra foi padronizada de modo a proporcionar ao futuro músico uma formação sólida e consistente em seu instrumento, com ênfase nas práticas de conjunto, especialmente música de câmara e prática de orquestra. As disciplinas complementares foram reunidas em grupos específicos (Grupo História, Grupo Harmonia, Grupo Análise, etc). O aluno é obrigado a cumprir uma carga horária mínima em cada grupo e escolhe qual disciplina cursar a partir da lista oferecida em cada grupo. O núcleo comum é formado pelas disciplinas obrigatórias. O tempo de integralização é de quatro anos com uma carga horária total mínima de 2.640 horas. Fazem parte do grupo de instrumentos de orquestra as habilitações em flauta, oboé, clarineta, fagote, trompa, trompete, trombone, tuba, harpa, percussão, violino, viola, violoncelo e contrabaixo
                
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Teste de Habilidade Específica

No teste são avaliadas algumas habilidades musicais dos candidatos assim como seu nível de desenvolvimento técnico e artístico a partir de um repertório determinado ou sugerido.

O THE é aplicado pelos próprios professores da Escola de Música e consiste em Prova Escrita (ditado ao piano para reconhecimento auditivo e prova de conhecimentos teóricos com notação musical, acordes, intervalos, tonalidades e modulação a tons vizinhos), Prova Oral (solfejo e leitura rítmica) e Prova Prática (avaliação do conhecimento técnico/prático para o curso pleiteado).

Os modelos e as provas dos vestibulares anteriores podem ser obtidos na Secretaria Acadêmica de Graduação da Escola de Música.

 

Projeto Pedagógico do Bacharelado

O projeto pedagógico é o documento que, atendendo as exigências do sistema nacional de educação, explicita as diretrizes pedagógicas e os fundamentos teórico-metodológicos dos cursos, sua organização, seus objetivos e suas formas de avaliação. É também através do projeto pedagógico que a instituição expressa sua prática pedagógica, indica o perfil de seus cursos àqueles que desejam nela ingressar, aponta o rumo de suas ações e operacionaliza seu planejamento educacional. O atual projeto pedagógico do curso de bacharelado da Escola de Música da UFRJ foi elaborado no contexto da ampla reforma curricular finalizada no ano de 2008.

    

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Biblioteca Alberto Nepomuceno

O acervo inestimável da Biblioteca abriga boa parte da memória da música no Brasil.

 A Biblioteca Alberto Nepomuceno é um importante repositório de pesquisa musical no Brasil. Possui um acervo diversificado com partituras impressas, músicas manuscritas, livros, periódicos, dissertações, obras raras, material iconográfico, CDs, DVDs, além de um significativo acervo de documentação histórica, que resguarda parte da memória da Escola de Música.

   Artur Moês (SGCOM/UFRJ
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A valiosa coleção da BAN (como a Biblioteca também é conhecida), vem sendo formada desde 1848, ano de fundação do Conservatório de Música, hoje Escola de Música da UFRJ. O conservatório foi a primeira instituição de ensino musical oficializada no período imperial com o objetivo de propagar o ensino da Música no Brasil e teve como seu principal fundador o músico Francisco Manuel da Silva, autor do Hino Nacional Brasileiro.

Devido aos cursos ministrados no conservatório, professores, alunos e instrumentistas traziam suas músicas e materiais de ensino, que eram doados ou mesmo esquecidos na instituição após o término dos estudos. Estes acervos foram se avolumando e a Biblioteca foi se desenvolvendo.

Ao ser proclamada a República, o Conservatório foi extinto, passando a chamar-se Instituto Nacional de Música (1890). Foi neste período que Leopoldo Miguez, primeiro diretor do Instituto, constatou a necessidade de realizar uma organização mais apropriada para o acervo da Biblioteca e, com isso, começou ele mesmo a registrar as primeiras obras. Ilustres personalidades da Música brasileira ajudaram de forma significativa no desenvolvimento da BAN: Delgado de Carvalho, Manuel Porto Alegre Faulhaber, Alberto Nepomuceno, Oswaldo Duque Estrada Guerra, João Otaviano Gonçalves, Guilherme de Mello e Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, exerceram por alguns anos o papel de bibliotecários, desta forma, registraram obras, criaram os primeiros catálogos, adquiriram coleções e buscaram melhores instalações para o acervo, alguns doaram suas próprias músicas para a biblioteca. A ocupação das instalações no prédio de aulas da Rua do Passeio, em 1957, rendeu uma justa homenagem ao Músico Alberto Nepomuceno conferindo à Biblioteca o seu nome.

A BAN possui coleções especiais, algumas consideradas raras, entre elas podemos destacar: as obras Mauricianas, partituras do Padre José Maurício Nunes Garcia, considerado um importante músico e compositor da época do Brasil colônia e imperial; a coleção de partituras do Theatro São Pedro de Alcântara, expressivo teatro de ópera da cidade do Rio de Janeiro oitocentista; e a coleção de partituras manuscritas composta por obras de vários compositores, muitas originais e autografas. Destacamos também o acervo pessoal do maestro e compositor José Siqueira, e da regente e musicóloga Cleofe Person de Mattos.

Em 2017, a BAN teve suas obras originais do compositor Carlos Gomes registradas no Programa Memória do mundo da UNESCO, unida com outras instituições que tem sob custódia obras do compositor, elas integram o patrimônio documental “Carlos Gomes: compositor de dois mundos”.

A Biblioteca Alberto Nepomuceno faz parte do Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ (SiBI), juntamente com outras 44 Bibliotecas da instituição, oferecendo serviços voltados para a comunidade acadêmica e atendendo pesquisadores de todo o mundo.

Selo Fonográfico UFRJ/Música

Certeza de qualidade artística, a produção fonográfica UFRJ/Música ganhou vários prêmios e distinções.

A produção fonográfica da Escola de Música remonta à época do LP quando a Orquestra Sinfônica gravou a Abertura em Ré, Missa Abreviada e o Moteto “Te Christe Solum Novimus” de José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) em concerto ao vivo na Igreja de N.Sra. Do Carmo da Antiga Sé. Posteriormente, com a criação do Programa de Pós-Graduação em Música foi produzida uma série de Lps intitulada “Futuros Mestres em Música”. Em 1991 a Escola de Música produziu seu primeiro CD, “Música Brasileira – vol. I”, com a orquestra sinfônica interpretando obras de Leopoldo Miguez (1850-1902), Henrique Oswald (1852-1931) e Alberto Nepomuceno (1864-1920) sob a direção do maestro Roberto Duarte. Alguns anos mais tarde foi a vez do “Música Brasileira – vol.II” com obras de Carlos Gomes (1836-1896), Francisco Mignone (1897-1986) e Raphael Baptista.

Em 1997 foi realizado o projeto mais ousado de gravação: a integral da ópera “Colombo” de Carlos Gomes, reunindo solistas, coro e orquestra sinfônica. O projeto levou à criação do Selo Fonográfico UFRJ/Música que tem por objetivo viabilizar a produção fonográfica de artistas e grupos diretamente ligados à Escola de Música da UFRJ, com ênfase no repertório brasileiro de concerto e na música instrumental. 

O enorme sucesso de crítica do CD “Colombo” se materializou nos dois prêmios nacionais que recebeu em 1998: o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) e o Prêmio Sharp na categoria de “Melhor CD Erudito”.

A partir de então a produção fonográfica da Escola de Música tem sido constante e ao CD “Colombo” se somaram os da UFRJazz Ensemble, do Trio Mignone e as novas gravações produzidas pela orquestra e pelo coro sinfônico em parceria com o a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, com distribuição pelo selo Biscoito Fino.

     
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Programa: 
A. NEPOMUCENO – Sinfonia em Solm
H. OSWALD – Elegia
L. MIGUEZ – Prometeus op. 21 

Intérpretes:
Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ 
Regente: Roberto Duarte 

(Esgotado)

     
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Programa: 
Carlos GOMES – Abertura “Fosca” e Alvorada de “Lo Schiavo”
F. MIGNONE – Suíte Brasileira
R. BAPTISTA – A Conquista do Sertão 

Intérpretes:
Inácio De Nonno (barítono)
Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ 
Regente: Roberto Duarte 

(Esgotado)

     
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Programa: 
Obras de Sammy NESTICO,  Lennie NIEHAUS, Freddie GREEN, Toshiko AKIYOSHI, Duke ELLINGTON, Bob MINTZER e John LABARBERA. 

Intérpretes: 
UFRJazz Ensemble 
Direção de José Rua 

(Esgotado)

     
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Programa: 
Carlos GOMES – “Colombo” (integral) 

Intérpretes:
Inácio De Nonno (barítono), Carol McDavit (soprano), Fernando Portari (tenor) e Maurício Luz (baixo)
Coro e Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ
Regente: Ernani Aguiar

     
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Programa: 
Carlos GOMES – Árias e trechos orquestrais de “Salvator Rosa”, “Maria Tudor”, “Lo Schiavo”, “Condor” e “Colombo” 

Intérpretes:
Inácio De Nonno (barítono), Carol McDavit (soprano), Fernando Portari (tenor) e Maurício Luz (baixo)
Coro e Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ
Regente: Ernani Aguiar

     
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Programa: 
L. MIGUEZ – Suíte Antiga op. 25, Chanson d’une jeune fille op. 24 e “Sylvia” Elegia para cordas op. 22.
H. OSWALD – “En Rêve” e Andante com variações para piano e orquestra. 

Intérpretes:
Eduardo Monteiro (piano)
Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ
Regente: André Cardoso

     
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Programa: 
Francisco MIGNONE – Trio no 1, Trio no 2 e “Canção Sertaneja” para flauta, violoncelo e piano; Seis Estudos Transcendentais para piano solo; Modinha para violoncelo e piano. 

Intérpretes:
Trio Mignone – Afonso Oliveira (flauta), Ricardo Santoro (violoncelo) e Miriam Grossman (piano)

     
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Programa: 
José Maurício NUNES GARCIA – Te Deum das Matinas de São Pedro e Requiem (1816). 

Intérpretes:
Veruschka Mainhard (soprano), Carolina Faria (mezzo), Geilson Santos, (tenor) e Maurício Luz (baixo)
Coro e Orquestra Sinfônica da UFRJ
Regente: Ernani Aguiar 

Distribuição: Biscoito Fino

     
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Programa: 
Modinhas e Lundus de Joaquim Manoel Gago da CÂMERA, Gabriel Fernandes da TRINDADE e Cândido Inácio da SILVA. 

Intérpretes: 
Luciana Costa e Silva (mezzo), Marcelo Coutinho (barítono), Paulo da Mata (flauta), Marcos Ferrer (viola de arame) e Marcelo Fagerlande (cravo e direção musical) 

Distribuição: Biscoito Fino

     
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Programa: 
Marcos PORTUGAL – Requiem (1816). 

Intérpretes:
Veruschka Mainhard (soprano), Carolina Faria (mezzo), Antonio Pedro de Almeida (tenor), Frederico Oliveira (baixo).
Cia. Bachiana Brasileira, Orquestra Sinfônica da UFRJ.
Regente: Ricardo Rocha 

Distribuição: Biscoito Fino

     
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CD “Giulio Draghi”  

Repertório: 
Obras de José Maurício Nunes GARCIA, Carl TAUSIG e Modest MUSSORGSKY. 

Intérprete: Giulio DRAGHI (piano)

 

 

 

     
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CD “Violões da UFRJ  

Repertório: 
Obras de Nicanor TEIXEIRA, Adamo PRINCE, Afonso MACHADO e Bartholomeu WIESE, Marcus FERRER, Paulo Cesar BOTELHO, Marcelo FORTUNA, Ruda BRAUS, Marcos MELO, André Trindade SILVA, Márcio CAMACHO, Elias SOBRINHO, Fábio NEVES, Júlio MORGADO, João LYRA, Nilton Rangel, Henrique ANNES e Francisco MÁRIO. 

Intérpretes: Conjunto Violões da UFRJ 

Coordenador: Bartholomeu Wiese

 

     
 

CD “Música Brasileira de Concerto para Fagote”  

Repertório: 
Obras de Francisco MIGNONE, Eduardo BIATO, Paulo Sérgio SANTOS, Francisco BRAGA, Sérgio DI SABBATO e Mário TAVARES. 

Intérpretes: 
Aloysio Fagerlande (fagote), Eduardo Monteiro (flauta), Orquestra Sinfônica da UFRJ 

Regente: André Cardoso.

 

 

     
 

CD “Música Brasileira para oboé, piano e fagote”  

Repertório: 
Obras de Sigismund NEUKOMM, João Guilherme RIPPER, Ernst MAHLE, Tim RESCALA e Herz David KORENCHENDLER. 

Intérpretes: 
Aloysio Fagerlande (fagote), Luiz Carlos Justi (oboé) e Fany Solter (piano).

 

 

Anais do Colóquio de Pesquisa da Pós-Graduação

O Colóquio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação foi criado em 1999 com a finalidade de promover a veiculação e a discussão de tópicos de pesquisas em curso na Escola de Música. Reúne número expressivo de participantes, entre professores e alunos, tanto da Graduação quanto da Pós-Graduação em mesas redondas para comunicações e relatos de pesquisas. 

Os Anais do Colóquio de Pesquisa apresentam os textos integrais dos palestrantes convidados para as mesas, as comunicações e resumos de projetos de pesquisa. O primeiro volume foi publicado em 2000 com os textos apresentados durante o I Colóquio de Pesquisa realizado em 17 de novembro de 1999.

Os conjuntos Estáveis da Escola de Música

A Escola de Música possui diversos grupos estáveis que fazem a representação institucional não só da unidade mas também da própria UFRJ. Entre os grupos instrumentais destaca-se a Orquestra Sinfônica, criada em 1924, e mais antigo conjunto da Escola de Música, com atuação ininterrupta por mais de oitenta anos. Há ainda a Orquestra de Sopros e a UFRJazz Ensemble, nossa big-band que se dedica ao jazz e a música brasileira e internacional instrumental. Entre os grupos vocais destaca-se o Coro Sinfônico, formado a partir da reunião em um só organismo das diferentes turmas da disciplina canto coral. Os corais se destacam também a partir dos projetos de extensão como os conjuntos vocais Brasil Ensemble e Sacra Vox. Por fim temos o Coro Infantil da UFRJ, grupo tradicional formado com as crianças inscritas nos cursos básico e intermediário da Escola de Música e com destacada atuação no calendário de concertos da cidade.

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Revista Brasileira de Música

RBMA Revista Brasileira de Música é o mais antigo periódico de musicologia do Brasil, Criada em 1934, pelo então Diretor do Instituto Nacional de Música, o prof. Guilherme Fontainha, sua criação foi conseqüência direta da reforma implementada por Luciano Gallet em 1931, por ocasião da incorporação do INM à estrutura da recém criada Universidade do Rio de Janeiro, mais tarde chamada de Universidade do Brasil, atual UFRJ. Segundo o próprio Fontainha, na apresentação do primeiro número da Revista, faltava ao INM um orgão de publicação onde o aluno pudesse acompanhar todos os passos do progresso musical. 

Em março de 1934 foi lançado o primeiro número, elaborado por uma comissão editorial da qual faziam parte o próprio Fontainha, os professores Lorenzo Fernandez e Luiz Moretzsohn e, como redator, Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, então bibliotecário do INM, futuro professor da cadeira de folclore e figura mestra da musicologia brasileira do século XX. Os antigos do primeiro número trazem as assinaturas de importantes figuras da vida musical brasileira, como Antônio Sá Pereira, Ayres de Andrade, Francisco Mignone e, principalmente, Mário de Andrade, que se tornou colaborador assíduo da RBM, Mário de Andrade foi, inclusive, merecedor de uma homenagem no ano de seu cinqüentenário, em uma separata de volume IX, de 1944. 

Os primeiros números foram financiados pelo próprio Instituto, passando, mais tarde, a serem custeados pelo Governo, com verba própria prevista no orçamento da República. A RBM foi publicada ininterruptamente até 1944, tendo sido lançados vinte e cinco números, em dez volumes, e mais um especial inteiramente dedicado à vida e obra de Carlos Gomes (1836-1896), por ocasião do centenário de nascimento do compositor, em 1936. A importância da revista fez por merecer indexação e comentários do musicólogo Gilbert Chase no “A Guide to Latin American Music”, da Biblioteca do Congresso, em 1945. 

Os números inicias da revista podem ser consultados no site da Biblioteca Digital da Escola de Música.

Com a diretora Joanídia Sodré, que dirigiu a Escola de Música por mais de vinte anos, a partir de 1946, a RBM deixou de ser publicada. Sua publicação foi retonada em 1981, após 37 anos, durante a gestão da Professora Andrely Quintela de Paola, com periodicidade anual. Para a apresentação do volume XI foi convidado o antigo redator, o Prof. Luiz Heitor Corrêa de Azevedo. Em seu texto, Luiz Heitor manifestou sua satisfação com o ressurgimento da publicação, afirmando que a RBM, “pela sua vocação e pela autoridade do estabelecimento universitário sob a égide do qual ela vai circular, está destinada a ser o órgão representativo do saber das novas gerações de músicos e musicólogos”. 

A RBM está aberta de forma permanente para recebimento de artigos. Veja as normas editoriais da publicação e consulte as versões digitais dos últimos números, assim como demais informações, no site da revista.