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Temporada 2014

Especial Guerra-Peixe II, música de câmara

Foto: Reprodução
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Gerra-Peixe, em São Paulo, feverei­ro de 1960.

No segundo programa de uma série de três dedicada ao centenário de nascimento de César Guerra-Peixe, a edição desta semana de Concertos UFRJ passeia pela música de câmara do compositor, destacado representante de nosso nacionalismo musical. Embora não muito extensa, essa produção é, entretanto, bastante significativa.

No segundo programa de uma série de três dedicada ao centenário de nascimento de César Guerra-Peixe, a edição desta semana de Concertos UFRJ passeia pela música de câmara do compositor, destacado representante de nosso nacionalismo musical. Embora não muito extensa, essa produção é, entretanto, bastante significativa.

 

O programa Concertos UFRJ é um parceria da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto. Produzido e apresentado pelo maestro André Cardoso, vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

 

 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

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Toda segunda-feira, às 22h, tem “Concertos UFRJ” na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção .
   

O “Trio para violino, violoncelo e piano” se destaca entre as peças escritas por Guerra-Peixe para formações de câmara tradicionais. Escrita em 1960, para um concurso de composição promovido pelo programa Música e Músicos do Brasil, da Rádio MEC, obteve o segundo lugar no certame. A primeira audição aconteceu no mesmo ano, em concerto no auditório do Ministério da Educação e Cultura, no Rio de Janeiro, executada pelo trio da emissora, formada na época por Anselmo Zlatopolski (violino), Iberê Gomes Grosso (violoncelo) e Alceu Bochino (piano). É a gravação que foi ao em Concertos UFRJ. São três movimentos: I. Allegro moderato; II. Andante; e III. Vivace.

O quarteto foi outra formação de câmara tradicional abordada por Guerra-Peixe. Do catálogo de suas obras constam dois, sendo que o autor recusou, nãos mais tarde, alguma incursões no gênero, que datam do início da década de 1940. O “Quarteto no 1” foi escrito em 1947 e adota uma abordagem dodecafônica. O segundo faz parte de sua fase nacionalista. Escrito em 1958, estreou no mesmo ano apresentado pelo Quarteto de Cordas Municipal de São Paulo. Em quatro movimentos (I. Allegretto con moto; II. Presto; III. Andante; e IV Allegro) adota, no primeiro movimento, a forma do cateretê paulista devidamente ampliada e elaborada no lugar do usual “allegro de sonata”. A interpretação escolhida foi a do Quarteto de Brasília, integrado por Ludmila Vinecka e Cláudio Cohen, violinos; Glêsse Collet, viola e Antonio Guerra Vicente, violoncelo.

Já “Quatro Coisas”, escrita em 1987 para harmônica de boca e piano, ocupa um lugar especial na produção de câmara do compositor para formações pouco usuais. A primeira audição aconteceu no XII Panorama da Música Brasileira Atual, executada por Rildo Hora (harmônica), a quem a obra é dedicada, e Misael Hora (piano). Posteriormente o Peixe transcreveu a peça para flauta, violino e piano, além de adaptá-la para instrumentos solistas e orquestra de cordas. A versão divulgada traz José Staneck na harmônica, Flávio Augusto ao piano e Antonio Del Claro no violoncelo. São quatro movimentos: I. Prelúdio; II. Movimentação; III. Interlúdio; e IV. Caboclo de Pena.

Ainda no âmbito dos instrumentos de sopro, outra peça que merece atenção é o “Trio no 2”, para flauta, clarineta e fagote, que o Guerra-Peixe escreveu em 1951, mas que somente estreou em 1967, executado por membros do Quinteto Villa-Lobos. Os movimentos são I. Allegretto (Polca); II. Allegro vivace (Cabocolinhos); III. Moderato (Canção); e IV. Allegro (Frevo). A interpretação ouvida foi a do Vento Trio, grupo formado pela fagotista Janet Grice, o flautista Kevin Willois e a clarinetista Sarah Bednarcik. A gravação faz parte do CD “Brazilian Dances and Inventions”, lançado no ano passado no mercado norte-americano, e que mereceu um programa especial (ouça ) de Concertos UFRJ.

 

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As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do .