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Acima, o maestro Roberto Duarte. Abaixo, o violoncelista Paulo Santoro. |
A ABM, a instituição homenageada, foi criada por Villa-Lobos, em 1945, nos moldes da Academia Francesa. Ela reúne quarenta acadêmicos, personalidades de destaque no meio musical brasileiro nas áreas da composição musical, da interpretação, da musicologia e da educação musical. Dois anos depois da fundação, decreto a tornou órgão técnico-consultivo do governo federal. A Abertura Il Guarany de Carlos Gomes, inicia o programa. O compositor, que foi aluno do Conservatório Imperial de Música, origem da atual Escola de Música da UFRJ (EM), nasceu em 11 de julho de 1836 – há exatos 180 anos, portanto, da data do concerto. Tendo como solista o violoncelista Paulo Santoro, a OSUFRJ interpreta em seguida o Concerto no 2 para violoncelo e orquestra, obra em que Villa-Lobos, já no final da vida, mescla elementos do folclore brasileiro com a música popular, como o samba, choro e bossa-nova. O programa do concerto é composto ainda pelo apoteótico Choros 10 para coro e orquestra, também chamado de Rasga o Coração, no qual participam as mais de 100 vozes do Coro Sinfônico da UFRJ; Verde Velhice e Suíte no 2 para orquestra de câmara. Todas, peças de Villa-Lobos.
Orquestra
A OSUFRJ é a mais antiga orquestra do Rio de Janeiro e tem sua origem na Primeira República quando o Instituto Nacional de Música (INM), herdeiro do antigo Conservatório fundado por Francisco Manuel da Silva (1795-1865) em 1848, era a única instituição federal de ensino musical do país. Sob a denominação de Orquestra do Instituto Nacional de Música foi organizada em 1924. Em 1937 o INM foi incorporado à Universidade do Brasil e a orquestra passou a se chamar Orquestra da Escola Nacional de Música. A partir de 1998,o conjunto passou a ter a direção dos maestros Ernani Aguiar e André Cardoso. Uma de suas principais características, desde sua fundação, é a valorização da produção musical brasileira de todos os tempos, já tendo executado mais de uma centena de obras em estreia mundial.
Regente
Natural do Rio de Janeiro, Roberto Duarte realizou sua formação musical na Escola de Música da UFRJ, como discípulo de Francisco Mignone, José Siqueira e Eleazar de Carvalho. Fundou e dirigiu por muitos anos o Coro e a Orquestra de Câmara de Niterói. Laureado com o Prêmio Sergei Koussevitzky no Concurso Internacional Villa-Lobos em 1975, iniciou sua carreira internacional como regente convidado de orquestras como a Tonhalle de Zurique, a Filarmonia Hungárica, a Suisse Romande, a Orquestra Georges Enescu, a Sinfônica Eslovaca, a Orquestra Bruckner de Linz, a Orquestra de Câmara de Moscou e várias outras. A partir de 1991 gravou uma série de CDs com obras de Villa-Lobos dirigindo a Slovak Radio Symphony Orchestra (Bratislava), lançados em todo o mundo pelo selo Marco Polo. Duarte desenvolve um trabalho permanente de divulgação da música brasileira, sendo responsável por mais de uma centena de primeiras audições e pela revisão da obra orquestral de Villa-Lobos. Recebeu da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) o prêmio de "Melhor Regente do Ano" de 1994 e 1997. É membro da ABM para a qual coordenou o trabalho de revisão e republicação de mais de vinte obras orquestrais no projeto "Villa-Lobos Digital". Para a Fundação Nacional de Artes (Funarte) realizou a revisão e editoração das óperas Il Guarany e Lo Schiavo de Carlos Gomes. Em 1996 recebeu do Governo Brasileiro o Prêmio Nacional da Música, como regente e, em 2001, o Prêmio Carlos Gomes por sua atuação no campo da ópera. Foi professor durante 27 anos na Escola de Música da UFRJ, além de dar cursos em vários estados brasileiros e em países como Chile, Grécia, Suiça e Itália. Durante 14 anos ministrou aulas de regência no Corso Internazionale di Polifonia Latino Mediterrânea, em Molfetta na Italia. Roberto Duarte foi regente titular e diretor artístico da OSUFRJ (1981-1994), da Orquestra Sinfônica do Paraná (1998-1999) e da Orquestra Unisinos, no Rio Grande do Sul (2003-2005).
Solista
Um dos mais destacados violoncelistas brasileiros, Paulo Santoro é professor de violoncelo do Conservatório Brasileiro de Música e membro da Orquestra Sinfônica Brasileira. Bacharel em violoncelo pela UFRJ, onde atuou como professor de música de câmara, é Mestre em Práticas Interpretativas pela UNIRIO.
Estudou na Indiana University School of Music com os professores Emilio Colón, Tsuyoshi Tsutsumi e Janos Starker. Fez parte da Indiana University Philharmonic Orchestra e da Indiana University Concert Orchestra sob a regência dos maestros Kurt Masur e Mstislav Rostropovitch entre outros. Participou ainda do Indiana University Cello Ensemble.
Já apresentou-se em recitais por todo o Brasil e em países como África do Sul, Paraguai, Bolívia, Alemanha, Suíça e Estados Unidos, além de ter tocado como solista de várias orquestras, dentre as quais a Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, Orquestra Sinfônica da Paraíba e Orquestra Filarmônica do Espírito Santo.
Em 2010 foi o vencedor do XIII Prêmio Carlos Gomes na categoria conjunto de câmara por concertos com a série de 17 quartetos de Villa-Lobos. Foi agraciado ainda com o prestigiado prêmio Rumos Itaú Cultural na edição 2007-2009, lançando um DVD de sua apresentação ao vivo em São Paulo. Com o prestigiado Duo Santoro, já se apresentou no famoso Carnegie Hall de Nova York e, em 2013, lançou o CD "Bem Brasileiro", obtendo excelente aceitação do público e da crítica especializada. SERVIÇO
Theatro Municipal do Rio de Janeiro (Praça Floriano, s/n, Centro – Rio de Janeiro. Tel.: 21 2332-9191. Ingressos: R$ 20 (plateia, balcão nobre, balcão superior e galeria), com meia-entrada para estudantes e pessoas com mais de 60 anos.
CONCERTO COMEMORATIVO DOS 71 ANOS DA ACADEMIA BRASILEIRA DE MÚSICA ORQUESTRA SINFÔNICA DA UFRJ Orquestra Sinfônica da UFRJ Violoncelo: Paulo Santoro Clarinetas – Lucas Ferreira e José Guilherme Palha
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