Grupos de Pesquisa

Grupos de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Música (PPGM).

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Africanias

O propõe a compreensão da presença africana nos diferentes gêneros da música brasileira, através do estudo sistemático, contando com a participação de pesquisadores de diferentes áreas e instituições. Tal presença foi espargida, desde o século XVI, período em que o modelo econômico adotado por Portugal em sua colônia utilizou mão de obra escrava, submetendo os povos locais, chamados por seus colonizadores genericamente de índios e povos africanos, trazidos sobretudo da África sub-saariana.

O termo Africania foi assim explicitado por Yeda Pessoa de Castro: “designa o legado linguístico-cultural negroafricano … que se converteu em matrizes partícipes da construção de um novo sistema cultural e linguístico que, no Brasil, se identifica como brasileiro” .

Diversos povos africanos provenientes de diferentes etnias, línguas e culturas, que aqui se encontraram, entoaram seus cantos e construíram seus instrumentos, manifestando sua presença em sons no novo mundo. Desde o século XVI há documentos e relatos que apontam o encantamento provocado por esta cultura nos relatos dos viajantes. O encontro entre tais saberes e a música de origem europeia foi campo de interesse de diversos compositores, em diferentes gêneros e estilos musicais e possibilitou a composição de amplo repertório onde podemos perceber o eco da presença africana. Entretanto, este repertório é muitas vezes mal compreendido, em decorrência da dificuldade de compreensão do vocabulário e das tradições africanas que o cercam.

Pesquisadores

Andrea Albuquerque Adour da Camara, coordenadora
Babalawo Sandro Fatorere, membro externo (Afoxé Ómó Ifá)
Sônia Maria de Melo Queiroz, membro externo (UFMG)
Elisângela Santos, membro externo (CEFET)
Jonas dos Santos Maia, membro externo
Jonas Soares Lana, membro externo (PUC-RJ)
Lenine Alves dos Santos, membro externo (UNICAMP)
Ronal Xavier Silveira, membro externo (UFRJ)
Sergio Anderson de Moura Miranda, membro externo (UEMG)
Veruschka Bluhm Mainhard, membro externo (UFRJ)
Yeda Antonita Pessoa de Castro, membro externo (UNEB)
Alberto José Vieira Pacheco, docente
Frederico Machado de Barros, docente
Samuel Araujo, docente
Marcelo Henrique Andrade Coutinho, discente (doutorando)
Antonilde Rosa Pires, discente (mestranda)
Carlos Eduardo Fecher, discente (mestrando)
Daniel Salgado da Luz Moreira, discente (mestrando)
Filipe de Matos Rocha, discente (mestrando)
Jonas dos Santos Maia, discente (mestrando)
Ana Daniela dos Santos Rufino, discente (graduanda)
Eduardo Fonseca de Brito Lyra, discente (Ensino Médio)

Instituições e Pesquisadores Parceiros

CEA (Centro de Estudos Africanos) da UFMG
Pesquisadora Dra Sônia Queiroz (Faculdade de Letras – UFMG)
NEAB (Núcleo de Estudos Africanos) do CEFET
Pesquisadora Dra. Elisângela Santos
Afoxé Ómó Ifá
Pesquisador: Babalorixá Sandro Fatorere

Referências Bibliográficas

ANDRADE, Mario de. Aspectos da música brasileira. Belo Horizonte: Vila Rica, 1991.
BÂ, Amadou Hampaté.A tradição viva. In: KI-ZERBO, Josephet ali (Ed.). História da África. v. I: Metodologia e pré-história da África. São Paulo: UNESCO, 1980.
CASTRO, Yeda Pessoa de. Falares africanos na Bahia: um vocabulário afro-brasileiro. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras; Topbooks, 2005.
KAGAME, Alexis. A percepção empírica do tempo e concepção da história no pensamentu bantu. In: As culturas e o tempo: estudos reunidos pela UNESCO por Paul Ricoeur e outros. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1975.
MACHADO FILHO, Aires da Mata.O negro e o garimpo em Minas Gerais. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1943.
MARTINS, Leda. Performances do tempo espiralar. In RAVETTI, Graciella, ARBEX, Márcia (org). Performance, exílio, fronteiras: errâncias territorias e textuais. Belo Horizonte, Pós-Graduação em Letras, Estudos Literários, UFMG, 2002.
MUKUNA, Kasadi wa. Contribuição bantu na música popular brasileira: perspectivas etnomusicógicas. São Paulo: Terceira Margem, 2006.
QUEIROZ, Sônia. Pé preto no barro branco:a lingua dos negros da Tabatinga. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

Produção Operística

Com uma longa tradição, os projetos operísticos são um destaque da produção artística da EM.

A relação da Escola de Música com o canto lírico perpassa toda a sua trajetória. Muitos dos seus alunos e docentes realizaram contribuições relevantes ao repertório nacional. No entanto, a instituição como produtora de espetáculos operísticos remonta a meados do século passado, quando, no decorrer das comemorações de seu centenário de fundação, promoveu, pela primeira vez, a encenação de uma ópera completa: Moema, de Delgado de Carvalho, com os alunos da classe de Declamação Lírica da professora Carmem Gomes, apresentada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1949.

Desde estão a montagem de óperas se firmou e passou a fazer parte das atividades acadêmicas da Escola. São mais de oitenta produções, segundo levantamento da do site, que registra os espetáculos desse gênero musical produzidos pela instituição ao longo dos anos.

Hoje duas iniciativas concentram a produção da Escola – o projeto Ópera na UFRJ, voltado para o repertório geral, e A Escola vai à Ópera, focado no público infanto-juvenil.

Ópera na UFRJ

   Foto: Rafael Reigoto
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   Cena de A Flauta mágica, produção de 2018.

O projeto ÓPERA NA UFRJ foi criado em 1994 e produziu, em sua primeira fase, espetáculos como A flauta mágica, de Mozart (1994); Maroquinhas Fru-Fru, de Ernst Mahle, sobre texto consagrado de Maria Clara Machado (1995); O elixir do amor, de Donizetti (1996); O Chalaça, de Francisco Mignone (1997); O franco atirador, de Carl Maria von Weber (1998); A volta do estrangeiro, de Felix Mendelssohn (2001 ); Don Pasquale, de Donizetti (2002); e As bodas de Fígaro, de Mozart (2003).

Retomado em 2009, foram apresentados quatro diferentes títulos: O telefone, de Giancarlo Menotti; Rita, de Donizetti; La serva padrona, de Pergolesi; e Un mari à la porte, de Offenbach.

Em 2011, o projeto inaugurou, com a ópera Don Quixote nas bodas de Comacho, do compositor barroco alemão George Phillip Telemann, um novo formato com a realização de itinerância por teatros municipais do Estado do Rio de Janeiro. Ao todo o projeto, que envolve outras unidades da UFRJ, como as Escolas de Belas Artes (cenários e figurinos) e Comunicação, (direção teatral) montou mais de 20 produções.

A escolha dos títulos a serem encenados obedece a critérios didáticos e ao mesmo tempo funcionais. Didáticos porque procuramos proporcionar aos alunos a abordagem de diferentes estilos e linguagens. Funcionais porque são escolhidos títulos que sejam adequados às vozes dos alunos e ao tamanho e recursos técnicos do palco do Salão Leopoldo Miguez, ao mesmo tempo que sejam uma garantia de sucesso junto ao público.

O projeto tem como objetivos proporcionar aos alunos das unidades envolvidas na produção, treinamento e aperfeiçoamento no gênero operístico e formar mão de obra qualificada e especializada em espetáculos líricos.

Os alunos atuam em todas as etapas de produção do espetáculo e são coordenados por professores e profissionais convidados que se encontram entre os mais requisitados e atuantes.

Com a produção de um espetáculo de ópera, uma das mais complexas manifestações artísticas da cultura ocidental, a UFRJ marca seu compromisso com a diversidade cultural, enriquecendo o cenário artístico do Rio de Janeiro e chamando a atenção para o importante papel da Universidade na qualificação profissional dos artistas brasileiros.

A Escola vai à ópera

   Foto: Ana Liao
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   Cena de Os irmãos repentistas e os pandeiros encantados, produção de 2012.

Pensando no público infantil, não acostumado a ouvir ópera, e aproveitando sua grande experiência à frente do Coral Infantil da UFRJ, a professora Maria José Chevitarese escreveu o projeto A ESCOLA VAI À ÓPERA para concorrer, em 2007, ao edital do Programa de Apoio à Cultura e Extensão Universitária (PROEXT­/Cul­tura).

A possibilidade de introduzir as crianças no mundo desse fantástico gênero musical com espetáculos em língua portuguesa, temáticas e linguagem próprias para esta idade, encantou desde o início estudantes e docentes não só da Escola de Música, como também das Belas Artes e Direção Teatral/ECO.

A obra inaugural foi Maroquinhas Fru-Fru, de Ernest Mahle, com texto de Maria Clara Machado, levada ao palco do Salão Leopoldo Miguez em 2008, com récitas exclusivas para alunos das escolas públicas municipais e outras abertas ao público em geral, sempre com lotação esgotada.

O projeto vem se renovando e contabiliza cerca dez montagens, muitas delas estreias nacionais e mundiais, atingindo um público da ordem de de doze mil crianças e adolescentes. Ele conta também com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, que faz a divulgação nas escolas e fornece o transporte, e, desde 2012, com o patrocínio da Pró-reitoria deExtensão da UFRJ através do Programa Institucionalde Fomento Pró-Cultura e Esportes.

Contatos: aescolavaiaopera@gmail.com

Notícias da Extensão

Notícas sobre os cursos e os projetos da Extensão.

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Mais notícias

Matérias publicadas no site no último ano.

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EM na Imprensa

A imprensa desempenha, historicamente, um papel social de grande importância. Por seu caráter informativo e crítico ela deveria ser, ao mesmo tempo, o veículo para a divulgação de temas de interesse público como formadora de opinião e geradora de conhecimento de forma ética e consciente. Contemporaneamente as novas tecnologias multiplicaram as possibilidades e diferentes formas de comunicação, democratizando o acesso à informação. Aqui você encontra um pouco do que se escreve e se diz na mídia sobre a EM e, quando for o caso, comentários sobre as matérias.

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Sôdade Brasilis

Coordenado pelo professor Sergio Álvares, trata-se de uma práxis educacional contruída a partir das reminiscências musicais da Belle Époque Carioca (1870-1930) presentes nas práticas musicais urbanas contemporâneas e seus desdobramentos nos processos de ensino e aprendizagem da música. Uma ação que integra ensino, pesquisa e extensão, envolvendo a linguagem musical proveniente das manifestações artístico-culturais do final do século XIX e início do século XX que se encontram presentes até os dias de hoje no cotidiano da música carioca, com foco na música instrumental oriunda dos gêneros musicais, então em voga, como a valsa, a polca, o tango, o maxixe, o choro, o samba e estilos afins.

Atuante desde 2008, o Sôdade Brasilis fomenta a vivência discente junto ao cenário musical operante na região metropolitana do Rio de Janeiro, impulsionando diálogos e interações extramuros aos campi universitários, incluindo os Mestres dos Saberes Populares, também conhecidos como Velhos Chorões, no intuito de promover e difundir mútuos benefícios artístico-educacionais.

Concertos UFRJ

No ar desde 2010, inicialmente na Radio Roquette Pinto FM, o programa radiofônico CONCERTOS UFRJ , passou a ser veiculado, a partir de 4 de setembro de 2017, toda quarta-feira, às 22h, pela MEC 99.3 FM, emissora que dedica sua grade à música de concerto, levando ao ar grandes compositores brasileiros e internacionais de todos os tempos, além de jazz, choro e música instrumental.

Desde 2016 a curadoria do CONCERTOS UFRJ está a cargo do Programa de Pós-Graduação Profissional em Música da UFRJ (PROMUS). Aloysio Fagerlande, coordenador do PROMUS, produz e apresenta o programa.

Por sua natureza, perfil e objetivos, a pós-graduação profissional é bastante diferente da acadêmica e a divulgação pela internet, pelas redes sociais ou pela radiodifusão tradicional dos produtos gerados pelo curso, é fundamental. A parceria com a MEC FM proporciona mais um espaço para a veiculação da produção artística do PROMUS, tanto a criada por docentes, como a de autoria do corpo discente. Com isso, é possivel atingir um público maior do que aquele que frequenta as salas e espaços destinados à música ao vivo, assim como aquele que acessa uma revista eletrônica.

CONCERTOS UFRJ é, assim, uma forma de ampliar a interação do PROMUS com a sociedade na qual está inserido.

Todos os programas são disponibilizados no podcast do site do PROMUS.

A Escola vai à ópera

Pensando no público infantil, não acostumado a ouvir ópera, e aproveitando sua grande experiência à frente do Coral Infantil da UFRJ, a professora Maria José Chevitarese escreveu o projeto A ESCOLA VAI À ÓPERA para concorrer, em 2007, ao edital do Programa de Apoio à Cultura: Extensão Universitária (PROEXT/Cultura).

A possibilidade de introduzir as crianças no mundo desse fantástico gênero musical com espetáculos em língua portuguesa, temáticas e linguagem próprias para esta idade, encantou desde o início estudantes e docentes não só da Escola de Música, como também das Belas Artes e Direção Teatral/ECO.

A obra inaugural foi Maroquinhas Fru-Fru, de Ernest Mahle, com texto de Maria Clara Machado, levada ao palco do Salão Leopoldo Miguez em 2008, com récitas exclusivas para alunos das escolas públicas municipais e outras abertas ao público em geral, sempre com lotação esgotada.

O projeto vem se renovando e contabiliza cerca dez montagens, muitas delas estreias nacionais e mundiais, atingindo um público da ordem de de doze mil crianças e adolescentes. Ele conta também com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, que faz a divulgação nas escolas e fornece o transporte, e, desde 2012, com o patrocínio da Pró-reitoria deExtensão da UFRJ através do Programa Institucionalde Fomento Pró-Cultura e Esportes.

Ópera na UFRJ

O projeto ÓPERA NA UFRJ foi criado em 1994 e produziu, em sua primeira fase, espetáculos como A flauta mágica, de Mozart (1994); Maroquinhas Fru-Fru, de Ernst Mahle, sobre texto consagrado de Maria Clara Machado (1995); O elixir do amor, de Donizetti (1996); O Chalaça, de Francisco Mignone (1997); O franco atirador, de Carl Maria von Weber (1998); A volta do estrangeiro, de Felix Mendelssohn (2001 ); Don Pasquale, de Donizetti (2002); e As bodas de Fígaro, de Mozart (2003).

Retomado em 2009, foram apresentados quatro diferentes títulos: O telefone, de Giancarlo Menotti; Rita, de Donizetti; La serva padrona, de Pergolesi; e Un mari à la porte, de Offenbach.

   Foto: Rafael Reigoto
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   Cena de A Flauta mágica, produção de 2018.

O projeto ÓPERA NA UFRJ foi criado em 1994 e produziu, em sua primeira fase, espetáculos como A flauta mágica, de Mozart (1994); Maroquinhas Fru-Fru, de Ernst Mahle, sobre texto consagrado de Maria Clara Machado (1995); O elixir do amor, de Donizetti (1996); O Chalaça, de Francisco Mignone (1997); O franco atirador, de Carl Maria von Weber (1998); A volta do estrangeiro, de Felix Mendelssohn (2001 ); Don Pasquale, de Donizetti (2002); e As bodas de Fígaro, de Mozart (2003).

Retomado em 2009, foram apresentados quatro diferentes títulos: O telefone, de Giancarlo Menotti; Rita, de Donizetti; La serva padrona, de Pergolesi; e Un mari à la porte, de Offenbach.

Em 2011, o projeto inaugurou, com a ópera Don Quixote nas bodas de Comacho, do compositor barroco alemão George Phillip Telemann, um novo formato com a realização de itinerância por teatros municipais do Estado do Rio de Janeiro. Ao todo o projeto, que envolve outras unidades da UFRJ, como as Escolas de Belas Artes (cenários e figurinos) e Comunicação, (direção teatral) montou mais de 20 produções.

A escolha dos títulos a serem encenados obedece a critérios didáticos e ao mesmo tempo funcionais. Didáticos porque procuramos proporcionar aos alunos a abordagem de diferentes estilos e linguagens. Funcionais porque são escolhidos títulos que sejam adequados às vozes dos alunos e ao tamanho e recursos técnicos do palco do Salão Leopoldo Miguez, ao mesmo tempo que sejam uma garantia de sucesso junto ao público.

O projeto ÓPERA NA UFRJ desde sua origem é uma iniciativa que se realiza em absoluta integração com disciplinas dos cursos de Graduação das Escolas de Música, Belas Artes, Direção Teatral e, eventualmente, o Curso de Dança. A produção complexa de uma ópera envolve etapas em que, sob a coordenação e orientação de docentes de canto, regência, cenografia, indumentária, direção teatral e dança, os discentes envolvidos aliam conhecimento e prática desenvolvendo suas habilidades artísticas com autonomia.

Dessa forma, o projeto cumpre sua função de formação artístico-cultural de seus estudantes em espetáculos líricos e a UFRJ, como instituição pública, cumpre seu compromisso de retornar à sociedade sua produção artística, proporcionando, não apenas ao público da capital mas também de diferentes municípios fluminenses, um evento operístico gratuito de alta qualidade, o que certamente contribui para formar novas plateias para o gênero operístico.

Com a produção de um espetáculo de ópera, uma das mais complexas manifestações artísticas da cultura ocidental, a UFRJ marca seu compromisso com a diversidade cultural, enriquecendo o cenário artístico do Rio de Janeiro e chamando a atenção para o importante papel da Universidade na qualificação profissional dos artistas brasileiros.