O Album de Autographos que Alberto Nepomuceno organizou

O Album de Autographos foi instituído na segunda gestão (1906-1916) de Alberto Nepomuceno, no Instituto Nacional de Música. O volume faz parte do acervo de manuscritos da Biblioteca Alberto Nepomuceno e guarda uma pequena parte da presença de compositores e instrumentistas de diferentes nacionalidades, na hoje denominada Escola de Música da UFRJ.

Ao todo são 48 assinaturas.

O acervo de manuscritos da Biblioteca Alberto Nepomuceno guarda um volume que expõe uma parte da presença de compositores e instrumentistas de diferentes nacionalidades, na hoje denominada Escola de Música da UFRJ, assim como registra a de uma pianista brasileira, cuja carreira foi consolidada no exterior.

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A existência desse volume tem por data a segunda gestão-1906-1916-, de Alberto Nepomuceno, no Instituto Nacional de Música, e trata-se de um Album de Autographos (foto).

Após sua organização, para que a partir daquele ano de 1911 fossem coligidos os autógrafos daqueles que na Escola estiveram em missões oficiais, intercâmbios, ou mesmo, para apresentações artísticas, constam nele quarenta e oito assinaturas.

Sobre os Autógrafos

O primeiro autógrafo que nele consta, com data de 12 de agosto de 1911, pertence ao compositor polonês Ignacy Jan Paderewski-1860-1941-. Desse compositor conhecido como Padereswski, pode ser dito que, muito embora, tenha sido um compositor muito aplaudido pela crítica e tenha sido considerado um dos mais famosos pianistas entre os séculos XIX e XX, sua vida não se manteve limitada às margens de partituras: na 1ª Guerra Mundial foi membro do Comitê Polaco que defendia a formação do Estado polonês e, na 2ª Guerra Mundial, assumiu, em Paris, o cargo de Presidente da Polônia em exílio, até que a França fosse ocupada pelos nazistas.

No exame dos autógrafos inscritos na década dos anos de 1920, assim como na dos anos trinta e também na dos anos da década de 1940, observa-se que junto às assinaturas, muitos compositores e instrumentistas desenharam no Album de Autographos pentagramas e citaram temas de suas obras. Entre os que assim fizeram, destaca-se o autógrafo  de José Vianna da Motta–1868-1948-, compositor de  muitas valsas, mazurcas, polcas, marchas e fantasias. Ele foi também maestro e pianista e um dos últimos discípulos de Liszt, em Weimar. A presença de Vianna da Motta no Instituto Nacional de Música aconteceu na gestão de Abdon Milanês, ou seja, apenas cinco anos antes de Guilherme Fontainha, um de seus alunos, assumir a direção do instituto-1931-1937-.

Ainda na década de 1920, de relevância singular, o compositor, violista, violinista, musicólogo e pianista Ottorino Respigli-1879-1936-, esteve no Instituto Nacional de Música, em 1927, quando este era dirigido por Fertin de Vasconcellos. Respigli compôs  óperas, baladas, concerto gregoriano para violino, várias peças para música de câmera, além de ser autor do poema sinfônico intitulado Trilogia Romana composta pelas peças As Fontes de Roma, Os Pinheiros de Roma e As Festas de Roma. Na busca de reprimir os excessos do Verismo Triunfalista na Itália e recuperar as tradições musicais daquele país, entre as quais, os cantochões, as informações recolhidas fazem referência às dificuldades enfrentadas por ele frente ao fascista Benito Mussolini.

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  Autógrafo, com data de 12 de agosto de 1911, do compositor polonês Ignacy Jan Paderewski.

No elenco dos compositores e instrumentistas que com suas assinaturas no Album de Autographos se inscreveram na memória da História dessa instituição de ensino musical que é a mais antiga do país, a leitura do volume que já se encontra digitalizado e disponível na Base MINERVA da UFRJ, permite verificar que entre aqueles que estiveram na hoje denominada Escola de Música da UFRJ, alguns deles também ocupavam cargos de dirigentes ou professores em instituições dedicadas ao ensino musical, ou em cargos de direção em espaços dedicados a espetáculos do mundo da música.

Esses  foram os casos: do Diretor do Teatro Nacional da Ópera Cômica de Paris, Loui Masson-1925-1932; do Sub-Diretor do Conservatório de Lisboa, Hermínio do Nascimento-1890-1972-; do professor do Liceo Musicali di Bologna, Nino Rossi-1890-1972-; de Sergei Dorenski-1931-2020- pianista e professor  do Conservatório de Moscou; e Emil Frey- 1889-11946- compositor suíço também professor do Conservatório de Moscou.

Ainda no âmbito da observação de alguns autógrafos, além de desenhos de pentagramas e citações das respectivas obras que compositores e instrumentistas fizeram constar no Album de Autographos, outros deixaram assinalado o incentivo aos compositores e instrumentistas do Instituto Nacional de Música, assim como a aprovação ao trabalho ali desenvolvido, e as congratulações aos resultados obtidos pela Escola Nacional de Música. A ver:

Emil Frez deixou junto a seu autógrafo, o incentivo aos compositores e instrumentistas do Instituto Nacional de Música, desejando que: “os executores e compositores sejam sempre maiores artistas brasileiros para a sua glória e a glória do Brasil”. Hermínio do  Nascimento agradeceu a acolhida e observou: “a serenidade com que se pratica nessa casa os melhores métodos de ensino musical e a dedicação com que cultuam as gloriosas tradições do Instituto”.

 Magdalena Tagliaferro que foi recebida quando, no governo de Getúlio Vargas por determinação da Lei 452, o nome do Instituto Nacional de Música já havia sido alterado para Escola Nacional de Música, escreveu: “com a mais viva emoção e infinitamente grata felicito ao eminente Diretor Antonio de Sá Pereira da Escola Nacional de Música  como  seus professores pelos brilhantes resultados obtidos”

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  Autógrafo de Leo Brouwer, compositor, violonista e regente da orquestra cubano;

Entre os alunos de Magdalena Tagliaferro-1893-1968-, pianista de consolidada carreira internacional, que com apenas 13 anos de idade foi admitida no Conservatório de Paris e onde na Cátedra do mesmo conservatório, no ano de 1937, havia sucedido a Isidor Philipp- 1863-1958-, na classe de aperfeiçoamento e virtuosidade, cabe destacar o nome do concertista, compositor e professor Heitor Alimonda, da Escola de Música da UFRJ, que assim passou a ser nomeada em conseqüência do Decreto-Lei de número 53, durante o governo do general Castelo Branco, na ditadura militar. Como suas alunas constam também os nomes de Maria Josephina Mignone e Eudóxia de Barros.

As lacunas dos Autógrafos

Em 1942, na administração do Diretor Antonio Sá Pereira-1938-1946-, no Album de Autographos foi registrada a última assinatura do século XX. Ou seja, nas subsequentes gestões de: Joanídia Sodré-1946-1967-; Yolanda Ferreira-1967-1971-; Maria Luiza Priolli-1976-1980-; Andrely Quintella de Paola-1980-1985-;Diva Mendes Abalada-1985-1989-; Maria Célia Machado-pro-tempore; Colbert Hilgenberg Bezerra- 1990-1991-; Sônia Maria Vieira-1992-1994-;José Alves-1992-1994-; não houve mais nenhum registro naquele álbum.

Mas, tal ausência de assinaturas de próprio punho no Album de Autographos não significa que a Escola de Música da UFRJ não tenha em todas essas décadas recepcionado compositores e instrumentistas. Exemplifica esta afirmativa, o registro da presença da consagrada pianista Guiomar Novaes, no Instituto Nacional de Música não constar no Album de Autographos, mas de ter sido noticiada e registrada pela revista Fon Fon, assim como a presença do violinista Jascha Heifetz não constou naquele álbum como demonstrado na foto desse artigo.

Seja como for, o fato é que, somente quando, a Escola de Música da UFRJ passou a ser administrada por João Guilherme Ripper-1999-2003-, Sergei Dorensk, que muito antes de se fazer presente na Escola de Música da UFRJ em 2002, já havia sido agraciado, em 1957, com o 2º Prêmio do Concurso Internacional de Piano no Rio de Janeiro, faz constar no Album de Autographo a sua assinatura.

Uma outra lacuna e outros autógrafos

A partir do término da gestão de João Guilherme Ripper, não houve mais no volume que Alberto Nepomuceno organizou nenhum outro autógrafo, até que na segunda gestão de André Cardoso–2011-2015-, eles voltam a ser novamente coligados aos anteriores. Um pertence ao compositor e violonista Leo Brower- 1939-, o outro a Philip Glass-1939-. um dos mais influentes compositores do século XX.

Philip Glass tem no rol de suas composições: concertos, sinfonias, óperas, entre as quais, Einstein on the beach, e trilhas sonoras para os seguintes filmes: O Show de Truman: o show da vida; O Ilusionista e Notas sobre um escândalo que valeu a ele a indicação ao Oscar. A ele pertence também a trilha sonora do filme Nosso Lar, lançado em novembro de 2010 que trata da vida pós-morte. Com o grupo instrumental mineiro Uakti compôs as músicas do disco que tem por título As águas da Amazônia, entre outras muitas composições. 

Depois dessas duas assinaturas, nenhuma outra foi registrada. Como antes sinalizado nesta matéria, não se sabe se a ausência dos registros deve-se ao esquecimento, ao não conhecimento do Album de Autographos, ou, a quaisquer outras razões.

Referências
Album de Autographos. Biblioteca Alberto Nepomuceno.
Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro: História & Arquitetura. Andrely Quintella de Paola, Helenita Bueno Gonsalez. Rio de Janeiro: UFRJ, SR5,1998.
Diferentes sites
Foto da Revista Fon Fon e do artigo a respeito da presença do violinista Jascha Heifetz, cedidas por André Cardoso.

1ª Maratona de Música Eletroacústica ocorre a partir de 24/7 e ainda

Entre os dias 24 e 28 de julho, ocorrerá, na Escola de Música da UFRJ, a 1ª Maratona de Música Eletroacústica (Mamuse). Ao longo da semana, o Salão Leopoldo Miguez será palco de concertos de música eletroacústica em suas diversas modalidades, com obras históricas e recentes, bem como de palestras, debates e atividades de cunho educacional envolvendo a contextualização deste repertório e a montagem do sistema de difusão sonora.


 

As inscrições para participar do evento ainda estão abertas, sendo que os alunos da Escola de Música podem se inscrever através do SIGA (com creditação de extensão – 40h). Já os alunos externos que tenham interesse em participar devem solicitar inscrição enviando mensagem para o endereço de email lamut@musica.ufrj.br.

Os dias 24 e 25 serão dedicados a uma oficina de difusão sonora para os alunos inscritos. Os dias 26, 27 e 28 serão abertos a estudantes e também ao público geral, com apresentações de obras marcantes do repertório eletroacústico brasileiro e internacional.

As atividades transcorrerão diariamente das 10h às 18h, sob a coordenação geral do prof. Rodrigo Cicchelli, docente do Setor de Composição de Música Eletroacústica do Departamento de Composição e atual coordenador administrativoE do Laboratório de Música e Tecnologia.

A Escola de Música da UFRJ fica na Rua do Passeio, 98, na Lapa, próxima ao metrô da Cinelândia.

Confira abaixo a programação detalhada do evento: 

Dia Horários Atividade Observações
Segunda-feira
24/07
10h-13h Oficina de Difusão Sonora
Montagem do sistema de difusão sonora no SLM
Transporte de equipamentos do LaMuT para o SLM; Montagem do sistema de difusão; realização de testes. Paralelamente ocorrerá a montagem do aparato de percussão no SLM.
13h-14h Pausa de almoço
14h-18h Ensaios – Sessão 1 Obras acusmáticas
Terça-feira
5/07
10h-13h Oficina de Difusão Sonora
Ensaios – Sessão 2
Obras mistas e acusmáticas
13h-14h Pausa de almoço
14h-18h Ensaios – Sessão 3 Obras mistas e acusmáticas
Quarta-feira
26/07
10h-13h  
 
Apresentações, Audições e Debates
“Boêmios de Estúdio”
Musique concrète
Pierre Schaeffer – Cinq études de bruit
Difusão: Orlando Scarpa Neto
Elektronische Musik
Karlheinz Stockhausen – Gesang der Junglinge
Difusão: Cláudio Bezz
Computer Music 1
Jean-Claude Risset – Songes
Difusão: Rodrigo Cicchelli
Computer Music 2
Laurie Spiegel – The Expanding Universe
Difusão: Orlando Scarpa Neto
13h-14h Pausa de almoço
14h-18h  Apresentações, Audições e Debates
Pioneiros Brasileiros
Reginaldo Carvalho
Sibemol
Estudo de Martelo com Piano Destemperado
Caleidoscópio IV
Difusão: Orlando Scarpa Neto
Jorge Antunes
Três Estudos Cromofônicos
Rituel Violet (Pedro Bittencourt, saxofone)
Difusão: Rodrigo Cicchelli
Vania Dantas Leite
Piano Memory (Alexandre Rachid, piano)
Difusão: Rodrigo Cicchelli
Jocy de Oliveira
Estória II (Andrea Adour, soprano; Tiago Calderano, percussão)
Difusão: Cláudio Bezz
Quinta-feira
27/07
10h-13h Apresentações, Audições e Debates
Primórdios do LaMuT
Denis Smalley
Valley Flow
Difusão: Orlando Scarpa Neto
Rodolfo Caesar
Volta Redonda
Tinnitus
Difusão: Cláudio Bezz
Rodrigo Cicchelli
Cymbals: Reminiscência
Esboço de Thétis
Difusão: Rodrigo Cicchelli
13h-14h Pausa de almoço
14h-18h  
Apresentações, Audições e Debates
LaMuT
Do Passado ao Presente
Neder Nassaro – Concreto Armado (Andrea Adour, soprano)
Difusão: Bryan Holmes e Cláudio Bezz
Rodrigo Cicchelli – Icarahy (Thiago Tavares, clarone)
Difusão: Rodrigo Cicchelli
Cláudio Bezz – Fragmentos Aniquilados (Thiago Tavares, clarone)
Difusão: Cláudio Bezz
Rob Bentall – Urca Twist
Difusão: Rodrigo Cicchelli
Tullis Rennie – Selarón: A Great Madness
Difusão: Orlando Scarpa Neto
mei flawer – improvisação (Marcos Campello, trompete; Gustavo Guerreiro, guitarra)
Orlando Scarpa – Transporte Público, parte 2 (Orlando Scarpa, guitarra)
Difusão: Rodrigo Cicchelli
Henrique Correia – Topologias de Feedback #1 (Oficina Contemporânea, guitarras)
Sexta-feira
28/07
10h-13h Apresentações, Audições e Debates
LaMuT
Do Presente ao Futuro
Difusão de obras dos alunos das disciplinas do setor de Composição de Música Eletroacústica e da 1ª Maratona.
13h-14h Pausa de almoço
14h-15h Desmontagem do sistema de difusão sonora Transporte de equipamentos do SLM para o LaMuT.
15h-18h Avaliação da 1ª Maratona

Tim Rescala toma posse na ABM dia 25

A Academia Brasileira de Música (ABM) convida para cerimônia de posse do Acadêmico Tim Rescala (foto). O Acadêmico Ernani Aguiar fará o discurso de saudação.

Eleito em junho desse ano, o compositor e produtor musical Tim Rescala ocupará a cadeira nº 34, que tinha como último ocupante o compositor e gestor cultural Edino Krieger, José de Araújo Vianna como Patrono, Newton Pádua como Fundador e Guerra-Peixe como 1º Sucessor.

A cerimônia será realizada na terça-feira, dia 25 de julho, às 17 horas, no Espaço Guiomar Novaes. A solenidade é gratuita e aberta ao público.

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Para marcar o ingresso de Tim Rescala na ABM, após a cerimônia de posse, fechando as comemorações pelos 78 anos da fundação da ABM, a Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, inclui Bipolar, obra de sua autoria, em concerto na Sala Cecília Meireles. Sob regência de Daniel Guedes, o programa inclui ainda obras de Edino Krieger, homenageado pelos 95 anos que faria em 2023, Almeida Prado, homenageado pelos 80 anos que completaria e Villa-Lobos.

Tim Rescala

Luiz Augusto Rescala estudou na Escola de Música da UFRJ e na Escola de Música Villa-Lobos. Com Han-Joachim Koellreutter estudou composição, contraponto e arranjo. Licenciou-se em música pela UNI-RIO em 1983.

Compositor e diretor musical de várias peças de teatro. É um dos mais premiados compositores brasileiros, tendo recebido diversos prêmios Mambembe, Shell, Coca-Cola, APTR, CBTIJ e outros. Faz música para cinema, TV e exposições e trabalhou para a TV Globo por 29 anos. Atuou como compositor e regente em muitos festivais de música contemporânea no Brasil e no exterior. Autor de óperas, musicais, música de câmera e eletroacústica. Sua peça Pianíssimo foi o primeiro texto infantil apresentado na Comédie-Française. Recebeu as bolsas Vitae e Rio-Arte. Foi diretor da Sala Baden Powell, RJ, em 2005 e 2006. Escreve e apresenta o programa Blim-blem-blom na rádio MEC-FM desde 2011, premiado na Bienal do México. Seu Quarteto Circular foi indicado ao Grammy Latino de 2011. Sua ópera O perigo da arte, estreou em 2013 em Buenos Aires e sua montagem brasileira em 2014 foi escolhida como um dos 10 melhores espetáculos do ano pelo jornal O Globo.

Seus trabalhos mais recentes em TV tiveram muita repercussão: as novelas Meu pedacinho de chão e Velho Chico e a minissérie Dois irmãos, todas com direção de Luiz Fernando Carvalho. Fez a música do filme Pluft, com direção de Rosane Svartman e em 2019 lançou a Classical tracks, uma livraria digital de música clássica voltada para o mercado audiovisual. Foi novamente premiado pelas músicas de vários espetáculos infantis e trabalhou em duas novas grandes produções para o Parque Beto Carrero World, sendo uma delas o aclamado show Hotwheels. Em 2018 começou uma importante colaboração com o maestro Rodrigo Toffolo, da Orquestra Ouro Preto, escrevendo as músicas para O pequeno Príncipe e Fernão Capelo Gaivota.

Em 2021 e 2022 lançou três novas óperas: O engenheiro, O boi e o burro no caminho de Belém e Auto da Compadecida (também para a Orquestra Ouro Preto), além do musical Pinóquio, apresentado em todas as unidades do CCBB do país. Em 2022 comemorou seus 60 anos de idade e 45 de carreira, regendo a OSN da UFF em concerto na Sala Cecília Meireles, RJ. É membro da Academia líbano-brasileira de letras, artes e ciências.

SERVIÇO: ESPAÇO GUIOMAR NOVAES. Dia 25 de julho de 2023, às 17h. Rua Teotônio Regadas, 24 – Lapa – Rio de Janeiro/RJ. Mais informações: 21 98988-7922 (WhatsApp ABM)

UFRJazz celebra os 65 anos da Bossa Nova no Salão Leopoldo Miguez em

O dia 10 de julho de 1958 é histórico para a música brasileira. A data marca a gravação por João Gilberto de “Chega de Saudade”. A interpretação com seu modo único de cantar e sua batida inconfundível no violão eternizou a canção escrita por Vinicius de Moraes e Antonio Carlos Jobim enquanto marco inicial do movimento que mudou para sempre a história do samba e de nossa cultura como um todo. Nascia ali a bossa nova.

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Lá se vão 65 primaveras. E, na UFRJ, as comemorações serão embaladas por um dos mais celebrados conjuntos estáveis de nossa universidade, a UFRJazz Ensemble. O grupo que há quatro anos realiza uma série de concertos temáticos com o objetivo de proporcionar aos alunos imersão nos diversos gêneros musicais de nossa música popular preparou um repertório especial para o concerto que fará no Salão Leopoldo Miguez, na Escola de Música da UFRJ, em 14 de julho.

A seleção de canções será baseada nas diversas fases do movimento e em seus representantes mais emblemáticos e reconhecidos. Carlos Lyra, Dori Caymi, João Donato, Roberto Menescal, Tom Jobim são apenas alguns dos homenageados. Outro destaque musical do repertório é “Refém da Solidão”, de Baden Powell, um ilustre egresso da antiga Escola Nacional de Música, encarnação passada de nossa atual Escola de Música da UFRJ.

O concerto contará com participação especial do trompetista norte-americano Ricardo Jimene e terá direção musical e regência do professor Julio Merlino, que comentou sobre a importância deste tipo de prática para os alunos.

“Os concertos de encerramento da UFRJazz são a culminação de todo trabalho realizado durante o período. Funciona como prova final para os alunos inscritos na disciplina e também como um estágio para todos os integrantes do grupo. É uma oportunidade para os alunos experimentarem a situação real do palco e da performance em big band com convidados e público em geral na plateia. Com esse tipo de apresentação espero proporcionar aos integrantes do grupo uma experiência motivadora e um desafio, que ajuda a manter o foco durante o período letivo e funciona como um laboratório para os futuros músicos profissionais”, explicou o professor.

A Escola de Música da UFRJ fica na Rua do Passeio, 98, na Lapa, próxima ao metrô da Cinelândia. A apresentação começa às 19h.

A UFRJazz Ensemble

A UFRJazz Ensemble foi criada a partir da implementação do curso de graduação em saxofone pelo professor José Rua da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sob a direção de seu idealizador, o Maestro José Rua o grupo é formado por alunos da Escola de Música da UFRJ, além de músicos convidados. Possui grande repertório que abrange desde obras originais de compositores do século XX, como Stravinsky e Bernstein, até clássicos da música popular brasileira, com diversos arranjos feitos especialmente para o conjunto. Vários músicos já atuaram como convidados da UFRJazz, destacando-se entre eles o trombonista Raul de Souza, Hermeto Pascoal, Jovino Santos Neto, Júlio Barbosa, Gilson Peranzzetta, Carlos Malta, Nivaldo Ornelas, Guinga, entre outros.

A UFRJazz Ensemble gravou seu primeiro CD em 1997 com o título de “Jazz na Universidade” em que interpretava composições dos mais importantes compositores contemporâneos americanos; foi considerado o melhor CD do gênero gravado por uma big band no Brasil. Para comemorar seus dez anos, a UFRJazz lançou seu segundo CD com o título “UFRJazz Ensemble interpreta Júlio Barbosa”, o primeiro de uma série, que registrou compositores populares brasileiros de valor acadêmico. Seu último CD, “Paisagens do Rio”, foi lançado em 2006, por ocasião do aniversário de 70 anos da Rádio MEC com o patrocínio da Petrobrás65 ANOS DE BOSSA NOVA.

 

65 anos de Bossa Nova

14 de julho de 2023

18h30min – Salão Leopoldo Miguez
Escola de Música da UFRJ

1. Pout Pourri Roberto Menescal|
composições de Roberto Menescal
arranjo de César Camargo Mariano e Julio Merlino

2. Refém da Solidão
composição de Baden Powell
arranjo de Fernando Merlino e Julio Merlino

3. Spring / Rio Amazonas
composição de Dori Caymi
arranjo de Julio Merlino

4. Rapaz de Bem
composição de Johnny Alf
arranjo de Julio Merlino

5. Pout Pourri João Donato
composições de João Donato
arranjo de Julio Merlino

6. Sabe Você
composição de Carlos Lyra|
arranjo de Julio Merlino

7. Pout pourri Tom Jobim
composições de Tom Jobim
arranjo de Fernando Merlino e Julio Merlino

8. Pros Amigos
composição e arranjo de Julio Merlino

Direção Musical e Regência:
Julio Merlino

Saxofones:
Jhonatan Spitz, Davi
Pessoa, Rodolfo Fontoura (altos)
Lucas Marins, Felipe Barbosa (tenores)
Edu Barros (barítono)

Trompetes:
Hardman (monitor), Gleydson Maciel, Reinaldo Godoy, Jonatan dos Santos

Trombones:
Erick Arcanjo, Felipe Santos, Mateus Luiz

Tuba:
Anderson Luiz Cruz da Conceição

Guitarra:
Ícaro Cardoso (monitor), Vitor Botelho e Guilherme Nishijima

Piano:|
Victor Camelo

Baixo Elétrico:|
Victor Lyra

Bateria:
Joca Moraes 

ContempoMúsica da UFRJ: Resgate da História e Inovação

Será no dia 12 de agosto, às 17h, no Salão Leopoldo Miguéz, o concerto do grupo ContempoMúsica da UFRJ. Coordenado por Alexandre Schubert esse grupo é formado por instrumentistas de diferentes cursos de graduação da Escola de Música da UFRJ que possuem em comum o fato de serem alunos da disciplina Prática de Música Contemporânea.

Será no dia 12 de agosto, às 17h, no Salão Leopoldo Miguéz, o concerto do grupo ContempoMúsica da UFRJ. Coordenado por Alexandre Schubert (foto)  esse grupo é formado por instrumentistas de diferentes cursos de graduação da Escola de Música da UFRJ que possuem em comum o fato de serem alunos da disciplina Prática de Música Contemporânea.

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Essa disciplina, que é um projeto antigo do Departamento de Composição da Escola de Música da UFRJ, foi oferecida no segundo semestre de 2022, em razão da necessidade de os alunos desse curso conseguirem intérpretes para executarem as peças por eles trabalhadas a cada semestre nas disciplinas de Composição e ComposiçãoAvançada.

Mas, à essa necessidade outras se entrelaçam, tais quais: a de resgate histórico; a de cuidado com a formação de futuros compositores e intérpretes com conhecimento de técnicas do repertório de nosso tempo; e a de institucionalização de um projeto futuro que dê garantia de continuidade em nível de excelência ao grupo ContempoMúsica da UFRJ.

Do resgate histórico fez saber Alexandre Schubert que, nos anos noventa, junto a Marcos Nogueira e outros discentes, fez parte como aluno de composição e violinista de um grupo instrumental  que tinha os mesmos objetivos desse agora constituído chamado Música Nova, que foi criado pela professora de composição Marisa Resende e que, em seu início, atendia também aos alunos de composição de Ronaldo Miranda.

Assim, por estar ciente dos benefícios que a participação no Música Nova trouxe à sua formação de compositor, decidiu proporcionar aos atuais alunos dos cursos de composição e de instrumentos a mesma vivência daquele processo.

Contudo, sabendo que formações de grupos instrumentais, tal como foi o Música Nova e como é o ContempoMúsica da UFRJ são variáveis e cíclicos, uma vez que alunos que dele fazem parte se formam enquanto outros se inscrevem em acordo à seus cursos de instrumentos, pretende apresentar em breve ao Departamento de Composição e à Congregação, a proposta de o grupo ContempoMúsica da UFRJ ser efetivado como uma Atividade de Extensão da Escola de Música.

A ideia é que essa com essa medida, aliada à criação recente das disciplinas Prática de Música Contemporânea III e IV, não só seja garantida a continuidade do grupo ContempoMúsica da UFRJ, como também a divulgação do repertório que ele interpreta.

Isso porque, sendo efetivado como uma Atividade de Extensão, o grupo ContempoMúsica da UFRJ realizará concertos em outros espaços da universidade e não apenas nos recitais da Escola, o que proporcionará aos alunos que agora dele fazem parte, assim como àqueles que dele farão parte no futuro, uma prática de interpretação do repertório citado, ao mesmo tempo que o divulgará junto ao público de modo geral.

O grupo ContempoMúsica da UFRJ, que no ano semestre passado era formado por cinco instrumentistas, conta atualmente com doze instrumentistas e com a colaboração do professor substituto e pianista Thalyson Rodrigues.

Alunos que, em acordo a Alexandre Schubert, não se intimidam frente às dificuldades que são próprias desse repertório, tais como os intervalos não usuais, os ritmos complexos, a ausência de notações tradicionais e as muitas texturas sonoras, entre outras.  

No programa desse concerto serão interpretadas peças dos séculos XX e XXI, além de estréias de composições de Fernando Duarte, Péricles de Morais e Luiz Mizutani que são alunos de Alexandre Schubert. Será também interpretada uma composição de Otávio Pereira que é aluno de Yahn Wagner. E em homenagem a Marisa Resende, o grupo ContempoMúsica da UFRJ irá executar a composição escrita por ela que tem por título Castelo de Areia.

 

Frevo e maracatu na Lapa: Orquestra de Sopros da UFRJ interpreta

O Salão Leopoldo Miguez será palco de apresentação da Orquestra de Sopros da UFRJ. O espetáculo será gratuito e contará com regência de Gabriel Dellatorre (foto)  e direção musical de Marcelo Jardim, além de participação especial do solista Aquiles Morais no trompete.

Em 3 de julho, o Salão Leopoldo Miguez, na Escola de Música da UFRJ, será palco de uma apresentação da Orquestra de Sopros da UFRJ. O espetáculo viabilizado através do Projeto Bandas (que integra o Programa Arte de Toda Gente) será gratuito e contará com regência de Gabriel Dellatorre (foto) e direção musical de Marcelo Jardim, além de participação especial do solista Aquiles Morais no trompete.

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Entre os destaques do repertório estão composições e adaptações de José Ursicino da Silva, o Maestro Duda. Referência no cenário cultural de Pernambuco, Duda é compositor de diversos frevos, choros e sambas gravados por Jamelão, músicas para quinteto de sopros e quinteto de metais, banda e orquestra. Maestro Recebeu o prêmio de melhor arranjo de música popular brasileira em 1980, em concurso promovido pela Globo, Shell e Associação Brasileira de Produtores de Discos. Reconhecida sua excelência cultural, Maestro Duda foi eleito como Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco em 2010, e homenageado pelo Carnaval do Recife em 2011.

Criada em 2007, a Orquestra de Sopros da UFRJ é formada por alunos de graduação do bacharelado em instrumentos de sopros e de percussão da Escola de Música da UFRJ inscritos na disciplina de Prática de Orquestra, bem como por servidores técnicos administrativos da instituição. Contando com dois álbuns gravados (A Obra para Orquestra de Sopros de Heitor Villa-Lobos, de 2009; e Dobrados para o Itamaraty, de 2017), o conjunto apresenta, de forma ininterrupta, temporadas regulares de concertos, com programação intensa da obra brasileira e mundial para banda sinfônica, tendo sido responsável por importantes estreias de obras de compositores nacionais.

Enquanto projeto de extensão, atende também alunos provenientes de projetos sociais da cidade do Rio de Janeiro. Outra importante função é sua atuação direta no suporte ao bacharelado em Regência de Banda, oferecido pela EM/UFRJ desde 2011.

Entre seus principais objetivos está proporcionar o desenvolvimento da prática de conjunto a partir dos conceitos orquestrais, difundir a literatura brasileira e internacional para a formação de banda sinfônica, orquestra de sopros e sopros orquestrais, além de atuar no desenvolvimento técnico musical de seus integrantes a partir da prática de banda e orquestra.

O evento começa às 19h. A Escola de Música da UFRJ fica na Rua do Passeio, 98, no Centro do Rio de Janeiro.

Programa Arte de Toda Gente e Projeto Bandas

Fruto de uma parceria que une a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Fundação Nacional (Funarte), o Programa Arte de Toda Gente é um exemplo de como a cooperação interinstitucional pode ser bem-sucedida. Nascida em 2020, a iniciativa desenvolvida com a curadoria da Escola de Música da UFRJ e administração da Fundação Universitária José Bonifácio tem como objetivo maior democratizar e estimular, de modo inclusivo, a produção das artes e a diversidade cultural brasileira.

Atualmente o Programa compreende sete projetos que juntos abarcam uma intensa agenda de eventos e atividades, todas focadas no desenvolvimento artístico e pedagógico das artes através de capacitação, formação, aperfeiçoamento, compartilhamento, difusão de informação, inclusão e acessibilidade. Essas atividades são realizadas em formato presencial, em todas as regiões do Brasil, bem como em formato on-line, em ambiente virtual ou mesmo híbrido.

Um desses projetos é o “Projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio às Bandas de Música”, o qual tem por objetivo dar suporte pedagógico na produção de novas obras para banda de música, além de promover cursos de capacitação para regentes, compositores e instrumentistas, bem como gravações a partir das apresentações artísticas com bandas sinfônicas e bandas de música de diversas partes do Brasil.

A divulgação ao grande público do repertório da música sinfônica escrita especificamente para banda se alia na própria utilização desse material como elemento de suporte didático e pedagógico, oferecendo padrões artísticos e referências de interpretação para as bandas de todas as partes do Brasil, principalmente as localizadas em cidades do interior.

Aquiles Morais

Iniciou seus estudos em 1998 na banda Sociedade Musical Fraternidade Cordeirense aos oito anos de idade. É integrante do grupo Os Matutos, com o qual gravou um disco lançado em 2005 e tem realizado diversas apresentações. Participou do documentário e do show homônimo Brasileirinho, ao lado de Zé da Velha e Silvério Pontes, Guinga, Joel Nascimento, Yamandu Costa, entre outros. É integrante da orquestra Furiosa Portátil, da Escola Portátil de Música, com a qual fez diversas apresentações desde 2005. Gravou e se apresentou com diversos artistas como Maurício Carrilho, Nailor Proveta, Maria Bethânia, Chico Buarque, Zeca Pagodinho, Zé Renato, Lisa Ono, Luciana Rabello, Cristovão Bastos, Bibi Ferreira, Ney Matogrosso, Monica Salmaso, Mario Adnet, Hamilton de Holanda entre outros. Participou como professor de trompete do Festival Nacional de Choro de 2010 e das l, ll, lll e IV Semana Seu Geraldo de Música. Estudou na Escola Portátil e na Unirio (durante o bacharelado), com Nailson Simões. Participou em 2012 do encontro de trompetes da ITG, nos EUA. Atualmente com 24 anos, integra, além dos Matutos, o Regional Nacional e se dedica à pesquisa do repertório brasileiro para trompete.

Prof. Gabriel Dellatorre

Professor substituto de Regência de Banda da Escola de Música da UFRJ, Gabriel Dellatorre é também regente assistente da Orquestra de Sopros da UFRJ e coordenador assistente da Banda Sinfônica Jovem da UFRJ, atuando também como regente do grupo. Fez Licenciatura em Música e Bacharelado em Regência de Banda, pela UFRJ, e atualmente é mestrando no Programa de Pós-Graduação Profissional em Música da EM/UFRJ, tendo como orientador o Prof. Dr. Marcelo Jardim, com o tema José Ursicino da Silva e a Banda de Música: revisão, edição e gravação de 5 obras. É bolsista do Projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio as Bandas de Música, o qual é parte do Programa Arte de Toda Gente, parceria entre a Funarte e a UFRJ, e colabora também com os projetos Bossa Criativa e Sistema Nacional de Orquestras Sociais, integrantes do mesmo programa. Natural de Niterói/RJ, Gabriel Dellatorre iniciou seus estudos na Banda do Colégio Salesianos Santa Rosa, tendo como primeiro professor Mestre Affonso Reis. Ao longo dos anos, vem atuando diretamente no desenvolvimento das bandas de música e bandas sinfônicas, tendo participado na produção do I e II Simpósio Funarte-UFRJ de Bandas de Música, promovidos respectivamente nos anos de 2017 e 2019 pelas instituições, bem como da I Bienal de Bandas, realizada em Mogi das Cruzes. Em 2014 e 2015, participou de intercâmbio acadêmico com a Jugendorchester Gersthofen – Schwäbische Bläserbuben e com a Die Gersthofer Blasharmoniker na Baviera/Alemanha, em parceria com o Programa Aprendiz. Em 2022 foi professor de Regência e Prática de Banda Sinfônica no Festival Internacional de Música de Domingos Martins.

Prof. Marcelo Jardim

Diretor artístico e vice-diretor da Escola de Música da UFRJ, professor de Regência de Banda e Prática de Orquestra e diretor musical da Orquestra de Sopros da UFRJ. Atua também como professor-orientador do PROMUS – Programa do Mestrado Profissional em Música da UFRJ. É Doutor em Práticas Interpretativas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, e Mestre e Bacharel em Regência e Práticas Interpretativas pela UFRJ. É diretor executivo do programa Arte de Toda Gente (Funarte-UFRJ), o que inclui o Projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio às Bandas, Projeto Sistema Nacional de Orquestras Sociais do Brasil – SINOS, Projeto Bossa Criativa, Projeto Um Novo Olhar, entre outros. É consultor artístico e coordenador pedagógico dos cursos de capacitação para regentes e instrumentistas de bandas de música, Painéis Funarte de Bandas de Música, realizados pela Fundação Nacional de Artes, e responsável pelo Projeto de Edições de Partituras para Banda. Atua em concertos e festivais em todo o Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa, e dentre seus projetos de pesquisa estão A Banda do Villa, com resgate da obra de Villa-Lobos para banda, e encomenda de novas obras para bandas sinfônicas.

 

Programa

Pixinguinha (1897-1973)
Auriverde (dobrado) arr.: Everson Moraes

Alberto Nepomuceno (1964-1920)
Série Brasileira
I – Alvorada na Serra
II – Intermédio
III – Sesta na Rede
IV – Batuque

César Guerra-Peixe (1914-1993)
Quatro Coisas adaptação: Paulo Aragão
I – Prelúdio
II – Movimentação
III – Intermédio
IV – Caboclo de Pena

José Urcisino da Silva (Maestro Duda)
Maracatu Rural

José Urcisino da Silva (Maestro Duda)
Concertino n. 2, para Trompete e Banda
solista: Aquiles Moraes, trompete

José Urcisino da Silva (Maestro Duda)
Suite Clássicos no Frevo nº 1 (Brasileira)

I – Carlos Gomes no Frevo
II – Villa-Lobos no Frevo
III – Duda no Frevo

Mantida a tradição: Regência Orquestral obtém nota 5 na avaliação

O curso, sob a coordenação de Yahn Wagner (foto), obteve novamente grau máximo dos avaliadores do MEC/INEP, nota cinco.

O Curso Regência de Orquestral que, até esse ano de 2023, era o único curso da Escola de Música a receber dos avaliadores do MEC/INEP o grau máximo, sob a coordenação de Yahn Wagner (foto) foi novamente conferido a ele a nota cinco.

Com um corpo docente formado por Alexandre de Paula Schubert, André Luiz de Campello Duarte Cardoso, Marcelo Jardim, Marco Vinício Cunha Nogueira, Maria Alice Volpe, Maria José Chevitarese, Roberto Macedo Duarte, Silvio Cesar Lemos Viegas,Valéria Silva Matos e Yahn Wagner Ferreira de Mello Pinto, classificados pelos avaliadores como “regentes e compositores de notório reconhecimento nacional e internacional”, o Curso de Regência Orquestral, além da análise  de seu Corpo Docente e Tutorial foi também examinado sob a ótica de sua Organização Didático- Pedagógica, de sua Infra- estrutura e Atuação  do  Coordenador, no período compreendido entre os dias 14 e 16 de junho.

   Reprodução
 

No requisito que apreciou a sua Organização Didático-Pedagógica, com vista à aprovação de sua renovação e conceito, foi acentuada a organização de eventos inserida no âmbito das políticas universitárias em conjunto com as Prós- Reitorias da UFRJ, entre os quais Conhecendo a UFRJ, Semana de Integração Acadêmica, Semana de Ciência e Tecnologia. Foi também destacada a criação do Laboratório de Práticas Interpretativas, através do Centro de Estudos de Música Coral, que possui uma maior integração com o Curso de Regência Coral.  

O relatório do MEC/INEP assinalou igualmente o fato de o Curso de Regência Orquestral abarcar três Grupos Artísticos de Representação Institucional – GARINS-: Orquestra Sinfônica da UFRJ, com direção do maestro André Cardoso, o Conjunto  Sacra Vox e o Coral Brasil Ensemble coordenados respectivamente pelas regentes Valéria Matos e Maria José Chevitarese. Grupos Artísticos que expressam a diversidade cultural brasileira e a multiplicidade de linguagens e expressões artísticas, além de servirem de apoio à formação acadêmica dos discentes. 

Ainda na observação desse requisito, os avaliadores constataram, a partir dos critérios que tratam da formação dos discentes que: o incentivo ao desenvolvimento do conhecimento técnico-artístico musical; o estímulo ao domínio da expressão do movimento através de habilidades motoras específicas; a exploração do contexto social e cultural para uma identidade musical sob a perspectiva histórica e artística,  bem como o encorajamento ao estabelecimento das relações entre a Música e as demais áreas do conhecimento, no intuito de ampliar a visão dada pelo mercado, termina por contribuir para a formação  de um futuro profissional com capacidades teóricas e, praticamente, possuidor das diferentes competências e capaz de articular conteúdos interdisciplinares. 

Na visita guiada para apreciação da Infra-Estrutura , embora tenha sido constatado que o Curso de Bacharelado em Regência da UFRJ, em acordo ao seu Projeto Pedagógico e às normas de funcionamento, utiliza excelentes salas de aulas e que os laboratórios didáticos são adequados às suas necessidades, os membros da Comissão Avaliadora não deixaram de assinalar a ausência de climatização do Prédio localizado na Rua do Passeio e o fato de o Laboratório de Informática atender parcialmente às necessidades do curso.

No julgamento do requisito da Atuação do Coordenador do Curso, Yahn Wagner , através de análise dos documentos apensados e considerando as reuniões realizadas, verificou-se que a atuação do coordenador de curso está de acordo com o Projeto Pedagógico do Curso –PPC- e atende à demanda existente no que se refere à gestão do curso, a relação com os docentes e discentes e a representatividade nos colegiados superiores. Foi também observado que a sua atuação é pautada em um plano de ação documentado que apresenta indicadores de desempenho disponíveis e públicos,  fazendo com que a coordenação do curso administre a potencialidade do corpo docente  e favoreça  a integração e a melhoria contínua do curso.

Para além dos muitos e muitos critérios analisados e abarcados pelos requisitos citados, ao Protocolo de número 201921385, com código MEC de número 1827727 e código de Avaliação de número 160897 foram explicitados e anexados os documentos comprobatórios do seguinte acordo e convênios do curso: Acordo de Cooperação Acadêmica e Intercâmbio Técnico, Científico e Cultural entre a UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – UFRJ e a FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE – FOSPA; Convênio entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Fundação José Bonifácio–FUJB-, registrado no SICONV sob o número  924268/2021, visando o apoio ao desenvolvimento do Projeto Ópera: Plano de Desenvolvimento para a Ópera no Brasil – Fase I-, e o  Convênio entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Fundação José Bonifácio, registrado no SICONV sob o n.o 924266/2021, com vista ao apoio ao desenvolvimento do Projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio às Bandas de Música. 

Nesse Protocolo foi ainda explicitadas as tratativas entre A Escola de Música da UFRJ e a FUNARTE para a realização de dois projetos: 1- Projeto Bossa Criativa -A Arte de Toda Gente-, com realização de oficinas de artes, recitais, mostras de instalações artísticas, de gastronomia, de dança, de gastronomia em praças públicas e/ou coretos em cidades do Patrimônio Histórico da Humanidade, objetivando o desenvolvimento de orquestras e bandas juvenis, favorecendo o acesso democratizado a bens e serviços culturais;  2- Projeto Sistema Nacional de Orquestras Sociais – SINOS, que abrange a realização de cursos de capacitação, treinamento e aperfeiçoamento de músicos de orquestras de projetos sociais, incluindo o desenvolvimento de material didático- pedagógico e suporte técnico em todo o Brasil. 

Eleita nova direção da EM, quadriênio 2023 -2027

Após votação por processo eletrônico, nos dias 21, 22 e 23 desse mês, a chapa encabeçada pelos docentes Ronal Silveira (foto), Diretor, e Marcelo Jardim, Vice- Diretor, foi novamente reconduzida à direção da Escola de Música da UFRJ, com 84 votos dos discentes, 38 votos dos técnicos e 52 votos de docentes. Votos nulos (Discentes: 07; Técnicos: 01; Docentes: Zero; Total: 08), Votos brancos (Discentes: 03; Técnicos: 03; Docentes: 01; Total: 07);

Junto a eles, nos próximos quatro anos, assumem: a Direção Adjunta de Graduação, Eliane Magalhães; a Direção Artística, Marcelo Jardim; a Direção Adjunta de Extensão, Aline Silveira; e a Direção Adjunta de Administração, Fátima Tofano.

EM leva cursos gratuitos a Corumbá (MS), através de parceria Arte de

Fruto de uma parceria que une a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Fundação Nacional (Funarte), o Programa Arte de Toda Gente é um exemplo de como a cooperação interinstitucional pode ser bem-sucedida. Nascida em 2020, a iniciativa desenvolvida com a curadoria da Escola de Música da UFRJ e administração da Fundação Universitária José Bonifácio tem como objetivo maior democratizar e estimular, de modo inclusivo, a produção das artes e a diversidade cultural brasileira.

2023corumbadentroAtualmente o Programa compreende sete projetos que juntos abarcam uma intensa agenda de eventos e atividades, todas focadas no desenvolvimento artístico e pedagógico das artes através de capacitação, formação, aperfeiçoamento, compartilhamento, difusão de informação, inclusão e acessibilidade. Essas atividades são realizadas em formato presencial, em todas as regiões do Brasil, bem como em formato on-line, em ambiente virtual ou mesmo híbrido. 

Um desses projetos é o Sistema Nacional de Orquestras Sociais (SINOS), que tem por objetivo promover acesso a bens e serviços artísticos, culturais e musicais, através da formação de uma ampla rede de capacitação para regentes, instrumentistas, compositores e educadores musicais, além de contribuir para o desenvolvimento das orquestras-escolas de todo o país

Dentre as várias ações que o SINOS realiza, uma das de maior destaque é a Caravanas Sinos. Voltadas para a capacitação de professores, monitores, instrumentistas, alunos e maestros das orquestras dos projetos sociais, essas atividades envolvem cursos e oficinas intensivas, realizadas nos espaços dos próprios projetos sociais e nos de instituições parceiras, como escolas, conservatórios, universidades, teatros, orquestras profissionais e associações. As Caravanas Sinos se propõem, ainda, a oferecer oficinas de produção de óperas para as instituições que tenham interesse em abordar esse gênero, com foco na formação de profissionais nas áreas artística e técnica e em oferecer espetáculos para a população das cidades por onde passa.

Ao todo, a iniciativa já percorreu dez municípios brasileiros: Arapongas – RS; Cachoeiro do Itapemirim – ES; Florianópolis – SC; Fotaleza – CE; Jaraguá do SUL – SC; Lages – SC; Luís Gomes – RN; Mogi das Cruzes – SP;  Recanto Maestro – RS; Serra – ES.

Caravanas Sinos em Corumbá

Entre os dias 12 e 16 de julho, a Caravana Sinos estará em Corumbá – MS. Nesta edição, a iniciativa conta com a parceria do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, onde acontecerão as aulas, e do FEMUP (Festival de Música de Câmara do Pantanal), e terá como instrutores os professores Arthur Bencke (violoncelo), Simone dos Santos (violino e viola), Liu Ying (violino e viola), os três também dedicados à pedagogia do ensino coletivo de cordas; e Joel Barbosa (clarineta e ensino coletivo de sopros). A programação contará com aulas técnicas para alunos (iniciantes, intermediários e avançados), aulas pedagógicas para professores, práticas de conjunto e ainda um concerto de encerramento.

O Instituto Moinho Cultural (IMC), onde ocorrerão as aulas, é uma organização sem fins lucrativos que contribui, através da música, dança, tecnologia e literatura, para a transformação de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco social na área de fronteira entre o Brasil e a Bolívia. O IMC também desenvolve ações de apoio escolar e da promoção de grupos de convivência.

Como resultado dos seus 16 anos de atuação, a instituição conta com a Companhia de Dança do Pantanal e com a Orquestra de Câmara do Pantanal. O projeto inclui e interage socialmente com 360 crianças e adolescentes da cidade de Corumbá, mas também do município de Ladário e das cidades bolivianas Puerto Suarez e Puerto Quijarro.

Os interessados podem se inscrever nos cursos e oficinas até o dia 25 de junho, por meio de um formulário online disponível no site do projeto (www.caravana.sinos.art.br). Para se inscrever, o aluno precisa ter disponível um instrumento para uso próprio e saber ler partituras para o seu instrumento. O foco da capacitação é em instrumentos de cordas, de sopros e em seu ensino coletivo.

Link do formulário: https://forms.gle/5uqq7H7xgQWxgArF9

Recital Cantata do Gualaxo do Norte

No dia 15, às 19h:30min, na Sala Villa-Lobos realizar-se-á o recital de lançamento do livro Sonoridades Históricas de Minas Colonial e Imperial, de Andrea Adour, Cesar Busccacio e Virgínia Buarque.

A Cantata Gualaxo do Norte, que dá título ao recital, contém 12 peças musicais que recapitulam a trajetória das sonoridades históricas do entorno do Rio Gualaxo do Norte, desde o final do século XVII até a atualidade.

A poesia de Mario Ferraro une dramaturgicamente as músicas selecionadas a partir do acervo de partituras de Hermelindo Castelo Branco que mesclam sínteses históricas com performances de piano e voz promovidas pelo duo Rio de Ouro, composto pelos professores Cesar Buscacio e Andrea Adour (foto).

SERVIÇO: UNIRIO – Instituto Villa- Lobos, Avenida Pasteur, 436. O evento é aberto ao público