176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

Dia dos Músicos em “Concertos UFRJ”


 

podcast

Ouça aqui o programa: 

Toda segunda-feira, às 22h, tem "Concertos UFRJ" na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção Concertos UFRJ.
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{magnify}images/stories/noticias/stcecilia800.jpg|Santa Cecilia </em> (1606), Guido Reni.{/magnify}Considerada padroeira dos músicos, Santa Cecília frequentemente é representada com instrumentos.

Uma homenagem aos instrumentistas, cantores, compositores e regentes que, com sua arte, preenchem nossas vidas de beleza e alegria é a proposta da décima-sétima edição de Concertos UFRJ, que foi ao ar em 22 de novembro - dia da música e dos músicos. O programa apresentou na ocasião a magnífica Ode para o dia de Santa Cecília, composta por Haendel. Nada mais apropriado.

 

O dia 22 de novembro é tradicionalmente atribuído à Santa Cecília, mártir da igreja cristã antiga e considerada padroeira dos músicos. As razões, entretanto, que levaram a essa associação são obscuras e segundo o Dicionário Grove de Música quase certamente baseadas na má interpretação de uma passagem nos lendários Atos de Santa Cecília que faz referência a instrumentos musicais. De qualquer forma, uma antiga tradição sustenta que ela era dotada de voz tão doce, que anjos desciam do céu para ouvi-la.

 

Venerada como padroeira da música e dos músicos, a partir dos séc. XV, Santa Cecília vem sendo representada como tal em gravuras, pinturas e toda sorte de imagens desde então. Cabe assinalar que a música sempre teve papel contraditório na interpretação da lenda de Cecília. Paulatinamente passou a ser pintada sem aureola e mostrada cada vez mais como artista, menos frequentemente sentada ao órgão e, quase sempre, executando instrumentos mundanos. Uma mudança que indica que a prática musical em si mesma estava se convertendo em signo da virtude e tendo como meta o virtuosismo.

 

Grandes compositores, como Scarlatti (1685-1757), Joseph Haydn (1732-1809), Charles Gounod (1818-1893), G. F. Haendel (1685-1759) e nosso José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) lhe dedicaram peças. A Ode para Santa Cecília, cantata composta por Haendel em 1739, sobre texto do em inglês do poeta John Dryden (1631-1700), é certamente uma das mais conhecidas e bonitas.

 

Georg Friedrich Haendel nasceu em Halle an der Saale na Alemanha e desde cedo mostrou notável talento musical. A primeira parte de sua carreira transcorreu em Hamburgo, como violinista e rejente. Em 1706 viajou para a Itália, onde conheceu a fama pela primeira vez, estreando várias obras com grande sucesso e entrando em contato com músicos importantes. Posteriormente se estabeleceu em Londres onde viveu até falecer. Ali compôs peças instrumentais, óperas e oratórios, e foi aclamado como gênio de seu tempo.

 

Na Inglaterra se desenvolveram a partir do séc. XVI os festivais cecilianos nos quais se popularizou um repertório importante de odes da corte em louvor à música, feitas por Pucell, Boyce e outros. É nessa fonte que Haendel irá beber ao escrever sua Ode.

 

Ao contrário do que possa sugerir o título, não se trata propriamente de reverência à santa, mas, antes, uma celebração à música, impregnada de certo sentimento pitagórico de harmonia mundi, na qual esta desempenha papel central como força criadora de tudo que existe. A gravação traz o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

 

Apresentado toda segunda-feira, às 22h, por André Cardoso, diretor da Escola de Música (EM) e regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), Concertos UFRJ é resultado de um convênio da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1). As edições do programa podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Programação de Novembro

 

 

Programa 14 – Dia 1 de novembro – Todos os sopros


Programa dedicado a explorar uma formação musical que é muito antiga na história da música mas cujo repertório sempre ficou um tanto distante das salas de concertos. Trata-se dos grupos de instrumentos de sopro, que são conhecidos popularmente por bandas mas que na verdade possuem uma literatura musical que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

  1. Giovani GABRIELLI – “Canzon primi toni à 10” – Musica Fiata Köln com a direção de Roland Wilson.
  2. W. A. MOZART – Terceiro movimento da Serenata no 10 para 13 instrumentos de sopro K361 “Gran Partita” – Academia de Saint Martin in the Fields com a regência de Neville Marriner.
  3. Felix MENDELSSOHN – Abertura op. 24 – Orquestra Sinfônica de Londres e regência de Cláudio Abbado.
  4. A. DVORAK – Serenata para sopros op. 44 – Orquestra Filarmônica de Londres e regência de Christopher Hogwood.
  5. Gustav HOLST – Primeira Suíte para Banda Militar – Orquestra de Sopros de Tokyo e a regência de Frederick Fennel.
  6. Heitor VILLA-LOBOS – Fantasia em três movimentos em forma de choros – Orquestra de Sopros da UFRJ e a regência de Marcelo Jardim.

 

Programa 15 – Dia 08 de novembro – Grandes mestres da Escola de Música I: Francisco MIGNONE.


Série que dedicará um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. Para abrir a série foi escolhido o maestro Francisco Mignone (1897-1986) que foi, sem dúvida, um dos maiores músicos brasileiros do século XX.

 

1. “Congada” da ópera O Contratador de Diamantes com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

2. Primeira Fantasia Brasileira para piano e orquestra com o pianista Bernardo Segal como solista da Orquestra Sinfônica da NBC e a regência de Arturo Toscanini. Gravação realizada ao vivo em Nova York em 14 de novembro de 1943 .

3. Valsas de Esquina nos. 1 e 2 com o pianista Arthur Moreira Lima.

4. Modinha para violoncelo e piano com o violoncelista Ricardo Santoro e a pianista Mirian Grosman.

5. “Festança sem Boi” terceiro movimento do Trio no. 1 para flauta violoncelo e piano com o Trio Mignone (Afonso Oliveira, flauta; Ricardo Santoro, violoncelo; Mirian Grosman, piano).

6. “Patapiada” Valsa no. 9 para fagote solo com o fagotista Frank Morelli.

7. “Cateretê” para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.

8. Concertino para fagote e orquestra com o fagotista Frank Morelli acompanhado pela Orquestra de Câmara Orpheus.

9. “Batuque” da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 16 – Dia 15 de novembro – República Musical

 

Entre as datas cívicas do calendário brasileiro o dia 15 de novembro marca a Proclamação da República, um golpe militar que pos fim ao regime imperial com a deposição de D. Pedro II. Muitos foram os artistas que abraçaram a causa republicana. Entre os músicos destaca-se a geração de compositores nascidos na segunda metade do século XIX em especial aqueles que viriam a formar a partir de 1890 os quadros docentes do Instituto Nacional de Música, que substituiu o antigo Conservatório Imperial e que é hoje a Escola de Música da UFRJ.

 

  1. Leopoldo MIGUEZ – Poema-Sinfônico “Ave Libertas” com a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense e a regência de Ligia Amadio.
  2. Alexandre LEVY – “Samba”, último movimento da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e a regência de Erick Vasconcelos.
  3. Alberto NEPOMUCENO – “Galhofeira”, último movimento das Quatro Peças Líricas op. 13 com o pianista Miguel Proença.
  4. Alberto NEPOMUCENO – Scherzo para orquestra com a Sinfonia Cultura e a regência de Lutero Rodrigues.
  5. Henrique OSWALD - Andante com Variações para piano e orquestra com o pianista Eduardo Monteiro, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.
  6. Francisco BRAGA – Episódio Sinfônico com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

 

Programa 17 – Dia 22 de novembro – Dia dos Músicos

 

Desde o século XV Santa Cecília é considerada a padroeira dos músicos e o dia de sua festa, 22 de novembro, é conhecido também como o dia da música e dos músicos. No programa de hoje será apresentada integralmente a Ode para o dia de Santa Cecília de Haendel como uma homenagem a todos os músicos do Rio de Janeiro.

 

1. G. F. HAENDEL – Ode para o dia de Santa Cecília com o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

 

Programa 18 – Dia 29 de novembro – O bandolim na música de concerto

 

Conhecido no Brasil como instrumeno típico do choro o bandolim possui um grande repertório na música de concerto. Compositores como Vivaldi, Mozart e Beethoven escreveram obras para bandolim. Aproveitando a recente criação do bacharelado em bandolim vamos conhecer obras originais com acompanhamento de piano e concertos com orquestra de diferentes compositores, além de mostrar a diversidade de instrumentos. O convidado será o bandolinista Paulo Sá, professor da Escola de Música.

 

  1. A. VIVALDI – Concerto em Dó M para bandolim cordas e contínuo.
  2. W. A. MOZART – Ária “Deviene alla finestra”, da ópera Don Giovanni.
  3. L. V. BEETHOVEN – Andante com variações para bandolim e piano.
  4. G. PAISIELLO – Concerto para bandolim e orquestra.
  5. R. GNATTALI – Concerto para bandolim e cordas

Correspondência

Escola de Música da UFRJ
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