Música norte-americana em Concertos UFRJ

A música norte-americana é, sem dúvida, uma das mais ricas em termos de diversidade, sendo o jazz, o pop e o musical os gêneros internacionalmente mais difundidos. No plano da música de concerto, os EUA fomentam hoje uma das mais importantes cenas artísticas, com grandes casas de óperas, salas de concerto e algumas das melhores orquestras do planeta. No terreno da criação, entretanto, contribuem de maneira relevante somente a partir do século passado. Em destaque, no programa, peças de George Gershwin, Samuel Barber, Leonard Bernstein e Aaron Copland.

podcast

Ouça aqui o programa: 

Toda segunda-feira, às 22h, tem "Concertos UFRJ" na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção Concertos UFRJ.

 

Gershwin

George Gershwin (1898-1937), nascido Jacob Gershowitz, formou com seu irmão mais velho Ira, letrista da maioria de suas obras vocais e teatrais, uma dupla que renovou os musicais da Broadway. Gershwin teve também pretensões na música de concerto, tendo escrito uma das mais conhecidas obras do reportório para piano e orquestra – a Rhapsody in Blue, que foi orquestrada por Ferde Grofé para a jazz band de Paul Whiteman. Grofé faria dela mais duas versões: uma em 1926, outra em 1942. Na primeira apresentação pública no Aeolian Hall, Nova Iorque, o próprio compositor atuou como solista e estiveram presentes a audição nomes como Stravinsky, Rachmaninov e Leopold Stokowski. A versão veiculada trouxe a Orquestra Sinfônica de Chicago e James Levine como pianista e regente.
Barber

Outro compositor norte-americano relevante foi Samuel Barber, que viveu entre 1910 e 1891. Em 1936, com apenas 26 anos, escreveu um quarteto de cordas, cujo segundo movimento transcreveu para orquestra de cordas e intitulou “Adaggio para Cordas”. Em 1938, o grande maestro Arturo Toscanini estreou a nova versão com a orquestra da NBC, e a peça se tornou uma das mais conhecidas de Barber, tendo sido incluída trilha sonora de Platoon, filme de Oliver Stone. A edição de Concertos UFRJ apresentou a versão da Filarmônica de Los Angeles, tendo a frente Leonard Bernstein.
 
Bernstein

Além de grande maestro, Leonard Bernstein (1918-1990) foi também um dos mais importantes compositores dos EUA e deixou obras fundamentais como os musicais West Side Story (1957) e On the Town (1944), três sinfonias, e os Chichester Psalms (1965), entre outras. O programa destaca uma de suas obras sinfônicas mais executadas, a abertura do musical Candide (1956), baseado na obra homônima do filósofo ilustrado Voltaire. Na versão veiculada, o próprio compositor dirige a Filarmônica de Los Angeles.
Copland

O último compositor abordado foi Aaron Copland (1900-1990), contemporâneo de Barber e Bernstein. Copland nasceu no Brooklyn, Nova Iorque, descendente de judeus lituanos, e deixou uma obra vigorosa em que sobressaem as brilhantes composições sinfônicas, especialmente os ballets. Na década de 1940, que foi, sem dúvida, a mais produtiva e que lhe rendeu granjeou fama mundial, Copland recebeu uma encomenda do Ballet Russo de Monte Carlo, para o qual escreveu o ballet Rodeo. Coreografado por Agnes de Mille s obra é composto por cinco números de grande força rítmica e orquestração brilhante em que são elaborados vários temas folclóricos norte-americanos.   Na versão sinfônica, cuja interpretação da Orquestra Sinfônica de Saint Louis sob a regência de Leonard Slatkin o programa apresentou, um dos números é omitido e os outros desenvolvidos na forma de suíte: “Buckaroo Holiday”, “Corral Nocturne”, “Piano Interlude & Saturday Night Waltz” e “Hoe-Down”.

 

Concertos UFRJ resultam de um convênio da UFRJ com a rádio Roquette Pinto, indo ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1Apresentado por André Cardoso, regente titular da OSUFRJ, as edições podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1).

 

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