Ritmo, Corpo e Som

Artigos apresentados e discutidos em congressos nas áreas de música, acústica e bio-acústica em 2013, 2014 e 2015. Diversos estudantes orientados e diplomados em graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado) nas linhas de pesquisa de sonologia, acústica e música. Um pesquisador da UFRJ em pós-doutorado na UFMG investigou o relacionamento entre a escuta bioacústica e a musical.

Mais informações na do grupo no site do PPGM.

Polo Caravelas Brasil

Em 2008, nasceu o Núcleo Caravelas (NC), Núcleo de Estudos da História da Música Luso-brasileira, órgão do CESEM, Centro de Estudos da Sociologia e Estética Musical, sediado na Faculdade de Ciências Socais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Este núcleo de estudos tem como objetivo contribuir sistematicamente para a articulação musical entre os dois países, assim como fomentar interesse neste campo. Tendo em conta esses objetivos, julgou-se importante formalizar um polo do núcleo no Brasil. Ou seja, este Grupo de Pesquisa pretende promover a integração da comunidade musicológica luso-brasileira, impactando positivamente no conhecimento que se tem da história da música de ambos os países, e na execução, análise, edição e divulgação de seu repertório.

Mais informações na do grupo no site PPGM.

Performance Hoje

Na atualidade, uma série de novos recursos comunicacionais e sociais vêm sendo consolidados a partir das revoluções tecnológicas do Século XX. As mudanças têm impacto direto e profundo sobre as práticas de performance e recepção musical, bem como sobre os diversos processos criativos, que se influenciam mutuamente e fazem emergir desafios para os pesquisadores da arte musical contemporânea.

O interesse pelo estudo de novas técnicas, novas formas de escuta e objetivos na música é desenvolvido em diversos centros de pesquisa por todo o mundo (como o CMMAS no México, o IRCAM, o CICM na França, o ZKM na Alemanha, o Virginia Tech nos EUA, o SARC na Inglaterra). As facilidades de conexão e descentralização também trazem complicações, tanto pelo excesso de informação quanto pela necessidade do desenvolvimento de novos métodos de organização da performance.

O grupo de pesquisa Performance Hoje pretende se debruçar sobre as questões da performance advindas dos paradigmas atuais, reunindo músicos e pesquisadores que trabalham com repertórios de natureza e períodos variados.

Para essa tarefa, considera o processo da performance em seu dinamismo, mutante no tempo, como uma espiral de ações/reações construídas em processo contínuo, e levando em conta o intercâmbio de competências dos pesquisadores envolvidos como o principal eixo de trabalho para que novas problemáticas e novas direções musicais (interpretativas, composicionais, teóricas) possam emergir. Inclui-se também nesse estudo em performance musical metodologias emergentes (pesquisa-ação, cibernética de segunda ordem, sistêmica) que levem em conta também os patrimônios e abordagens já existentes e a dinâmica descentralizada da era digital, para então esboçar novas perspectivas para a pesquisa em performance.

Finalmente, o foco na interpretação musical e nas questões performáticas atuais (incluindo o trabalho corporal) e no que denominamos plasticidade musical reúne estudantes de Graduação, Licenciatura, Mestrados Acadêmicos, Doutorados, além de docentes em âmbito interinstitucional e pesquisadores convidados em âmbito nacional e internacional em torno dos desafios, das abordagens, das dinâmicas e das perspectivas para a pesquisa em performance.

METODOLOGIA

O grupo trabalhará com diversas frentes e abordagens :

  • Interpretação musical participativa (BITTENCOURT)
  • Pesquisa-ação (MORIN, LEMOIGNE)
  • Abordagens sistêmicas (DURAND)
  • Cibernética de segunda ordem — o sistema que se auto-observa (Von FOERSTER)
  • Enação, “emergir” (VARELA, MATURANA)
  • Mudança de paradigma/novos mundos “deslocados” (KUHN)
  • Partitura como script, roteiro (COOK)
  • Teoria da mediação técnica (LATOUR)
  • Diferenciação da interação e da interatividade pela prática musical

JUSTIFICATIVA

Nesse início de século XXI os recentes progressos nos instrumentos acústicos, nas tecnologias de gravação, na transformação, na criação, na difusão e na circulação dos sons conjugados às diversas escutas musicais também são fatores que contribuíram pela diversidade e pela inteligibilidade de uma multiplicidade de propostas musicais surgidas ao longo do século XX. Novas propostas continuam a emergir sem cessar nesse início de século XXI, sobretudo de forma colaborativa, absolutamente descentralizada, conectada em rede, e por essas razões dificilmente delimitáveis. Uma série de questões emergem, tendo em vista a problematização da performance musical no século XXI em estudos universitários:

  • De que forma os paradigmas musicais surgidos ao longo do século XX abalaram a performance musical?
  • Como tornar inteligível um determinado repertório musical?
  • Que conseqüências uma nova metodologia pode trazer para a pesquisa em performance musical?
  • Que novas mediações (técnicas, humanas) são articuladas com uma abordagem participativa?
  • Quais as novas perspectivas musicais numa abordagem que leve em conta a pesquisa em performance, o processo criativo e a multiplicidade de resultados musicais?

OBJETIVOS

  • Contribuir por uma teoria da performance musical;
  • Articular os conceitos de escuta, inteligibilidade, colaboração, patrimônio, perspectiva musical, dinâmica de uma obra e de performance;
  • Constituição de acervos nacionais e internacionais de obras que problematizam ou ressaltam questões contemporâneas de interpretação ou de concepção;
  • Produção de trabalhos escritos em congressos e periódicos, abordando a questão da interpretação musical numa perspectiva atualizada ;
  • Realização de eventos públicos ligados aos objetos de pesquisa, sempre focando questões e desafios;
  • Produzir novos conteúdos escritos, sonoros e multimídias sobre performance musical e a partir da prática musical;
  • Debater a multiplicidade de abordagens sobre performance musical;
  • Contribuir com novas abordagens sobre patrimônios musicais 
  • Desenvolver metodologias participativas e interdisciplinares que tenham fins musicais;
  • Reavaliar de que forma a teoria e a prática musicais podem se relacionar nas pesquisas em música e nas colaborações musicais;
  • Debater perspectivas para futuras pesquisas em performance musical a partir da prática.

INTERESSE INSTITUCIONAL DO PROJETO

Contribuir para o processo de internacionalização do PPGM/UFRJ, através de convênios de cooperação interinstitucional e intercâmbio com outras IFES brasileiras e universidades estrangeiras.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na abordagem proposta não é possível separar o objeto estudado de quem o estuda (pesquisa-ação). O estudo da performance musical — seja ele de cunho patrimonial ou voltado para a criação musical — é incorporado e pretende-se potencializar essa característica para que se torne uma possibilidade positiva, ensejando o estudo da criatividade, e do que é denominado aqui de plasticidade musical, ou seja, a indissociabilidade de teoria e prática, interagindo em feedback (segundo a sistêmica).

Neste sentido, o trabalho pode incluir repertórios com peças musicais de qualquer formação instrumental (incluindo recursos eletrônicos) assim como a tematização do próprio ato de montagem da performance (concerto, espetáculo, improvisação, happening).

O ativismo musical em torno da performance musical se engaja pela conscientização e pelo desenvolvimento de uma escuta e de uma prática musicais adaptadas às especificidades da performance do momento presente. Novas estratégias são traçadas tanto para a composição tanto para a interpretação musicais, assumindo a existência dinâmica das obras, com versões temporárias preferencialmente a versões Definitivas. Lista de publicações — Pedro S. Bittencourt

PARTICIPANTES

Prof. Dr. Pedro S. Bittencourt (líder – UFRJ/LAMUT/CICM Paris8)
Pauxy Gentil Nunes (docente – UFRJ)
Maria Alice Volpe (docente – UFRJ)
Arthur Kampela (docente – Columbia University)
Rodrigo Sigal (docente – CMMAS, México)
Francisco Colasanto (docente – CMMAS, México)
Iracema de Andrade (docente – CNIDIM, México)
Phivos-Angelos Kollias (Doutorando – CICM, Paris8)
João Svidzinski (Doutorando – CICM, Paris8)
Leonardo Martinelli (docente – UNESP, EMMSP)
Helen Gallo (docente – UNESP, EMMSP)
Tiago Gati (docente – UNESP, EMMSP)
Danilo Rosseti (membro externo – UNICAMP)
José Batista Jr (Doutorando – UFRJ)
Fabio Adour (docente – UFRJ)
Larissa Coutrim (doutoranda – UFRJ)
Tiago Calderano (membro externo – UFRJ)
Doriana Mendes (docente – UNIRIO)
Mariana Salles (docente – UNIRIO)
Marina Spoladore (docente – UNIRIO)
José Augusto Duarte Lacerda (docente – UFMT)
Andrea Ernest Dias (membro externo – OSN/UFF)
Marcus Ribeiro (membro externo – OSN/UFF)
Ana de Oliveira (mestranda – UNIRIO)
José Schiller (membro externo – UFRJ)
Paulo Silva (docente – UERN)
Kleber Dessoles (docente – UFAL)

REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, P. S. [2018] Uma leitura de Shifting Mirrors (2016) para sax alto e sons eletrônicos de Horacio Vaggione, Ideas Sonicas – Edicion Especial – Horacio Vaggione, org. Arturo Fuentes. – not yet published

SVIDZINSKI, J., BITTENCOURT, P. S. [2017]. Operational object-oriented musical composition approach and participatory performance. Taurus for tenor saxophone and live-electronics. Musa 2017 Conference. Proceedings… Karlsruhe, Alemanha. — not yet published

BITTENCOURT, P. S. [2017]. Une lecture de Shifting Mirrors pour sax alto et sons électroniques composée par Horacio Vaggione, MSH, Journées sur les Musiques Mixtes — not yet published

BITTENCOURT, P.S., RODRÍGUEZ, S. [2016] Entrevista para o jornal Mexicano El Siglo de Torréon. Sítio de Internet. Disponível em: https://www.elsiglodetorreon.com.mx/noticia/1278767.pedro-bittencourt.html. Acesso em 10/11/16

LALANA, A. M., BITTENCOURT, P. S. [2016] Una lectura de Callejeando de SIM 2016, UFRJ — no prelo

BITTENCOURT, P. S. [2016] « Escuta na interpretação musical participativa : referências teóricas e convergências metodológicas », Pôster no IV Simpósio Brasileiro de Pós-Graduandos em Música / SIMPOM 2016 UNIRIO http://www.unirio.br/simpom

BITTENCOURT, P. S. [2015] Interprétation musicale participative — la médiation d’un saxophoniste dans l’articulations des compositions mixtes contemporaines, thèse de doctorat, CICM, Université Paris 8, Vincennes Saint Denis

BITTENCOURT, P. S. [2015] « Saxofones (palheta simples) », in VIEIRA FILHO, J., Manual de reparo e manutenção de instrumentos musicais de sopro, edições Funarte, Ministério da Cultura, p.204-205.

BITTENCOURT, P.S. [2015] Enlarge your sax, CD WER 20742, Wergo, Allemagne https://de.schott-music.com/shop/enlarge-your-sax.html

BITTENCOURT, P. S. [2014a] « The performance of Agostino Di Scipio Modes of Interference n.2 : a collaborative balance », SOLOMOS, M. (ed.) Contemporary Music Review, Vol. 33, No 1, Special Issue: Agostino Di Scipio: Audible Ecosystems, éd. Routledge, Londres, p. 46-58 http://dx.doi.org/10.1080/07494467.2014.906697

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BITTENCOURT, P.S. [2013a] Interpretação participativa na música mista com saxofones : Livro da escuridão, Plexus e Modes of Interference 2, in Revista Ideas Sonicas Año 6, No. 11, Julio-Diciembre 2013, p. 83-101. http://www.sonicideas.org

BITTENCOURT, P. S. [2013b] « Interpretação participativa na música mista contemporânea », Revista Interfaces n°18, Vol. I/2013, Centro de Letras e Artes UFRJ, éd. 7 Letras, Rio de Janeiro, p.104-115 http://www.cla.ufrj.br/index.php/2013-06-07-14-47-23/edicoes-publicadas/57- interfaces-edicao-2013-numero-18

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BITTENCOURT, P. S. [2013d] A proposta pedagógica e artística do Conjunto de Sax da UFRJ, Revista Ensaios, Revista Cultural do Conservatório de Tatuí n°79, Março-Abril 2013, ed. Conservatório de Tatuí, São Paulo

BITTENCOURT, P. S. [2013e] « Une lecture de Modes of Interference 2 (2006) pour système de rétroaction, saxophone et électronique, d’Agostino Di Scipio », Actes des Journées d’Étude 60 ans de Musiques Mixtes, OMF-Mint, Université Paris IV Sorbonne

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BITTENCOURT, P. S. [2012] “Colaboração saxofonista-compositor na criação musical mista: Plexus para sax tenor e eletrônica, de Arturo Fuentes” in VOLPE,

M.A. (org.) Teoria, Crítica e música na atualidade. Actes du II Symposium International de Musicologie à UFRJ, vol.2, Rio de Janeiro, p. 223 – 228, http://www.musica.ufrj.br/posgraduacao/images/sim/anaisIISIM-UFRJ2012.pdf

MAYS, T. [2013] BITTENCOURT, P. S. [2013] « Modulateurs en anneau et saxophone : le dispositif d’écriture mixte et l’interprétation participative dans l’œuvre Le Patch Bien Tempéré II, » Actes des Journées d’Informatique Musicale 2013, Université Paris 8, http://www.mshparisnord.fr/JIM2013/

BITTENCOURT, P. S. [2009] « Músicas mistas para saxofone », Revista Eletrônica de Musicologia, Vol. XII, março 2009, disponible sous forme électronique : http://www.rem.ufpr.br/_REM/REMv12/06/musicas_mistas_para_saxofone.htm

BITTENCOURT, P. S. [2005] Une lecture de l’Oresteia de Xenakis, mémoire de D.E.A. (Master 2) Arts et Sociétés Actuelles/Musique, Université Bordeaux 3

BIBLIOGRAFIA

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BITTENCOURT, Pedro Sousa. Interprétation musicale participative — la médiation d’un saxophoniste dans l’articulation des compositions mixtes contemporaines. Tese de doutorado, Universidade Paris 8 Vincennes Saint Denis. 2015 https://dl.dropboxusercontent.com/u/17670087/BITTENCOURT_Pedro_S.-THESE-2016- Interpretation_Musicale_Participative-Universite_Paris8.pdf

COELHO DE SOUSA, Rodolfo. Da interação entre sons instrumentais e eletrônicos. In: KELLER, Damián, BUDAZS, Rogério (orgs.). Criação musical e Tecnologias: teoria e prática interdisciplinar, p. 149-179, Goiânia: ANPPOM, 2010. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/235224777_Da_interacao_entre_sons_instrumentais_e_eletronicos. Acesso em 16/06/16

COOK, Nicholas. Between process and product: Music and/as Performance. Music Theory Online, Volume 7, Number 2, April 2001, 2001. Disponível em: http://mto.societymusictheory.org/issues/mto.01.7.2/mto.01.7.2.cook_frames.html. Acesso em 17/06/16.

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COSTA, Valério Fiel da. Morfologia da obra aberta. Curitiba: Ed. Prismas. 2016.

DELIÈGE, Celestin. Cinquante Ans de Modernité Musicale: De Darmstadt à L’Ircam. Contribution historiographique à une musicologie critique. Belgique: Éditions Mardaga, 2003.

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EMMERSON, Simon, LANDY, Leigh (eds.). Expanding the horizon of electroacoustic music analysis. Cambridge, Cambridge University Press. 2016

KOLLIAS, Phivos. The self-organised music. Organised Sound, 16(2), 2003, Cambridge: Cambridge University, 2003. P.192-199. Acesso em: http://dx.doi.org/10.1017/S1355771811000148. Acesso em 28.05.15

KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, coleção Debates, 1962. Disponível em: https://leandromarshall.files.wordpress.com/2012/05/kuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es- Cientc3adficas.pdf. Acesso em 10/07/2018.

LATOUR, B. [2001] Le dédale de la médiation technique, in L’espoir de Pandore – Pour une vison réaliste de l’activité scientifique. Paris: La découverte.

MENDES, Doriana. Versatilidade do Intérprete Contemporâneo: uma abordagem interpretativa de três obras brasileiras para voz e cena. 158 f. Dissertação (Mestrado em Música) – Programa de Pós-Graduação em Música, Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.

MENEZES, Flo (org.). Luciano Berio: legado e atualidade . São Paulo: Editora da Unesp Digital, 2015.

QUARANTA, Daniel. Processos Composicionais como Discurso Poético: o lugar da música no encontro com diferentes meios de expressão. 2007. Tese (Doutorado em Música) – Programa de Pós-Graduação em Música, Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

ROADS, Curtis. Composing electronic music: a new aesthetic. Oxford: Oxford University Press, 2015.

ROADS, Curtis. Microsound. Massachusets: MIT Press, 2001.

RUSSOLO, Luigi. L’art des bruits. Paris: Ed. Allia. 1913.

SALLIS, Friedmann, BERTOLANI, Valentina, BURLE, Jan, ZATTRA, Laura. Live- electronic Music – Composition, performance, study. New York: Routledge, 2018.

SOLOMOS, Makis. De la musique au son. L’émergence du son dans la musique des XXe XXIe siècles. Paris : L’Harmattan, 2013.

VAGGIONE, Horacio. Représentations musicales numériques : temporalités, objets, contextes. In: SOULEZ, Antonia, VAGGIONE, Horacio (Org.). Manières de faire des sons, Paris: L’Harmattan, 2010. p. 45-82

VAGGIONE, Horacio. Some ontological remarks about music composition processes. Computer Music Journal, 25:1, MIT, p.54-61. 2001. Disponível em: https://muse.jhu.edu/article/7799/pdf. Acesso em 10/07/2018.

YOUNG, Miriama. Singing the body electric: The human voice and sound technology. Farnham: Ashgate Publishing Limited, 2015.

Oficina de Música Contemporânea

Trabalho de pesquisa e criação em composição musical. Atividades contemplam: investigação acerca dos referenciais teóricos da música eletroacústica; análise de obras significativas do repertório contemporâneo; criação de ferramentas de programação em ambientes de CAC; composição de obras musicais instrumentais, eletrônicas e mistas; produção de programas radiofônicos para a difusão de obras eletroacústicas. Liderado por Rodrigo Cicchelli Velloso, Professor Associado IV do Departamento de Composição da Escola de Música da UFRJ, o grupo já produziu sete dissertações de mestrado em composição musical e uma co-orientação de Doutorado, além de papers apresentados por seu líder, colaboradores e alunos em conferências no Brasil e no Exterior e em periódicos indexados.

Mais informações na do grupo no site do PPGM.

Novas Musicologias

A proposta norteadora do Grupo de Pesquisa “Novas Musicologias” constitui-se numa prática musicológica integrada a uma reflexão conceitual da área de música, em sua intra-disciplinaridade e inter-disciplinaridade, visando a uma reflexão transdisciplinar que resulte em crescente integração entre a musicologia histórica, a etnomusicologia, a análise musical e os estudos das práticas musicais. Ocupa-se de problemas teórico-conceituais da musicologia tout cour empenhando-se no estudo crítico do discurso historiográfico-musical colocado à luz dos paradigmas de disciplinas nas quais a prática musicológica tem se respaldado, sobretudo no campo das ciências humanas e sociais.

Mais informações na do grupo no site do PPGM.

MusMat

O Grupo de Pesquisa MusMat foi fundado em 2013 dentro do Programa de Pós-Graduação em Música da UFRJ, com o intuito de desenvolver pesquisas no âmbito da formalização de processos musicais (composicionais e analíticos) utilizando modelos matemáticos. Até o momento o grupo conta com a participação de docentes, alunos e membros externos, acumulando uma expressiva lista de publicações, produções artísticas e técnicas. O grupo também já participou de diversos congressos fora do país e hoje em dia mantém intenso diálogo com a comunidade nacional e internacional interessada na interação entre música e matemática.

Participantes

Adriel Viturino
Alexandre Avellar
Alexandre Ferreira
Alexandre Schubert
André Codeço
Bernardo Ramos
Carlos Almada (líder / coordenador)
Claudia Usai
Daniel Moreira (coordenador)
Daniel Mussatto
Desirée Mayr
Fabio Adour
Fabio Monteiro
Filipe de Matos Rocha
Gabriel Mesquita
Helder Oliveira
Jorge Santos
Leandro Chrispim
Liduino Pitombeira (coordenador)
Max Kühn
Marcel Castro Lima
Pauxy Gentil-Nunes (coordenador)
Pedro Miguel de Moraes
Pedro Zizels Ramos
Rafael Fortes
Rafael Soares Bezerra
Rodrigo Pascale
Sérgio Ribeiro

Mais informações na página do grupo.

Grupos de Pesquisa

Grupos de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Música (PPGM).

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Africanias

O propõe a compreensão da presença africana nos diferentes gêneros da música brasileira, através do estudo sistemático, contando com a participação de pesquisadores de diferentes áreas e instituições. Tal presença foi espargida, desde o século XVI, período em que o modelo econômico adotado por Portugal em sua colônia utilizou mão de obra escrava, submetendo os povos locais, chamados por seus colonizadores genericamente de índios e povos africanos, trazidos sobretudo da África sub-saariana.

O termo Africania foi assim explicitado por Yeda Pessoa de Castro: “designa o legado linguístico-cultural negroafricano … que se converteu em matrizes partícipes da construção de um novo sistema cultural e linguístico que, no Brasil, se identifica como brasileiro” .

Diversos povos africanos provenientes de diferentes etnias, línguas e culturas, que aqui se encontraram, entoaram seus cantos e construíram seus instrumentos, manifestando sua presença em sons no novo mundo. Desde o século XVI há documentos e relatos que apontam o encantamento provocado por esta cultura nos relatos dos viajantes. O encontro entre tais saberes e a música de origem europeia foi campo de interesse de diversos compositores, em diferentes gêneros e estilos musicais e possibilitou a composição de amplo repertório onde podemos perceber o eco da presença africana. Entretanto, este repertório é muitas vezes mal compreendido, em decorrência da dificuldade de compreensão do vocabulário e das tradições africanas que o cercam.

Pesquisadores

Andrea Albuquerque Adour da Camara, coordenadora
Babalawo Sandro Fatorere, membro externo (Afoxé Ómó Ifá)
Sônia Maria de Melo Queiroz, membro externo (UFMG)
Elisângela Santos, membro externo (CEFET)
Jonas dos Santos Maia, membro externo
Jonas Soares Lana, membro externo (PUC-RJ)
Lenine Alves dos Santos, membro externo (UNICAMP)
Ronal Xavier Silveira, membro externo (UFRJ)
Sergio Anderson de Moura Miranda, membro externo (UEMG)
Veruschka Bluhm Mainhard, membro externo (UFRJ)
Yeda Antonita Pessoa de Castro, membro externo (UNEB)
Alberto José Vieira Pacheco, docente
Frederico Machado de Barros, docente
Samuel Araujo, docente
Marcelo Henrique Andrade Coutinho, discente (doutorando)
Antonilde Rosa Pires, discente (mestranda)
Carlos Eduardo Fecher, discente (mestrando)
Daniel Salgado da Luz Moreira, discente (mestrando)
Filipe de Matos Rocha, discente (mestrando)
Jonas dos Santos Maia, discente (mestrando)
Ana Daniela dos Santos Rufino, discente (graduanda)
Eduardo Fonseca de Brito Lyra, discente (Ensino Médio)

Instituições e Pesquisadores Parceiros

CEA (Centro de Estudos Africanos) da UFMG
Pesquisadora Dra Sônia Queiroz (Faculdade de Letras – UFMG)
NEAB (Núcleo de Estudos Africanos) do CEFET
Pesquisadora Dra. Elisângela Santos
Afoxé Ómó Ifá
Pesquisador: Babalorixá Sandro Fatorere

Referências Bibliográficas

ANDRADE, Mario de. Aspectos da música brasileira. Belo Horizonte: Vila Rica, 1991.
BÂ, Amadou Hampaté.A tradição viva. In: KI-ZERBO, Josephet ali (Ed.). História da África. v. I: Metodologia e pré-história da África. São Paulo: UNESCO, 1980.
CASTRO, Yeda Pessoa de. Falares africanos na Bahia: um vocabulário afro-brasileiro. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras; Topbooks, 2005.
KAGAME, Alexis. A percepção empírica do tempo e concepção da história no pensamentu bantu. In: As culturas e o tempo: estudos reunidos pela UNESCO por Paul Ricoeur e outros. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1975.
MACHADO FILHO, Aires da Mata.O negro e o garimpo em Minas Gerais. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1943.
MARTINS, Leda. Performances do tempo espiralar. In RAVETTI, Graciella, ARBEX, Márcia (org). Performance, exílio, fronteiras: errâncias territorias e textuais. Belo Horizonte, Pós-Graduação em Letras, Estudos Literários, UFMG, 2002.
MUKUNA, Kasadi wa. Contribuição bantu na música popular brasileira: perspectivas etnomusicógicas. São Paulo: Terceira Margem, 2006.
QUEIROZ, Sônia. Pé preto no barro branco:a lingua dos negros da Tabatinga. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

Núcleo de Estudos do Violão

logo_nevCoordenado pela professora Marcia Taborda, O Núcleo de Estudos do Violão é um grupo de pesquisa interdisciplinar vinculado ao Programa de Pós-graduação em Música (PPGM) e cadastrado no CNPq, integrado por professores atuantes na área da pesquisa em música, educação e cultura, e por alunos dos cursos de graduação e pós-graduação.

O Núcleo tem por objetivo abrigar pesquisas desenvolvidas no âmbito do Programa de Pós-graduação e promover atividades de extensão voltadas para o ensino e difusão de conhecimentos especialmente relacionados à prática do violão e à inserção do instrumento no âmbito da educação e do mercado de trabalho.

Desde o ano de 2010, o Núcleo promove a série de palestras intitulada Violão 5ª às 17h, apresentando professores e temas relevantes à área em que se insere.

No momento, o Núcleo de Estudos do Violão aguarda a liberação de fomento da FAPERJ para execução da pesquisa O violão brasileiro em 78 rpm, contemplada com o edital Apoio a projetos de pesquisa na área de Humanidades. A pesquisa prevê a transcrição e digitalização das gravações fonográficas realizadas em 78 RPM por solistas do violão popular brasileiro e o compartilhamento dos dados com a comunidade acadêmica e interessados em geral através da criação da biblioteca digital a ser disponibilizada no sitio eletrônico do Núcleo de Estudos do Violão, plataforma a ser desenvolvida também com fomento dsa FAPERJ.

Grupo Laboratório de Etnomusicologia

O trabalho do Laboratório de Etnomusicologia tem repercutido através de publicações em livros e periódicos especializados nacionais e internacionais , co-edições fonográficas com entidades privadas no Brasil e em Portugal, da participação de seus pesquisadores e estudantes em eventos nacionais e internacionais, da participação de seus membros em associações científicas nacionais e internacionais e da coordenação de um grande evento internacional, o 36º Congresso Mundial do International Council for Traditional Musicl, órgão consultivo da UNESCO, no Forum de Ciência e Cultura da UFRJ, em 2001. Ressalte-se ainda, no decorrer do referido evento, a criação da Associação Brasileira de Etnomusicologia. Passaram também pelo Laboratório, como pesquisadores visitantes, representantes de diversas universidades do exterior.

O Laboratório promove desde 2002 a série anual Música em Debate, com quatro mesas-redondas de temas da atualidade para a etnomusicologia. Desde 2003, contemplado pelo Edital Universal n°1 de 2002, o Laboratório vem desenvolvendo trabalho de formação de pesquisadores na Maré, área residencial do Rio de Janeiro, no intuito de mapear as práticas musicais locais, realizar registros e constituir um banco de dados em torno das mesmas, bem como realizar exposições públicas do trabalho de reflexão sobre elas realizado. Dois livros resultantes do trabalho do Laboratório são: Estudos de Folclore e Música Popular Urbana, de autoria de Guerra-Peixe, e organizado/editado por Samuel Araújo e equipe de bolsistas PIBIC-CNPq e IC Faperj, contemplado com recursos pelo Programa Pterobrás Cultural 2004, e publicado pelaed. da UFMG em 2007, e Música em debate; Perspectivas Interdisciplinares, reunindo artigos de palestrantes nacionais e internacionais no âmbito do evento anual Música em Debate entre 2002-2004, em coletânea organizada por Samuel Araújo, Gaspar Leal Paz e Vincenzo Cambria, e publicado pela Ed. Mauad em 2008.