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Uma Estreia Latino-Americana

Foto: Ana Liao
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Marcelo Jordim conduz  Orquestra de  Sopros na próxima quinta-feira.

No dia 10 de dezembro, às 18h30, no Salão Leopoldo Miguez, com regência do maestro Marcelo Jardim e dos alunos do curso de Regência de Banda da EM/UFRJ, a Orquestra de Sopros da UFRJ se apresenta no segundo concerto da parceria com a Banda Sinfônica do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em comemoração aos 119 anos desta.

No dia 10 de dezembro, às 18h30, no Salão Leopoldo Miguez, com regência do maestro Marcelo Jardim e dos alunos do curso de Regência de Banda da EM/UFRJ, a Orquestra de Sopros da UFRJ se apresenta no segundo concerto da parceria com a Banda Sinfônica do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em comemoração aos 119 anos desta.

  Cartaz do evento
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   Da esq. para dir., Liduíno Pitombeira e o maestro Marcelo Jardim.

Historicamente, uma forte ligação une a Escola de Música da UFRJ e a Banda do CBMERJ, com relacionamento estreito ao longo das décadas através de alunos e professores, alguns dos quais ilustres, como o próprio fundador da banda, maestro Anacleto de Medeiros, o qual foi aluno da Escola de Música, e Paulo Silva, o qual foi também aluno e posteriormente um dos mais respeitados professores da casa. Muitos outros membros da corporação militar ocuparam posição docente e discente em nossa EM/UFRJ, como faz agora o capitão Aurimar Bento Donato, aluno da graduação do curso de bacharelado em Regência de Banda.

O concerto contará com três obras do repertório original para banda sinfônica e orquestra de sopros, sendo a primeira obra “Danças Sinfônicas”, do compositor japonês Yosuke Fukuda, e a última obra “Música das Esferas”, do compositor inglês Philip Sparke. A obra intermediária a ser apresentada é o principal destaque do concerto, além de ser uma estréia latino-americana: a “Sinfonia N. 2, Opus 57” do compositor e professor da EM Liduíno Pitombeira.

Nas palavras do diretor artístico Marcelo Jardim: fazer a estreia brasileira, e consequentemente latino-americana desta sinfonia é como fazer uma ‘repatriação’. A obra recebe sua segunda apresentação desde 2001, onde foi apresentada nos EUA, e para a EM/UFRJ, como instituição, para todos nós professores e alunos, é uma grande honra podermos apresentá-la ao público carioca. É realmente uma obra de envergadura, extremamente bem escrita e com certeza irá figurar como grande referência de música brasileira original para sopros e percussão.

O compositor nos relata que a “Sinfonia N. 2, Opus 57” teve dedicatória ao maestro Frank Wickes e a LSU Wind Ensemble (Baton Rouge, EUA), respectivamente maestro e orquestra que a estrearam. A obra se divide em três movimentos (Fantasia, Jornada e Forró) inspirados nas sonoridades da música popular das culturas brasileira e americana, e é permeada por citações e impressões estilísticas encontradas na música do Brasil e dos Estados Unidos.

O maestro Marcelo Jardim salienta a importância da parceria entre a Orquestra de Sopros da UFRJ e a Banda Sinfônica do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro para a realização de tal obra, a qual necessita grande efetivo instrumental. Em suas palavras: não seria possível a apresentação da obra somente com o grupo acadêmico, por sua complexidade instrumental, assim como não haveria muito espaço para uma sinfonia no ambiente de uma banda militar. Esta parceria une o melhor dos dois lados, e quem ganha é o público.