Concertos UFRJ: A quatro mãos

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

Toda segunda-feira, às 22h, tem "Concertos UFRJ" na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção Concertos UFRJ.

Um passeio através do rico repertório para piano a quatro mãos é o convite da vigésima-quinta edição de Concertos UFRJ, que foi ao ar no dia 17 de janeiro. Apresentado por André Cardoso, docente e diretor da Escola de Música (EM), o programa é resultado de uma parceria da UFRJ com a Roquette Pinto e é veiculado toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

 

Os primeiros pianofortes, ou apenas pianos, forma abreviada como são mais conhecidos, foram fabricados em 1698 por Bartolomeo Cristofori, encarregado de instrumentos da corte dos Médici em Florença que o chamou de gravecembalo col piano e forte (“cravo com suave e forte”). A característica de soar suave ou forte, conforme a pressão dos dedos sobre o teclado, o que conduz a uma vasta gama expressiva, assim como a possibilidade de produzir dez ou mais notas de uma vez, permite o instrumento executar praticamente qualquer tipo de música da tradição ocidental. Introspectivo ou expressivo, alegre ou triste, refinado ou burlesco não parece existir estado d’alma ou sentimento que não possa representar.

 

As primeiras obras para teclado e dois executantes datam do início do séc. XVII e foram escritas por músicos ingleses, mas os frágeis instrumentos da época não permitiram maiores desenvolvimentos. No período clássico, quando o piano suplantou o cravo na preferência dos compositores, esse repertório ganha impulso, paralelamente ao desenvolvimento técnico do instrumento e ao aumento de sua extensão. São, porém, os músicos românticos, que fizeram do piano o meio privilegiado de expressão, que darão a esse tipo de peça um desenvolvimento extraordinário e farão dele uma das modalidades mais significativas da música de câmara.

 

Certo é que formação oferece enormes desafios técnicos e expressivos. A edição de Concertos UFRJ destaca conjuntos de pianistas que dedicaram a carreira a enfrentá-los. O primeiro deles, o duo composto pelos irmãos alemães Alfons (1931) e Aloys Kontarsky (1932-2010), foi um dos mais aclamados do século passado e nos deixou inúmeras gravações magistrais. O duo Kontarsky executa a Fantasia em Fá menor D.940 de Franz Schubert (1797-1828), peça das mais emblemáticas do piano a quatro mãos.

 

Já Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini apresentam duas obras francesas da virada do séc. XIX para o XX – um momento pródigo para a produção destinada ao piano. E, ambas, tomam o universo infantil por referência: a Suite Dolly op. 56, em seis pequenos movimentos, de Gabriel Faurée (1845-1924), e a Suite “Ma Mère l'oye” (Mamãe Ganso), em cinco movimentos, de Maurice Ravel (1876-1946).

 

Encerrando programa, uma mostra da produção brasileira: O lundu, para piano a quatro mãos, de Francisco Mignone (1897- 1986) na interpretação das pianistas Patrícia Bretas e Josiane Kevorkian.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Programação de Janeiro

 

 

Programa 23 – Dia 3 de janeiro – Cenas de ballet

 

Em seu primeiro programa de 2011 Concertos UFRJ abordará a música para ballet apresentando uma seleção de trechos de alguns dos grandes clássicos da dança.

 

  1. Adolphe ADAM (1803-1856) – Grande Pas de Deux de Gisele e Albrecht e final do segundo ato do ballet “Gisele” com solo de viola de Alec Taylor, a Orquestra Sinfônica de Londres e a regência de Michael Tilson Thomas.
  2. CHOPIN / GLAZUNOV – Integral do ballet “Les Sylphides” na versão de Roy Douglas com a Orquestra Filarmônica de Roterdam e a regência de David Zinman.
  3. Leo DELIBES (1831-1891) – Abertura e Valsa do primeiro ato e Pas de Deux e final do terceiro ato do ballet “Coppelia” com solo de viola de John Brearley, a Orquestra do Royal Opera House de Londres e a regência de Mark Elmer.

 

Programa 24 – Dia 10 de janeiro – Grandes mestres da Escola de Música III: César Guerra-Peixe.

 

Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O terceiro programa será dedicado a César Guerra-Peixe (1914-1993)  compositor petropolitano que juntou música de concerto e música popular numa obra de personalidade que o alçou à posição de um dos grandes nomes do nacionalismo musical brasileiro.

 

  1. Suíte para orquestra de cordas (1949) com a Orquestra Sinfônica Nacional e a regência de Guido Mansuino. Movimentos: Maracatú, Pregão, Modinha e Frevo.
  2. Ponteado (1955) com a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina e a regência de Norton Morozowicz.
  3. Cânticos Serranos no. 4 (1976) sobre textos do poeta Raul de Leoni (“Prudência” e “Vivendo”) na interpretação do barítono Inácio de Nonno e da pianista Laís Figueiró.
  4. Série Xavante para coro a capella (1972) com o Madrigal Renascentista e a direção de Afrânio Lacerda.
  5. Concertino para violino e orquestra de câmara (1972) com o violinista Ricardo Amado, a Orquestra Experimental da Universidade Federal de Ouro Preto e a regência de Silvio Viegas.
  6. Roda de Amigos (1979) com Curt Schroeter (flauta), Martin Schuring (oboé), José Botelho (clarineta) e Aloysio Fagerlande (fagote), a Orquestra do 16o. Festival de Música de Londrina e a regência de Norton Morozowicz.

    Programa 25 – Dia 17 de janeiro – A quatro mãos

     

    Programa dedicado ao repertório para piano a quatro mãos, formação camerística que ganhou impulso na segunda metade do século XVIII e que se firmou durante o século XIX a partir do desenvolvimento técnico e aumento na extensão do instrumento.

     

    1. Franz SCHUBERT (1797-1828) – Fantasia em Fá menor D. 940 com o Duo Kontarsky, formado pelos irmãos Alfons e Aloys Kontarsky.
    2. Gabriel FAURÉE (1845-1924) – Suite Dolly op. 56, em seis pequenos movimentos, com o Duo formado por Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini.
    3. Maurice RAVEL (1876-1946) – Suite “Ma Mère l'oye” (Mamãe Ganso)  em cinco movimentos (“Pavana da Bela Adormecida”; “O pequeno Polegar”; “A Imperatriz dos pagodes”; “Conversas entre a Bela e a Fera” e “Jardim Feérico”) com o Duo Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini.
    4. Francisco MIGNONE (1897-1986) – “Lundu, para piano a quatro mãos” com o Duo Bretas-Kevorkian formado pelas pianistas Patrícia Bretas e Josiane Kevorkian.

     

    Programa 26 – Dia 24 de janeiro – Música de Câmara

     

    A música de câmara é um dos gêneros mais importantes na música de concerto e requer do músico que a pratica, além do amplo domínio de seu instrumento, uma interação completa com os demais integrantes do conjunto, seja um duo até as formações camerísticas mais numerosas. Apresentaremos em Concertos UFRJ todo mês obras de câmara para as mais variadas formações, desde as tradicionais como os duos e trios com piano, quarteto de cordas, quinteto de sopros, entre outros, até as formações menos usuais com as mais variadas combinações instrumentais.

     

    1. Joseph HAYDN (1732-1809) – Trio em sol maior “Cigano” para violino, violoncelo e piano H. XV no 25 com o Trio Beaux Arts.
    2. Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) – Sexteto Místico com Antônio Carlos Carrasqueira na flauta, Luis Carlos Justi no oboé, Dilson Florêncio no saxofone, Cristina Braga na harpa, Maria Teresa Madeira na celesta e Turíbio Santos no violão.
    3. José VIEIRA BRANDÃO (1911-2002) – Duo para oboé e violoncelo com James Ryon (oboé) e Regina Mushabac (violoncelo).
    4. Francis POULENC (1899-1963) – Sexteto para piano, flauta, oboé, clarineta, fagote e trompa com Pascal Roge (piano), Patrick Galois (flauta), Maurice Bourgue (oboé), Michael Portal (clarineta), Amaury Wallez (fagote) e André Cazalet (trompa).

     

    Programa 27 – Dia 31 de janeiro – Ópera “Dido e Enéas”

     

    A partir de janeiro apresentaremos na última segunda-feira de cada mês uma ópera. Serão apresentados óperas integrais ou eventualmente trechos selecionados com as árias e conjuntos mais importantes. Abriremos a série com a ópera barroca “Dido e Enéas” do compositor inglês Henry PURCELL (1659-1695). A versão será dos seguintes intérpretes: Ann Murray no papel de Dido, Anton Schartinger como Enéas, Rachel Yakar como Belinda, Trundeliese Schmidt como Feiticeira, Elisabeth von Magnus e Helrun Gardow como as Bruxas, Paul Esswood como Espírito, Josef Köstlinger como Marinheiro, o Coro Arnold Schoenberg dirigido por Erwin Ortner, o Concentus Musicus de Viena e a regência de Nikolaus Harnoncourt.