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Rio Flute Fest promove master classes, mesas-redondas e concertos

Foto: Reprodução
Álvaro Carrilho (1930-2017)
Álvaro Carrilho (1930-2017), músico homenageado pelo Festival.

Iniciativa do Centro de Estudos de Instrumentos de Sopro da Escola de Música acontece de 11 a 13 de setembro a primeira edição do Rio Flute Fest. O evento, que promove master classes, mesas-redondas, exposição e concertos, oferece a flautistas profissionais, estudantes de flauta e interessados em geral encontros que discutem a formação e carreira do instrumentista brasilerio contemporâneo.

Iniciativa do Centro de Estudos de Instrumentos de Sopro da Escola de Música acontece de 11 a 13 de setembro a primeira edição do Rio Flute Fest. O evento, que promove master classes, mesas-redondas, exposição e concertos, oferece a flautistas profissionais, estudantes de flauta e interessados em geral encontros que discutem a formação e carreira do instrumentista brasilerio contemporâneo.

 

Álvaro Carrilho (1930-2017)

 

Filho de Lyra de Aquino Carrilho e Octacilio Gonçalves Carrilho, cirurgião dentista que gostava de ajudar as pessoas menos favorecidas, Álvaro de Aquino Carrilho nasceu em Santo Antônio de Pádua, em 5 de agosto de 1930. Eram ao todo oito irmãos, dentre eles, o flautista Altamiro Carrilho.

Cresceu ouvindo, no rádio da vizinha, programas com os cantores Orlando Silva, Carlos Galhardo, Silvio Caldas, etc, mas também programas com música instrumental: choro, maxixe, tango, fox, polca e valsas.

Seu avô materno, Carlos Manso de Aquino, era tão apaixonado por música que ao nascer sua primeira filha lhe deu o nome de Lyra. Nome também de sua banda: Lyra de Orion – que tocava no coreto da praça onde as famílias da cidade se reuniam para ouvir e aplaudir. Altamiro Carrilho, ainda garoto, tocava caixa de guerra nesta banda, de 1938 até a mudança para São Gonçalo em 1941. Álvaro herdou de Altamiro sua flauta mais usada, e assim começou a aprender a tocar suas primeiras músicas.

Em maio de 1956, casou-se com Zélia Lana e foi morar em Copacabana. Juntos tiveram dois filhos: César e o violonista Maurício Carrilho.

 

Faleceu no dia 23 de agosto de 2017, no Rio de janeiro.

 

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Toadas as atividades são gratuitas e as inscrições podem ser feitas na página do Festival até o dia 13. Serão emitidos certificados de participação para cada atividade.

 

Mesas-redondas

As mesas-redondas analisarão as questões de formação e carreira em suas diversas fases, momentos e ambientes musicais, informa Eduardo Monteiro, docente da Escola de Música (EM) e coordenador do Festival.

– Na primeira, no dia 11, a formação básica será destacada. Desde as novas metodologias do ensino de flauta para crianças até os cursos técnicos, passando pelos importantes projetos sociais. A segunda, dia 12, tratará da formação do ou da flautista e as suas perspectivas profissionais no ambiente da música clássica. Em que pé estamos e que formação oferecemos a nossos alunos? Quais as possibilidades de ingresso em orquestras sinfônicas e de atuação como camerista, solista e professor? Por fim, a terceira, dia 13, discutirá os desafios da construção de uma carreira no ambiente da música popular. Questões como multiinstrumentista x exclusivamente flautista, a interface com a música clássica e a flexibilidade exigida serão abordadas por um grupo de expoentes do meio.

Master classes e concertos

Assim como as mesas-redondas, as master classes estão marcadas para a Sala da Congregação. Os docentes convidados são os professores Celso Woltzenlogel (UFRJ) e Alexandre Eisenberg (UFSM). Completa o time de especialistas o flautista, saxofonista e compositor Eduardo Neves.

O Rio Flute Fest programou também dois concertos. O primeiro, no Auditório da Academia Brasileira de Música (ABM), dia 11; o segundo, no Auditório do Centro Cultural do Museu da Justiça (CCMJ), dia 12. Segundo Monteiro, não houve propriamente uma curadoria, mas a preocupação que os programas evidenciassem a flauta brasileira em todo o seu esplendor e atuando em diversos estilos e ambientes musicais. E acrescenta:

– No primeiro concerto, aproveitando uma deixa de Andrea Ernest Dias, vamos prestar, uma homenagem a Álvaro Carrilho (1930-2017), recentemente falecido. Reconhecimento à sua arte e à sua intensa atuação na formação e incentivo aos jovens flautistas e músicos de todos instrumentos.

Uma exposição de flautas estará montada no Foyer do Salão Leopoldo Miguez durante os três dias do Festival. Além da ABM e do CCMJ, o eveto é apoiado pelo Departamento de Sopros da e peloPrograma de Pós-Graduação Profissional em Música (PROMUS).

estrela SERVIÇO
Sala da Congregação da Escola de Música da UFRJ: Rua do Passeio, 98, 3º andar – Lapa. Auditório da Academia Brasileira de Música: Rua da Lapa, 120, 12º andar – Lapa. Auditório do Museu da Justiça: Rua Dom Manuel, 29, térreo – Praça XV – Centro.

 

Eventos – visão geral
Segunda-feira, 11/9 Terça-feira, 12/9 Quarta-feira, 13/9
Exposição flautas – Foyer do Salão Leopoldo Miguez
9/11h
Sala da Congregação
Master class I
Celso Woltzenlogel (EM-UFRJ)

9/11h
Sala da Congregação

Master class II
Dr. Alexandre Eisenberg (UFSM)

9/11h
Sala da Congregação

Master class III
Eduardo Neves (Flautista, saxofonista, compositor)

11/13h
Sala da Congregação

Mesa-Redonda I

O Estudo da flauta pré-universitário

Mediador: Vantoil Souza Jr. (Música nas Escolas – Barra Mansa)

Ana Paula Cruz (Colégio Pedro II)
Celso Woltzenlogel (EM-UFRJ)
Rômulo Barbosa (Lic. CBM. Projeto Música nas Escolas – Barra Mansa)
Paula Martins (Bacharel pela EM-UFRJ, Mestranda UNIRIO)

11/13h
Sala da Congregação

Mesa-Redonda II

Formação e perspectivas profissionais de flautistas na música Clássica

Mediador: André Cardoso
Afonso Oliveira (EMUFRJ)

Helder Teixeira (OSNUFF)
Marcelo Bomfim (OPESOSTM)
Sergio Barrenechea (UNIRIO)

11/13h
Sala da Congregação

Mesa-Redonda III

Formação e carreira de flautistas na música popular

Mediadores: Flavio Silva e Lipe Portinho
Andrea Ernest Dias (OSNUFF)
Antonio Rocha (Época de Ouro e Sociedade Musical Progresso de Valença)
David Ganc (EMUFRJ)

Eduardo Neves (Flautista, saxofonista e compositor)

15/17h
Auditório da ABM
Concerto I

19/20h

Auditório do CCMJ

Concerto II

13h

Sala da Congregação

Encerramento

 

 

Programas dos Concertos

 
I Rio Flute Fest
Concerto I. Segunda-feira, 11 de setembro, às 15h
Auditório da ABM. R. da Lapa, 120 / 12º andar

Trio Mignone. Afonso Oliveira, flauta. Ricardo Santoro, violoncelo. Miriam Grosman, piano
Beethoven – Trio para flauta, violoncelo e piano
I – Allegro, II – Adagio, III – Thema andante com Variazioni

David Ganc, flauta. Fabio Adour, violão
Hermeto Pascoal (Arranjo: Fabio Adour) – Bebe
Tom Jobim (Arranjo: Fabio Adour) – Quebra Pedra

Edu Lobo (Arranjo: David Ganc) – Zanzibar
David Ganc – Caldo de Cana

Sergio Barrenechea, flauta
Camargo Guarnieri Improviso nº 3
Francisco Mignone Passarinho está cantando

Andrea Ernest Dias, flauta. Marcos Nimrichter, piano

Claude Debussy – Syrinx
Luciano Berio – Sequenza I para flauta solo
Ernani Aguiar – Intervalo
Pixinguinha – Soluços
Álvaro Carrilho – Zélia
Moacir Santos – Vaidoso
H. Villa- Lobos – Melodia Sentimental
Pixinguinha – Proezas de Solón

I Rio Flute Fest
Concerto II. Terça-feira, 12 de setembro, às 19:00h
Auditório do CCMJ. R. D. Manuel, 29, Praça XV

Alexandre Eisenberg, flauta. Diego Grendene, clarineta
Bruno Kiefer – Música para Dois
I – Traquinice, II – Pequena Fuga, III – Espirituoso
Robert Muczinski – Duos para Flauta e Clarineta op. 24
I – Andante Sostenuto, II – Allegro risoluto, III – Moderato, IV- Allegro ma non troppo, V – Andante molto, VI – Allegro

Rubem Schuenck – programa a ser anunciado

Marin Marais Les Folies d’Espagne. Edição de: Hans-Peter Schmitz
Sigfrid Karg-Elert Sonata Apassionata em Fá sustenido menor, Op. 140

Antonio Rocha, flauta. João Camarero, violão
Pixinguinha/Altamiro Carrilho Carinhoso Fantasia
Rubens Leal Brito Romance de uma Valsa
Dante Santoro Harmonia Selvagem
Pixinguinha Gargalhada
Radamés Gnatali Papo de Anjo
Antonio Rocha Mestre Pixinga
Luiz Gonzaga/Antonio Rocha Asa Branca Fantasia