Concerto da OSUFRJ no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Em sua 99ª Temporada, em homenagem póstuma a Henrique Morelenbaum, um dos mais respeitados maestros brasileiro a partir da segunda metade do século XX, a Orquestra Sinfônica da UFRJ realizará um concerto, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na terça-feira dia 19 de setembro, às 19h.

Em sua 99ª Temporada, em homenagem póstuma a Henrique Morelenbaum (foto), um dos mais respeitados maestros brasileiro a partir da segunda metade do século XX, a Orquestra Sinfônica da UFRJ realizará um concerto, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na terça-feira dia 19 de setembro, às 19h.

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A escolha do mês de setembro para essa homenagem deve-se ao fato de ser este o mês do aniversário de nascimento de Henrique Morelenbaum, nome artísitico de Saul Herz Morelenbaum, polonês naturalizado brasileiro que faleceu aos 90 anos, no dia 22 de julho de 2022.

De aluno de viola, violino e regência da Escola de Música da UFRJ e reconhecida como importantíssima atuação como docente nesta mesma Escola, o cenário musical da cidade do Rio de Janeiro recebeu com as honras devidas o regente adjunto da Orquestra Sinfônica de seu Theatro Municipal e a Sala Cecília Meireles o seu primeiro Diretor Artístico.Por essas e dezenas de outras razões que não cabem nas margens deste texto de divulgação, o concerto do dia 19 de setembro, plagiando uma película cinematográfica bem poderia ter por título “Ao Mestre com respeito, admiração, reconhecimento e carinho”.Isso porque, na condução da Orquestra Sinfônica da UFRJ- OSUFRJ-, nesse concerto de homenagem e reverência, estará seu Diretor Artístico, o maestro André Cardoso, ex-aluno de Henrique Morelenbaum nas disciplinas Fuga e Contraponto.No programa do concerto, exceto as peças musicais de Ernani Aguiar, também Diretor Artístico da OSUFRJ, a de Villa-Lobos e a de Ernest Bloch, as demais composições que serão interpretadas pela orquestra foram escritas por dois outros ex-alunos de Morelenbaum: João Guilherme Ripper que com o homenageado estudou Contraponto e Composição e Ronaldo Miranda que foi também seu aluno nas disciplinas Harmonia, Contraponto e Fuga e, na década dos anos 80, fez seu Mestrado em Música na UFRJ, sob a orientação do maestro homenageado, tornando-se depois seu Professor Assistente, no Curso de Graduação.A solista do concerto será Flávia Fernandes, cantora do Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ex-aluna da Escola de Música que fez seu primeiro solo neste mesmo teatro, sob a regência de Henrique Morelenbaum. E na Direção da Associação de Canto Coral, que do programa do concerto fará parte, estará Jésus Figueiredo, ex- aluno da Escola de Música da UFRJ.Desse concerto, pode-se enfim anunciar que ele simboliza a continuidade dos muitos e sólidos caminhos pavimentados por Henrique Morelenbaum, o grande mestre, o eminente maestro brasileiro, o competente Diretor de uma das mais importantes casas de espetáculos musicais do Brasil e um dos fundadores do Programa de Pós-graduação em Música da UFRJ, o PPGM.

O Piano na Música de Câmara: Recital Diversidades Sonoras

O Piano na Música de Câmara, projeto de Extensão da Escola de Música, coordenado pela professora Tamara Ujakova, realizará na terça-feira, dia 19, às  18:30 h, no Salão Leopoldo Miguéz, o “Recital Diversidades Sonoras”.

O programa do recital traz um repertório que vai da atmosfera envolvente do tango até as harmonias exuberantes do jazz, passando pela rítmica contagiante da música regional brasileira.

Será uma oportunidade de ouvir as peculiaridades de cada um desses gêneros através das obras dos seus compositores mais representativos: Astor Piazolla, Bill Evans, George Gershwim.

Além disso, o recital apresentará em seu bloco nacional as composições de Maria Di Cavalcanti e Stella Junia, que juntamente com Tamara Ujakova e Leandra Vital irão mostrar a versatilidade do piano a quatro mãos, ou em um intenso diálogo com o saxofonista Jonatas Weima.  

O Salão Leopoldo Miguéz fica na Rua do Passeio, 98 –Lapa- A entrada é franqueada ao público.

 

 

Programa

Liduíno Pitombeira – Octal

 – Pentagrama

Tamara Ujakova – Entardecer

Maria Di Cavalcanti – Praça Paris

– Duo Floral (Leandra Vital e Maria Di Cavalcanti)

Stella Junia – Uma pitada de Salsa

Bill Evans (arr. Stella Junia) – B minor Waltz

– Duo Piano Diverso (Tamara ujakova e Stella Junia)

Eugene Bozza – Aria

Marcos Lucas – Drei Nächtfragmente

1. Nachtlied

2. Ein Altes Stammbuch

3. Dance

Severino Araujo – Espinha de Bacalhau

– Siriará Duo (Jonatas Weima e Maria Di Cavalcanti)

Edino Krieger – Os Peraltas

Oswaldo Lacerda – Brasilianas n. 4

1. Dobrado

2. Seresta

3. Embolada

– Duo Floral (Leandra Vital e Maria Di Cavalcanti)

Hermeto Pascoal (arr. Stella Junia) – Bebê

– Duo Piano Diverso (Tamara ujakova e Stella Junia)

Sinfônica da UFRJ em audição dos alunos de Regência Orquestral

Em demonstração pública dos respectivos graus de aproveitamento e adiantamento dos alunos de Regência Orquestral, a Orquestra Sinfônica da UFRJ se apresentará no dia 20 de setembro, às 19h, no Salão Leopoldo Miguéz, na audição dos seguintes discentes: Carlos Mendes, Alberto Richeli, Felipe Galdino, Aderbal Soares, Glauco Cruz, Gláucia Rangel e Rodrigo Aranha.

2023 OSUFRJ 20 SET SLMIsso porque, fazer com que alunos do Curso de Regência Orquestral dividam, em alguns concertos,  a condução da Orquestra Sinfônica da UFRJ em suas temporadas é, ao longo deste curso, prática pedagógica comum até que, ao seu final, estejam aptos a fazer um concerto completo como Recital de Formatura.

Assim, prestes a completar 99 anos, sob a supervisão do professor André Cardoso,  nesse concerto a OSUFRJ será comandada pelos citados  alunos, tendo no programa as obras de Carl Friedrich Abel (1723-1787) e Franz Joseph Haydn (1732-1809).

De Abel, compositor e gambista virtuoso, nascido há trezentos anos atrás no ducado de Köthen, a “Sinfonia em Mib maior,” terá os alunos Glauco Cruz, Glaucia Rangel e Rodrigo Aranha como regentes. 

E na execução da obra “Sinfonia nº 64 em Lá maior de Haydn, compositor que ao lado de Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwing Van Beethoven personificaram o que se convencionou chamar de classicismo vienense, a Orquestra Sinfônica da UFRJ será conduzida pelos alunos Carlos Mendes, Alberto Richeli, Felipe Galdino e Aderbal Soares. 

O Salão Leopoldo Miguéz fica na Rua do Passeio, 98 –Lapa- A entrada é franqueada ao público.

 

Programa

Carl Friedrich Abel – Sinfonia em Mib maior (atribuída a Mozart)

I-Allegro molto

Regência: Glauco Cruz

II-Andante

Regência: Gláucia Rangel

III- Presto

Regência: Rodrigo Aranha

Franz Joseph Haydn – Sinfonia nº 64 em Lá maior (1773)

I -Allegro con spirito

Regência: Carlos Mendes

II- Largo

 

Concerto Orquestra Sinfônica de Sopros da UFRJ: Música, Arte e

Depois de aulas de instrumentos, canto, música de câmara e Prática de Banda Sinfônica ministrada por Will Sanders que estão sendo realizadas com o patrocínio do Deutscher Akademischer Austausch Dienst (DAAD) — Órgão de Intercâmbio Acadêmico do Governo alemão e de uma parceria entre a Escola Superior de Música de Karlsruhe (Hochschulefür Musik de Karlsruhe), a Escola de Música da UFRJ e o Instituto Villa-Lobos da UNIRIO, desde o dia 28 de agosto, a XIV edição do Festival Brasil-Alemanha realiza no dia 6 de setembro, às 19h, no Salão Leopoldo Miguéz, o concerto da Orquestra de Sopros da UFRJ / Banda Sinfônica.

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  Will Sanders, regente

Com coordenação dos docentes Marcelo Jardim, Gabriel Dellatorre e do trompista da Orquestra Sinfônica da UFRJ, Tiago Carneiro, o concerto tem como regente convidado o trompista maestro e docente Will Sanders.

Will Sanders é natural de Venlo, na Holanda, mas reside em Karlsruhe, no Sul da Alemanha. Em seu currículo de trompista, Will Sanders ostenta a atuação nas orquestras: Nacional de Ópera de Mannheim, na Sinfônica de Baden/Baden, na Sinfônica da Rádio da Baviera e na Filarmônica de Viena sob a direção de grandes nomes da regência como Claudio Abbado, Lorin Maazel, Georg Solti, Marins Janssons, James Levine e Daniel Baremboim, entre outros. E por ensinar ser uma das paixões de Will Sanders, na qualidade de professor catedrático da Escola Superior de Música de Karlsruhe, ele ministra, desde o ano de 1999, as disciplinas de trompa e música de câmara.

No programa desse concerto, a partir da interpretação de Will Sanders, a Orquestra de Sopros da UFRJ / Banda Sinfônica irá executar obras de compositores internacionalmente reconhecidos como Cesarini e  Sparke que trazem em suas obras a essência do repertório tocado pelas Bandas do mundo afora.

A composição Capriccio, de Almicare  Ponchielli, originalmente escrita para piano e oboé será apresentada na versão para Banda, com arranjo de Albert Benz  e terá como solista Thomas Indermühle, premiado oboísta, natural de Berna, na Suíça,  que tem atuado como solista em quase todos os países europeus, EUA, Canadá, Japão, Coréia e Austrália. É também professor de oboé no Conservatório de Zurique e na  Escola Superior de Música de Karlsruhe.

No repertório do concerto, a Orquestra de Sopros da UFRJ / Banda Sinfônica executa ainda do jovem compositor Lino Guerrero, a obra “al-Uqur” que faz referência à cidade egípcia de Luxor, onde se localiza um grande museu a céu aberto da civilização egípcia.

 

     
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  Thomas Indermühle, oboé (solista)  
     

Programa

Franco Cesarini (1961)
– Dynamic Overture 

Almicare Ponchielli (1834-1886) 
– Capriccio (arr.: Albert Benz)

Thomas Indermühle, oboé (solista)

Lino Guerrero (1977)
– al-Uqṣur

Philip Sparke (1951)
– Bacchanalia

     

Escola de Música da UFRJ sediará concerto do projeto Música em

O turbulento período entre os anos 1974 e 1975 foi uma fase de transformações políticas e sociais profundas em Portugal, marcando a transição do regime ditatorial para a democracia. Durante este capítulo da história moderna portuguesa denominado de Processo Revolucionário em Curso (PREC), a interseção entre política e cultura deu origem a um caldeirão de expressões artísticas e musicais que desafiou as convenções até então estabelecidas.

 
   

Esse contexto revolucionário não apenas reconfigurou as bases políticas e sociais, mas também reverberou nas esferas culturais, desencadeando uma explosão de criatividade artística. É com inspiração nesse quadro histórico que o projeto Música em Liberdade evoca os momentos em torno do PREC numa proposta cultural que reflete a pluralidade de estéticas desse período efervescente, bem como as quebras de barreiras políticas, sociais e culturais que impactaram fortemente as artes, em especial no território português.

Com passagens pelas cidades de Salvador, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, o projeto Música em Liberdade —que consiste numa digressão brasileira do Ensemble DME (fundado em 2013), que por sua vez integra o Projecto DME (criado em 2003 pelo compositor Jaime Reis) — promete trazer uma experiência única ao público, unindo as raízes culturais de Portugal e Brasil em uma celebração da liberdade artística.

A apresentação em terras cariocas terá como palco o Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, na terça-feira, 29/08, no horário das 18h. No concerto de música mista do grupo DME, de Portugal, o compositor Jaime Reis (eletrônica) se apresentará ao lado da violinista Beatriz Costa.

“Tocamos um repertório que tem relação com essa temática da liberdade, nomeadamente uma peça do compositor Jorge Peixinho, CDE, que é um acrônimo não só pras notas Dó, Ré, Mi, mas também para assinalar o movimento democrático português ainda durante o tempo da ditadura para a criação da Comissão Democrática Eleitoral, por exemplo.Para o Rio de Janeiro apresentaremos, ao lado da violinista Beatriz Costa, peças de jovens compositores que têm também uma relação com a liberdade”, comentou Jaime Reis.

O músico destacou algumas dessas peças do repertório do concerto carioca, em especial uma da professora ucraniana Alla Zagaykevych, que segue lecionando no Conservatório de Kiev apesar dos bombardeios que seu país sofre há vários meses.

“A obra do Hugo Xavier Almeida se chama Declamação e é toda baseada na prosódia de um poema bem forte de uma artista portuguesa. Sua colega, compositora Marta Domingues, fez uma obra chamadaSer-se Som no Escuro, assinalando as dificuldades de viver perante a censura em governos autoritários. Teremos também peças de Clotilde Rosa, uma compositora portuguesa que batalhou muito pela liberdade ainda no tempo da ditadura. Finalmente teremos uma peça da compositora ucraniana Alla Zagaykevych, que é professora no Conservatório de Kiev, onde continua dando aulas mesmo debaixo dos bombardeamentos, bem como cozinhando para os soldados ucranianos e ajudando pessoas ao longo dessa crise humanitária. Será uma celebração da música contemporânea em geral”, pontuou Jaime Reis.

Segundo Pedro Sousa Bittencourt, professor adjunto de saxofone do departamento de sopros, pesquisador do PPGM/UFRJ e líder do grupo de pesquisa Performance Hoje, a união do violino, um instrumento muito popular na música clássica, com uma camada sonora eletrônica, por si só, já simboliza muito bem, no âmbito musical, essa ideia de liberdade.

“O programa tem compositores de diferentes gerações, dediferentes nacionalidades. A ideia é traçar uma panorâmica da heterogeneidade não só do período das obras, mas também uma estética, com peças de sonoridades e materiais bastante diferentes entre si. Quanto à ideia de liberdade, do ponto de vista musical, ela se faz presente justamente ao utilizar o violino, instrumento muito conhecido na música clássica, para tocar um repertório contemporâneo fazendo diversas sonoridades e ruídos, empregando técnicas estendidas, mas que podem ser entendidos também como recursos naturais, como sons que se fazem naturalmente com o instrumento, mas que não são tão explorados na música clássica. E, a partir daí, alargar os horizontes e a paleta sonora, incluindo novos recursos auditivos para serem apreciados”, comentou o professor.

O projeto, que recebeu apoio financeiro do Ministério da Cultura de Portugal(Direção Geral das Artes), não só resgata as raízes históricas, mas também busca inspirar diálogos e reflexões sobre a interseção entre música, liberdade e transformação social. “Música em Liberdade” não é apenas uma viagem nostálgica ao passado, mas um convite para compreender como o legado do PREC pode continuar a ecoar na cena musical do século XXI, especialmente em Portugal e no Brasil.

O evento é gratuito. A Escola de Música da UFRJ fica na Rua do Passeio, 98, na Lapa.

Uma noite dedicada aos instrumentos de sopros e percussão na Semana

Na Semana de Aniversário da Escola de Música, às 19:00h, do dia 17 de agosto, com regência de seu diretor musical, Marcelo Jardim, professor de prática de orquestra e de regência de banda, a Orquestra de Sopros e Percussão da Orquestra Sinfônica da UFRJ celebra o aniversário dos 175 anos  Escola de Música da UFRJ.  

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  Quinteto Villa-Lobos

Essa orquestra que é formada por servidores técnicos da Escola de Música tem sido desde o ano de 2020, quando foi instituído, a sustentação do Bacharelado em regência de Banda e responsável por algumas dezenas de gravações do repertório brasileiro do século XIX e início do século XX dessa formação musical.

Nesse concerto, em sua Primeira Parte, a Orquestra Sinfônica de Sopros e Percussão da UFRJ apresentará as seguintes obras:

Gaetano Donizetti                   – Sinfonia para sopros, em Sol menor

(1797-1848)                                       

Charles Gounod                                  – Pequena Sinfonia para sopros

(1818-1893)                                        I. Adagio, Allegro

II. Andante Cantabile

III. Scherzo: Allegro Moderato

IV. Finale: Allegretto

                        José Siqueira               – Noite de Primavera (valsa, arr. Marcelo Jardim)                    

                        (1907-1985)

Após o Intervalo, sobe ao palco em comemoração ao aniversário da Escola de Música e também aos seus sessenta anos o Quinteto Villa-Lobos, apresentando um repertório totalmente brasileiro.

Ronaldo  Miranda (1948-)                       – Variação sobre um tema de Anacleto Medeiros

Edino Krieger (1928-2022)                     – Serenata a Cinco (dedicada ao Quinteto Villa-Lobos)

Hermeto Pascoal (1936-)                        – Suite Norte Leste Oeste (arr. Jaques Morelenbaum)

Escola de Música da UFRJ e Secretaria de Estado de Cultura e Economia

Entre 14 e 18 de agosto, foi realizada a Semana de Aniversário da Escola de Música da UFRJ, evento que celebrou os 175 anos da mais antiga instituição dedicada ao ensino musical no Brasil. O evento, cuja temática foi “EM Conexões: Perspectivas Cruzadas”, contou com uma extensa gama de apresentações, além de debates e mesas-redondas. Os presentes também tiveram a oportunidade de acompanhar duas solenidades. A primeira foi a cerimônia de posse festiva da direção da EM/UFRJ para o novo mandato. A segunda contou com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SECEC/RJ), para a apresentação da proposta do Programa de Apoio às Bandas e Orquestras do Estado do Rio de Janeiro. Na mesa formada para a exposição do programa estavam a Secretária Danielle Barros (SECEC/RJ), a professora Cássia Curam Turci, vice-reitora da UFRJ, o Prof. Ronal Silveira e o Prof. Marcelo Jardim, respectivamente diretor e vice-diretor.
Na abertura da mesa, o vice-diretor Marcelo Jardim discorreu sobre a importância do momento e do futuro estabelecimento oficial da parceria envolvendo a EM/UFRJ e a SECEC/RJ. “O Estado do Rio de Janeiro, durante muito tempo, foi balizador de inúmeras ações de apoio às bandas, orquestras e projetos sociais das cidades fluminenses, principalmente pelo fato de possuir considerável quantidade de bandas centenárias em atividade. Mas, realmente a pandemia dizimou não somente vidas, mas também instituições culturais. Por outro lado, os projetos socioculturais estão na ponta de ações de suporte que são muito significativas e podem ser exemplos para muitas associações de bandas. Se faz necessário iniciar um programa de apoio às bandas e orquestras, no sentido de apoiá-las no desenvolvimento de seus planos pedagógicos e artísticos. A UFRJ, através da Escola de Música, em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, pode apoiar esse programa nesta ação de interiorização cultural, fornecendo suporte pedagógico para as atividades artísticas, direcionando esforços ao processo de educação musical e prática de conjunto”, explicou.

Na sequência, mencionando o tema que dava nome à Semana, o diretor da EM/UFRJ, professor Ronal Silveira, e a vice-reitora comentaram sobre a importância dessas conexões com outras instituições. Por sua vez, a Secretária de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros, destacou o prazer que era estar presente na Escola de Música da UFRJ, um “verdadeiro patrimônio histórico do Rio”, e que tem “muita admiração pelo trabalho que é desenvolvido pela Universidade”, para em seguida comentar sobre a importância de tal parceria.
“Desde que chegamos na Secretaria de Cultura, muitos foram os desafios enfrentados naquela casa, mas também é muito grande a nossa vontade de viver cada dia mais este processo de interiorização e fortalecimento da nossa cultura popular. Algumas pesquisas recentes apontaram o Estado do Rio de Janeiro como um dos mais criativos da nação. Nosso PIB criativo é superior à média nacional. E eu não tenho dúvida de que muito dessa criatividade está justamente no campo da Música. Por isso, valorizar espaços como este, que investem nesta formação, é fundamental. É para isso que a Secretaria de Cultura está aqui, no início dessa parceria, para a estruturação de um termo de cooperação técnica, a ser preparado, para que juntos possamos promover a música no interior do Estado, através de processos colaborativos e formativos”, disse Danielle Barros.

O Prof. Marcelo Jardim destacou que, ainda no tocante à estruturação da parceria, serão realizadas atividades de capacitação pedagógica em seis cidades do interior do Estado do Rio, neste segundo semestre de 2023 (Areal, Barra do Piraí, Casimiro de Abreu, Paraty, Santo Antônio de Pádua e São Francisco de Itabapoana). E, de 19 a 23 de outubro, a Escola de Música sediará o III Simpósio de Bandas de Música Funarte-UFRJ-SECEC/RJ, no âmbito do projeto de extensão Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio às Bandas de Música.

Projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio às Bandas de Música

A história das bandas de música no Brasil se confunde com a história do desenvolvimento cultural da grande maioria das cidades do país, com atuação imprescindível nos festejos populares, cívicos, religiosos, e entretenimento da população. No entanto, mesmo com toda tradição e uma enormidade de obras escritas para a formação, a falta de modelos pedagógicos e de pesquisas aplicadas afastaram a banda de música do processo de educação musical. Inovações artísticas, novas metodologias de ensino, melhores técnicas de ensaios e tecnologias modernas na criação de novo repertório são conceitos que devem ser discutidos e incorporados no dia a dia das bandas de música para que se possa dar suporte aos novos músicos, maestros, educadores musicais e produtores, sabendo que estas pessoas são hoje ainda crianças e jovens ávidos por informação.

Atualmente, a EM/UFRJ desenvolve o projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio às Bandas de Música através do Programa Arte de Toda Gente, parceria entre a Funarte e a UFRJ, e que tem o foco de atuação em três eixos: GESTÃO E DESENVOLVIMENTO TÉCNICO DE BANDAS DE MÚSICA: com objetivo de desenvolver uma plataforma de comunicação, pesquisa e prática interpretativa para regentes, compositores, arranjadores e instrumentistas de sopros e percussão, bem como disponibilizar dados sobre projetos musicais, e sobre a produção musical brasileira e latino-americana para a banda sinfônica, banda de música e orquestra de sopros. EDUCAÇÃO MUSICAL ATRAVÉS DA BANDA: com objetivo de avaliação de material e modelos pedagógicos que possam servir de base para as bandas criarem seus planos pedagógicos. DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO E CRIAÇÃO DE REPERTÓRIO: com objetivo de estimular a criação de repertório original, arranjos e transcrições para bandas, bem como atuar na orientação a compositores, arranjadores e regentes com cursos, simpósios, palestras e congressos.

A organização de um sistema pedagógico é fundamental para a conciliação das práticas de ensino e das metodologias utilizadas pelas bandas de música em sua estruturação didática com foco na iniciação e formação de jovens músicos. A utilização do repertório, seja original, arranjo ou transcrição, pode ser um dos principais fatores de transformação e desenvolvimento pedagógico e artístico destas corporações musicais. Assim, esta é uma ação que objetiva a capacitação dos agentes envolvidos direta e indiretamente nas atividades desenvolvidas pelas Bandas de Música do Estado do Rio de Janeiro, com cuidadosa atenção aos pilares da interação dialógica, interdisciplinaridade, indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão, impacto na formação do estudante e atuação direta na transformação social.

O I Congresso de Pedagogia e Performance Coral na Semana do

Com coordenação de Juliana Melleiro Rheinboldt e Maria José Chevitarese, fruto do Projeto Um Novo olhar, parceria entre a UFRJ e a Fundação Nacional das Artes-FUNARTE-, o I Congresso de Pedagogia e Performance Coral da UFRJ tem por data os dias 18, 19 e 20 de agosto do ano em curso.

Com a participação de 300 inscritos, vindos das mais diferentes regiões do Brasil e até de Portugal, todas as atividades desse congresso serão desenvolvidas na Escola de Música, situada na Rua do Passeio, 98, Lapa.

   Nadeja Costa
 
  Da esq. para dir.: :Juliana Melleiro Rheinboldt e Maria José Chevitarese

A conferência de abertura do congresso, que tem por título “Pedagogia e performance coral”, será proferida por Carlos Alberto Figueiredo Alberto Figueiredo-RJ-, no horário de 9:00h às 10:30h . E de sua estrutura em seu primeiro dia fazem parte: a “Oficina de Técnica Vocal”, ministrada por Lúcia Passos-RS-; a “Oficina de Regência e Dinâmicas de Ensaio”, dada por Isabela Sekeff-DF–, e, a “Oficina de Prática Vocal Cantando com as Comilanças”,  que será aplicada por Juliana Melleiro Rheinboldt -RJ, Jefferson Sini-SP- e Karelin Cavallari-SP-.

A palestra intitulada “Contribuições do Projeto Um Novo Olhar (FUNARTE e EM-UFRJ) ao Canto Coral” será proferida por Marcelo Jardim- EM-UFRJ-, coordenador geral dos Projetos Funarte-UFRJ, entre os quais o Projeto Um Novo Olhar.

E após esta palestra, no horário das 18:00 às 18h45 serão lançados os livros: “Rebolinho de Maniva: histórias dos 30 anos dos corais do Colégio São Vicente”, de Patrícia Costa; “Canções para ouvir e sonhar”, de Vladimir Silva e Sabrina Cipriano; “Fazer musical em movimentos: o corpo sonoro e os cantos de trabalho na Educação Básica”, de Lélia Campos Soares e, “Cantando com as comilanças”, de Juliana Melleiro Rheinboldt, Jefferson Sini e Karelin Cavallari.

Nesse primeiro dia do congresso, às 19:00h,  serão três os corais responsáveis pelos concertos, no Salão Leopoldo Miguez. Com regência de Juliana Melleiro Rheinboldt e o pianista Renan Santos, o primeiro a se apresentar será o Coral Infantil da UFRJ, que tem por monitoras Eloá Frem e Caroline Ribeiro.

Com regência de Maria José Chevitarese, tendo por pianista, André Santos e como monitora, Pâmella Malaquias, no concerto dos Corais Infantil e Infantojuvenil da UFRJ, acontecerá a estreia da obra Vamos brincar de música, do compositor Tim Rescala, dedicada a Maria José Chevitarese e a estes dois coros.

Valéria Matos é a regente do Conjunto Sacra Vox-EM-UFRJ- que encerrará os concertos do dia 18 de agosto. A preparação vocal coube a Veruschka Mainhard, o pianista será Rafael Lima e a assistente Miriã Valeriano.

O segundo dia do I Congresso de Pedagogia e Performance Coral da UFRJ, 19 de agosto, tem seu início com a mesa-redonda “Escolha de repertório: aspectos pedagógicos e performáticos”, com as exposições de Maria José Chevitarese- RJ- e Júlio Moretzsohn –RJ-  e Mediação: Juliana Melleiro Rheinboldt-RJ-.

A esta mesa-redonda seguirão a Oficina de Técnica Vocal, ministrada por Lúcia Passos-RS- e a Oficina de Regência e Dinâmicas de Ensaio, aplicada por Isabela Sekeff –DF-.

No período compreendido entre 15:30h e 17:00h , em diferentes salas da Escola de Música, serão apresentados os 25 trabalhos científicos que foram selecionados por membros do Comitê Científico e pareceristas das seguintes Universidades: UFRJ, UNICAMP , FAMES, UFCG, UFBA, UFRGS,  UFSCAR, California State University, Stanislaus, USA, UNIRIO, UNESP, UFMS, UFSJ, UFOP, UnB, UFPE, UFRGS, UFSCAR, UNESP, USP, UNICAMP;  UniSant’Anna e UniCESUMAR.

Às 17:30h, no Salão Leopoldo Miguéz , com regência e direção musical de Kaique Stumpf , o primeiro concerto será do Coral Ars e Anima-RJ-. A este concerto, seguirá o do Coral São Vicente a Cappella-RJ-, com direção e regência de Tatiana Machado, assistência de direção e preparação vocal, de Danilo Frederico; direção cênica de Patrícia Costa; monitoria de Lucas Linder; e comunicação e redes sociais de Lucas Menezes.

O último dia do congresso tem início com a mesa-redonda intitulada “Formação do regente coral”, com a participação dos especialistas Eduardo Lakschevitz -RJ- e Vladimir Silva-PB- e mediação de Juliana Melleiro Rheinboldt-RJ-.

Após esta mesa-redonda serão realizadas as Oficinas de: Técnica vocal, ministrada por  Lúcia Passos–RS-, e a de Regência e Dinâmicas de Ensaio, administrada por Isabela Sekeff–DF-.

No horário das 15:30h às 17:00h será realizada a  leitura de repertório por  Isabela Sekeff-DF-.

Às 17:00h, a interpretação dos programas dos últimos concertos do I Congresso de Pedagogia e performance Coral, na Semana de Aniversário da Escola de Música da UFRJ, será o do Coro de Câmara da Escola de Música Villa-Lobos-RJ-, do Grupo Vocal Boca que Usa-RJ-  e do Madrigal Contemporâneo-RJ-.

O Coro de Câmara da Escola de Música Villa-Lobos realizará seu concerto sob a direção geral e regência de José d’Assumpção Jr; direção musical de José d’Assumpção Jr. e Dani Ramalho; preparação cênica de Aline Gomes, preparação vocal, de Dani Ramalho e figurino, de Carlos Almeida.

O Grupo Vocal Boca que Usa tem regência musical compartilhada e seu preparador vocal é Bruno dos Anjos.

Danielly Souza é a regente e a diretora musical do Madrigal Contemporâneo.

Programação da Semana de Aniversário da EM/UFRJ terá debate sobre

Em 2023, a Escola de Música da UFRJ completa 175 anos dedicados ao ensino musical no Brasil. Para celebrar este um século e três quartos de história, entre 14 e 18 de agosto, será celebrada a Semana de Aniversário da EM/UFRJ, evento que contará com uma extensa gama de apresentações.

Os trabalhos da quinta-feira (17/08) serão iniciados às 14h com o debate “Música e Arte na construção da Cidadania: os projetos socioculturais e o desenvolvimento musical através da estruturação pedagógica”. Participarão representantes de diversos projetos, entre eles:

João Victor Reis, coordenador do Projeto Aprendiz Musical, de Niterói, que tem por missão promover a educação musical para crianças e jovens até 24 anos, que tenham estudado na rede municipal de ensino da cidade, garantindo o acesso à cultura e às artes.

Magali Kleber, diretora artística doFestival de Música de Londrina, evento promovido pelo Governo do Paraná, Prefeitura do Município de Londrina, Universidade Estadual de Londrina e Associação de Amigos do Festival Internacional de Música de Londrina, e reconhecido pela inclusão social e pela diversidade tanto nos cursos quanto na grade artística.

Marcelo Emygdio Santos, coordenador da Rede Brasileira de Práticas Musicais Reflexivas – Centro de Convivência Arte & Vida. Originado em Arapongas, no Paraná, o projeto foi fundado em 2005 e atua no tripé do desenvolvimento da arte, da cultura e do protagonismo social, possibilitando acessos a experiências, manifestações culturais e esportivas, e contribuindo para a superação de situações de vulnerabilidade e de risco social.

Marcelo Jardim, vice-diretor da EM/UFRJ e coordenador do Programa Arte de Toda Gente, fruto de uma parceria que une UFRJ e Funarte, que tem como objetivo maior democratizar e estimular, de modo inclusivo, a produção das artes e a diversidade cultural brasileira. Atualmente o Programa compreende sete projetos que juntos abarcam uma intensa agenda de eventos e atividades, todas focadas no desenvolvimento artístico e pedagógico das artes através de capacitação, formação, aperfeiçoamento, compartilhamento, difusão de informação, inclusão e acessibilidade.

Milton Dornellas, coordenador do Programa de Inclusão através da Música e das Artes (PRIMA), uma política pública do Governo do Estado da Paraíba que busca fomentar o exercício da cidadania e promover a inclusão, democratização do acesso à arte, difusão da música em sua diversidade e o desenvolvimento humano através do ensino coletivo de música com formação de orquestras e outros grupos musicais voltados para crianças e adolescentes atendidos pela rede pública de ensino ou em situação de vulnerabilidade social.

Rodrigo Belchior, coordenador doProjeto Solar Meninos de Luz, dedicado a transformar vidas de crianças e adolescentes da comunidade do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo com ações preventivas e assistenciais, através da educação integral e humanista, promotora da paz e harmonia na família e sociedade.

A entrada é gratuita e a Escola de Música da UFRJ fica na Rua do Passeio, 98, Centro.

Orquestra Feso Pro Arte se apresentará na Escola de Música

A Orquestra Feso Pro Arte será uma das atrações do terceiro dia da Semana de Aniversário da Escola de Música da UFRJ de 2023. Na quarta-feira, 16/08, o grupo de Teresópolis se apresentará no Salão Leopoldo Miguez.

A orquestra conta com apoio sistemático da FESO (Fundação Educacional Serra dos Órgãos), a qual tem por finalidade a prestação de serviços e atividades de utilidade pública nas áreas educacionais, assistenciais na área da saúde, artísticas e culturais.

A regente da orquestra é a pianista Priscila Bomfim, a primeira mulher a reger as óperas da temporada do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde atua desde 2002. A apresentação está agendada para as 19h.

19:00 Orquestra FESO Pro Arte

Priscila Bomfim, regente

Tibor Fittel, solista e arranjador

Tibor Fittel Abertura Portenha

Astor Piazzolla Saint Louis en Lile

Astor Piazzolla Oblivion

Ariel Ramírez Alfonsina y el mar

Carlos Gardel Por una cabeza

Astor Piazzolla Libertango

                                                   

Parceria: FESO/ProArte