176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

Família Bach em “Concertos UFRJ”

 

 

podcast

Ouça aqui o programa: 

 
 
Toda segunda-feira, às 22h, tem "Concertos UFRJ" na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!
Programas anteriores podem ser encontrados na seção Concertos UFRJ.
  
 Imagem: Famíla Bach, Toby Edward
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{magnify}images/stories/noticias/bachs_familiy600.jpg| Família Bach , Toby Edward.{/magnify}Representação do séc. XIX da famíla Bach.

O sobrenome Bach está hoje, quase invariavelmente, associado a Johann Sebastian (1685-1750), um dos pilares da tradição musical ocidental. No entanto, a família Bach ofereceu ao mundo outros compositores importantes que, embora não tenham alcançado o patamar do mestre de Leipizig, produziram obras significativas. Concertos UFRJ, que em setembro visitou a produção do seu mais ilustre representante, dedica agora sua décima-nona edição, veiculada em seis de dezembro, a esse clã notável – exemplo jamais superado de talentos musicais concentrados em uma única família.

 

Apresentado por André Cardoso, diretor da EM e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ, o programa radiofônico Concertos UFRJ é resultado de uma parceria da Escola de Música (EM) com a Roquette Pinto e vai ao ar toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94,1 FM.

 

A extraordinária dinastia musical da família Bach começou com o trisavô de Johann Sebastian, Veit Bach (c 1550 - 1619), e se extinguiu em meados do séc. XVII com seu neto Wilhelm Friedrich Ernst Bach (1759 – 1845). Durante esse período, mais de 70 dos seus membros, segundo o Dicionário Grove de Música, seguiram carreira musical.

 

Originário de uma região da atual Hungria, Veit Bach, moleiro e músico amador, migrou para a Turíngia, Alemanha Central, por volta de 1545, em decorrência da expulsão dos protestantes. Aí viverá a família Bach, até que os filhos de Johann Sebastian busquem horizontes mais amplos.

 

Das gerações anteriores a Johann Sebastian, o programa destaca os seus tios-avôs e compositores Johannes Hans Bach (1604-1673) e Heinrich Bach (1615-1692).  Heinrich teve vários filhos músicos, sendo o mais proeminente Johann Christoph Bach (1642-1703), organista e cravista da corte, em Eisenach, e primo em segundo grau de J. S. Bach, segundo o qual teria sido “talentoso tanto na invenção de belas ideias quanto na expressão e palavras" e composto em “um estilo galant, cantábile, com uma textura incomumente rica”.

 

Da extensa prole de J. S. Bach, quatro filhos se tornaram compositores. Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784), o primogênito, demonstrou desde cedo grande talento, embora não tenha conseguido desenvolver uma carreia estável, o que resultou numa vida errante de músico e educador, não raro marcada por adversidades financeiras. Seu estilo oscilou entre o velho e o novo, com características que, não raro, antecipam a tensão emocional do romantismo, ao lado de elementos barrocos “arcaicos”, intimamente relacionado à estética da escola de organistas do norte da Alemanha do final século XVII. Apesar dessa ambivalência estética deixou boa quantidade de peças de excelente qualidade e foi muito apreciado há seu tempo pela notável capacidade de improvisação.

 

Ao contrário do seu irmão mais velho, o disciplinado Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) viveu 28 anos como músico de Frederico II, o Grande, e, em 1768, sucedeu a Telemann como diretor musical da corte de Hamburgo. Em vida desfrutou de fama e prestígio. Menos influenciado pela música de seu pai do que seu irmão mais velho e fortemente marcado pelo espírito do movimento pré-romântico Sturm und Drang, produziu partituras cheias de mudanças bruscas de temperamento e notas dissonantes, tornando-se o principal representante do estilo Empfindsamkeit (“sentimentalidade”), que exerceu influência decisiva sobre compositores de gerações posteriores como Haydn e Mozart.

 

Johan Christian Bach (1735-1782) foi o mais novo dos filhos de Johann Sebastian, tendo estudado com o pai e, posteriormente com seu meio-irmão Carl Philipp Emanuel e com seu primo Johann Elias. Em 1754, foi à Itália, aperfeiçoar-se na arte do contraponto com o padre Giovanni Battista Martini e, de 1760 a 1762, trabalhou como organista na catedral de Milão.  Em 1762 transfere-se para Londres, onde alcançou enorme sucesso e ficou conhecido como “o Bach inglês”. Sua música é altamente melódica e estruturada de forma brilhante, destoando da do seu pai e da dos irmãos mais velhos. Ele compôs segundo a estética galant, que incorpora frases balanceadas, com destaque para a melodia e para o acompanhamento, sem muita ênfase na complexidade contrapontística. 

 

O último filho de Johann Sebastian a tornar-se compositor, Johann Christoph Friedrich Bach (1732-1985), estudou com o pai e com seu primo Johann Elias. Em 1750 foi nomeado, pelo Conde Wilhelm de Schaumburg-Lippe, cravista de Bückeburg e em 1759, spalla. Devido à predileção do nobre pela música italiana, se viu obrigado a adaptar-se, ainda assim retendo traços do estilo do pai. Lamentavelmente, uma parte significativa de sua produção foi perdida na Segunda Guerra Mundial.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Programação de Dezembro

 

 

Programa 19 – Dia 6 de dezembro – Família Bach

 

No mês de setembro apresentamos um programa exclusivamente dedicado a Johann Sebastian Bach, em razão dos 260 anos de sua morte, ocorrida em 1750. Como Bach é um compositor atemporal e que não necessita de efemérides para que possamos ouvi-lo, preparamos um outro programa. Só que desta vez não abordaremos com exclusividade Johann Sebastian mas também outros membros da família Bach, que se constituiu um verdadeiro clã de músicos de várias gerações.

 

  1. Johann BACH (1604-1673) – Moteto “Sei nun wieder zufrieden, meine Seele” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
  2. Heinrich BACH (1615-1692) – Cantata “Ich danke dir Gott” com o conjunto Musica Antiqua Köln e a direção de Reinhard Goebel.
  3. Johann Christoph BACH (1642-1703) – Moteto “Liebe, Herr Gott” com o grupo Akademia, o conjunto vocal La Fenice e a direção de Françoise Lasserre.
  4. Johann Sebastian BACH (1685-1750) – Primeiro movimento do Concerto de Brandemburgo no. 1 com a Academia de Saint Martin-in-the-fields e a direção de Neville Marriner.
  5. Wilhelm Friedemann BACH (1710-1784) – Concerto para cravo em fá menor com o cravista Ottavio Dantone, o grupo Il Giardino Armonico e a direção de Giovanni Antonini.
  6. Carl Philipp Emanuel BACH (1714-1788) – Sinfonia no. 6 em Mi Maior Wq 182 com a Camerata de Berna e a direção de Thomas Füri..
  7. Johan Christian BACH (1735-1782) – Sinfonia em Si bemol op. 6 no. 4 com a The Hanoverd Band e a direção de Anthony Halstead .

 

Programa 20 – Dia 13 de dezembro – Grandes mestres da Escola de Música II: Lorenzo Fernandez.

 

Série que dedica um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. O segundo programa será dedicado a Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948) um compositor carioca que, junto com Francisco Mignone, faz parte da primeira geração de compositores nacionalistas surgida após Villa-Lobos.

 

1. Trio Brasileiro op. 32 (primeiro movimento) com Fritz Jank ao piano, Gino Alfonsi no violino e Calixto Corazza no violoncelo.

2. Suite para Quinteto de sopros com o Quinteto de Sopros da Rádio MEC .

3. Segunda Suite Brasileira para piano com o pianista Miguel Proença.

4. “Velha modinha” com o violonista Fábio Zanon.

5. Sonata Breve com o pianista Miguel Proença.

6. Duas canções: “Toada para você” e “Meu coração” com a a soprano Lia Salgado e ao piano o maestro Alceu Bocchino.

7. Suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas sob a regência de Benito Juarez.

8. "Batuque", terceiro movimento da suite Reisado do Pastoreio com a Orquestra Filarmônica de Nova York e a regência de Leonard Bernstein.

 

 

Programa 21 – Dia 20 de dezembro – Concerto de Natal

 

No calendário cristão uma das festas mais importantes é aquela que comemora o nascimento do Menino Jesus. E como onde há festa há música, a tradição ocidental nos deixou um repertório imenso de obras destinadas a celebrar o nascimento do Salvador. Os concertos de Natal tem suas origens em costume popular italiano de representar em música a adoração dos pastores ao Menino Jesus. No interior das igrejas o presépio fornecia o contexto para a execução de obras instrumentais que criavam o clima natalino. Concertos UFRJ apresenta então o seu Concerto de Natal.

 

  1. Francesco MANFREDINI – Concerto op 3 no. 12 (Pastorale per il Santissimo Natale) com o grupo I Musici.
  2. Johann Sebastian BACH – Oratório de Natal (primeira cantata) com os solistas Paul Esswood (contralto), Kurt Equiluz (tenor), Siegmund Nimsgern (baixo), o Coro dos Meninos Cantores de Viena, acompanhados pelo Concentus Musicus e a direção de Nikolaus Harnoncourt.
  3. Felix MENDELSSOHN – Cantata de Natal “Vom Himmel hoch” (Das alturas do céu) com Krisztina Laki (soprano), Berthold Possemeyer (barítono), o Coro de Câmara de Stuttgart, a Orquestra de Câmera de Württemberge e a direção de Frieder Bernius.
  4. Leroy ANDERSON – “Christmas Festival” com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.

 

Programa 22 – Dia 27 de dezembro – Retrospectiva 2010

 

O último programa do ano apresenta gravações exclusivas feitas com os alunos da Escola de Música da UFRJ e outras realizadas ao vivo em concertos da temporada de 2010. Será uma excelente oportunidade de ouvir a nova geração de músicos, muitos deles premiados em concurso, e ouvir novamente alguns dos grandes solistas que se apresentaram no Salão Leopoldo Miguez este ano.

 

  1. Giuseppe VERDI – Ária “Tacea la notte placida” da ópera Il Trovatore com a soprano Maira Lautert e a pianista Priscila Bomfim. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 23 de maio de 2010 durante a final do Concurso Nacional de Canto Lírico.
  2. Marco PEREIRA – “Bate Coxa” com o violonista Fábio Zanon. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 5 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  3. Sérgio ASSAD – “Aquarela” (Divertimento, Valseana, Prelúdio e Tocatina) com o violonista Gerard Abiton. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 6 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  4. Antonio LAURO – Três peças (Vals Venezolano, Romanza e Pasaje) com o violonista Carlos Perez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 7 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos..
  5. Elodie BOUNY – “Et si le temps passe” com o violonista Gilson Antunes. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 8 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  6. Gustavo LEGUIZAMÓN  - “Zamba del silbador” com o violonista Pablo Marquez. Gravação realizada ao vivo no Salão Leopoldo Miguez no dia 9 de outubro de 2010 durante o festival Violão na UFRJ: 30 anos.
  7. Rafael BEZERRA – Fantasia para quinteto de sopros com o Quinteto Experimental de Sopros da Escola de Música da UFRJ composto por Milher Moraes (flauta), Juliana Bravin (oboé), Diogo Lozza (clarineta), Carlos Henrique Bertão (fagote) e Alessandro Jeremias (trompa).
  8. Franz LISZT – Estudo de Concerto “A dança dos Gnomos” com a pianista Laís Frey.
  9. Sergei RACHMANINOV – Etude Tableau em dó sustenido menor op. 33 no. 8 com o pianista Antônio Guimarães Neto.

Correspondência

Escola de Música da UFRJ
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