Foto: Rafael Reigoto |
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Felipe Prazeres rege a OSUFRJ em mais um concerto da temporada. |
Na próxima segunda-feira, 22, a Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), mais antiga orquestra do Rio de Janeiro, se apresenta no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, em concerto gratuito. Considerada a sala com a melhor acústica da cidade, o Salão Leopoldo Miguez data de 1922.
Na próxima segunda-feira, 22, a Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), mais antiga orquestra do Rio de Janeiro, se apresenta no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, em concerto gratuito. Considerada a sala com a melhor acústica da cidade, o Salão Leopoldo Miguez data de 1922.
Foto::Divulgação | |
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Luisa Suarez, solista da Sinfonia de Mahler. |
Sob a regência de Felipe Prazeres, o programa traz três jovens solistas em peças do final do século XIX e início do século XX, essenciais no repertório clássico, de três grandes compositores: Ravel, Sarasate e Mahler. Gabriel Vieira, de 18 anos, aluno de harpa da Escola de Música, aprovado no concurso anual para solistas da OSUFRJ – voltado aos estudantes do bacharelado da Escola -, será o solista da bela peça Introdução e Allegro, de Maurice Ravel.
Em seguida, a violinista Priscila Plata Rato, de 29 anos, uma das mais expressivas de sua geração, toca com a orquestra a Fantasia Carmen, de Pablo de Sarasate, compositor e violinista espanhol radicado na França na segunda metade do século XIX. Sarasate, que foi considerado um virtuoso, compunha peças para integrar o seu próprio repertório, e compôs esta fantasia sob a ópera Carmen, de Bizet, que explora os temas da música da ópera e exige técnica apurada do solista.
O concerto se encerra com a Sinfonia nº 4, de Gustav Mahler, um dos mais importantes compositores de música sinfônica, marco da virada do século. Sendo uma sinfonia bastante lírica e pouco dramática – em comparação às demais sinfonias do compositor – a obra foi escrita para soprano e orquestra. No quarto movimento, Das himmlische Leben (A Vida Celestial), Mahler retoma uma de suas canções (Lied) escrita alguns anos antes, onde uma voz de soprano enuncia os prazeres gastronômicos do céu. Luisa Suarez, cantora revelação de 2016 pelo Jornal O Globo, que foi aluna da Escola de Música da UFRJ, faz a aclamada peça de Mahler com a OSUFRJ.
SERVIÇO
Data: 22 de maio de 2017. Local: Escola de Música da UFRJ/Salão Leopoldo Miguez. Rua do Passeio, 98, Lapa. Horário: 19h. Lotação da casa: 400 lugares. Entrada franca e livre (não há distribuição de senhas)
ORQUESTRA SINFÔNICA DA UFRJ SALÃO LEOPOLDO MIGUEZ REGÊNCIA: FELIPE PRAZERES
PROGRAMA Maurice RAVEL Pablo SARASATE Gustav MAHLER Felipe Prazeres – regente Luisa Suarez – soprano
Priscila Plata Rato – solista (violino) Gabriel Vieira – solista (harpa) A Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) é a mais antiga orquestra do Rio de Janeiro e tem sua origem nos tempos da Primeira República quando o Instituto Nacional de Música (INM), herdeiro do antigo Conservatório fundado por Francisco Manuel da Silva (1795-1865) em 1848, era a única instituição federal de ensino musical do país. Diversos regentes com ela atuaram, entre os quais podemos destacar os compositores Francisco Mignone (1897-1986), Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948) e José Siqueira (1907-1985) e os maestros Souza Lima (1898-1982) Armando Belardi (1900-1989), Eleazar de Carvalho (1912-1996), Mário Tavares (1928-2003) e Henrique Morelenbaum. As óperas passaram a fazer parte da temporada anual de concertos a partir de 1949 quando foi apresentada Moema de Delgado de Carvalho no Theatro Municipal em comemoração ao centenário de fundação do Conservatório de Música. Em 1969 a orquestra foi reformulada e o maestro Raphael Baptista (1909-1984) nomeado seu regente titular. Foi sucedido em 1979 pelo maestro Roberto Duarte, que esteve à frente do conjunto por mais de quinze anos. Desde 1998 está sob a direção artística dos maestros André Cardoso e Ernani Aguiar. Em 1997, realizou a gravação integral do Colombo de Carlos Gomes (1836-1896), que mereceu dois importantes prêmios: Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de “Melhor CD de 1998” e Prêmio Sharp 1998 de “Melhor CD” na categoria música erudita. A orquestra participa também de importantes eventos da vida musical carioca como o Festival Villa-Lobos e a Bienal de Música Brasileira Contemporânea, se apresentando nas principais salas de concertos, como o Theatro Municipal e Sala Cecília Meireles. Na Escola de Música, se apresenta no Salão Leopoldo Miguez, onde os concertos são gratuitos. As funções acadêmicas da OSUFRJ visam principalmente o treinamento e a formação de novos profissionais de orquestra, solistas e regentes, além de ser importante veículo para divulgação de obras dos compositores brasileiros jovens e já consagrados. Uma de suas principais características, desde sua fundação, é a valorização da produção musical brasileira de todos os tempos, já tendo executado mais de uma centena de obras em estreia mundial. |