OSUFRJ participa da Semana de Aniversário da EM

Com regência e direção artística do maestro André Cardoso, o concerto da Orquestra Sinfônica da UFRJ, às 19:30 horas do dia 29 de agosto de 2022, no Salão Leopoldo Miguez, o primeiro dentre os outros que a ele seguem, em celebração aos 174 anos de existência da Escola de Música, irá, por certo, caracterizar a cabal demonstração do diálogo de memória e renovação que seus atuais compositores, regentes e músicos estabelecem com idêntico elenco daqueles que contribuíram para que a história desta mais antiga instituição do ensino musical de nosso país  pudesse ser construída.

O público poderá testemunhar esta afirmativa na audição do programa desse concerto, no qual consta a peça musical Villa- Lobos – concerto para quinteto de sopros e orquestra de cordas, do consagrado e premiado compositor Liduino Pitombeira.

Executada pelo Quinteto Villa-Lobos, essa peça foi escrita por Liduino em homenagem aos 60 anos de atividades ininterruptas desse mesmo quinteto que foi fundado por 5 estudantes da antiga denominação da Escola de Música da UFRJ, o Instituto Nacional de Música e que nos dias atuais tem em sua formação: Rubem Schuenck na flauta, Rodrigo Herculano, no oboé, Paulo Sergio Santos, na clarineta, Philip Doyle, na trompa, e Aloysio Fagerlande, no Fagote.

Ainda no âmbito da renovação da excelência dos antigos compositores da Escola de Música, é também do premiado e aclamado compositor Marcos Nogueira a obra, Concertino para viola e orquestra de cordas executada pela orquestra Sinfônica da UFRJ em formato de câmara, com atuação de 25 músicos, tendo como solista, o professor da UNIRIO, Dhyan Toffolo.

Em seu campo de ação da manutenção da memória e exaltação daqueles que fazem parte da história da Escola de Música da UFRJ, tendo como solista Tiago Calderano, músico da orquestra, servidor da UFRJ, a orquestra executa o Concertino para tímpanos e orquestra de câmara, de José Siqueira, figura singular da cultura brasileira e professor desta Escola, desde o período em que era designada por Instituto Nacional de Música, até que, em 1969, foi proibido de lecionar, gravar e reger no Brasil.

Na concretização da merecida reverência à memória dos compositores Leopoldo Miguez e Alberto Nepomuceno, o primeiro e segundo diretores do antigo Instituto Nacional de Música, em um notável equilíbrio de notas musicais que se articulam para que os ouvintes possam ser presenteados com um memorável e belíssimo concerto, a orquestra executa de Leopoldo Miguez a peça musical intitulada Sylvia – Elegia para orquestra de cordas e de Alberto Nepomuceno Prece- para orquestra de cordas.

Rolé UFRJ #7: Escola de Música

Conexão UFRJ, site de notícias da UFRJ produzido pela Coordenadoria de Comunicação Social (Coordcom), publicou (11/08/2022) matéria sobre a Escola de Música.

Rolé UFRJ #7: Escola de Música

Projeto Rolé UFRJ visita a Escola de Música | Imagem: Heloísa Bérenger e Artur Moês (SGCOM/UFRJ)

Ao entrar no prédio localizado na esquina da Rua do Passeio com a Avenida República do Paraguai, é praticamente impossível não se encantar com as notas musicais que saem das salas de aula. Violino, flauta, harpa, piano, percussão e muitos outros instrumentos se unem a vozes e composições poderosas regidas nos corredores históricos da Escola de Música (EM) da UFRJ.A unidade foi criada em 1848, ainda no período imperial. Sob a alcunha de Conservatório de Música, era localizada no prédio do Museu Imperial – hoje Museu da Casa da Moeda do Brasil – e, posteriormente, no atual Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Em 1890, após a Proclamação da República, tornou-se o Instituto Nacional de Música, juntando-se à UFRJ com sua denominação corrente em 1920.

2023 10 07 100825Prédio é símbolo da arquitetura eclética e tem inspiração neoclássica | Foto 1: Arquivo Nacional; fotos 2 e 3: Artur Moês (SGCOM/UFRJ)

Hoje, o pavilhão principal da Escola de Música da UFRJ é um dos principais prédios históricos do Centro do Rio de Janeiro, fazendo parte do corredor cultural da região junto ao Theatro Municipal e à Sala Cecília Meireles, entre outros. Com um estilo predominantemente eclético, com forte influência da arquitetura italiana e neoclássica, o edifício inspirou muitas outras construções durante os séculos XIX e XX. “Vivendo avanços e retrocessos na política do país e com uma localização invejável, no corredor cultural da cidade, a ‘Musa do Passeio’ viu, de suas varandas, mais de um século de história e, em seus corredores, mais de 173 anos da formação musical brasileira”, declara Eliane Magalhães, técnica em assuntos educacionais da unidade.2023 10 07 100825Detalhes em gesso e afrescos compõem o estilo do prédio | Fotos: Artur Moês (SGCOM/UFRJ)

Paulo Bellinha, arquiteto do Escritório Técnico da Universidade (ETU), explica que o prédio, antes mesmo de sediar a Escola de Música, já era um símbolo da arquitetura. Uma reforma realizada em 1858 promoveu mudanças necessárias a fim de adequar o espaço para receber o então Instituto Nacional de Música. Entre elas, está a construção do pavilhão de aulas, localizado na parte de trás do terreno; a renovação da fachada, que incluiu uma colunata em estuque; e a construção do Salão Leopoldo Miguez – três dos principais destaques arquitetônicos do conjunto da Escola de Música. Desde 1994, junto à Rua do Passeio, a edificação foi tombada pela Secretaria de Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro (Sedrephac) por sua importância arquitetônica, histórica e cultural.“O pavilhão principal, que tinha sua fachada neoclássica idêntica à do edifício Automóvel Club, situado ao lado, passou por obras entre 1918 e 1922 para abrigar a sala de concertos e receber a imponente fachada em estilo italiano de Cipriano Lemos, acrescentando mais um pavimento. Já o prédio dos fundos foi construído para abrigar o conservatório e tem um dos primeiros elevadores da América Latina”, conta.O Salão Leopoldo Miguez, dedicado a óperas e a tantos outros espetáculos da EM, foi inspirado na Salle Gauve de Paris, espaço criado por um notório fabricante de pianos que expunha seus modelos no salão térreo e realizava concertos no piso superior. Bellinha destaca a decoração interna do espaço, com afrescos de Antônio Parreiras e Carlos Oswald. A acústica do salão é considerada uma das melhores do país, sendo frequentemente utilizado por inúmeros artistas, conjuntos e orquestras para gravações. Ali também são realizados diversos eventos, entre concertos de câmara, sinfônicos e óperas, além de uma série de atividades como aulas, ensaios, palestras e formaturas.2023 10 07 100825Salão Leopoldo Miguez abriga o órgão Tamburini e é ícone da música de câmara do Rio de Janeiro | Fotos: Artur Moês (SGCOM/UFRJ)

Construído pela Fabbrica D’Organi Comm. Giovani Tamburini, em Crema, na Itália, e encomendado por Joanídia Sodré, então diretora da EM e um dos maiores nomes que passaram pela escola, o instrumento conta com 4.620 tubos, quatro manuais, pedaleira e 52 registros reais. Desde sua chegada, inúmeros recitais foram realizados por grandes organistas internacionais, como Fernando Germani, Karl Richter (1926-1981) e Pierre Cocherreau (1924-1984), e nacionais, como Antônio Silva (1908-1960), Gertrud Mersiovsky, Dorotéa Kerr e José Luis Aquino, entre outros.Em 1982, na parede externa voltada para o Largo da Lapa, foi pintado o painel Paisagem Urbana, de Ivan Freitas, que reproduz uma paisagem natural e o prolongamento do prédio. A obra também é tombada pela Sedrephac e aguarda restauração.

História em manutenção

Maurício Castilho, coordenador de Preservação de Imóveis Tombados (Coprit/ETU), esclarece que a UFRJ vem realizando intervenções importantes nos dois pavilhões históricos da EM, como a renovação da parte elétrica do Salão Leopoldo Miguez, do foyer, das áreas administrativas e de algumas salas de aula – iniciativas que conferem maior segurança para o funcionamento da instituição.O pavilhão de aulas teve seu telhado completamente restaurado, assim como suas fachadas e a escadaria de ferro fundido. As esquadrias, por sua vez, ainda aguardam a liberação de orçamento para que possam ser renovadas. O arquiteto também informa  que uma nova licitação para reforma dos elevadores do pavilhão principal deve ser realizada em breve. A tentativa anterior foi considerada fracassada, dada a diferença entre os preços dos índices do governo e os preços do mercado, principalmente nas áreas de aço, cobre e eletroeletrônicos. 2023 10 07 100825Escadarias da Escola de Música mostram a beleza do local | Fotos: Artur Moês (SGCOM/UFRJ)

O ETU finalizou os orçamentos para a restauração do terceiro e quarto andares do pavilhão principal e deve enviar o processo para a contratação. Porém, por questões orçamentárias, será realizada uma parceria com a Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (Coppetec) para a captação de recursos necessários à referida intervenção.“O curso de Restauro, da Escola de Belas Artes, tem nos auxiliado e está iniciando um trabalho de avaliação dos bens integrados desse patrimônio para indicar melhores práticas para a conservação das edificações”, conclui.

Parte da história da música no país

A EM sempre esteve ligada diretamente à história do ensino musical no país. Em 1985, por exemplo, criou o primeiro programa de pós-graduação de música no Brasil, tornando a instituição ainda mais relevante para a pesquisa na área. Em 1924, foi criada a primeira orquestra do Rio de Janeiro, atualmente conhecida como Orquestra Sinfônica da UFRJ, que visa, principalmente, proporcionar um espaço de formação de excelência no país.Músicos e regentes aclamados pela crítica compuseram a comunidade acadêmica da EM, tanto como alunos quanto como servidores, a exemplo de Henrique Alves de Mesquita, Zaíra de Oliveira, Anacleto de Medeiros, Francisco Braga, Leopoldo Miguez e Henrique Morelenbaum.“Pixinguinha e Tom Jobim também passaram brevemente pelas salas da Escola de Música. Já José de Lima Siqueira foi professor na instituição e teve um importante papel na profissionalização de músicos no Brasil, mas foi afastado após o Ato Institucional nº5 (AI-5), durante a ditadura civil-militar”, lembrou Magalhães.A Biblioteca Alberto Nepomuceno, batizada em homenagem ao professor e diretor da EM, também guarda  em seu acervo relíquias da história musical do país, como manuscritos, partituras, livros, registros fonográficos e documentos únicos. Entre elas, a coleção The New Grove Dictionary of Music and Musicians, uma importante enciclopédia histórica publicada no século XIX.2023 10 07 100825 Biblioteca Alberto Nepomuceno guarda importantes documentos da história do país e da música brasileira | Fotos: Artur Moês (SGCOM/UFRJ) 

EM não é apenas testemunha da trajetória musical do Brasil, mas também guarda importante ligação com a história do país. Um exemplo é a criação do Hino Nacional Brasileiro, cujo autor, Francisco Manuel da Silva, foi um dos fundadores e presidentes do Conservatório. A partitura encontra-se, hoje, sob guarda da Universidade, junto dos originais de outros três hinos mais importantes do país: o da Independência, o da Bandeira e o da Proclamação da República. O último é de autoria de Medeiros de Albuquerque e Leopoldo Miguez. Atualmente, esses documentos históricos foram enviados para Minas Gerais onde, junto a outras importantes partituras, marcarão as comemorações do bicentenário da independência do Brasil.

Comunidade musical

A história da Escola de Música se confunde com a de centenas de pessoas que visitam o prédio para viver e multiplicar a arte. Um dos exemplos é o Quinteto Lorenzo Fernandez, originado nas salas de aula da instituição. Formado atualmente pelos estudantes da UFRJ Rômulo Barbosa, Cesar Bonan, Jeferson Souza e Alessandro Jeremias, e por Juliana Bravim, aluna da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), o grupo nasceu do projeto de extensão Quinteto Experimental de Sopros.Alessandro Jeremias, aluno do curso de Trompa, explica que a EM tem um papel fundamental para o grupo, por ser um espaço aberto para ensaios e apresentações, além de estimular parcerias que fortalecem os laços na comunidade, como a colaboração com as disciplinas de composição que resultaram em mais de 20 peças para quintetos de sopro desde 2014. O trompista afirma também que estar em um ambiente que fez – e faz – parte da história musical do país é uma grande inspiração para seguir desempenhando a atividade.“A prática de música de câmara é fundamental na formação de um instrumentista por conta da possibilidade de se trabalhar os mínimos detalhes sonoros e musicais. Os ensaios e apresentações são nosso estilo de vida. Entregamos nossa existência a essa arte e seguir desempenhando esse papel é um privilégio e uma honra”, defende.2023 10 07 100825A Escola conta com 26 cursos de bacharelado em diversos instrumentos | Fotos: Artur Moês (SGCOM/UFRJ)

Suelen Dias, bibliotecária da UFRJ há 12 anos, também se inspira na história da Escola e de seus personagens – do passado e do presente. Para a servidora, viver o dia a dia na instituição faz com que valorizemos ainda mais a arte e a história da música brasileira, sempre cumprindo a função social da Universidade de promover a cultura e a ciência. Nesse sentido, entre as ações mais importantes de extensão realizadas pela EM, estão as apresentações abertas ao público, que permitem maior aproximação com obras e estilos considerados, muitas vezes, elitistas. O Coral Infantil da UFRJ, por exemplo, é considerado um dos mais importantes do país, promovendo a musicalização de crianças de 7 a 15 anos. Criado há mais de 30 anos pela maestrina Maria José Chevitarese, o coral já realizou centenas de apresentações em todo o país.Um dos concertos mais recentes da Escola de Música, em parceria com a Escola de Comunicação e a Escola de Belas Artes, foi a ópera O Engenheiro, composta por Tim Rescala e apresentada em sessões no Salão Leopoldo Miguez, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Centro de Tecnologia da UFRJ, além das cidades de Teresópolis e Juiz de Fora. O salão também recebe rotineiramente apresentações das orquestras e projetos da Universidade, sempre de forma gratuita.“Fico muito feliz em fazer parte da instituição e ver nossa história e atividades ultrapassarem as portas da UFRJ”, comemora Dias.2023 10 07 100825Projetos de extensão levam música e arte gratuitas para a população | Fotos: Artur Moês (SGCOM/UFRJ) 

Como chegar

A Escola de Música da UFRJ fica na esquina da Rua do Passeio com a Avenida República do Paraguai, no Centro do Rio de Janeiro. É possível chegar até lá de metrô, descendo na estação Cinelândia ou de ônibus. Há ainda estacionamentos particulares no entorno.2023 10 07 100825Saiba como se localizar no entorno da Escola de Música | Imagem: Heloísa Bérenger (SGCOM/UFRJ)

 

 

 

 

 

Escola de Música comemora 174 anos com debates, concertos, rodas de

Quando se fala em ensino de Música no Brasil, uma das primeiras instituições que surgem à mente é a Escola de Música da UFRJ. E quando falamos “uma das primeiras”, isso não é exagero. Fundada em 1848, ela é a instituição de ensino musical mais antiga em atividade no Brasil. E para celebrar seu 174o ano ininterrupto em atividade, ocorrerá entre os dias 29 de agosto e 02 de setembro a Semana de Aniversário da Escola de Música da UFRJ, evento que contará com uma exposição, cinco mesas-redondas sobre variados temas, além de, como não poderia deixar de ser, uma extensa série de espetáculos.

Quando se fala em ensino de Música no Brasil, uma das primeiras instituições que surgem à mente é a Escola de Música da UFRJ. E quando falamos “uma das primeiras”, isso não é exagero. Fundada em 1848, ela é a instituição de ensino musical mais antiga em atividade no Brasil. E para celebrar seu 174o ano ininterrupto em atividade, ocorrerá entre os dias 29 de agosto e 02 de setembro a Semana de Aniversário da Escola de Música da UFRJ, evento que contará com uma exposição, cinco mesas-redondas sobre variados temas, além de, como não poderia deixar de ser, uma extensa série de espetáculos.

  2020semanacartaz.
  Confira aqui a programação do evento
   

“Com inspiração na Semana de Arte Moderna de 1922, mesmo ano em que foi construído o Salão Leopoldo Miguez, a Escola de Música apresentará a exposição EM Formas, que se propõe a contar, através de fotos, um pouco sobre a história, as estruturas e as diversas iniciativas pedagógicas e culturais da Escola. As mesas-redondas serão divididas em cinco eixos temáticos diários, os quais abordarão questões ligadas à Arquitetura, Internacionalização, Extensão, Ações Afirmativas e Saúde. Finalmente, no tocante aos espetáculos, haverá uma série de recitais, rodas musicais e apresentações, englobando a música popular e de concerto, desde solos a grandes orquestras no agora centenário Salão Leopoldo Miguez”, comenta Ronal Silveira, diretor da Escola de Música.

As atividades de todos os cinco dias de evento terão início às 12h30 com apresentações da tradicional Roda de Choro coordenada pela professora Sheila Zagury, sempre no hall de entrada da Escola.

A abertura da Semana, na segunda-feira (29/08), contará com uma apresentação da UFRJazz Ensemble, às 16h, com regência de Julio Merlino, seguida pela mesa-redonda “Música de Arquitetura (100 anos do Salão Leopoldo Miguez)”, às 17h, que contará com a participação de Carlos Frederico Leão Rocha (vice-reitor, presidente do Plano Diretor da UFRJ), Andrea Borde (FAU) e Maurício Marinho (diretor do COPRIT). O encerramento fica por conta da Orquestra Sinfônica da UFRJ, com regência e direção artística de André Cardoso, às 19h.

Na terça-feira (29/08), às 15h, ocorrerá o recital de lançamento do livro “O Piano na Música de Câmara”, que contará com falas da professora Tamara Ujakova, seguido por uma apresentação da Orquestra de Ukuleles da UFRJ, às 16h. A mesa-redonda do dia debaterá o tema Música e Mundo (a internacionalização da UFRJ e da EM). No encerramento, às 19h, o músico italiano Luca Chiantore se apresenta ao piano.

Na quarta-feira (30/08), haverá o lançamento de outro livro: “Samba, Sambistas e Sociedade” de Samuel Araújo, com a apresentação de uma roda de samba no foyer do Salão Leopoldo Miguez. Em seguida, às 16h, o Quinteto de Metais do Cerrado, sob coordenação do professor Marcos Botelho (UFG) se apresentará. Neste dia haverá também a mesa-redonda Música e Sociedade (a Extensão na UFRJ e na EM e os Projetos Funarte-UFRJ). Às 19h, o Coral Infantil da Escola de Música da UFRJ, com coordenação da professora Maria José Chevitarese, encerrará as atividades do dia ao lado de outros corais convidados. São eles: o Coral Infantojuvenil da UFRJ; e o Coral Infantojuvenil da Escola de Música da Rocinha e Extensão Muzema.

No dia 1o de setembro (quinta-feira), o pianista Rafael Ruiz se apresentará às 16h. A seguir, ocorrerá a mesa-redonda Música e Criatividade (ações afirmativas na EM e UFRJ). Às 19:30, ocorrerá o Concerto em Homenagem ao Salão Leopoldo Miguez, que contará com vários professores da Escola.

Finalmente, em 2 de setembro (sexta-feira), o Salão Leopoldo Miguez receberá, às 16h, o Concerto da Musicoterapia, coordenado por Beatriz Sales. Na mesa-redonda do dia, será abordado o tema Música e Saúde. Encerrando o evento, às 19:30, a Orquestra de Sopros da UFRJ, coordenada pelo professor Marcelo Jardim, fechará o dia.

Todos os dias de evento serão gratuitos e abertos ao público. A Escola de Música da UFRJ fica na Rua do Passeio, 98, no Centro do Rio.

 

(Foto de capa: Artur Moês – SGCOM/UFRJ)

Em 13/08, Sinfonietta Carioca toca Música Noturna, de Rodrigo

A orquestra apresentará o ciclo “Música Noturna”, de Rodrigo Cicchelli (foto), professor titular junto ao Departamento de Composição da Escola de Música da UFRJ, onde leciona desde 1998.

Em 13 de agosto, às 19h, a Sala Cecília Meirelles receberá a Sinfonietta Carioca, uma orquestra fundada em 2010 no Rio de Janeiro pelo maestro Ubiratã Rodrigues. Marcada pela versatilidade, nasceu com a proposta de apresentar concertos de alto nível técnico e interpretativo, estrear de obras e divulgar a música brasileira contemporânea, além dos grandes clássicos.

2022RodrigoCicchellA orquestra apresentará o ciclo “Música Noturna”, de Rodrigo Cicchelli (foto), professor titular junto ao Departamento de Composição da Escola de Música da UFRJ, onde leciona desde 1998.

“O ciclo Música Noturna reúne cinco peças de caráter programático, que compus entre o final de 2015 e o começo de 2018, narrando alegoricamente a travessia de um personagem ao longo da noite no Rio de Janeiro. As peças foram escritas para orquestra de cordas, sendo que três delas contam com solistas. Todas as obras foram estreadas em anos recentes. No entanto, o ciclo será ouvido na íntegra e na ordem em que foi concebido pela primeira vez na noite do dia 13 de agosto”, comenta Cicchelli.

Os ingressos podem ser adquiridos através do site: http://salaceciliameireles.rj.gov.br/

Veja aqui mais detalhes..

Programação da Semana de Aniversário da EM

Confira aqui a  programação completa da Semana de Aniversário da Escola de Música.

 Programação

{tab title=”Dia 29 (SEG)”}

Dia 29 (segunda-feira),

12h30

Roda de Choro da Escola de Música

Coordenação:

Hall de entrada da Escola de Música

16h

Concerto 1: UFRJazz Ensemble

Sandunga

composição de Arturo Sandoval

arranjo de Arturo Sandoval

e Ed Calle

Reunion

composição de Paquito D’Rivera

arranjo de Julio Merlino

Salsero Viejo

composição e arranjo de Jeff Jarvis

Mira mira

composição e arranjo de Matt Harris

Sabor de Cuba

composição e arranjo de Victor López

Why not?

composição e arranjo de

Michel Camilo

transcrição de Matt Amy

Manteca/Mambo Inn/Mambo Influenciado

composições de Dizzy Gillespie, Mario Bauzá e Chucho Valdés

arranjo de Julio Merlino

El Primero

composição e arranjo de

Julio Merlino

Direção Musical e Regência:

Julio Merlino

Saxofones:

Rodolfo Fontoura, Jhonatan Spitz, Matheus Reis (altos)

Lucas Marins, Misael (tenores)

Edu Barros (barítono, monitor)

Trompetes:

Hardman, Facundo Ezequiel, Jonathas Santos

Trombones:

Wil, Davidson Luiz

Tuba:

Anderson Luiz Cruz da Conceição

Guitarra:

Ícaro Cardoso (monitor)

Piano:

André Calçada

Baixo Elétrico:

Gustavo Muniz

Bateria:

Joca Moraes

 Coordenação: Júlio Merlino

Salão Leopoldo Miguez

18h

EM debate: Música e Arquitetura (100 anos do Salão Leopoldo Miguez)

Carlos Frederico Leão Rocha (vice-reitor da UFRJ, presidente do Plano Diretor da UFRJ)

Prof. Andrea Borde (Faculdade de Arquitetura)

Maurício Marinho (diretor do COPRIT/ETU)

Mediação: Prof. Ronal Silveira (diretor da Escola de Música)

Foyer do Salão Leopoldo Miguez

19:30h

Concerto 2:

 

 

Leopoldo Miguez (1850- 1902) – Sylvia – Elegia op.22

 

Marcos Nogueira (1962) – Flúmem – Concertino para viola e orquestra de cordas (2022)

 

          I-           Populus Motus (Requebrado)

        II-           Ascenderet Colles (Contemplativo)

       III-           Mare Balneum (Vigoroso)

 

Solista: Dhyan Toffolo

 

Alberto Nepomuceno (1864-1920) – Prece para orquestra de cordas (transc. de J. Octaviano)

 

José Siqueira (1907-1985) – Concertino para tímpanos e orquestra de câmara (1976)

 

          I-           Cadência / Allegro moderato

          II-         Ciranda (Andante)

          III-        Dança regional (Allegro)

 

         Solista: Tiago Calderano

 

Liduíno Pitombeira (1962) – Villa para quinteto de sopros e orquestra de cordas op. 275 (2022)

 

          I-           Baião carioca

          II-         Aboio paulistano

          III-        Choro nordestino

          IV-        Incelença gaúcha

          V-         Frevo mineiro

 

Solista: Quinteto Villa-Lobos – Rubem Schuenck (flauta); Rodrigo Herculano (oboé); Paulo Sergio Santos (clarineta); Philip Doyle (trompa); Aloysio Fagerlande (fagote)

 

Orquestra Sinfônica da UFRJ

Regência Roberto Duarte

 

 

{tab title=”Dia 30 (TER)”}

Dia 30 de agosto de 2022 (terça-feira)

12h30

Roda de Choro da Escola de Música

Coordenação:

Hall de entrada da Escola de Música

15h Recital de Lançamento do livro “Coletânea O Piano na Música de Câmara”

                                               Programa

Paulo Richard Ramos – Estudo para piano a quatro mãos nºs 1, 2 e 3

Pianos – Márcia Leal e Matheus Queiroz

Eduardo Cabral – O mundo pela janela

Violino – Eduardo Cabral

Piano – Lucas Silva Pina

Gustavo Rolim – Valsa Média

Pianos – Mariana Carneiro e Eduardo Cabral

Maria Di Cavalcanti – Lamento

Violino – Stephane Ribeiro

Piano – Gabriela Ferrão

Alexandre Rachid – Brincando

Violino – Eduardo Cabral

Piano – Giulia Câmara

Tamara Ujakova – Entardecer

Pianos – Giulia Câmara e Caren Honorato

Paulo Richard Ramos – Estudo para violino e Piano nºs 1, 2 e 3

Violino – Eduardo Cabral

Piano – Thamires Oliveira

João Vicente Marinho – Peça para violino e piano

Violino – Stephane Ribeiro

Piano – Eduardo Cabral

Alexandre Schubert – Folhagem

Pianos – Lucas Silva Pina e Matheus Queiroz

Maria Di Cavalcanti – Praça Paris

Pianos – Giulia Câmara e Caren Honorato

Alexandre Schubert – Cantiga

Violino – Stephane Ribeiro

Piano – Maria Carneiro

Eduardo Biato – Valsa – Marcha

Violino – Eduardo Cabral

Piano – Mariana Carneiro

                                    

16h

Concerto 3: Orquestra de Ukuleles da UFRJ

 

Trilhos Urbanos (Caetano Veloso)

Eu só quero um Xodó (Anastácia e Dominguinhos)

Um Girassol da cor do seu cabelo (Lô Borges e Márcio Borges)

Eleanor Rigby (Paul McCartney / John Lennon)

Dream a little dream of me (Fabian Andre / George Kahn / Wilbur Schwandt)

Solos

Spain (Chick Corea) – Vinícius Vivas

Oxúm (Mig Martins) – Mig Martins

Here, there and everywhere (Paul McCartney / John Lennon) – Renan Rocha

Estrada do Sol (Dolores Duran / Tom Jobim) – Tânia Sacramento

Lua Branca (Chiquinha Gonzaga)

Carinhoso (Pixinguinha / João de Barro)

Assanhado (Jacob do Bandolim)

Integrantes:

Igor Chagas

Leandro Donato

Lu Rocha

Luiz Oliveira

Lys Araújo

Mig Martins

Renan Rocha

Renato Rabe

Tânia Sacramento

Taynara Sales

Thomaz Baldow

Vinícius Vivas

Coordenação: Vinícius Vivas

Salão Leopoldo Miguez

 

18h

Em debate: Música e Sociedade – Os projetos FUNARTE-UFRJ

Denise Pires de Carvalho (Reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ)

Tamoio Athayde Marcondes (Presidente da Fundação Nacional de Artes –  FUNARTE)

Kleber Fossati Figueiredo (Presidente da Fundação Universitária José Bonifácio – FUJB)

Moderador: Marcelo Jardim (Vice-Diretor da Escola de Música da UFRJ – Coordenador Geral dos Projetos da Parceria FUNARTE-UFRJ)

19:30h Salão Leopoldo Miguez

Concerto 4:

Luca Chiantore, Piano

                                                        

                                                                        Programa:

Hélène de Nervo de Montgeroult (1764-1836): Nove estudos para piano (Cours complet d’enseignement, vols. 2 y 3, ca. 1803-1816).

                             Em sol maior (nº 37)

                             Em mi bemol maior (nº 62)

                             Em do menor (nº 35)

                             Em do menor (nº 45)

                             Em la bemol maior (nº 112b)

                             Em fa menor (nº 112c)

                             Em mi bemol maior (nº 41)

                             Em re maior (nº 73)

                             Em sol menor (nº 111)

 

Ludwig van Beethoven: “Eine Waldstein Phantasie”. InVersion de Luca                                                   Chiantore da Sonata op. 53, com prelúdio, interlúdios y fermatas improvisadas, versões originais dos temas principais e seções recompostas a partir dos apontamentos do Caderno Landsberg 6 (Cracovia, Biblioteka Jagiellonska) e as miscelâneas Kafka e Fishhof.

 

Prelude

Beethoven: Grande Sonata op. 53. Allegro con brio

Interludio I (improvisação sobre a Grande Sonata op. 53: Introduzione. Adagio molto)

Scherzo (elaborado combinando os esboços que levaram à Bagatelle em do mayor, WoO 56)

Interludio II (improvisação sobre Grande Sonata op. 53: Introduzione. Adagio molto)

Andante (elaborado combinando os esboços que levaram ao Andante Favori, WoO 57)

Interludio III (improvisação sobre a Grande Sonata op. 53: Introduzione. Adagio molto)

Beethoven: Grande Sonata op. 53. Rondo: Allegretto moderato

Fermata

Beethoven: Grande Sonata op. 53. Prestissimo

{tab title=”Dia 31 (QUA)”}

Dia 31 de agosto de 2022 (quarta-feira)

12h30 (duração: 1 hora)

Roda de Choro da Escola de Música

Coordenação:

Hall de entrada da Escola de Música

14h Lançamento do Livro “Samba, Sambistas e Sociedade” de Samuel Araújo, com roda de Samba no Foyer

16h

Concerto 5:

Quinteto de Metais do Cerrado

 

                                                             Repertório

Melim, Djalma                                 Música para uma Avenida

 

Cupertino, Fernando                       Suíte Retreta

                                                            1. Lundu

                                                            2. Tango Brasileiro

                                                            3. Valsa Brasileira

                                                            4. Dobrado

Naegele, Joaquim                             Ouro Negro

(arr. Marcos Botelho)

 

Ribeiro, João                                                Alair

(arr. Marcos Botelho)

 

Tonico do Padre                               Ora Veja

(arr. Marcos Botelho)

 

Mesquita, Henrique Alves de         Carlos Gomes – Polca

(arr. Antônio Augusto)

 

Calado, Joaquim                              Flor Amorosa

(arr. Marcos Botelho)

 

VÁRIOS                                            Rio Sempre Rio

(arr. L.C. Ligiero)

 

 

Coordenação: Prof. Marcos Botelho (UFG)

Salão Leopoldo Miguez

18h (duração: 1 hora)

Em debate: Música e Mundo (a internacionalização da UFRJ e da EM)

Amaury Fernandes (Diretor da Diretoria de Relações Internacionais da UFRJ)

João Vidal (Coordenador do Programa de Pós-Graduação Acadêmico da Escola de Música da UFRJ)

Ronal Silveira (Diretor da Escola de Música da UFRJ)  – moderador

Foyer do Salão Leopoldo Miguez

19:30h

Concerto 6:

Coral Infantil da Escola de Música da UFRJ

Corais infantis convidados

Coordenação: Prof. Maria José Chevitarese

                                                          Programa:

Coral Infantil da UFRJ

Regente: Juliana Melleiro

Piano: André Santos

Auxiliares: Eloá Frem e Bruno Boechat

  • Boa noite – Folclore russo / Arranjo: Doreen Rao
  • Ubi caritas et amor (Where There is Love) – Roger Emerson
  • Tutira Mai (We stand as one) – Folclore Maori / Arranjo: Henry Leck e Martin Ellis

 Coral Infantojuvenil da UFRJ

Regente: Maria José Chevitarese

Piano: André Santos

Auxiliar: Pâmella Malaquias

  • Roda Gigante – Caê Vieira
  • Alelluia – Ernani Aguiar
  • Passarinho – Ernani Aguiar
  • Isto aqui o que é? – Ary Barroso/Arr. Nenê Cintra

Coral Infantojuvenil da Escola de Música da Rocinha e Extensão Muzema

Escola de Música da Rocinha – Regente: Valéria Correia

Extensão Muzema – Regente: Laís Brito

Piano: Anderson Vieira

  • Da Pacem Domine – Melchior Franck / Arr. Mary Goetze
  • Ave Maria – David Hamilton
  • Maria Fumaça e O Coqueiro – Cecília Cavalieri França
  • A Morte do Vaqueiro – O Último Pau-de-Arara – N. Barbalho, L. Gonzaga, Venâncio, Corumbá, Guimarães / Arr. Claudia Alvarenga
  • Era Uma Vez – Toquinho/Sandy e Junior – Arr. Valéria Correia
  • Canto das Três Raças – M. Duarte e P. Cesar Pinheiro.

 Coral Infantil da UFRJ e Coral Infantojuvenil da UFRJ

Regência, adaptação e direção de movimento: Juliana Melleiro e Maria José Chevitarese

Narradora: Julia Rieira

Fernão Capelo Gaivota – Tim Rescala / Baseado na obra de Richard Bach

  • Porque, Fernão, por quê?
  • Sobe até trezentos
  • Olha o loop!
  • Vergonha, vergonha!
  • Zum, Zum, Zum
  • Um dois, três
  • Fernão cumpriu o seu destino

{tab title=”Dia 01 (QUI)”}

Dia 01 de setembro de 2022 (quinta-feira)

12h30

Roda de Choro da Escola de Música

Coordenação:

Hall de entrada da Escola de Música

14h Foyer

Recital: “Cantata Gualaxo do Norte” e Lançamento do Livro “Sonoridades Históricas de Minas Colonial e Imperial”, de Andrea Adour, Cesar Buscacio e Virginia Buarque

– soprano

Cesar Buscacio – piano

16h

Concerto 7: Rafael Ruiz – piano

L. van Beethoven – Sonata em dó menor No. 32, Op. 111

S. Rachmaninoff – Prelúdios Op. 32 No. 1, 5 e Op. 23 No. 2

H. Villa-Lobos – Prole do Bebê No. 2: O Gatinho de Papelão; O Ursozinho de Algodão; O Lobozinho de Vidro

Salão Leopoldo Miguez

18h

Em debate: Música e Criatividade (As ações afirmativas na EM e na UFRJ)

Ivana Bentes (Pró-Reitora da Pró-reitoria de Extensão – PR5)

Andrea Adour (Superintendente de Divulgação Cultural do Forum de Ciência e Cultura da UFRJ)

Antônio José do Espírito Santo (Pesquisador e criador do grupo de pesquisa etnomusical Vissungo e Coordenador do projeto de extensão Musikfabrik)

Mediação: Prof. Yahn Wagner (coordenador do Projeto Música, Cultura e Antirracismo)

Foyer do Salão Leopoldo Miguez

 

19:30h

Concerto 8:

Sopros e Percussão da Orquestra Sinfônica da UFRJ

Everson Moraes, oficleide

Henrique Cazes, narração e participação especial

Marcelo Jardim, regência

Programa: “Um Breve História do Choro”

Salão Leopoldo Miguez

 

{tab title=”Dia 02 (SEX)”}

Dia 02 de setembro de 2022 (sexta-feira)

16h

Concerto 9: Atividade Musical do Curso de Musicoterapia

Coordenação: Beatriz Sales

Salão Leopoldo Miguez

18h

Em debate: Música e Saúde

Profª Marcus Vinícius Machado (Coordenador do Curso de Musicoterapia)

Prof. Roberto Medronho (Coordenador da Divisão de Pesquisa do HUCFF e Coordenador do GT Coronavírus UFRJ.)

Mediação: Beatriz Sales (Vice-coordenadora do Curso de Musicoterapia)

Foyer do Salão Leopoldo Miguez

19:30h

Concerto 10: Homenagem ao Salão Leopoldo Miguez

 

Alberto Nepomuceno        Ciclo Cinco Poemas de Nicolaus Lenau para voz e piano                                  (1864-1920)

                                                                              Einklang

                                                                              O wag`es nicht

                                                                              Herbst

                                                                              Wiege sie sanft, o Schlaf

                                                                              Sehnsucht nach Vergessen

 

                                                  Devaneio Op. 27 N. 1 para piano solo

 

                                                       Veruschka Mainhard – soprano

Paula da Matta – piano

 

Cinco Canções de Oscar Lorenzo Fernândez (1897 – 1948)

 

– Samaritana (Poesia: Olavo Bilac)

                                                         – Um beijo (Poesia: Olavo Bilac)

           – Ausência (Poesia: Virgílio de Sá Pereira)

     – Serenata (Poesia: Menotti del Picchia)

                    – Elegia da manhã (Poesia: Ronald de Carvalho)

Veruschka Mainhard – soprano

Silas Barbosa – piano

Chopin:

Noturno op. 15 n. 2

Barcarola op. 60

Cristiano Vogas – piano

 

 

 

Salão Leopoldo Miguez

{/tabs}

Orquestra Sinfônica da UFRJ se apresenta no Salão Leopoldo Miguez em

Concerto marca a despedida de Felipe Prazeres, que assume a regência da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.  A OSUFRJ apresentará, em formação de câmara, um programa composto por obras de Händel, Vivaldi e Haydn, alguns dos mais representativos compositores dos períodos barroco e clássico.

Em 11/08, às 19h, a Orquestra Sinfônica da UFRJ se apresentará gratuitamente no Salão Leopoldo Miguez, na Escola de Música da UFRJ (Rua do Passeio, 98, Centro). Com direção artística de André Cardoso e Ernani Aguiar, e regência de Felipe Prazeres, a Orquestra apresentará, em formação de câmara, um programa composto por obras de Händel, Vivaldi e Haydn, alguns dos mais representativos compositores dos períodos barroco e clássico.

2022osbdentroHändel nasceu na Alemanha, mas após um período na Itália, se estabeleceu em Londres. Na capital inglesa se notabilizou pela composição de óperas e oratórios, assim como por obras corais e instrumentais para diferentes cerimônias e solenidades. É o caso dos Hinos de Chandos, criados com textos de Salmos para a capela do Duque de Chandos entre 1717 e 1718.

O italiano Antonio Vivaldi é autor de obra volumosa, na qual sobressaem inúmeros concertos para os mais diversos instrumentos, muitos deles compostos para as meninas da Ospedale dela Pietá, onde era professor e dirigia a orquestra. O concerto para flautim é um bom exemplo da forma barroca em três movimentos, com um movimento central lento. O solista será o aluno Pietro Marchiori, um dos selecionados no Concurso para solistas de 2019 e que em 2022 conclui o seu curso.

O austríaco Joseph Haydn é o compositor que fixa a forma da sinfonia clássica, que lega a Mozart e Beethoven e demais compositores do chamado Classicismo Vienense. A Sinfonia no.49 pertence ao grupo de sinfonias em tonalidades menores que vincula Haydn ao movimento Sturm und Drang, que se caracteriza por uma manifestação precoce, já no século XVIII, de características do romantismo, que dominaria as artes na Europa no século seguinte. O Concerto para duas trompas, por sua vez, é atribuído a Haydn, não havendo comprovação de que seja de sua autoria. É obra que é dedicada a um instrumento que, na orquestra, tinha funções muito específicas, especialmente como sustentação da harmonia. No concerto ganha proeminência também como instrumento solista. Os solistas serão Tiago Carneiro, músico da Sinfônica da UFRJ, e Philip Doyle, professor de trompa da Escola de Música.

“Em todas as temporadas incluímos obras dos períodos barroco e clássico, pois exigem da orquestra um apurado senso de estilo. São bastante desafiadoras pela ornamentação e clareza das linhas. Ao mesmo tempo são obras que o público sempre gosta e prestigia. O concerto será ainda mais variado pela participação de três solistas e a regência de Felipe Prazeres”, comenta André Cardoso.

O concerto será o último regido por Prazeres, que assumirá a regência da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Um dos mais conceituados músicos de sua geração, Felipe Prazeres é spalla das orquestras Petrobras Sinfônica (OPES) e Sinfônica da UFRJ, onde atua também como regente desde 2009. Graduou-se na Uni-Rio sob orientação de Paulo Bosisio e se especializou na renomada Academia de Santa Cecilia, em Roma, na classe do violinista Domenico Nordio. Como violinista obteve o primeiro lugar no Concurso Nacional de Cordas de Juiz de Fora, em 1997, no Concurso Interno da Uni-Rio, em 1998, e no Concurso Nacional de Música IBEU, em 1999. Em 2020 concluiu o Mestrado Profissional em Música da UFRJ, sob a orientação de André Cardoso. Dentre suas atuações com a Sinfônica da UFRJ se destacam a Sinfonia no.4 de Mahler e a ópera “A flauta mágica”, em 2018. É diretor artístico e cofundador da orquestra de câmara Johann Sebastian Rio. Na função de regente, esteve à frente de orquestras como a World Youth Symphony, na Itália, Orquestra Petrobras Sinfônica, Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), Sinfônica da UFRJ, Orquestra Sinfônica Nacional (OSN-UFF) e Camerata SESI.

 

Programa 

1- G. F. HÄNDEL (1685- 1759) – Abertura do Hino de Chandos II (1718)

2- Antonio VIVALDI (1678-1741) – Concerto para flautim em Dó maior RV443 (1729)
I- Allegro
II- Largo
III- Allegro molto

Solista: Pietro Marchiori

3- Joseph HAYDN (1732-1809) – Concerto para duas trompas Hob. VIId:6
I- Allegro maestoso
II- Romance (Adagio)
III- Rondeau (Allegretto)
Solistas: Philip Doyle e Tiago Carneiro

4- Joseph HAYDN – Sinfonia n o 49 em Fá menor Hob.I:49 “La Passione” (1768)
I- Adagio
II- Allegro di molto
III- Minueto
IV- Finale (Presto)

Orquestra Sinfônica da UFRJ

Regência de Felipe Prazeres

ORQUESTRA SINFÔNICA DA UFRJ

Direção artística: André Cardoso e Ernani Aguiar

VIOLINOS
Andréia Carizzi (spalla), Fábio Peixoto (spalla), Felipe Prazeres (spalla), Priscila Rato (spalla), Ana Catto, André Bukowitz, Angélica Alves, Her Agapito, Inah Pena, Kelly Davis, Marília Aguiar, Mauro Rufino, Ricardo Coimbra, Talita Vieira.

VIOLAS
Cecília Mendes, Francisco Pestana, Ivan Zandonade, Rúbia Siqueira e Thaís Mendes.

VIOLONCELOS
Eleonora Fortunato, Gretel Paganini, João Bustamante, Mateus Ceccato, Paulo Santoro Ricardo Santoro.

CONTRABAIXOS
Rodrigo Favaro, Tarcísio Silva e Voila Marques.

OBOÉS
Juliana Bravim, Leandro Finotti, Pierre Descaves, Thiago Neves.

CLARINETAS

Gabriel Peter, Igor Carvalho, Márcio Costa e Thiago Tavares.

FAGOTES
Mauro Ávila, Paulo Andrade e Pedro Paulo Emílio.

TROMPAS
Gilieder Veríssimo, Matheus Lisboa, Tiago Carneiro e Sérgio Motta.

PERCUSSÃO
Pedro Moita e Thiago Calderano.

BOLSISTAS
Luiza Chaim, Gabriel Carvalho, Felipe Portugal, Alberto Riccheli.

EM lamenta morte de Henrique Morelenbaum

A Escola de Música amanheceu de luto nesta sexta-feira (22/07) por conta do falecimento do maestro Henrique Morelenbaum, uma das maiores personalidades musicais de nosso tempo. Em novembro passado, Morelenbaum, que era membro da Academia Brasileira de Música, havia completado 90 anos.

A Escola de Música amanheceu de luto nesta sexta-feira (22/07) por conta do falecimento do maestro Henrique Morelenbaum, uma das maiores personalidades musicais de nosso tempo. Em novembro passado, Morelenbaum, que era membro da Academia Brasileira de Música, havia completado 90 anos.

2022carHenriqueMorelenbaumNascido em Lagów, Polônia, em 5 de setembro de 1931, Morelenbaum veio para o Brasil aos 3 anos. Em matéria de Camila Fresca publicada na Revista Concerto em 2006, quando completou 75 anos, Morelenbaum contou que, no navio em que fazia a viagem, havia dois violinistas: “Quando eu ouvia o som do instrumento corria atrás deles. Eles fechavam a porta, mas eu ficava escutando. Para me tranquilizar, minha mãe me prometeu que, quando chegássemos ao Brasil, meu pai me daria um violino”.

Estudou violino e viola com Paulina d’Ambrosio na Escola de Música da UFRJ, onde se graduou também em Composição e Regência e cursou seu doutorado. Também à Revista Concerto, Morelenbaum relembrou outra passagem de sua formação, quando ainda era membro de uma orquestra de estudantes: “Lá, além de tocar, comecei a ‘rabiscar’ coisas. Guerra-Peixe, que era amigo de meu professor, tomou contato com um desses rabiscos, a Marcha da liberdade. Ele gostou e orquestrou a peça – a música era ruim, mas a orquestração ficou ótima. Pouco depois, Erich Kleiber veio ao Rio e assistiu um ensaio nosso. Entre outras músicas resolveram tocar minha marcha. Na hora de apresentá-la, o maestro mandou eu me levantar para reger. Eu nunca tinha regido na vida, mas, como não se costumava discutir naquela época, obedeci. Assim foi que regi pela primeira vez, uma peça própria e tendo como ouvinte Erich Kleiber, sua esposa e uma criança, que depois viria a se tornar o grande regente Carlos Kleiber”.

Não tardou a participar, como violista, de importantes quartetos e integrou o naipe de cordas da Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde – numa noite de 1959 – foi chamado a substituir o regente que dirigia o espetáculo de balé estrelado por Margot Fonteyn. Era o início de uma carreira fulgurante que o colocou entre os mais destacados maestros brasileiros na segunda metade do século XX.

Dirigiu todas as grandes orquestras brasileiras, foi regente da Orquestra e do Coro Sinfônico da Universidade do Chile, diretor do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e da Sala Cecília Meireles. Conquistou prestígio também como regente de balé, tendo sido o único brasileiro a dirigir o Balé da Ópera de Paris, em 1973, em três balés de Stravinsky. Morelenbaum regeu as estreias brasileiras de marcos da música do século XX, como as óperas Peter Grimes, de Britten – com a presença do compositor –, e The Rake’s Progress, de Stravinsky, e a Sinfonia de Luciano Berio. Também esteve à frente de inúmeras primeiras audições mundiais brasileiras dos mais diversos autores, como Mignone, Marlos Nobre, Almeida Prado, Radamés Gnattali, Aylton Escobar e Edino Krieger, entre muitos outros. Sua participação como regente foi decisiva nos Festivais de Música da Guanabara que consagraram os principais nomes da nossa criação musical na segunda metade do século 20.

Teve também uma importante atuação docente. Tornou-se Professor de Harmonia, Contraponto e Fuga da Escola de Música da UFRJ e, mais tarde, Professor de Composição da mesma instituição. Entre seus alunos estiveram Alexandre Schubert, André Cardoso, Cirlei de Hollanda, David Korenchendler, Geraldo Magela, João Guilherme Ripper, Marcos Vinicius Nogueira, Roberto Macedo, Ronaldo Miranda, entre outros. Foi um dos professores fundadores do Programa de Pós-graduação em Música da UFRJ (PPGM-UFRJ).

Alexandre Schubert ressaltou a importância que Morelembaum teve em sua formação: “Foi um grande mestre que tivemos o privilégio de ter. Suas aulas de Contraponto e Fuga são inesquecíveis. Ainda hoje lembro-me das lições, de sua forma dinâmica de ministrar as aulas. Ele se tornou uma referência para mim e, acredito, para todos que tiveram oportunidade de conviver com ele. Um grande mestre, um grande maestro, um grande ser humano. Nossos sentimentos aos familiares e amigos”.

André Cardoso também relembrou seus tempos como aluno do grande maestro: “Fui aluno do maestro Henrique Morelenbaum por dois anos, durante o curso de graduação em regência. As aulas de contraponto e fuga eram aguardadas sempre com grande expectativa, pois era um excepcional professor. Ganhar dele um ‘jamegão’, como ele se referia à rubrica que colocava após a barra dupla de um exercício bem realizado, era motivo de grande orgulho para os alunos, que ao final do período contavam quantos cada um ganhou. Guardo com carinho todos os meus cadernos de exercícios das aulas dele. Já como docente da EM, pude dividir o palco com ele em 2001, quando o mestre foi homenageado por ocasião de seus 70 anos, em concerto que realizamos com a Sinfônica da UFRJ no CCBB, tendo eu dirigido a primeira parte e ele a segunda. Em meu período como regente assistente da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, tive a oportunidade de trabalhar muito próximo a ele nas produções do balé Floresta do Amazonas, com música de Villa-Lobos, e da opereta ‘O Morcego’ de Johann Strauss. Sua dedicação e seriedade eram totais, esmiuçando detalhes das partituras que só um músico com grande capacidade analítica poderia abordar. Deixou um exemplo de dedicação e entrega total à música”.

Em um artigo para a Academia Brasileira de Música, Ronaldo Miranda escreveu: “Creio que o maior mérito de Morelenbaum, como professor da matéria, foi deixar cada aluno seguir o caminho musical por ele próprio escolhido. Jamais impôs um estilo, uma linguagem, um movimento estético exclusivo. Forneceu a todos uma sólida base técnica e mostrou à sua classe um panorama eclético da criação musical contemporânea”.

João Guilherme Ripper, diretor da Sala Cecília Meireles, também lamentou a morte de Morelenbaum: “Ele fez a estreia de importantes obras do século XX, participou dos festivais de música contemporânea da Guanabara, ele foi muito importante para a música brasileira em geral. E foi meu grande professor, de contraponto e composição e depois como orientador de meu mestrado. Para mim, Morelenbaum foi um modelo de artista e também de gestor, pois foi o meu antecessor e primeiro diretor da Sala Cecília Meireles”.

Apesar de, ao longo de sua carreira, o maestro ter comandado 550 títulos de peças sinfônicas, 42 de óperas e mais de 70 de balés, Morelenbaum também teve fôlego para atuar na administração musical. Foi o primeiro diretor da Sala Cecília Meireles (1965), voltando a dirigi-la duas décadas depois, além de diretor do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Na matéria da Revista Concerto, de 2006, Morelenbaum revelou: “Nunca planejei nada, mas sempre gostei de estudar muito e estar preparado para tudo. Não tenho outra atividade, toda a minha vida é ligada à música. Eu vivo música. Minha esposa é pianista, nos apresentávamos juntos. Quando nos casamos, eu tinha 15 e ela 14 anos”. O casal teve três filhos, todos músicos profissionais: Lucia, clarinetista, pianista e harpista; Eduardo, regente coral; e o violoncelista Jaques Morelenbaum.

A Escola de Música da UFRJ e toda a comunidade acadêmica presta aqui toda a sua solidariedade à família e amigos de Henrique Morelenbaum.

(com informações de www.concerto.com.br e www.abmusica.org.br)

IV Concurso de Composição Minerva

O Departamento de Composição e o Departamento de Música de Conjunto da Escola de Música da UFRJ acabam de lançar o edital do IV Concurso de Composição Minerva. Esta edição terá como homenageado o compositor Gilberto Mendes.

O Departamento de Composição e o Departamento de Música de Conjunto da Escola de Música da UFRJ acabam de lançar o edital do IV Concurso de Composição Minerva. Esta edição terá como homenageado o compositor Gilberto Mendes.

Aberto exclusivamente aos alunos de graduação da Escola de Música da UFRJ, o concurso tradicionalmente visa a incentivar a produção de obras para os corpos estáveis da EM-UFRJ, nas modalidades “Orquestra de Sopros”, “Coro misto a cappella” e “Orquestra Sinfônica”, os quais se alternam a cada edição. Neste ano, ele será voltado à Orquestra de Sopros da UFRJ.

Os alunos só poderão se inscrever se estiverem com a matrícula ativa na Escola de Música. Cada candidato deverá inscrever uma única obra no concurso. Ela necessariamente deverá ser inédita e ter duração entre 5 e 10 minutos. Outras informações podem ser consultadas através do edital do concurso.

As inscrições serão realizadas online até o dia 15 de outubro de 2022.

O Engenheiro: ópera de Tim Rescala, em homenagem a André Rebouças

Após uma bem-sucedida estreia no Theatro São Pedro, de Porto Alegre, em outubro passado, a ópera “O Engenheiro”, de Tim Rescala, chega agora aos palcos do Sudeste. Ao lado de Machado de Assis e José do Patrocínio, André Rebouças foi um dos representantes da pequena classe média negra em ascensão no Segundo Reinado e uma das vozes mais importantes em prol do abolicionismo no Brasil. Ao lado de Joaquim Nabuco e outras importantes figuras, ajudou a criar a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão.

O Projeto Ópera na UFRJ, parceria que reúne quatro unidades da universidade – a Escola de Música, a Escola de Comunicação, a Escola de Belas Artes e o Fórum de Ciência e Cultura – une-se para essa produção ao Projeto Sistema Nacional de Orquestras Sociais (SINOS), participante da parceria Arte de Toda Gente, entre a Funarte e a UFRJ, com curadoria da Escola de Música, para trazer aos palcos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (24/06), da Escola de Música da UFRJ (25, 26 e 27/06), do Teatro Santa Cecília, em Petrópolis (30/06) e Cine-Theatro Central de Juiz de Fora (02/07), essa ópera contemporânea ambientada no dia da Proclamação da República, em 1889, retratando o último dia do Império no Brasil.

A trama enfoca a trajetória do engenheiro André Rebouças (1838-1898), sua proximidade com a Família Real e atuação nos bastidores do emblemático 15 de novembro, com abordagem da visão do engenheiro sobre a escravidão, das reações conturbadas ao acontecimento, até seu exílio. Ao lado de Machado de Assis e José do Patrocínio, André Rebouças foi um dos representantes da pequena classe média negra em ascensão no Segundo Reinado e uma das vozes mais importantes em prol do abolicionismo no Brasil. Ao lado de Joaquim Nabuco e outras importantes figuras, ajudou a criar a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão.

2022engenheiro“Nesse ano de 2022 o Brasil chega aos seus 200 anos de independência e, como toda nação democrática, analisa as questões do passado para que se encontre soluções que envolvam maior igualdade de direitos, equilíbrio econômico, respeito aos pensamentos e melhoria das condições de vida de toda a população. Importante observarmos que André Rebouças atuou para que tais pontos pudessem ser tratados em sua época. Foi em vida uma figura brilhante e controversa, com ideais e características que nos provocam o pensamento crítico e a profunda investigação do ser humano”, comentam os realizadores do espetáculo. A ópera também conta com direção musical de Inácio de Nonno, direção cênica de José Henrique Moreira e direção de movimento de Marcellus Ferreira. A regência fica a cargo do maestro André Cardoso, e terá também no pódio Diana Sosa e Rafael de Miranda, ambos alunos do curso de Regência Orquestral da UFRJ. A direção geral do projeto fica com os professores Andrea Adour, Homero Velho e Lenine Santos.

A ópera “O Engenheiro” foi uma encomenda do Projeto SINOS ao compositor Tim Rescala, e faz parte de um programa que agregou três outras encomendas aos compositores Eli-Eri Moura, da Paraíba, André Memahri, de São Paulo e João Guilherme Ripper, do Rio de Janeiro. O Projeto Ópera na UFRJ, atuante na UFRJ há mais de duas décadas, é apoiado pelo Programa de Apoio às Artes da UFRJ (coordenado pelo Fórum de Ciência e Cultura), e para esta produção foi também contemplado pelo edital “Municipal em Cena”, do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Secretaria Estadual de Cultura, pelo Programa Educação Digital Inclusiva, da FAPERJ, pela Funarte, pelo Projeto SINOS através da parceria com a UFRJ, além de contar com a parceria com a Casa da Ciência da UFRJ para o desenvolvimento das ações pedagógicas relacionadas.

O compositor

Um dos mais ativos e premiados compositores brasileiros da atualidade, Tim Rescala estudou na Escola de Música da UFRJ, na Escola de Música Villa-Lobos e na Instituto Villa-Lobos da UNIRIO. Foi aluno de Hans-Joachim Koellreutter, com quem estudou composição, contraponto e arranjo. Entre os prêmios que já recebeu estão Mambembe, Shell, Coca-Cola, APTR, CBTIJ entre tantos outros. Com uma ativa carreira em diversos segmentos, atua regularmente como regente convidado, no Brasil e no exterior, com orquestras ou festivais de música com ênfase na música contemporânea. Suas composições estão em teatros, parques, filmes, seriados e novelas, sendo hoje um dos grandes nomes das trilhas sonoras para televisão e cinema.

Parceria Arte de Toda Gente e o Projeto SINOS

A parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e a UFRJ teve início em 2020 e tem se mostrado uma das mais frutíferas colaborações entre instituições de ensino e artes. São inúmeras as ações em desenvolvimento desde então, e conta com diversos projetos: Projeto Um Novo Olhar (UNO), com enfoque nos eixos de acessibilidade cultural e canto coral, o Projeto Bossa Criativa, com enfoque na cultura popular brasileira e arte no patrimônio mundial, o Projeto Arte em Circuito, com enfoque na linha do Hip Hop, Grafite e Skate, a XXIV Bienal de Música Contemporânea Brasileira, o Projeto Ópera: Plano de Desenvolvimento da Ópera no Brasil, o Projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio à Banda de Música e o Projeto Sistema Nacional de Orquestras Sociais (SINOS). A parceria viabiliza uma rede composta por centenas de profissionais de música, das artes cênicas, das artes visuais, do circo e da comunicação, para atuações presenciais, híbridas ou virtuais, em cursos, oficinas, concertos, simpósios, congressos, festivais, shows, palestras, entre tantas outras possibilidades. O SINOS atua objetivamente na capacitação de regentes, instrumentistas, compositores e educadores musicais, com apoio direto aos projetos sociais de música e, ainda, com foco para o desenvolvimento das orquestras-escola em todo o Brasil. Visite os sites dos projetos em www.artedetodagente.com.br ; https://academiavirtual.artedetodagente.com.br/ e www.sinos.art.br e também nas mídias sociais (https://www.youtube.com/c/ArteDeTodaGente e https://www.instagram.com/sinos.art/ )

Trio Dauelsberg se apresenta no Salão Leopoldo Miguez

Em 24 de junho, às 19h, o Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, será palco de uma apresentação do Trio Dauelsberg, grupo formado por violoncelistas com vasta experiência artística.

Ji Yon Shim, Paulo Santoro e Ricardo Santoro se encontraram pela primeira vez em 1989, no Festival Internacional de Verão de São Paulo. Desde então, mantiveram contato em várias oportunidades nos palcos do Brasil e fora dele, mas nunca em forma de trio de violoncelos, até que no ano de 2019, trinta anos após o primeiro encontro, formaram o Trio Dauelsberg, em homenagem ao violoncelista alemão Peter Dauelsberg, professor de relevante importância na carreira dos três músicos. A estreia aconteceu num concerto na Sala Cecília Meireles (RJ).

2022triodentroCom um repertório que vai do clássico ao popular, o Trio Dauelsberg procura explorar toda a versatilidade do violoncelo em obras originais e em arranjos para esta formação, já despertando o interesse de grandes compositores, tais como Dimitri Cervo (Brasil) e Anthony Patterson (Estados Unidos).

O Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, será palco desta nova formação camerística da qual o Duo Santoro participa, procurando assim, ampliar as possibilidades artísticas do já consagrado grupo, com a participação especial da violoncelista coreana, radicada nos Estados Unidos, Ji Yon Shim.

Programa

J. S BACH – SEXTA SUÍTE
Sarabanda
Gavota

L. van BEETHOVEN – TRIO Op. 87
Presto

ERNST MAHLE – VARIAÇÕES SOBRE UM TEMA DE WAGNER*

DIMITRI CERVO – CINCO VARIAÇÕES SOBRE UM TEMA DE FLAUSINO VALE**

ANTHONY PATTERSON – CO-OP 7 BOLT!**

ERNANI AGUIAR – MÚSICA A TRÊS}
Molto Allegro
Lento
Vivo

SCOTT JOPLIN – THE EASY WINNERS

H. VILLA-LOBOS – O TRENZINHO DO CAIPIRA

*estreia mundial
**música dedicada ao Trio Dauelsberg