Robert Schumann em “Concertos UFRJ”


 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

 
 
Toda segunda-feira, às 22h, tem "Concertos UFRJ" na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção Concertos UFRJ.
  
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 {magnify}images/stories/noticias/estatuaschumann800.jpg|Estátua de Schumann em Zwickau{/magnify}Estátua de Schumann em Zwickau, a cidade natal do compositor.

Pegando carona nas comemorações do bicentenário de nascimento de Robert Schumann (1810 – 1856), a décima-segunda edição de Concertos UFRJ foi dedicada à obra do compositor, uma das expressões mais originais do romantismo alemão. Personalidade criativa, inovadora e arrebatada, mas padecendo de um imenso desconforto com o mundo - estigma que assinalará grande parte dos escritores, artistas e intelectuais de sua geração.

 

Robert Schumann nasceu em 1810 na cidade de Zwickau, Saxônia, Alemanha, no seio de uma família ilustrada - seu pai era livreiro e editor. Desde cedo manifestou ambições musicais e literárias e o ambiente artístico que desfrutou na infância foi fundamental para suas futuras atividades como compositor, editor e crítico musical. A literatura sempre foi para Schumann uma fonte de estímulo, especialmente autores como Shakespeare, Goethe, Hoffman, Schiller e Heine. Sua inspiração literária não se manifestou, porém, na forma da música de programa, como em Berlioz, mas na busca de uma integração perfeita entre texto poético e música - o que se observa nos seus ciclos de canções e faz dele legítimo herdeiro de Schubert.

 

O compositor dedicou ao piano parte importante de sua produção mais criativa.  Ela é resultado tanto de sua fértil inventividade melódica como dos sólidos conhecimentos da técnica do instrumento adquiridos com Friedrich Wieck, um severo professor que havia transformado sua filha, Clara, por quem Schumann acabará se apaixonando perdidamente, em grande virtuose do piano.

 

Apesar de um atribulado romance, das oscilações frequentes de humor de Schumann e da ferrenha oposição do pai de Clara, casaram-se em 1840 após uma desgastante batalha judicial. Os primeiros anos de matrimônio são os mais criativos e prolíficos de sua atividade como compositor e os mais felizes de sua vida.

 

Aos poucos, entretanto, as sombras da doença mental que acabará por consumi-lo descem. Nomeado regente de orquestra em Düsseldorf em 1850, a instabilidade o impede de desempenhar plenamente suas funções, culminando, quatro anos depois, com uma séria crise emocional, na qual o compositor se atira ao Reno, com intensão de pôr fim à vida. Resgatado, foi internado no asilo de Endenich, próximo da cidade.

 

Schumann falece em 29 de julho de 1856 sem se recuperar e com apenas 46 anos de idade.

 

Apresentado por André Cardoso, regente e diretor da Escola de Música da UFRJ (EM), toda segunda-feira, às 22h, Concertos UFRJ é resultado de uma parceria da Escola de Música (EM) com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1). O programa pode ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Programação de Outubro

 

 

Programa 10 – Dia 4 de outubro – Violão na UFRJ: 30 anos

 

Traremos o violão novamente como personagem principal de nosso programa em razão do aniversário de 30 anos do curso da UFRJ, que foi fundado em 1980 pelo professor Turíbio Santos. Para comemorar a data a Escola de Música organizou um grande evento que ocupará durante toda a semana as salas de concertos da Escola com inúmeros convidados brasileiros e estrangeiros e que são considerados alguns dos maiores violonistas da atualidade.

 

• Fábio Zanon – Allegro da Sonata em Lá menor BWV 1003 de Bach.
• Fábio Zanon – Choros no. 1 de Villa-Lobos.
• Carlos Perez – Gueya de Julio Sagreras.
• Carlos Perez – Estilos Criollos nos. 1 e 2 de Julio Sagreras.
• Pablo Marquez – Duas canções tradicionais argentinas: El Mimao e Zamba.
• Gerard Abiton – Fiesta da Sonatina Meridional de Manuel Ponce.
• Gerard Abiton – Zapateado das Três peças Espanholas de Joaquim Rodrigo.
• Turíbio Santos – Concerto de Aranjuez de Joaquim Rodrigo com a Orquestra da Ópera de Montecarlo e a regência de Cláudio Scimone.

 

Programa 11 – Dia 11 de outubro – Choro em concerto.

 

Será abordado o choro, mas não o tradicional, aquele que é reconhecido como uma das mais representativas manifestações musicais da cultura carioca. Serão apresentadas obras nas quais diferentes compositores brasileiros utilizaram os procedimentos característicos do choro em suas composições de câmara e sinfônicas.

 

• Heitor Villa-Lobos – Choros no. 3 "Pica-Pau" com o Coro da OSESP, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a regência de John Neschling.
• Francisco Mignone – Valsa-Choro no. 5 para piano com Francisco Mignone ao piano.
• Camargo Guarnieri – Choro para piano e orquestra com o pianista Caio Pagano como solista da Orquestra Sinfônica Nacional Tcheca e a regência de Paul Freenan.
• Radamés Gnattali – Último movimento (choro) da Brasiliana no. 13 para violão solo com o violonista Vitor Gaberlotto.
• Heitor Villa-Lobos – Choros no. 5 "Alma Brasileira" com a pianista Cristina Ortiz.
• Edino Krieger – Choro para flauta e cordas com o flautista Luis Fernando Sieciechowicz e da Orquestra de Câmara Villa-Lobos.
• Cláudio Santoro – Choro para saxofone e orquestra com Vinícius Macedo (saxofone), acompanhado pela Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Helder Trefzger em gravação realizada em concerto no Festival Villa-Lobos em 23 de novembro de 2009 na Sala Cecília Meireles.

 

Programa 12 – Dia 18 de outubro – Bicentenário de Robert Schumann

 

Uma homenagem ao bicentenário de nascimento do compositor Robert Schumann, que assim como Chopin é comemorado em todo o mundo em 2010 com execuções de suas obras mais importantes, e considerado o compositor que melhor representa o romantismo alemão.

 

• Canção Widmung (Dedicação) op. 25 no. 1 sobre texto do poeta Friedrich Rückert com o barítono Bryn Terfel e Malcolm Martineau ao piano.
• "Marcha dos Davidsbündler contra os Filisteus", último número do "Carnaval" op. 9 de Robert Schumann com a pianista Guiomar Novaes.
• Träumerei das "Cenas Infantis" com o pianista Heitor Alimonda.
• Quatro canções de "Frauenliebe und leben" (O amor e a vida de uma mulher), com texto do poeta Adelbert Von Chamisso na interpretação do soprano Anne Sofie Von Otter, tendo ao piano Bengt Forsberg.
• Adágio e Allegro op. 70 para violoncelo e piano com o violoncelista David Finckel e a pianista Wu Han.
• Primeiro movimento da Sinfonia no. 3 "Renana" na versão do maestro Günter Wand e da Orquestra Sinfônica da Rádio do Norte Alemão.
• Primeiro movimento do Concerto para piano em lá menor op. 54 com o pianista Murray Perahia, a Orquestra Filarmônica de Berlim e a regência de Claudio Abbado.

 

Programa 13 – Dia 25 de outubro – Homenagem a Ernani Aguiar

 

Um dos mais importantes compositores brasileiros da atualidade, o maestro Ernani Aguiar completa 60 anos em plena atividade. Estudou composição com o maestro César Guerra-Peixe e violino com Paulina D'Ambrosio. Estudou também no Conservatório Cherubini, na cidade de Florença, na Itália. É atualmente professor de regência e prática de orquestra da Escola de Música da UFRJ e membro da Academia Brasileira de Música.

 

• Terceiro movimento da Sonatina para piano no. 1 com a pianista Ruth Serrão.
• "Tempo de frevo" das Meloritmias no. 4 para violino solo com a violinista Ludmila Vinecka.
• "Música a três" para duas clarinetas e fagote com o trio formado pelos clarinetistas José Botelho e José de Freitas e o fagotista Aloysio Fagerlande.
• Quatro Momentos no. 2 para cordas com a Orquestra de Câmara do Sesi Minas.
• "Instantes" no. 2 para cordas com a Orquestra de Câmara do Sesi Minas.
• Primeiro movimento do Concertino para flautim e cordas com a Orquestra de Câmara de Moscou, Raffaele Trevisani na flauta e a regência de Roberto Duarte.
• Salmo 150 para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.
• Cantata de Natal – Coros "Tolite portas" e "Laetentur caeli" com o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Marco Aurélio Lischt.
• Sinfonietta Prima com a Orquestra Petrobras Pró-Música e a regência de Armando Prazeres.