Radamés Gnattali: Flauta, piano e violão

Foto: Reprodução
radames190
CD destaca produção camerística do compositor.

A edição desta semana de Concertos UFRJ reprisa o programa dedicado ao CD “Radamés Gnattali: flauta, piano e violão”, uma das iniciativas que marcam os 25 anos da morte do compositor que acontece em 2013. As seis peças selecionadas, registarem momentos importantes do repertório solo e de câmara deste músico que transitou nas fronteiras do popular com o clássico.

A edição desta semana de Concertos UFRJ reprisa o programa dedicado ao CD “Radamés Gnattali: flauta, piano e violão”, uma das iniciativas que marcam os 25 anos da morte do compositor. As seis peças selecionadas, registarem momentos importantes do repertório solo e de câmara deste músico que transitou nas fronteiras do popular com o clássico.

 

Com incentivos da Lei Rouanet e do Ministério da Educação, a homenagem ao foi idealizada pela CPFL Cultura, programa da empresa paulista de geração e distribuição de eletricidade, a partir da série “Mozart & Radamés: afinidades e contrapostos”, apresentada pela Rádio Cultura de São Paulo. Os interprestes são o violonista Paulo Porto Alegre, o flautista Rogério Wolf e a pianista Rosana Civile.

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

{mp3}concerto20130422|230|25| 0{/mp3}
Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

A distribuição do CD é gratuita para bibliotecas, universidades, escolas de música e institutos culturais. O pedido pode ser feito até o mês de maio pelo telefone (19) 3756-8000 ou pelo e-mail cpflcultura@cpfl.com.br. A requisição deve ser em papel timbrado com a assinatura de representante da instituição. O público em geral também poderá ter acesso à obra, disponível para download na internet.

 

Radamés: popular e erudito


Quando chegou ao Rio em 1924 o gaúcho Radamés (1906-1988) tinha pouco mais de 18 anos e carregava na bagagem, além de sólida formação pianística, o desejo de ingressar no seleto circuito das salas de concerto da capital do país. As vicissitudes da vida e a necessidade de sobrevivência o levaram, porém, aos cafés e cinemas da noite carioca. E, a seguir, às rádios e aos estúdios. Nesse ambiente, o músico, que começava a se interessar pela composição, conhecerá os grandes “pianeiros” de seu tempo e chorões famosos como Ernesto Nazareth e Pixinguinha.

 

O Brasil perdeu um virtuose, mas ganhou um compositor e arranjador que marcará tanto a música popular como a música de concerto. A entrada, em 1936, de Radamés Gnatalli para a rádio Nacional, a princípio como pianista e depois como arranjador, é um marco nessa trajetória. Sua formação e experiência anteriores foram fundamentais para a renovação e enriquecimentos dos arranjos da música popular e para todo o desenvolvimento posterior do gênero. Paralelamente, desenvolveu uma carreira brilhante como compositor e pianista, com frequência sendo solista de suas próprias obras.

 

Intérpretes

 

Foto: Reprodução
radamesnoleopoldo
Gnattali em gravação no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música.

Paulo Porto Alegre é violonista, arranjador e compositor. Nasceu em 1953, em São Paulo. Foi aluno de Isaías Sávio, Abel Carlevaro, Miguel Angel Girollet e Eduardo Fernandez. Estudou composição com com Sérgio Vasconcellos Correa, Hans Joachim Koellreuter e Phillipe Manoury, e foi o vencedor do V Concurso Internacional de Violão Palestrina e III Concurso Internacional de Violão do Festival Villa-Lobos. Já se apresentou por todo Brasil Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha e China.  É membro fundador do Trio Opus 12 de violões e do Núcleo Hespérides – Música das América.  Leciona na Escola Municipal de Música de São Paulo e na Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP).

 

Rogério Wolf graduou-se pela Faculdade Santa Marcelina. Estudou com Renato Axelrud e Jean-Noel Saghaard. Participou de cursos e master-classes ministradas por James Galway, James Walker, András Adorjan, Pierre-Yves Artaud e Jeanne Baxtresser e outros flautistas importantes. Atuou por mais de 25 anos como primeira flauta da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) e da Sinfônica Brasileira (OSB). Apresentou-se em países como a Eslovênia, Alemanha, Finlândia, Rússia, Estados Unidos, Paraguai, Costa Rica, Argentina e em várias cidades do Brasil. Lecionou no Conservatório Superior de Genebra e, atualmente, é professor da Escola Superior de Música da Faculdade Cantareira e no Instituto Baccarelli, ambos em São Paulo.

 

Rosana Civile é graduada em piano pela Universidade de São Paulo (USP), onde foi aluna de Caio Pagano. Frequentou máster-classes no Brasil, Itália e Espanha. Atua como solista, camerista e recitalista nas principais salas de concerto no Brasil e se apresentou em recitas solos na França, Suíça, Bélgica e Alemanha. Atualmente é pianista do Teatro Municipal de São Paulo e professora da Escola Municipal de Música da capital paulista.

 

Repertório

 

O programa destacou do repertório do CD a Sonatina para flauta e violão escrita por Radamés em 1959 e gravada originalmente nos Estados Unidos pelo violonista Laurindo Almeida e o flautista Martin Rotterman; a Sonatina para flauta e piano composta 1974, que no seu terceiro movimento homenageia Pixinguinha; a Pequena Suíte para Violão, última obra escrita para o instrumento pelo autor e dedicada a Turíbio Santos; a Brasiliana no 5 para piano, obra de 1949; e a Brasiliana no 13 para violão, de 1983, também dedicada a Turíbio Santos.

***

 

O programa radiofônico Concertos UFRJ, resultado de um convênio da UFRJ com a Roquette Pinto, vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 FM. Apresentado por André Cardoso, regente titular da OSUFRJ, as edições podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1).

 

Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

 

Radamés Gnattalli (1906-1988): Flauta, piano e violão

Violão: Paulo Porto Alegre

Flauta: Rogério Wolf

Piano: Rosana Civile

 

cdradamesflautaviolaopiano300

 

1-3: Sonatina flauta e violão (1959)

1- Cantando com simplicidade

2- Adagio

3- Movido

 

4-6: Sonatina violão e piano (1957)

4- Allegro Moderato

5- Saudoso

6- Ritmado

 

7-9: Sonatina em ré maior para flauta e piano (1974)

7- Allegro Moderato

8- Expressivo

9- Lembrando Pixinguinha

 

10-12: Pequena Suíte para Violão (1985)

10- Pastoril

11-  Toada

12- Frevo

 

13- Brasiliana no 5 para piano (1949)

 

14-16: Brasiliana no 13 para violão (1983)

14- Samba-bossa nova

15- Valsa

16- Choro

Concertos UFRJ: Gigli canta no Teatro João Caetano

Foto: Reprodução
gigli190a
Beniamino Gigli, uma das vozes privilegiadas do séc. XX..

Concertos UFRJ homenageiam o bicentenário do Teatro João Caetano, o mais antigo do Rio de Janeiro, com um especial que recupera o recital que o lendário tenor italiano Beniamino Gigli realizou em 1951 naquela casa de espetáculos, quando em turnê pelo Brasil e Argentina. Um verdadeiro documento histórico em áudio que remete a uma época de ouro da arte lírica no país.

Concertos UFRJ homenageiam o bicentenário do Teatro João Caetano, o mais antigo do Rio de Janeiro, com um especial que recupera o recital que o lendário tenor italiano Beniamino Gigli realizou em 1951 naquela casa de espetáculos, quando em turnê pelo Brasil e Argentina. Um verdadeiro documento histórico em áudio que remete a uma época de ouro da arte lírica no país.

 

O concerto, marcado às pressas para a manhã do dia 24 de setembro em razão do enorme sucesso da apresentação do tenor, dias antes, no Salão Leopoldo Miguez da Escola Nacional de Música, atraiu um público entusiasmado que lotou o teatro.

   
 
podcast

Ouça aqui o programa: 

  {mp3}concerto20131121|230|25| 0{/mp3}
 
Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .
   

 

A gravação do espetáculo foi restaurada a partir da matriz original em 78 rotações e lançada pelo Instituto Discográfico Italiano. A narração é original do locutor da Rádio Jornal do Brasil, que anuncia cada uma das obras e não deixa de mostrar admiração pelo músico. O recital contou com a participação do pianista Patrício Martinez Grau e, nele, Gigli interpretou canções e árias de Ambroise Thomas, Stefano Donaudy, Claudio Monteverdi, Franz Schubert e Edvard Grieg, Haendel, Bizet e Gaetano Donizetti. Como era então costume, as árias em francês foram cantadas em versão para o italiano.

 

Afora o resgate de uma das vozes mais marcantes do século passado, constitui um importante retrato de uma época em que as temporadas líricas da cidade contavam com os melhores cantores em atuação no momento. Além do próprio Giglie, Maria Callas, Renata Tebaldi, entre outros.

 

Gigli voltaria a cantar novante no João Caetano no dia 23 de outubro. Nessa ocasião, acompanhado pelo pianista Enrico Silvieri. Dessa segunda apresentação do tenor o programa mostrou a sua interpretação de duas canções de Stefano Donaudy (“Quand’il tuo diavolo nacque” e “Vaghissima sembianza”); da ária “Quando le sere al placido”, da ópera Luisa Miller, de Verdi.

 

Como bônus, a edição destacou outra apresentação de Gigli na turnê de 1951, agora no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em trechos da montagem da ópera Manon Lescaut, de Puccini. A gravação, datada de 31 de agosto, traz o tenor em duo com o soprano, também italiana, Elisabetta Barbato e a Orquestra do Theatro Municipal, sob a regência de Antonino Votto.

 

História

 

O João Caetano, com o nome de Real Teatro de São João, foi inaugurado em 13 de outubro de 1813, por Dom João VI, para comemorar o décimo quinto aniversário de seu filho, futuro Dom Pedro I. Construído com material destinado à nova Sé, foi inspirado no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa.

O teatro passou, ao longo dos seus 200 anos, por vários incêndios e reconstruções, recebendo também diversos nomes: Imperial Teatro São Pedro de Alcântara, Theatro Constitucional, e, finalmente, Teatro João Caetano.

  Reprodução
  teatrojoaocaetadnodebret
   
  teatrojoaocaetadno400t
  Acima, pintura da fachada do Teatro São João por Jean Baptiste Debret (c. 1834). Abaixo, vista aérea do Teatro João Caetano.

 

Quando Dom Pedro I foi nomeado príncipe regente jurou fidelidade à Constituição Portuguesa de uma de suas varandas. No local também foi promulgada, em 1824, com a presença do imperador Dom Pedro I e da imperatriz Leopoldina, a primeira Constituição brasileira. Durante a solenidade o edifício pegou fogo, sendo reinaugurado em 1826.

Com a abdicação de Dom Pedro I, em 1831, o teatro foi invadido e depredado e, depois de reconstruído, passou a se chamar Teatro Constitucional Fluminense. O prédio ficou sete anos fechado, foi leiloado pelo Banco do Brasil e reaberto em 1838. Mais tarde foi arrendado pelo ator e produtor cultural João Caetano.

Em 1851 ocorreu novo incêndio. No ano seguinte, João Caetano iniciou a reconstrução da casa, reaberta em 1855, quando atuaram ali Eleonora Duse e, no início de 1856, Sarah Bernhard. No entanto, neste mesmo ano novo incêndio atingiu o edifício, que ficou reduzido a escombros. Reconstruído mais uma vez por João Caetano, o teatro foi reinaugurado em 1857.

Em 1928, o prefeito Antonio Prado Júnior mandou demolir o prédio para a construção de uma nova casa de espetáculos. O projeto gerou polêmica: as críticas lamentavam a demolição do edifício, cujas formas ecléticas já faziam parte da paisagem da Praça Tiradentes. Prado Junior optou por uma nova edificação, influenciado também pelos modernistas e a vanguarda europeia. Reinaugurado em 1930, o teatro recebeu o nome de João Caetano. O projeto, dos engenheiros Gusmão, Dourado & Baldassini, também contemplava a iluminação da Praça Tiradentes e a fachada do novo teatro contava com jogos de luzes que ressaltavam seus vitrais e suas formas. O novo prédio, em concreto armado no estilo art déco, era bastante arrojado para a época.

Em 1978, o João Caetano mais uma vez passou por reforma. O projeto foi assinado pelo arquiteto Rafael Peres e entregue ao público no ano seguinte. A lotação atual é 1.143 lugares.

Gigli

 

Beniamino Gigli nasce em Recanati, uma província de Macerata, Itália, e mostrou desde cedo grande facilidade para o canto, sendo aceito no Coro Pueri Cantores, da Catedral da província. Mais tarde estudou com o maestro Quirino Lazzarini, organista e diretor do Coro da Santa Casa de Loreto. Em 1911, venceu um concurso que o permitiu entrar no Santa Cecília, em Roma, sob os ensinamentos de Enrico Rosati.

 

  Foto: Reproidução
  giglie400
   

Gigli fez sua estreia com o personagem Enzo, de Gioconda, uma ópera de Amilcare Ponchielli no Teatro Social de Rovigo em 15 de outubro de 1914, depois de vencer outro concurso em Parma. Em novembro de 1918 cantou pela primeira vez no La Scala de Milão, na ópera Mefistofele de Arrigo Boito, com a direção de Arturo Toscanini.

 

Em 26 de novembro de 1920 estreia no Metropolitan Opera de Nova Iorque, novamente com a obra Mefistofele. Seguido de Andrea Chérnier de Umberto Giordano, que cantou por onze tempordas consecutivas, La Bohème de Puccini, L’elisir D’amore de Gaetano Donizetti e outros sucessos. Foi o principal tenor do Metropolitan Opera por doze anos seguidos, sucedendo o mito italiano, Enrico Caruso.

 

Em 1932 retornou a Roma. Depois da guerra voltou à atividade, apenas se aposentando em 1955.

 

Uma das mais belas vozes do séc. XX, especialmente no repertório lírico italiano, notabilizou-se como intérprete de Verdi, Donizetti e, em especial, das obras veristas, com destaque para suas criações de Cavalleria Rusticana, de Mascagni, e Pagliacci, de Ruggero Leoncavallo. Popularizou também as chamadas cancões napolitanas e encenou 16 longas-metragens nas décadas de 1930 e 1940, contracenando com Alida Valli, Isa Miranda, Maria Cebotari entre outras intérpretes famosas.

 

Ao Brasil, de 1920 a 1951, veio oito vezes. Na sua última temporada entre nós, gravou duas famosas canções brasileiras: Mimosa, escrita por Leopoldo Fróes, e “Casinha Pequenina”, modinha de autor desconhecido. Em 1937 já havia gravado duas árias de Carlos Gomes: “Quando Nascesti Tu”, de Lo schiavo; e “Vanto lo Pur”, de Il Guarany.

 

Em 1955 Gigli fez a turnê de adeus aos Estados Unidos, com três concertos, em abril no Carnegie Hall, que estão publicados em LP. O último concerto de sua vida aconteceui em 25 de Maio de 1955 no Constitution Hall de Washington.

 

Morreu no dia 30 de novembro de 1957, com 67 anos, em decorrência de um ataque de broncopneumonia.

 

***

 

Parceria da Escola de Música (EM) com a rádio Roquette Pinto, a série Concertos UFRJ conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da EM, e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM. As edições do programa podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast, audio sob demanda, da rádio Roquette Pinto. Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

Concertos UFRJ: Gravações raras de compositores brasileiros

Foto: Reprodução
carusoxx
Caruso gravou em 1919 a ária “Mia Piccirella”, de Carlos Gomes.

Concertos UFRJ, programa radiofônico resultado de uma parceria da UFRJ com a Roquette Pinto, destaca esta semana gravações raras de compositores brasileira. Fonogramas que cobrem um período de mais de quatro décadas do século passado – desde final dos anos 1910 até meados do século passado.

Concertos UFRJ, programa radiofônico resultado de uma parceria da UFRJ com a Roquette Pinto, destaca esta semana gravações raras de compositores brasileira. Fonogramas que cobrem um período de mais de quatro décadas do século passado – desde final dos anos 1910 até meados do século passado. Um material que, afora a importância história intrínseca, delineia um panorama dos padrões interpretativos de uma época, não raro, diversos dos predominantes hoje em dia.

 

   
 
podcast

Ouça aqui o programa: 

  {mp3}concerto20131014|230|25| 0{/mp3}
 
Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

Extraídos de antigos discos, há muito fora do mercado, ou de registos de concertos ao vivo, esses áudios guardam, é claro, a marca dos recursos técnicos então disponíveis, assim como das opções estéticas vigentes.

 

Carlos Gomes


Dos grandes músicos brasileiros Carlos Gomes foi sem dúvida quem mais chamou atenção da nascente indústria radiofônica. Intérpretes de peso se renderam à jovialidade de sua produção operística. Foi o caso do tenor italiano Enrico Caruso, que gravou árias e duetos de suas obras mais famosas. O programa destacou a sua interpretação de Caruso da canzonetta “Mia Piccirella”, do primeiro ato de Salvator Rosa. A gravação é de 1919.

 

O soprano Bidu Sayão também manifestou apreço pela produção do compositor campineiro. “La piccola brasiliana”, como era conhecida, fez carreira nos Estados Unidos, como uma das grandes atrações do Metropolitan Opera House de Nova York. Com Sayão, a edição de Concertos UFRJ destacou a interpretação, datada de 1935, da ária “C’era una volta un principe”, do segundo ato de Il Guarany.

 

Muitas das gravações apresentadas no programa, sobretudo as mais antigas, foram feitas em estúdio com orquestras especialmente arregimentadas. O material não informa, infelizmente, detalhes sobre esses músicos. De outras desconhecemos até a data do registro. É o caso das gravações de obras de Carlos Gomes realizadas por Francisco Mignone na Itália regendo a Orquestra Sinfônica da Rádio de Turim. Datadas provavelmente dos anos 1940, são muito raras e foram lançadas na Europa pelo selo Parlafon no formato de discos de 78 rotações.

 

Dessas preciosidades, a edição apresentou interpretação de Mignone para as aberturas de Il Guarany e Salvator Rosa. A restauração do áudio tem assinatura do professor Eduardo Monteiro, da Escola de Música.

 

Mignone, Lorenzo Fernández e Villa-Lobos

 

Foto: Reprodução
toscanini400
Toscanini, importantes gravações de autores brasileiros.

Obras de Francisco Mignone também foram executadas por orquestras importantes internacionalmente. É o caso da gravação de sua “Fantasia para piano e orquestra” pela Orquestra Sinfônica da NBC, conduzida por ninguém menos que o lendário Arturo Toscanini. O registro data de 14 de novembro, na cidade de Nova York. O solista, Bernardo Segall.

 

O “Batuque”, terceira parte da Suíte Reisado do Pastoreio escrita por Lorenzo Fernández, também chamou atenção do maestro italiano. Essa obra, mereceu do regente, uma famosa gravação, feita em 14 de maio de 1940, em concerto na capital norte-americana. A Orquestra, uma vez mais, a Sinfônica da NBC, que Toscanini dirigiu até se retirar em decorrência de problemas de saúde.

 

Finaliza o programa o “Papagaio do Moleque”, obra de Heitor Villa-Lobos. Na gravação, o próprio compositor rege a Symphony of The Air, a antiga NBC de Toscanini. O registro data de 12 de julho de 1959 e foi feito em Nova York, no Empire State Music Festival, naquele que seria o último concerto de Villa-Lobos.

***


Parceria da Escola de Música (EM) com a rádio Roquette Pinto, a série Concertos UFRJ conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da EM, e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM. As edições do programa podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast, audio sob demanda, da rádio Roquette Pinto. Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

Concertos UFRJ: Vento Trio

Foto: Divulgação
triventofoto01190
CD do Vento Trio mostra diversidade da música brasileira.

A edição desta semana de Concertos UFRJ reprisa o especial dedicado ao Vento Trio, conjunto que lançou no mercado norte-americano o CD “Brazilian Dances and Inventions”. Formado pela fagotista Janet Grice, o flautista Kevin Willois e a clarinetista Sarah Bednarcik, que se conheceram quando faziam pós-graduação na Universidade de Rutgers (EUA), o trio vem se dedicando à divulgação mais ampla da produção brasileira, sul-americana e a americana em geral.

A edição desta semana de Concertos UFRJ reprisa o especial dedicado ao Vento Trio, conjunto que lançou no mercado norte-americano o CD “Brazilian Dances and Inventions”. Formado pela fagotista Janet Grice, o flautista Kevin Willois e a clarinetista Sarah Bednarcik, que se conheceram quando faziam pós-graduação na Universidade de Rutgers (EUA), o trio vem se dedicando à divulgação mais ampla da produção brasileira, sul-americana e a americana em geral.

 

   
 
podcast

Ouça aqui o programa: 

  {mp3}concerto20130902|230|25| 0{/mp3}
 
Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

O CD, lançado em 2006, retrata a natureza profundamente melódica e ritmicamente complexa da nossa música. Uma iniciativa de Grice, que também responde por adaptações e arranjos de diversas músicas. Ela morou no Brasil, aonde vem regularmente. Continua envolvida em projetos relacionados à produção brasileira para fagote, além de participar de eventos e festivais e tocar, vez por outra, em jazz sessions no Rio de Janeiro.

 

O repertório do CD aborda danças como polca, baião, forró, samba e valsa em contraste com invenções que incorporam contraponto imitativo em uma gama de tonalidades. Ao todo 12 obras de oito compositores: Jovino Santos Neto, Guerra Peixe, Pixinguinha, Lorenzo Fernandez, Jacó do Bandolim, Milton Nascimento, José Siqueira, Otávio Braga e Luiz Gonzaga. Uma diversidade que vai desde “Invenções Seresteiras” até “Aza Branca”.

 

Desde a gravação de “Danças e Invenções Brasileiras” o trio vem se apresentado em concertos em toda a região metropolitana de Nova York, no Chamber Music America Conference, no Tavern Museum Keeler e Double Reed Conference e em universidades nos Estados Unidos e Europa. Para 2013 promete um novo álbum com composições de Piazolla, obras de Claudio Santoro e Henrique de Curitiba, além de uma boa seleção de choros misturada com inéditos de autores norte-americanos.

 

Os músicos

 

Janet Grice, fagote, tem doutorado pela Universidade de Rutgers e graduação pela New England Conservatory e pela New York University. Atualmente é bolsista da Fulbright no Brasil e recebe suporte do National Endowment, Meet the Composer and Arts International. Com participação em vários CDs, desenvolve carreia em Nova York e ensina fagote na rede pública da cidade.

Com bacharelado e mestrado pela Universidade de Rutgers Kevin Willois, flauta, vem se destacando no circuito musical nova-iorquino. Ele ensina flauta e teoria musical no Conservatório de Westminster, da Universidade Rutgers.

Sarah Bednarcik, clarinete, se licenciou pela Universidade Northwestern e tem mestrado pela Universidade de Rutgers. É free-lance em Nova Jersey, professora de música da escola pública local e mantém um estúdio voltado para seu instrumento.

 

***

 

Parceria da Escola de Música (EM) com a rádio Roquette Pinto, a série Concertos UFRJ conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da EM, e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM. As edições do programa podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast, audio sob demanda, da rádio Roquette Pinto. Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Brazilian Dances and Inventions 

 for Bassoon, Flute and Clarinet

trioventoCD

Vento Trio

 

Faixas


JOVINO SANTOS NETO

1. Mar Fim

 

CESAR GUERRA PEIXE

Trio n° 2 para sopros

2. Polca

3. Dança dos cabocolinhos

4. Canção

5. Frevo 


PIXINGUINHA

6. Carinhoso

 

OSCAR LORENZO FERNANDEZ

Duas Invenções seresteiras

7. allegro moderato

8. ben allegro

 

JACO DO BANDOLIM

9. Doce de Coco

 

CESAR GUERRA PEIXE

Trio n° 1

10. andante

11. allegro moderato

12 lento

 

MILTON NASCIMENTO

11. Ponta de Areia

 

JOSE SIQUEIRA

Tres Invenções para flauta, clarineta e fagote

14. allegro

15. andante

16. moderato

 

PIXINGUINHA

17. Naquele Tempo

 

LUIZ OTAVIO BRAGA

Micro Suite

18. pequena polca

19. valsa pequena

20. pequeno choro

 

LUIZ GONZAGA

21. Asa Branca, Assum preto

Concertos UFRJ: Duo Santoro lança CD Bem Brasileiro

Foto: Divulgação
duosantoro190cd
Duo mostra produção brasileira do séc. XX e contemporânea.

O CD “Bem Brasileiro”, do Duo Santoro, é a atração desta semana de Concertos UFRJ. Editado por A Casa Estúdio, o álbum foi lançado no primeiro semestre deste ano e reúne a produção de 12 compositores brasileiros, a maioria contemporâneos. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa é resultado de uma parceria da UFRJ com a rádio Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

O CD “Bem Brasileiro”, do Duo Santoro, é a atração desta semana de Concertos UFRJ. Editado por A Casa Estúdio, o álbum foi lançado no primeiro semestre deste ano e reúne a produção de 12 compositores brasileiros, a maioria contemporâneos. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa é resultado de uma parceria da UFRJ com a rádio Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

{mp3}concerto20130923|230|25| 0{/mp3}
Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

Formado pelos irmãos Paulo e Ricardo Santoro em 1990 e em atividade há mais de duas décadas, o Duo Santoro ostenta uma história profissional consagrada tanto na música de concerto quanto na popular. “Bem Brasileiro” é o primeiro CD do grupo e conta com a direção artística do pai, o contrabaixista Sandrino Santoro, com quem os gêmeos iniciaram seus estudos ainda meninos, e a produção de Sergio Roberto de Oliveira.

 

O título faz menção à célebre frase de Heitor Villa-Lobos: “Sim, sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha música deixo cantar os rios e os  mares deste grande Brasil”. Uma brasilidade presente em todas as faixas do CD, que se inaugura com “O Trenzinho do Caipira”, uma das melodias villalobianas mais populares, com adaptação singular dos irmãos Santoro. O polonês Waldemar Szpilman, nascido em 1915 e imigrado para o Brasil em 1925, é representado pela obra “Choro”, reveladora do seu trânsito fácil entre as músicas de concerto e popular. “Três Temas do Folclore”, do contrabaixista e compositor Ricardo Medeiros, traz impressa a singeleza do primeiro movimento e a crescente ênfase nos seguintes. O compositor alemão Ernst Mahle, naturalizado brasileiro em 1962, alça destaque com “Três Duetos Modais, escritos em 1974, denotando a forma natural como incorporou os elementos brasileiros em sua formação musical europeia. A “Modinha”, de Franciso Mignone, obra conhecida como o segundo movimento da sonata para dois fagotes, ganha adaptação para violoncelos. O argentino José Alberto Kaplan, naturalizado brasileiro em 1969, escreveu “Nazareteando” especialmente para o Duo Santoro, não escondendo no título a inspiração de Ernesto Nazareth.

O disco apresenta ainda outras grandes surpresas como o compositor mineiro radicado no Rio de Janeiro Alexandre Schubert, com sua peça “Duo”. “Choro Seresteiro”, escrito por Osvaldo Lacerda em 1974, imprime um ar de seresta ao disco, e Ernani Aguiar surge em “Seis Duetos”, compostos em 1985, reunidos aqui pela primeira vez em sua forma integral. Escrita originalmente para contrabaixo e orquestra de câmara, “A 7° Folha do Diário de um Saci”, de Edmundo Villani-Côrtes, inspira-se no folclore brasileiro, enquanto a “Cantiga e Desafio”, do carioca João Guilherme Ripper, traz trechos de acentuada polifonia e mudanças de andamento e métrica. Sergio Roberto de Oliveira encerra com o seu “Bis”, escrita em 2012 especialmente para o CD e dedicada ao Duo Santoro.

 

Duo Santoro


Foto: Divulgação
duosantorocapacd
Capa do CD, que pode ser adquirido através do e-mail contato@duosantoro.com.br

Nascidos no Rio de Janeiro, os gêmeos Paulo e Ricardo fazem parte da Orquestra Sinfônica Brasileira desde 1986 e da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) desde 1989, no mesmo ano em que se graduaram pela Escola de Música da UFRJ com nota máxima e dignidade acadêmica Magna Cum Laude. Com Mestrado em Música, já se apresentaram como solistas à frente de várias orquestras, além de participarem de outras formações camerísticas distintas, tais como Trios, Quartetos e outros Duos.

Único duo de violoncelos em atividade permanente no Brasil, o Duo Santoro estreou em 1990 e já se apresentou nas principais salas de concerto do Brasil. Seus recitais incluem um leque eclético de estilos que vai do erudito ao popular. As transcrições e arranjos para violoncelos são assinados, na sua maioria, pelo próprio Duo. Uma das principais metas do Duo Santoro é a divulgação da música brasileira. Para isso, contam com a colaboração de vários compositores, que dedicaram algumas de suas principais obras ao Duo.

Já tocaram ao lado de mestres da música popular como Sivuca, Robertinho do Recife, Bibi Ferreira, Maria Bethânia e Gilberto Gil, entre outros; e em palcos teatrais ao lado dos atores Carlos Vereza e Nathalia Timberg, além de participações em discos de Guilherme Arantes, Simone, Almir Sater e Roberto Carlos, entre outros.

Em 1995, Paulo e Ricardo Santoro receberam por unanimidade da “União Brasileira de Escritores” o Prêmio Personalidade Cultural. Nas comemorações dos 20 anos do Duo Santoro, em 2010, se apresentaram em praticamente todo o Brasil e na República Dominicana, coroando o ano com um recital no famoso Carnegie Hall de Nova York.

 

Mais informações na página do grupo na Internet.

***

 

Resultado de um convênio da UFRJ com a Roquette Pinto, o programa radiofônico Concertos UFRJ vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 FM. Apresentado por André Cardoso, regente titular da OSUFRJ, as edições passadas podem ser acompanhadas no podcast, áudio sob demanda, da Roquette Pinto. Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

Concertos UFRJ: O Violino e seu Repertório

Foto: Divulgação
mutter
Anne-Sophie Mutter toca o concerto para violino de Mendelssohn.

A audição desta semana de Concertos UFRJ reprisa o programa dedicado ao violino e seu repertório. No programa, obras do período barroco e romântico que mostram um pouco as versatiliades e possibilidades de um dos instrumentos mais importantes da história da música. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa é resultado de uma parceria da UFRJ com a rádio Roquette Pinto.

A audição desta semana de Concertos UFRJ reprisa o programa dedicado ao violino e seu repertório. No programa, obras do período barroco e romântico que mostram um pouco as versatiliades e possibilidades de um dos instrumentos mais importantes da história da música. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa é resultado de uma parceria da UFRJ com a rádio Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

 

 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

  {mp3}concerto20130916|230|25| 0{/mp3}
 
Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .
   

O violino surgiu na Itália em meados do séc. XVI e descende da rebeca, da vielle e da lyra da braccio. Em sua origem tinha um caráter nitidamente popular, sendo utilizado por cantadores e poetas, assim como em danças, quase sempre improvisadas. O instrumento nobre do período, vale lebrar, era a viola da gamba.

O florescimento do instrumento se deve, sobretudo, ao enorme desenvolvimento arte da luteria italina. Durante duzentos anos, a sua fabricação foi hegemonizada por três famílias de Cremona. Inicilamente os Amati, e logo a seguir os Guarneri e em especial os Stradivarius, cujos instrumentos são hoje os mais disputados pelos grandes solistas.

 

O violino foi sendo modificado em função das necessidades e ideais sonoros das diversas épocas musicais. Ganhou em volume, projeção sonora e extensão com as alterações de diferentes gerações de lutiers. A espessura das cordas, o uso de um cavalete mais alto e um braço mais inclinado são exemplos dessas atualizações.

 

O arco passou também por significativas alterações, ganhando sua forma definitica no final do séc. XVIII. Originalmente com um formato côncavo, passou a ter uma curvatura convexa, o que lhe permitiu suportar uma maior tensão das crinas. Uma inovação, entre outras, do fabricante François Tourte, a pedido do virtuose Giovanni Battista Viotti, em 1782.

 

Tourte, aliás, foi quem escolheu o Pau-Brasil, que importava então de Pernambuco, como a madeira preferida para a manufatura dos arcos, um padrão que permanesce até hoje.

 

Repertório do programa

 

La volta, peça anônima do séc XVI. Eleanor Sloan (violino), Oliver Brookes (viola) e James Tyler (aláude).

 

Sonata detta la Desperata, em Sol Menor, para violino e contínuo, de Carlo Farina (1660 -1640). Reinhard Goebel.

Chacona da Partita no 2 (BWV 1004) de J. S. Bach (1685-1750). Obra de grande dificulade técnica interpretada por Jascha Heifetz, um dos maiores violinistas do séc. XX.

 

Concerto para Violino, em Mi Menor, O. 64, de Felix Mendelssohn (1809-1847). Em três movimentos, Allegro molto appassionato, Andante e Allegretto non troppo – Allegro molto vivace. Anne-Sophie Mutter e a Orquestra Filarmônica de Berlin, sob a regência de Herbert von Karajan.

 

***

 

Resultado de um convênio da UFRJ com a Roquette Pinto, o programa radiofônico Concertos UFRJ vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 FM. Apresentado por André Cardoso, regente titular da OSUFRJ, as edições passadas podem ser acompanhadas no podcast, áudio sob demanda, da Roquette Pinto. Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

 

Concertos UFRJ: 20 anos sem Guerra-Peixe

Foto: Divulgação
guerra_01_190
Gerra-Peixe: pesquisador, professor e ensaísta.

A obra de Gerra-Peixe, um dos maiores compositores brasileiros, é o tema da edição desta semana de Concertos UFRJ. Uma homenagem ao músico nos vinte anos de seu falecimento, ocorrido em 1993. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa é resultado de uma parceria da UFRJ com a rádio Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

A obra de Gerra-Peixe, um dos maiores compositores brasileiros, é o tema da edição desta semana de Concertos UFRJ. Uma homenagem ao músico nos vinte anos de seu falecimento, ocorrido em 1993. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa é resultado de uma parceria da UFRJ com a rádio Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

{mp3}concerto2013090|230|25| 0{/mp3}
Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

Filho de imigrantes portugueses de origem cigana, César Guerra-Peixe nasceu em Petrópolis, RJ, em 18 de março de 1914. Seu pai, instrumentista amador, o iniciou na música e com 11 anos ingressa na Escola de Música Santa Cecília, da sua cidade natal, onde se desenvolve em piano e violino. Em 1943, é aprovado no Instituto Nacional de Música, atual EM, estudando violino com Paulina d’Ambrósio e harmonia com Newton Pádua, de quem foi aluno também no Conservatório Nacional de Música e a quem deve grande parte de sua formação inicial como compositor.

 

As partituras desse período, compostas segundo o modelo da melodia brasileira, foram quase todas destruídas mais tarde pelo próprio autor. Forma-se me 1944 e biscando novos horizontes passa a frequentar aulas particulares com Hans-Joachim Koellreutter – músico alemão recém-chegado que difundiu no Brasil as propostas das vanguardas europeias, em especial as do dodecafonismo. Nessa época, participava ativamente do grupo Música Viva, que incluía, além do próprio Koellreutter, Cláudio Santoro, Edino Krieger e Eunice Katunda, entre outros, e que teve um papel importante na atualização do meio musical do país.

 

Nessa atmosfera efervescente, Guerra-Peixe passa a compor obras de caráter mais universal e conforme os pressupostos da nova estética que o fazem conhecido mais amplamente. Entretanto, após buscar sem sucesso conciliar as técnicas dodecafônicas com a tradição brasileira, e já muito influenciado pelas ideias de Mário de Andrade, acaba aderindo ao nacionalismo. A Suíte para orquestra de cordas, composta em 1949 e com os movimentos propositadamente bem brasileiros Maracatu, Pregão, Modinha e Frevo, assinala essa virada estética e programática. A partir daí, o material folclórico, em especial o nordestino, ganha cada vez mais relevo na sua produção, facilitado por sua transferência para o Recife, o que lhe permite realizar pesquisas de campo, aproveitadas ao longo dos anos 50 em suas obras. Editado pela Ricordi, parte desse material foi publicado em 1955 sob o título Maracatus do Recife.

 

Guerra-Peixe trabalhou como arranjador, compôs trilhas para cinema, e realizou incursões no campo da música popular brasileira. Ao mesmo tempo, desenvolveu intensa atividade como docente, contribuindo para formar toda uma geração de novos compositores. Foi professor da Escola de Música da UFMG, da Escola de Música Villa-Lobos e, nos últimos anos de vida, da Escola de Música da UFRJ, instituição em que havia se formado.

 

O ano de 1976 inaugura a última fase de sua trajetória musical, na qual a afirmação nacionalista já não se expressa sob a forma direta do recurso a configurações musicais populares. O folclore não é, entretanto, abandonado, mas superado, como faz questão de assinalar. Permanece como substrato inconsciente a partir do qual se forjam valores e elementos estéticos que guiam o trabalho do compositor, agora com mais liberdade.

 

O compositor nos deixou em 24 de novembro de 1993. Os interessados podem conhecer um pouco mais da sua vida e da sua obra no site do Projeto Guerra-Peixe.

 

***

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou no podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Repertório do Programa

 

Petrópolis da minha infância: suíte para orquestra de cordas (1976). I. A “Baronesa” sob a serra; II. Crianças na Praça da Liberdade; Barquinhos do Cremerie; IV. Os “índios” do Morin. Interpretação da Orquestra de Câmara Solistas de Londrina.

 

Suíte para orquestra de cordas (1949). I. Maracatu ; II. Pregão ; III. Modinha ; IV. Frevo. Interpretação da Orquestra de Câmara Solistas de Londrina.

 

Sonatina no 2 (1969). I. Allegro moderato ; II. Andante ; III. Allegro moderato. Interpretação de Midori Maeshiro.

 

Tributo a Portinari (1991). I. Família ; II. Espantalho ; III. Enterro na rede ; IV. Bumba-meu-boi. Interpretação da Orquestra Petrobrás Sinfônica, regência de Carlos Prazeres.

 

Mourão: no estilo de cantoria nordestina (s. d.). Interpretação da Orquestra de Câmara Solistas de Londrina.

Concertos UFRJ: Danças e invenções brasileiras

Foto: Divulgação
triventofoto01190
CD do Vento Trio mostra diversidade da música brasileira.

Um encontro entre formas musicais populares e eruditas é a proposta do CD “Brazilian Dances and Inventions” lançado pelo Vento Trio no mercado norte-americano que Concertos UFRJ destaca na edição desta semana. Formado pela fagotista Janet Grice, o flautista Kevin Willois e a clarinetista Sarah Bednarcik, que se conheceram quando faziam pós-graduação na Universidade de Rutgers (EUA), o grupo vem se dedicando à divulgação mais ampla da produção brasileira, sul-americana e a americana em geral.

Um encontro entre formas musicais populares e eruditas é a proposta do CD “Brazilian Dances and Inventions” lançado pelo Vento Trio no mercado norte-americano que Concertos UFRJ destaca na edição desta semana. Formado pela fagotista Janet Grice, o flautista Kevin Willois e a clarinetista Sarah Bednarcik, que se conheceram quando faziam pós-graduação na Universidade de Rutgers (EUA), o grupo vem se dedicando à divulgação mais ampla da produção brasileira, sul-americana e a americana em geral.

 

   
 
podcast

Ouça aqui o programa: 

  {mp3}concerto20130902|230|25| 0{/mp3}
 
Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

O CD, lançado em 2006, retrata a natureza profundamente melódica e ritmicamente complexa da nossa música. Uma iniciativa de Grice, que também responde por adaptações e arranjos de diversas músicas. Ela morou no Brasil, aonde vem regularmente. Continua envolvida em projetos relacionados à produção brasileira para fagote, além de participar de eventos e festivais e tocar, vez por outra, em jazz sessions no Rio de Janeiro.

 

O repertório do CD aborda danças como polca, baião, forró, samba e valsa em contraste com invenções que incorporam contraponto imitativo em uma gama de tonalidades. Ao todo 12 obras de oito compositores: Jovino Santos Neto, Guerra Peixe, Pixinguinha, Lorenzo Fernandez, Jacó do Bandolim, Milton Nascimento, José Siqueira, Otávio Braga e Luiz Gonzaga. Uma diversidade que vai desde “Invenções Seresteiras” até “Aza Branca”.

 

Desde a gravação de “Danças e Invenções Brasileiras” o trio vem se apresentado em concertos em toda a região metropolitana de Nova York, no Chamber Music America Conference, no Tavern Museum Keeler e Double Reed Conference e em universidades nos Estados Unidos e Europa. Para 2013 promete um novo álbum com composições de Piazolla, obras de Claudio Santoro e Henrique de Curitiba, além de uma boa seleção de choros misturada com inéditos de autores norte-americanos.

 

Os músicos

 

Janet Grice, fagote, tem doutorado pela Universidade de Rutgers e graduação pela New England Conservatory e pela New York University. Atualmente é bolsista da Fulbright no Brasil e recebe suporte do National Endowment, Meet the Composer and Arts International. Com participação em vários CDs, desenvolve carreia em Nova York e ensina fagote na rede pública da cidade.

Com bacharelado e mestrado pela Universidade de Rutgers Kevin Willois, flauta, vem se destacando no circuito musical nova-iorquino. Ele ensina flauta e teoria musical no Conservatório de Westminster, da Universidade Rutgers.

Sarah Bednarcik, clarinete, se licenciou pela Universidade Northwestern e tem mestrado pela Universidade de Rutgers. É free-lance em Nova Jersey, professora de música da escola pública local e mantém um estúdio voltado para seu instrumento.

 

***

 

Parceria da Escola de Música (EM) com a rádio Roquette Pinto, a série Concertos UFRJ conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da EM, e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM. As edições do programa podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast, audio sob demanda, da rádio Roquette Pinto. Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

Brazilian Dances and Inventions for Bassoon, Flute and Clarinet

trioventoCD

Vento Trio

 

Faixas


JOVINO SANTOS NETO

1. Mar Fim

 

CESAR GUERRA PEIXE

Trio n° 2 para sopros

2. Polca

3. Dança dos cabocolinhos

4. Canção

5. Frevo 


PIXINGUINHA

6. Carinhoso

 

OSCAR LORENZO FERNANDEZ

Duas Invenções seresteiras

7. allegro moderato

8. ben allegro

 

JACO DO BANDOLIM

9. Doce de Coco

 

CESAR GUERRA PEIXE

Trio n° 1

10. andante

11. allegro moderato

12 lento

 

MILTON NASCIMENTO

11. Ponta de Areia

 

JOSE SIQUEIRA

Tres Invenções para flauta, clarineta e fagote

14. allegro

15. andante

16. moderato

 

PIXINGUINHA

17. Naquele Tempo

 

LUIZ OTAVIO BRAGA

Micro Suite

18. pequena polca

19. valsa pequena

20. pequeno choro

 

LUIZ GONZAGA

21. Asa Branca, Assum preto

Concertos UFRJ: Sonatas de Beethoven por Alexander Panizza

Foto: Ana Liao
panizzanoleopoldo
Panizza agradece aplausos em concerto no Leopoldo Miguez.

A edição desta semana de Concertos UFRJ, programa de música clássica da Rádio Roquette Pinto em parceria com a Escola de Música, destaca a versão do pianista argentino Alexander Panizza para a integral das Sonatas de Beethoven. Um verdadeiro tour de force já que as 32 sonatas foram gravadas ao vivo em uma série de oito concertos, entre abril e novembro 2010, no Teatro Príncipe de Astúrias, em Rosário, Argentina.

A edição desta semana de Concertos UFRJ, programa de música clássica da Rádio Roquette Pinto em parceria com a Escola de Música, destaca a versão do pianista argentino Alexander Panizza para a integral das Sonatas de Beethoven. Um verdadeiro tour de force já que as 32 sonatas foram gravadas ao vivo em uma série de oito concertos, entre abril e novembro 2010, no Teatro Príncipe de Astúrias, em Rosário, Argentina.

 

   
 
podcast

Ouça aqui o programa: 

  {mp3}concerto20130826|230|25| 0{/mp3}
 
Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

Um total de seis álbuns duplos, dos quais o programa destacou três peças. A Sonata nº 8, em Dó Menor, Op. 13, conhecida como “Patética”; a no 13, Op. 27, no 1, em Mi Bemol Maior; e a no 14, Op. 27, no 2, em Dó Menor, a famosa “Sonata ao Luar”.

 

Embora originalmente não se destinassem a formar um todo significativo, as sonatas que Ludwig van Beethoven escreveu entre 1795 e 1822 são uma das coleções mais importantes da história da música. Não por acaso Hans von Bülow, o primeiro pianista a tocá-las em um único ciclo de concertos, as chamou de “O Novo Testamento” da música (O Cravo Bem Temperado, seria “O Velho Testamento”).

 

Panizza, que recentemente se apresentou no Salão Leopoldo Miguez durante as comemorações dos 165 anos de fundação da Escola de Música da UFRJ, é reconhecido como o pianista mais destacado da Argentina na última década.

 

Panizza

 

Panizza se apresenta regularmente nos palcos da América Latina, nos Estados Unidos e na Europa. Nascido em Toronto, sua formação musical se desenvolveu no Canadá, Argentina, França, Espanha e Inglaterra. Com pós-graduação no Royal College of Music, em Londres, ganhou entre outros certames o Esther Fisher Prize, edição 2000, com a melhor interpretação da música francesa; o Frank Heneghan Award 2001 por sua interpretação dos estudos de Chopin, Rachmaninov e Scriabin; o Cyril Smith Award 2001 por sua execução do Concerto no 3 de Rachmaninoff; e a Medalha de Ouro do Shimmin Hopkinson.

 

Como solista Panizza tocou com mais de trinta importantes orquestras. Entre elas, a Brucknerakademie (Alemania), a Iasi Symphony (Rumania), a Filarmônica de Buenos Aires, a Sinfônica Nacional (Argentina), a Exeter Symphony, KCYO e LSSO (Inglaterra), a Orquestra do Século XXI (España), a Orquestra de Câmera Francesa, a Orque sta Nacional do Chile e a Filarmônica de Montevidéu. Suas versões para os concertos de Brahms, Rachmaninov, Tchaikovsky, Chopin, Beethoven e Schumann receberam numerosos aplausos da crítica especializada.

 

Entre as principais salas em que se apresentou estão o Barbican Hall, em Londres, o Teatro Colon, em Buenos Aires, o Anfiteatro Richelieu da Universidade Sorbonne, o Teatro Pallas em Atenas, o Museu Ciurlionis Kaunas (Lituânia) e o Herkulessaal Munique. Panizza tocou também em importantes série de concertos, como o Festival de Música Cambridge, St. Martin in the Fields, Cité International des Arts (Paris), Bürgermeisterhaus (Alemanha), Soesterberg Music Festival (Holanda) e Long Island Mozart Festival.

 

Além das Sonatas de Beethoven, a discografiado pianista inclui a Obra integral para o intramento de Alberto Ginastera e o Concerto de David Winkler. Mais detalhes no site do músico.

 

***

 

Parceria da Escola de Música (EM) com a rádio Roquette Pinto, a série Concertos UFRJ conta com a produção e apresentação de André Cardoso, docente da EM, e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM. As edições do programa podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast, audio sob demanda, da rádio Roquette Pinto. Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

Música para viola e piano em Concertos UFRJ (reprise)

Foto: Divulgação
barbarawestphal190
Barbara Westphal conheceu a música brasileira para viola em 1981.

A edição desta semana de Concertos UFRJ reprisa o programa dedicado ao CD “Brazilian Music for Viola & Piano” da violista alemã Barbara Westphal acompanhada pelo pianista italiano Christian Ruvolo. Lançado em 2010 o repertório é integralmente dedicado à aos compositores brasileiros do século XX.

A edição desta semana de Concertos UFRJ reprisa o programa dedicado ao CD “Brazilian Music for Viola & Piano” da violista alemã Barbara Westphal acompanhada pelo pianista italiano Christian Ruvolo. Lançado em 2010 no mercado internacional pelo Centaur, selo independente norte-americanos especializado em música de concerto, o repertório é integralmente dedicado à aos compositores brasileiros do século XX.

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

{mp3}concerto20130415|230|25| 0{/mp3}
Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção .

O repertório brasileiro para viola, aliás, se desenvolveu bastante no período, em especial sob influência da corrente nacionalista. Contribui para isso a presença entre nós de dois importantes músicos, Geza Kiszely e Perez Dvorek, que incentivaram muito a produção para o instrumento.

 

Ao todo, oito peças. “Brasiliana”, de Edino Krieger; “Três Valsas Brasileiras”, de Francisco Mignone; “Appassionato, Cantilena e Toccata”, de Osvaldo Lacerda; “Sonatina”, de Ernst Mahle; “Canção Sertaneja” e “Encantamento”, de Mozart Camargo Guarnieri; “O Canto do Cisne Negro”, de Heitor Villa-Lobos; e “Sonata”, de Brenno Blauth. Destas, o programa apresentou as quatro primeiras e a última.

 

Barbara tomou contato pela primeira vez com este repertório há trinta anos, quando participou do Festival Internacional de Campos do Jordão e, logo a seguida, conheceu o Conservatório de Tatuí, importante escola de música do interior paulista.

 

Barbara Westphal estudou em Londres e Nova York e obteve seu diploma de concerto com Itzhak Perlman e Michael Tree (Guarneri Quartett). Em 1983, ganhou o Concurso ARD, Munique, e o prestigioso Prêmio Busch. Como solista e camerista, se apresentou na Europa, Estados Unidos e América do Sul. De 1978 a 1985 foi violista do Delos Quartetts. Em 1997 fundou, com a violinista Ani Kavafian e violoncelista Gustav Rivinius, o Trio da Salò que se apresentou pela primeira vez no Festival “Incontri in Terra di Siena”, Itália. Suas gravações, que incluem as Sontas para Viola de Brahm (com Ursula Oppens), as Sontas para Viola de Max Reger e as seis Suites solo de J. S. Bach, foram recebidas com elogios pela imprensa especializada. Como educadora, leciona desde 1989 na Universidade de Lübeck (Alemanha), e realiza master classes na Europa e nos Estados Unidos. Barbara tem sido regularmente convidada para intergrar o júri de importantes certames internacionais.

 

christianruvoloChristian Ruvolo estudou piano e composição em Milão, Itália, e em Freiburg, Alemanha, com Andrea Di Renzo, Vitaly Margulis e Murray Perahia. Em 1993, ganhou o primeiro prêmio de pianista correpetidor do Teatro alla La Scala e, a seguir, trabalhou como músico deste teatro. Como convidado integrou importantes festivais de música na Europa, Ásia e América. Sua carreira como solista inclui apresentações na Itália, Alemanha, França, Reino Unido, Estados Unidos, China, Coréia do Sul e Brasil. Já como um músico de câmara, tocou com conjuntos e artistas de renome, entre eles o clarinetista Sabine Meyer, o Trio di clarone e a Orquestra de Câmara de Heilbronn de Wurttemberg. Desde de 2000, leciona na Academia de Música de Lübeck.

 

***

 

O programa radiofônico Concertos UFRJ, resultado de um convênio da UFRJ com a Roquette Pinto, vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 FM. Apresentado por André Cardoso, regente titular da OSUFRJ, as edições podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1).

 

Contatos através do endereço eletrônico: concertosufrj@musica.ufrj.br.

 

 

 

BRAZILIAN MUSIC FOR VIOLA & PIANO


Barbara Westphal (viola) • Christian Ruvolo (piano)

 

capacdviolaepiano300

 

Brasiliana

Edino Krieger

 

Tres Valsas Brasileiras
Francisco Mignone

1. Valsa lenta

2. Suave e delicado

3. Vivo e com Entusiasmo

 

Appassionato, Cantilena e Toccata
Osvaldo Lacerda

1. Appassionato

2. Cantilena

3. Toccata

 

Sonatina
Ernest Mahle

1. Andante

2. Vivace

 

Canção Sertaneja

Camargo Guarnieri

 

Encantamento

Camargo Guarnieri

 

O Canto do Cisne Negro

Heitor Villa-Lobos

 

Sonata
Brenno Blauth

1. Dramático

 

2. Evocativo

3. Agitado