A Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é a mais antiga instituição de ensino musical em atividade no Brasil. Fundada em 1848, sua história se entrelaça com a própria trajetória da educação musical no país, tendo sido responsável pela formação de milhares de músicos, cantores, regentes, compositores, professores e musicólogos que marcaram profundamente a vida cultural brasileira.
Comprometida com a excelência no ensino, na pesquisa e na extensão, a Escola oferece atualmente 27 cursos de graduação, sendo 26 cursos de bacharelado e um curso de licenciatura, além de dois Programas de Pós-Graduação stricto sensu. A atuação da Escola se estende também para fora dos muros da universidade por meio de dezenas de ações de extensão, como eventos, cursos e projetos abertos à comunidade. Entre essas ações estão os cursos regulares de musicalização infantil, o básico infantojuvenil, o básico adulto e o intermediário.
A Escola abriga diversos Laboratórios e Centros de Estudo que integram docentes, discentes e técnicos administrativos. Também mantém conjuntos artísticos estáveis como a Orquestra Sinfônica da UFRJ, a Orquestra de Sopros da UFRJ, a UFRJazz, o Conjunto de Sax da UFRJ, além de coros como o Brasil Ensemble, SacraVox e o Coro Infantil da UFRJ.
Instalada sobre o Passeio Público, no centro do Rio de Janeiro, a Escola de Música compõe um dos principais corredores culturais do Brasil, ao lado de instituições como o Theatro Municipal, a Sala Cecília Meireles, o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional. Mais do que um espaço de formação, a Escola é também um polo de arte, cultura e memória viva da cidade.
A sede atual da Escola ocupa um prédio histórico tombado, cuja origem remonta à década de 1850, quando foi adquirido pelo Governo Imperial para abrigar a Biblioteca Nacional. Após a mudança da biblioteca, o edifício foi adaptado para receber o Instituto Nacional de Música — incorporado à UFRJ em 1931. Entre 1918 e 1922, o espaço passou por reformas que incluíram a construção do Salão Leopoldo Miguez e a adição de uma imponente fachada em estilo italiano.
Seu interior abriga ambientes que recebem uma intensa programação cultural gratuita:
- Hall de Entrada e Foyer do Salão Leopoldo Miguez – Espaços versáteis utilizados para apresentações, especialmente de música popular e choro, além de recepções e eventos de apoio aos concertos do salão principal.
- Sala Henrique Oswald – Localizada no último andar, tem capacidade para 80 pessoas e abriga o histórico Órgão Sauer, sendo ideal para recitais e ensaios de música de câmara e coral.
- Sala da Congregação – Espaço versátil com capacidade para 100 pessoas, acolhe recitais, ensaios, aulas, palestras, defesas de tese e atos solenes.
- Salão Leopoldo Miguez – Um dos mais importantes espaços de concerto do país, com mais de 500 lugares, acústica excepcional e palco de concertos sinfônicos, récitas de ópera, gravações, formaturas e outras atividades culturais e acadêmicas.
O rico acervo da Escola é outro de seus grandes patrimônios. A Biblioteca Alberto Nepomuceno reúne obras raras, algumas datadas do século XVI, incluindo manuscritos originais dos hinos Nacional, à Bandeira e da Proclamação da República. Parte da coleção integra o Programa Memória do Mundo da UNESCO. Já o Museu Delgado de Carvalho abriga uma valiosa coleção de instrumentos musicais representando 16 países, com peças raras de culturas diversas, algumas do século XVIII.
Com sólida tradição e intensa atuação contemporânea, a Escola de Música da UFRJ se afirma como um centro de referência no ensino superior de música e como um espaço essencial para a preservação e o florescimento da cultura brasileira.