176 ANOS FORMANDO MÚSICOS DE EXCELÊNCIA

Todos os sopros em “Concertos UFRJ”


 

podcast

Ouça aqui o programa: 

Toda segunda-feira, às 22h, tem "Concertos UFRJ" na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acompanhe pela internet!

Programas anteriores podem ser encontrados na seção Concertos UFRJ.
Clique para ampliar
{magnify}images/stories/noticias/bandaportinari685.jpg|Banda de Música</em> (1956), Portinari.{/magnify}Conhecidos popularmente por bandas os conjuntos de instrumentos de sopro possuem um repertório musical muito rico.

Um passeio pelo repertório dedicado aos instrumentos de sopro é a proposta da décima-quarta edição de Concertos UFRJ, veiculada em 1º de novembro. Apresentado toda segunda-feira, às 22h, por André Cardoso, diretor da Escola de Música (EM) e regente da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ), o programa é resultado de um convênio da UFRJ com a Rádio Roquette Pinto (FM 94,1).

 

A origem dos instrumentos musicais perde-se no tempo. Não há praticamente grupo populacional que não tenha feito uso de deles, já que a música parece ser uma linguagem inerente ao próprio homem. Frequentemente, os povos tribais e antigos atribuíam aos deuses a sua invenção.

 

Assim, de acordo com a mitologia grega, a flauta, talvez o mais emblemático dos instrumentos de sopro, teria sido uma invenção de Pã, confundido às vezes com Fauno dos latinos. Deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores, Pã a fez em homenagem a ninfa Syrinx, por quem se apaixonara, mas que havia rejeitado seu amor.

 

O certo é que os instrumentos de sopro são dos mais antigos. A distinção corrente, que os classifica em madeiras e metais, é, porém, recente e se estabeleceu definitivamente ao longo do séc. XIX, como parte do processo geral de padronização de timbres que resultará na definição da orquestra moderna.

 

Seja como for, constituem uma formação, conhecida popularmente como banda, de enorme apelo de público. E, apesar de um pouco distante das salas de concerto, suscitou uma literatura que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

Para evidenciar isso, a edição de Concertos UFRJ pinçou seis obras que cobrem um trajeto que nos traz da renascença à modernidade. Quase cinco séculos de uma fértil e instigante produção musical. O mais antigo repertório que os grupos de sopros executam ainda hoje com regularidade é o da chamada escola veneziana, que se desenvolve na Itália nos séc. XVI e XVII. Os metais caracterizam a sua musicalidade que prioriza a composição para espaços amplos e para igrejas majestosas. A edição de Concertos UFRJ destacou a Canzon primi toni à 10 de Giovani Gabrielli (1555/7-1612) que, na transição entre o renascimento e o barroco, levou essa tradição ao apogeu em termos de sofisticação musical e riqueza melódica. Em contraste, as madeiras, associadas às trompas, se adequam mais confortavelmente aos salões restritos da aristocracia, como mostra a Serenata no 10 (K361), conhecida como “Gran Partita”, composta por Mozart para um concerto privado e destinada a treze instrumentos de sopro. Diversidade que evidencia a enorme riqueza de timbres que esse naipe de instrumentos oferece aos compositores.

 

Do período romântico, o programa apresenta a Abertura, op. 24, de Mendelssohn (1756-1791), obra em que a formação de sopros, já perfeitamente estabelecida, se integra à percussão e aos contrabaixos. Também para um conjunto mais amplo, que comporta dois naipes de cordas, Dvorak (1841-1904) compôs sua Serenata para sopros, op. 44.

 

Uma tendência para a ampliação das experiências sonoras que ganha força no séc. XX. Concertos UFRJ destacam como exemplo dessa produção mais recente a obra de Gustav Hoslt (1874-1974), que escreveu entre 1909 e 1911 duas Suítes para Banda Militar que, apesar do nome, são agora executadas em salas de concerto mais que por conjuntos tradicionais, e a Fantasia em três movimentos em forma de choros de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), de 1958. Obras que denotam a preocupação dos compositores modernos em ampliar o repertório voltado para esses instrumentos, como um esforço por integrá-los em novas e inusitadas combinações.

 

As edições do programa Concertos UFRJ podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1). Contatos através do endereço eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Programação de Novembro

 

 

Programa 14 – Dia 1 de novembro – Todos os sopros


Programa dedicado a explorar uma formação musical que é muito antiga na história da música mas cujo repertório sempre ficou um tanto distante das salas de concertos. Trata-se dos grupos de instrumentos de sopro, que são conhecidos popularmente por bandas mas que na verdade possuem uma literatura musical que vai muito além dos tradicionais dobrados e marchas de caráter militar.

 

  1. Giovani GABRIELLI – “Canzon primi toni à 10” – Musica Fiata Köln com a direção de Roland Wilson.
  2. W. A. MOZART – Terceiro movimento da Serenata no 10 para 13 instrumentos de sopro K361 “Gran Partita” – Academia de Saint Martin in the Fields com a regência de Neville Marriner.
  3. Felix MENDELSSOHN – Abertura op. 24 – Orquestra Sinfônica de Londres e regência de Cláudio Abbado.
  4. A. DVORAK – Serenata para sopros op. 44 – Orquestra Filarmônica de Londres e regência de Christopher Hogwood.
  5. Gustav HOLST – Primeira Suíte para Banda Militar – Orquestra de Sopros de Tokyo e a regência de Frederick Fennel.
  6. Heitor VILLA-LOBOS – Fantasia em três movimentos em forma de choros – Orquestra de Sopros da UFRJ e a regência de Marcelo Jardim.

 

Programa 15 – Dia 08 de novembro – Grandes mestres da Escola de Música I: Francisco MIGNONE.


Série que dedicará um programa por mês a um antigo mestre da Escola de Música. Para abrir a série foi escolhido o maestro Francisco Mignone (1897-1986) que foi, sem dúvida, um dos maiores músicos brasileiros do século XX.

 

1. “Congada” da ópera O Contratador de Diamantes com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

2. Primeira Fantasia Brasileira para piano e orquestra com o pianista Bernardo Segal como solista da Orquestra Sinfônica da NBC e a regência de Arturo Toscanini. Gravação realizada ao vivo em Nova York em 14 de novembro de 1943 .

3. Valsas de Esquina nos. 1 e 2 com o pianista Arthur Moreira Lima.

4. Modinha para violoncelo e piano com o violoncelista Ricardo Santoro e a pianista Mirian Grosman.

5. “Festança sem Boi” terceiro movimento do Trio no. 1 para flauta violoncelo e piano com o Trio Mignone (Afonso Oliveira, flauta; Ricardo Santoro, violoncelo; Mirian Grosman, piano).

6. “Patapiada” Valsa no. 9 para fagote solo com o fagotista Frank Morelli.

7. “Cateretê” para coro com o Madrigal de Brasília e a regência de Emílio de César.

8. Concertino para fagote e orquestra com o fagotista Frank Morelli acompanhado pela Orquestra de Câmara Orpheus.

9. “Batuque” da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de Roberto Duarte.

 

Programa 16 – Dia 15 de novembro – República Musical

 

Entre as datas cívicas do calendário brasileiro o dia 15 de novembro marca a Proclamação da República, um golpe militar que pos fim ao regime imperial com a deposição de D. Pedro II. Muitos foram os artistas que abraçaram a causa republicana. Entre os músicos destaca-se a geração de compositores nascidos na segunda metade do século XIX em especial aqueles que viriam a formar a partir de 1890 os quadros docentes do Instituto Nacional de Música, que substituiu o antigo Conservatório Imperial e que é hoje a Escola de Música da UFRJ.

 

  1. Leopoldo MIGUEZ – Poema-Sinfônico “Ave Libertas” com a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense e a regência de Ligia Amadio.
  2. Alexandre LEVY – “Samba”, último movimento da Suíte Brasileira com a Orquestra Sinfônica da Bahia e a regência de Erick Vasconcelos.
  3. Alberto NEPOMUCENO – “Galhofeira”, último movimento das Quatro Peças Líricas op. 13 com o pianista Miguel Proença.
  4. Alberto NEPOMUCENO – Scherzo para orquestra com a Sinfonia Cultura e a regência de Lutero Rodrigues.
  5. Henrique OSWALD - Andante com Variações para piano e orquestra com o pianista Eduardo Monteiro, a Orquestra Sinfônica da UFRJ e a regência de André Cardoso.
  6. Francisco BRAGA – Episódio Sinfônico com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e a regência de Benito Juarez.

 

Programa 17 – Dia 22 de novembro – Dia dos Músicos

 

Desde o século XV Santa Cecília é considerada a padroeira dos músicos e o dia de sua festa, 22 de novembro, é conhecido também como o dia da música e dos músicos. No programa de hoje será apresentada integralmente a Ode para o dia de Santa Cecília de Haendel como uma homenagem a todos os músicos do Rio de Janeiro.

 

1. G. F. HAENDEL – Ode para o dia de Santa Cecília com o soprano Dorothee Mields, o tenor Mark Wilde, Alsfelder Vokalensemble, Cocerto Polacco e direção de Wolfgang Helbich.

 

Programa 18 – Dia 29 de novembro – O bandolim na música de concerto

 

Conhecido no Brasil como instrumeno típico do choro o bandolim possui um grande repertório na música de concerto. Compositores como Vivaldi, Mozart e Beethoven escreveram obras para bandolim. Aproveitando a recente criação do bacharelado em bandolim vamos conhecer obras originais com acompanhamento de piano e concertos com orquestra de diferentes compositores, além de mostrar a diversidade de instrumentos. O convidado será o bandolinista Paulo Sá, professor da Escola de Música.

 

  1. A. VIVALDI – Concerto em Dó M para bandolim cordas e contínuo.
  2. W. A. MOZART – Ária “Deviene alla finestra”, da ópera Don Giovanni.
  3. L. V. BEETHOVEN – Andante com variações para bandolim e piano.
  4. G. PAISIELLO – Concerto para bandolim e orquestra.
  5. R. GNATTALI – Concerto para bandolim e cordas

Correspondência

Escola de Música da UFRJ
Edifício Ventura Corporate Towers
Av. República do Chile, 330
21o andar, Torre Leste
Centro - Rio de Janeiro, RJ
CEP: 20.031-170

  Catálogo de Setores (Endereços, telefones e e-mails)