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Pauxy Gentil-Nunes, compositor selecionado, estreia Noneto na mostra. |
A Fundação Nacional de Artes – FUNARTE, com o apoio da Academia Brasileira de Música e da Rádio MEC/Empresa Brasileira de Comunicação, realiza no período de 10 e 18 de outubro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e na Sala Cecília Meirelles, a XXI Bienal de Música Brasileira Contemporânea.
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ACIMA, Coro Brasil Ensemble, que interpretará obras laureadas. Abaixo, professor Alexandre Schubert terá executa composição de sua autoria que ganhou o Prêmio FUNARTE. | |
Detalhes no site da Bienal. | |
Esta Bienal, que abarca, em estréias mundiais, a apresentação de sessenta e seis obras eruditas encomendadas e concursadas, terá sua Programação Extraordinária desenvolvida, a partir do dia 16 de outubro, no espaço Guiomar Novaes da Sala Cecília Meirelles, sempre no horário das 15h30 exceto no dia 19, quando o horário de seu último concerto será às 19h.
De uma perspectiva cronológica, as Bienais de Música Brasileira Contemporânea foram criadas por Edino Krieger, com apoio de Myriam Dauelsberg e, invariavelmente, elas acontecem em anos ímpares, desde 1975, quando foram instituídas.
Mas, como o significado desta criação de Edino Krieger não cabe entre as margens estreitas do ano em que foram estabelecidas e este em que suas edições alcançam o número XXI, sobre as bienais não se pode deixar de registrar que constituem os eventos mais importantes no cenário de composição da música erudita contemporânea. E que nesses quarenta anos de existência, elas sintetizam uma das, senão a mais importante decisão do Estado brasileiro com vista ao desenvolvimento da arte musical no Brasil.
E para que esta importante política pública pudesse configurar a XXI Bienal de Música Brasileira Contemporânea, a FUNARTE, no ano de 2014, por meio da soma de votos de um colégio eleitoral de oitenta e dois membros, composto por compositores, regentes e docentes de composição em cursos universitários de música, elegeu trinta compositores brasileiros, provenientes de dez estados brasileiros e um proveniente de Portugal e, a eles, foram feitas encomendas de obras inéditas, para estréias no evento.
Ainda no ano de 2014, através de edital, a FUNARTE anunciou o concurso de obras inéditas. No concurso participaram trezentos e dezesseis compositores de todo o Brasil, que apresentaram quatrocentos e cinquenta e quatro partituras e, delas, trinta e seis foram também escolhidas para esta bienal.
Neste cenário dos mais eminentes compositores da música erudita de nosso país e de obras premiadas, estão também orquestras, regentes, intérpretes solos, instrumentistas de orquestras, de música de câmara, de conjunto de música eletroacústica e músicos de coros que a FUNARTE selecionou para interpretação das sessenta e seis obras que, em estréia mundial serão apresentadas. E neste grandioso evento, é inequívoco o brilho da constelação de profissionais da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Para ilustrar esta afirmativa, na abertura da XXI Bienal de Música Contemporânea Brasileira que será realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, às 17h, do dia 10 de outubro, com a apresentação das três obras premiadas, entre aquelas que foram encomendadas na Categoria de Orquestra Sinfônica, destaca-se a obra, A Máquina do Mundo – Concerto para Orquestra, Op.196 (2014), do compositor Liduíno Pitombeira, docente do Departamento de Composição da Escola de Música de nossa Universidade, que obteve o segundo lugar na seleção da Funarte para esta Bienal.
Essa obra, que será executada pela Orquestra Juvenil da Bahia, foi livremente inspirada no poema “A Máquina do Mundo”, do poeta Carlos Drummond de Andrade. Nela, os títulos dos movimentos – Ordem Geométrica, Noturno, Presto e Fremente – têm por origem, palavras extraídas do poema e mantêm uma relação com o caráter e a atmosfera musical da obra.
Mas, convém sublinhar que na categoria de composição de música erudita, a Escola de Música da UFRJ estará igualmente representada, no dia 18 de outubro, às 19h, na Sala Cecília Meirelles, onde será executada a obra que recebeu o Prêmio FUNARTE de Composição Erudita-2014, de Alexandre Schubert, também docente do seu Departamento de Composição.
A obra musical intitulada Cenas da Paixão Segundo Aleijadinho, que terá como intérprete a Orquestra a Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, e como solista o barítono Marcelo Coutinho, também professor da Escola de Música da UFRJ, em acordo às informações do compositor, tem por base de inspiração um dos trabalhos mais importantes de Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho: o conjunto de esculturas que se encontram dentro das capelas em Congonhas do Campo, Minas Gerais, denominado Passos da Paixão.
Ainda se tratando do reconhecimento de insignes compositores do Brasil, torna-se obrigatório destacar que Pauxy Gentil-Nunes, docente do Departamento de Composição e atual Coordenador do Programa de Pós-Graduação da Escola de Música, que faz parte do seleto grupo de compositores escolhidos pela FUNARTE para composição de obras que irão ser apresentadas na XXI Bienal de Música Brasileira Contemporânea, terá a estréia de sua peça musical intitulada Noneto, no dia 16 de outubro.
A peça é um estudo de texturas e desenvolvimento motívico tradicional que faz referência ao repertório camerístico da fase moderna da música de concerto brasileira, especialmente às obras de Villa Lobos e Guerra-Peixe.
Da categoria de compositores para orquestras, não se pode deixar de dizer que, entre o número reduzido de orquestras sinfônicas que participam da XXI Bienal de Música Brasileira Contemporânea, está a Orquestra Sinfônica da UFRJ- OSUFRJ, sob a direção aritstica de André Cardoso, e regência de Ernani Aguiar.
Com indicação da FUNARTE, o seu naipe de cordas, com regência de Luís Gustavo Petri, titular da Sinfônica de Santos, será responsável pela execução da obra de Marlos Nobre, intitulada Furioso.
Mas, a representação da Escola de Música nesta bienal do ano de 2015 não fica restrita apenas aos premiados compositores e participação de sua orquestra sinfônica. Quando se trata de regentes de coros e conjuntos musicais de câmara, com a mesma intensidade de brilho ela se faz novamente presente.
Entre os regentes, a Maestrina Maria José Chevitarese, atual diretora da Escola de Música, idealizadora, regente e também responsável pela direção artística do Coro Brasil Ensemble da Escola de Música da UFRJ, recebeu da FUNARTE o convite para que este coro interprete duas premiadas obras desta bienal.
Assim, no dia 11 deste mês, com sua regência, com a docente da Escola de Música, Midori Maeshiro, ao piano; Cristiano Alves na clarineta, David Chew no violoncelo, o Coro Brasil Ensemble estará interpretando a obra En el Hondo silencio de La noche (Escena), de Aylton Escobar, que faz parte do elenco de obras encomendadas pela FUNARTE, em 2014.
Na mesma data, a maestrina Maria José Chevitarese com o Coro Brasil Ensemble, tendo ao piano Patrícia Bretas, docente da Escola de Música, e Josiane Kevorkian; percussão de Leo Souza, Rodrigo Foti e Fernanda Kremer, serão responsáveis pela interpretação da obra de Cadu Verdan que tem por título O peso do Eco.
No dia 15 do mês, o grupo musical indicado para execução da obra Trapézio, de Mário Ferraro, vai estar sendo dirigido pelo também Regente da Escola de Música da UFRJ, Jésus Figueiredo.
O conjunto de câmara Cron, que possui como dirigentes Marcos Vinício Nogueira e Yahan Wagner, ambos docentes do Departamento de Composição da Escola de Música da UFRJ, recebeu indicação para, no dia 14 de outubro, interpretar duas obras.
As obras (Im) pulsos de Taipa, de Marcílio Onofre e Mixture, de Paulo Henrique Raposo, assim como Ventos Uivantes de Felipe Lara, que será executada no dia 16, terão a regência de Marcos Vinício Nogueira.
E, no dia 18, data do encerramento das apresentações das obras desta XXI Bienal de Música Brasileira Contemporânea, Alexandre Schubert vai estar regendo o grupo musical que irá interpretar a obra Cercado de Neblina com estilhaços no olhar, de Rubens Tubenchiak.
Junto a todos estes profissionais aqui citados, de maneira alguma pode-se deixar de mencionar aqueles que, na qualidade de instrumentistas solos; compondo duos musicais, ou, que fazem parte do Abstrai Ensemble, do Quinteto Villa-Lobos e de outros grupos, contribuem com seus respectivos brilhos para o sucesso desta bienal.
Pertencentes ao de quadro de docentes de diferentes Departamentos da Escola de Música da UFRJ, são eles: Patrícia Bretas, Eduardo Monteiro, Sara Cohen, Paulo e Ricardo Santoro, Aloysio Fagerlande, Antônio Augusto, Tamara Ujakova, Pauxy Gentil- Nunes, Fábio Adour, Marcus Ribeiro e Afonso Oliveira.
Programação da Bienal
10 de outubro de 2015, sábado, 17h I Alexandre Espinheira E tornou-se fábula** Jorge Antunes Apoteose de Rousseau* Paulo Costa Lima Sete flechas: um batuque concertante* II Lucas Duarte 4 peças para orquestra** Eli-Eri Moura Apsis* Liduino Pitombeira A máquina do mundo* Orquestra Juvenil da Bahia (Neojibá)
I Grupo UdiCello José Augusto Mannis A moça e o velho relógio** Sam Cavalcanti Estudo para dois violinos** Alexandre Ficagna Escondido num ponto** II
Coro Brasil Ensemble / Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Coro Brasil Ensemble / Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro
I
Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (naipe de cordas) 13 de outubro de 2015, terça-feira, 19h I
Vitor Ramirez Signo Austral** II
14 de outubro de 2015, quarta-feira, 19h I
Henderson Rodrigues Proto movimento** Orquestra Solistas do Rio II
15 de outubro de 2015, quinta-feira, 19h I
Mario Ficarelli (in memoriam) Quinteto para trompa e quarteto de cordas II
16 de outubro de 2015, sexta-feira, 19h I
Rubens Tubenchlak Cercado de neblina com estilhaços no olhar**
16 de outubro de 2015, sexta-feira, 15h30 Café texto Mário de Andrade Orquestra Sinfônica Municipal de Santos produção do vídeo Maria Célia Sacramento, Antonio Ferrer, Rita Okamura, Carlos Kober, Luiz Eduardo Crescente, Patrícia Barros A exibição do vídeo com a filmagem dessa “tragédia secular” foi possível graças à colaboração da Fundação Padre Anchieta/TV Cultura, na pessoa de seu presidente Marcos Mendonça e do chefe de seu Centro de Documentação José Maria Pereira Lopes.
I
17 de outubro de 2015, sábado, 15h30 mesa-redonda 18 de outubro de 2015, domingo, 19h I Roberto Victorio Tetragrammaton XV b* Alexandre Schubert Cenas da Paixão segundo Aleijadinho** II Emanuel Cordeiro Transformações uirapurinas**
Orquestra Sinfônica Nacional / UFF
recital Edino Krieger (textos de Carlos Drummond de Andrade) Três sonetos de Drummond Eunice Katunda Dois estudos folclóricos César Guerra-Peixe (textos folclóricos) Trovas capixabas Eunice Katunda La dame et la licorne H.-J. Koellreutter (textos de Oneyda Alvarenga) Noturnos 1 e 2 (canto e piano) Claudio Santoro A menina boba Duo Ouvir Estrelas palestra |