Atravessando o Atlântico: Escola de Ópera de Stuttgard recebe alunas da EM

A Beatriz Pampolha Simões Baptista, que até dezembro de 2016, fez parte do quadro discente do Curso de Bacharel em Canto da Escola de Música da UFRJ, com financiamento de uma bolsa do DAAD, extensiva a seu marido, embarca para Marburg, no dia 31 de maio de 2017. Nesta cidade, permanecerá por 4 meses às expensas da mesma bolsa de estudos, para em um curso aprimorar o idioma germânico e, de lá, seguir para a Escola de Ópera de Stuttgard, onde será orientada no curso de mestrado por Bernhard Epstein, Diretor desta escola.

 

Com a mesma origem acadêmica, a ex- aluna da Escola de Música da UFRJ, Carla Antunes, segue para a Alemanha para igualmente ser orientada pelo Diretor da Escola de Ópera de Stuttgart. Esta futura trajetória acadêmica de Beatriz e Carla teve início, quando Manuela Vieira, também ex-aluna da Escola de Música da UFRJ e, hoje, uma soprano que pertence ao quadro dos discentes do Programa de Pós - graduação da Escola de Ópera de Stuttgard, enviou uma correspondência a Maria José Chevitarese, Diretora da Escola de Musica, Nesta correspondência, Manuela comunicou que junto a Bernhard Epstein estaria no Rio de Janeiro, nos dias 21 e 22 de setembro de 2016. E que a sugestão para que ele audicionasse alguns alunos da Escola de Música da UFRJ fôra aceita com muita simpatia. De posse desta informação, a Diretora da Escola de Música encaminhou à Reunião do Departamento Vocal o pedido para a finalidade expressa. E uma vez aprovado o pedido, as inscrições foram abertas, alunas e alunos foram audicionados com o repertório standard da Escola de Ópera de Stuttgart. Ao final das audições, impressionado com a qualidade das vozes ouvidas, o Diretor da Escola de Ópera de Stuttgart que, a princípio, só poderia conceder uma única bolsa de estudos, decidiu por conceder uma a mais para este ano de 2017. Nestas histórias de etapas profissionais alcançadas por Beatriz e Carla existe um denominador comum que se subdivide em uma escola e um departamento. A escola, evidentemente, é a Escola de Música da UFRJ e o departamento, como não poderia deixar de ser, é o Departamento Vocal desta Escola. Sobre a Escola de Música da UFRJ, não é arrogância apontar dois fatores que das demais instituições federais de ensino superior a diferenciam. Uma é ser ela, por tradição, uma Unidade de Ensino da UFRJ que comporta diferentes tipos de orquestras e importantes conjuntos vocais: Coro Sinfônico, Coral Brasil Ensemble, Sacra Vox e Coral Infantil. O outro, também por tradição, é a realização anual de um número significativo de récitas dos projetos Ópera na UFRJ e A Escola vai à Ópera. Em todos estes campos de ensino e conhecimento, a prática das técnicas e a apreensão dos saberes necessárias aos alunos de canto e suas respectivas experiências do fazer artístico no palco terminam por se concretizarem. E como se não fosse bastante estes preciosos campos de estudos e práticas musicais, a Escola de Música da UFRJ oferece a cada semana, um ensaio individual com um pianista acompanhador a todos os alunos do Curso de Bacharelado em Canto. Fato incomum em todas as instituições de ensino musical do nosso país. Sobre o Departamento Vocal da Escola de Música nunca é demais sublinhar alguns dados que fazem com que, não raro, os discentes do Curso de Bacharelado em Canto ingressem profissionalmente em instituições artísticas antes de concluírem a graduação. Formado por Alberto Pacheco, Inácio de Nonno, Marcelo Coutinho, Veruschka Mainhard, André Heller, Heliana Farah, Lício Bruno e Rosana Lamosa, que substituem Ricardo Tutman e Homero Velho, este departamento em ações integradas com outras disciplinas curriculares, que da Orquestra Sinfônica da UFRJ fazem parte, é partícipe dos projetos operísticos da Escola de Música. Além da transmissão dos conhecimentos estabelecidos na grade curricular e de promover A Semana da Voz Cantada, Master Classes, para que seus alunos tenham uma formação mais aprimorada, é também o departamento que oferece apoio aos Cursos Básico e Intermediário de Extensão da Escola de Música. É, em síntese, principalmente um departamento que se organiza em tempo hábil para que histórias de talento e esforços pessoais como as de Beatriz e Carla não se percam.